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ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO E

ENGENHARIA ELETRÔNICA

N4CE2 E T4CE2 – PROF. OMAR ALVES

EXPERIMENTO RLC

PRISCILLA DE CASTRO RIBEIRO – 1465635


LUCAS GRAFIETTI LAUAND – 1467905
DANILO HAYEK GOMES – 1560191
ANDRÉ GRACIANO GAÚNA – 1472984
ISABELLA DI STASI - 1572911

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SÃO PAULO
2º SEMESTRE 2017
1. SUMÁRIO

1. OBJETIVO 2
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA 3
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 11
CONCLUSÃO 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16

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1. OBJETIVO

O Objetivo deste experimento foi aferir o valor do indutor proposto


no circuito do procedimento experimental seguindo a teoria de circuitos
RLC.

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2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Circuito RC série

O circuito RC é composto por um capacitor e um resistor. Será feita a


análise deste tipo de circuito em série para corrente alternada.
Analisando o circuito da figura 1, pode-se aplicar a Lei de Kirchhoff das
tensões, que não devem ser somadas, devido às defasagens. Há uma soma
fasorial e não algébrica. A figura 2 demonstra o diagrama de fasores
correspondentes às quedas de tensão, com a corrente no referencial.

Figura 1: Circuito RC.

Figura 2: Fasores correspondentes às quedas de tensão.

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O resultado dessa soma de tensões é um fasor que representa a tensão
aplicada ao circuito. O módulo deste fasor é igual ao valor eficaz da tensão e,
em relação à corrente, está atrasado de um ângulo.
No circuito RC, a corrente avança um ângulo em relação à tensão nos
extremos do circuito.
É possível observar que o triângulo das tensões possui Vr e Vc como
catetos, e V como hipotenusa. Assim, pode-se aplicar o teorema de Pitágoras,

onde assim, ; ; .

Impedância

Refazendo o triângulo de tensões da figura 2, dividindo cada tensão pela


corrente, obtemos:

Que pode ser redesenhado como:

O novo triângulo possui dimensões de oposição (tensão/corrente), onde:


Vr/I = R (resistência)
Vc/I = Xc (reatância)
V/I = Z (impedância)
Novamente, aplicando o Teorema de Pitágoras:

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Onde podemos obter:

Conclui-se que a Lei de Ohm aplicada a circuitos alimentados por


corrente alternada é:

Análise temporal

As correntes e tensões no circuito podem ser representadas, também,


no domínio temporal. Considerando a corrente i(t) com fase inicial Өi > 0º.
A corrente vale: i(t) = Ip.cos(ωt+Өi)
A tensão está em fase com i(t), enquanto no capacitor ela está atrasada
de 90º, assim:
Vr(t) = Vrp.cos(ωt+Өi)
Vc(t) = Vcp.cos(ωt+Өi-π/2)
A tensão no gerador está atrasada de φ em relação a i(t):
V(t) = Vp.cos(ωt+Өi+φ)
A representação gráfica é:

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Figura 3: representação gráfica
Circuito RL série

O circuito RL é composto por um resistor e um indutor. Assim como no


circuito RC, pode-se aplicar as Leis de Kirchhoff das tensões ao circuito da
figura 5, onde há uma soma fasorial das tensões, devido à defasagem. A figura
6 ilustra o diagrama dos fasores correspondentes às quedas de tensão.

Figura 4: Circuito RL série.

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Figura 5: Diagrama de tensões.

O fasor correspondente ao resultado desta soma está adiantado de um


ângulo φ em relação à corrente. A corrente que circula em um circuito RL está
atrasada de um ângulo φ em relação à tensão.
Aplicando-se o Teorema de Pitágoras ao triângulo, obtemos:

Impedância
Refazendo o diagrama anterior, com a tensão sendo dividida pela
corrente, temos:

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A impedância Z do circuito corresponde à oposição que ele oferece à
circulação da corrente.
Novamente, aplicando o teorema de Pitágoras:

Análise temporal

Considerando a corrente i(t) com fase inicial Өi > 0º.


