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Educação no Brasil

Se a educação no Brasil está na lista das piores do mundo (suplantamos só o Haiti e parece que também
Moçambique), não se pode atribuir essa vergonha à falta de prédios e vagas, nem às condições de saúde, nem à
extração cultural das crianças e adolescentes do país. É evidente que a causa do nosso desastre pedagógico se
encontra entre as quatro paredes da sala de aula, na relação íntima do professor com a sua profissão, nas mentes
e nos corações dos nossos mestres. E, para não cair na tentação fácil do idealismo, o nó delgado a ser cortado é
o que amarra as condições que o professor leva dentro de si quando exerce o magistério: o nosso professor
primário é remunerado como se fosse um operário não qualificado, o seu salário nada tem a ver com a
importância crucial da sua função pública, que é a de primeiro motor do desenvolvimento. Difícil é entender por
que a sociedade civil e os aparelhos estatais que pensam, agem como se ignorassem esse fato cotidiano e que
deixam o professor à míngua fazem ácidas cobranças de eficiência e de empenho deste na busca da pretendida
qualidade total que a educação precisa ter e merece.

José Cláudio Luiz Nobre


Coronel Fabriciano

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