A corrente vale: i(t) = Ip.cos(ωt+Өi)
A tensão está em fase com i(t), enquanto no indutor ela está adiantada
de 90º, assim:
Vr(t) = Vrp.cos(ωt+Өi)
VL(t) = Vlp.cos(ωt+Өi+π/2)
A tensão no gerador está adiantada de φ em relação a i(t):
V(t) = Vp.cos(ωt+Өi+φ)
A representação gráfica é:

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Figura 6: representação gráfica

Circuito RLC

O circuito RLC é composto por resistores, indutores e capacitores.

RLC em série

Figura 7: Circuito RLC.

Pode-se aplicar as Leis de Kirchhoff de tensão ao circuito acima, assim


obtendo a equação e o diagrama de fasores:

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Ao somar as tensões:

A partir do gráfico, pode-se notar que o circuito possui teor indutivo, ou


seja, o efeito da reatância indutiva é superior ao efeito da reatância capacitiva.
No triângulo formado, os catetos são a tensão no resistor e a diferença das
tensões reativas, e a hipotenusa é a tensão aplicada aos extremos da
associação. Aplicando o teorema de Pitágoras:

Impedância

Foi feito um novo diagrama, dividindo V por I:

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A partir das relações trigonométricas, obtemos:

Ressonância

O caso particular em que o cateto [VL-Vc] é nulo, ou seja, VL-Vc=0


VL=Vc, é chamado de circuito ressonante e possui aplicações práticas
importantes.

Toda a energia reativa é trocada entre o indutor e o capacitor. Para a


fonte, o circuito é puramente resistivo, a energia fornecida por ela vai apenas
para o resistor. A impedância deste circuito é igual à resistência, ou seja, a
menor possível.

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3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Fora montado o seguinte circuito, onde ​G1​ é um gerador de 5V/60Hz.

Figura 8 – Esquema elétrico do circuito RLC

O procedimento consiste em descobrir o valor do indutor ​L1 a partir de um


capacitor ​C1 fixo, e do ajuste dos potenciômeros ​RC ​e ​RL de forma a obter-se
o mesmo valor de tensão tanto em ​RL quanto em ​C1​. Quando ambos os
valores forem idênticos, retira-se ​RC ​e ​RL do circuito, mede-se seus valores de
resistência e inclui-os na fórmula abaixo para descobrir o valor do indutor.

L = C * RC * RL

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Figura 9 – Circuito montado na bancada

Foram realizadas duas medições, onde a primeira foi utilizado um capacitor


fixo de 381nF (valor medido) e a segunda, um capacitor de 100nF (valor
medido​). A seguir será exibido o painel do osciloscópio das duas montagens,
onde CH1 é referente a ​RC ​e ​CH2​ é referente a ​C1​.

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Figura 10 – Painel do osciloscópio referente à primeira montagem

Figura 11 – Painel do osciloscópio referente à segunda montagem

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Primeira montagem:
Com ​C1 = 381nF ​e tendo atingido os mesmos valores de tensão em ​RL​ e
C1​, os potenciômetros foram retirados, e os seguintes valores obtidos:

RL​ - 1074 ohms

RC​ - 4210 ohms

Seguindo a fórmula ​L = C * RC * RL,


L = 1,72 Henry

Segunda montagem:
Com ​C1 = 100nF ​e tendo atingido os mesmos valores de tensão em ​RL​ e
C1​, os potenciômetros foram retirados, e os seguintes valores obtidos:

RL​ – 3910 ohm

RC​ - 4540 ohms

Seguindo a fórmula ​L = C * RC * RL,


L = 1,77 Henry

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CONCLUSÃO

Pôde-se conclui que o experimento foi um sucesso, já que os resultados


foram muito próximos nas duas montagens. Não houveram dificuldades ou
problemas durante o experimento, de forma que se mostrou uma forma simples
e eficaz de aferir o valor de um indutor quando não se sabe seu valor.

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REFERÊNCIAS

LAMAS, Circuitos de Ca Prof. Mario Luiz F.. ​Circuitos de CA. ​Pelotas: IFSUL,
2017. Disponível em:
<http://qacademico.ifsul.edu.br/UPLOADS/MATERIAIS_AULAS/95079-0.0.0.C
ORRENTE_ALTERNADA-2012(atual)2.pdf>. Acesso em: 23 out. 2017.

MARKUS, Otávio. ​Circuitos Elétricos: ​Corrente Contínua e Corrente


Alternada. SÃo Paulo: Editora Érica, 2004.

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