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1 – O que é o Sistema Operacional

O sistema operacional é o software responsável por gerenciar os recursos do


hardware para o usuário, para que este não tenha que interagir diretamente
sobre os dispositivos. O Sistema Operacional é constituído basicamente por
duas camadas: o Shell (ou interpretador de comandos) e o Cerne (ou núcleo),
como mostra a figura abaixo.
O núcleo implementa as funções básicas do Sistema Operacional, responsáveis
pelo gerenciamento de memória, arquivos, processador, periféricos etc.
Enquanto que o Shell implementa uma interface com o usuário, para atender
necessidades tais como: listar um diretório, copiar arquivos etc.
Sistema operacional é um conjunto de rotinas executadas pelo processador
que tem como funções básicas:
• Gerenciar os vários recursos disponíveis no sistema, para atender da maneira
mais
Eficiente possível o usuário;
• Gerenciar a execução dos programas do usuário, visando o melhor
desempenho do
Sistema todo.

1.1 – Sistema Monotarefa

Os primeiros sistemas operacionais eram voltados tipicamente para a


execução de um único programa. Qualquer outra aplicação, para ser executada,
deveria aguardar o término do programa corrente. Neste tipo de sistema, o
processador, a memória e os periféricos permanecem exclusivamente dedicados
à execução de um único programa.
Os sistemas monoprogramáveis estão diretamente ligados ao surgimento, na
década de 50/60, dos primeiros computadores. Embora os sistemas
operacionais já tivessem evoluído com as tecnologias de multitarefa e
multiprogramáveis, os sistemas monoprogramáveis voltaram a ser utilizados na
plataforma de microcomputadores pessoais e estações de trabalho devido à
baixa capacidade de armazenamento destas máquinas, na época.
Era muito clara a desvantagem deste tipo de sistema, no que diz respeito à
limitação de tarefas (uma de cada vez), o que provocava um grande
desperdício de recursos de hardware.
Comparados a outros sistemas, os monoprogramáveis são de simples
implementação, não existindo muita preocupação com problemas decorrentes
do compartilhamento de recursos como memória, processador e dispositivos de
E/S.
1.1.1 – Exemplos de Sistemas Monotarefa

 MS-DOS

1.2 – Sistema multitarefa

Constituindo-se uma evolução dos sistemas monoprogramáveis, neste tipo de


sistema os recursos computacionais são compartilhados entre os diversos
usuários e aplicações: enquanto um programa espera por um evento, outros
programas podem estar processando neste mesmo intervalo de tempo.
Neste caso, podemos observar o compartilhamento da memória e do
processador. O sistema operacional se incumbe de gerenciar o acesso
concorrente aos seus diversos recursos, como processador, memória e
periféricos, de forma ordenada e protegida, entre os diversos programas.
As vantagens do uso deste tipo de sistema são a redução do tempo de resposta
das aplicações, além dos custos reduzidos devido ao compartilhamento dos
recursos do sistema entre as diferentes aplicações. Apesar de mais eficientes
que os monoprogramáveis, os sistemas multiprogramáveis são de
implementação muito mais complexa.

Os sistemas multiprogramáveis/multitarefa podem ser classificados de acordo


com a forma com que suas aplicações são gerenciadas, podendo ser divididos
em sistemas batch, de tempo compartilhado e de tempo real, de acordo com a
figura abaixo.
1.2.1 – Exemplos de Sistemas multitarefas

 Windows

 Linux
 Mac OS

1.3 – Sistema de Múltiplos processadores

Os sistemas com múltiplos processadores caracterizam-se por possuir duas ou


mais Cupus interligadas e trabalhando em conjunto. A vantagem deste tipo de
sistema é permitir que vários programas sejam executados ao mesmo tempo ou
que um mesmo programa seja subdividido em várias partes para serem
executadas simultaneamente em mais de um processador.
Esta técnica permitiu a criação de sistemas computacionais voltados para
processamento científico, prospecção de petróleo, simulações, processamento
de imagens e CAD.
Um fator chave no desenvolvimento dos sistemas multiprocessador é a
forma de comunicação entre as CPUs e o grau de compartilhamento da memória
e dos dispositivos de E/S. Em função destes fatores, podemos classificar os
sistemas multiprocessados de acordo com a figura a seguir:
Na figura podemos perceber a divisão dos sistemas multiprocessados em duas
categorias iniciais: sistemas fortemente acoplados e fracamente acoplados. A
grande diferença entre estas duas categorias é que nos sistemas fortemente
acoplados existe apenas uma memória a ser compartilhada pelos
processadores do conjunto, enquanto que nos fracamente acoplados cada
sistema tem sua própria memória individual. A taxa de transferência entre
processadores e memória em sistemas fortemente acoplados é muito maior que
nos fracamente acoplados.
Nos sistemas fortemente acoplados a memória principal e os dispositivos de E/S
são gerenciados por um único sistema operacional. Quando todos os
processadores na arquitetura são iguais, diz-se que o sistema é simétrico. No
entanto, quando os processadores são diferentes, dá-se à arquitetura
adnominação assimétrica. Nos sistemas fracamente acoplados, como os
processadores estão em arquiteturas diferentes, somente interligados por
cabos de interconexão, cada CPU constitui uma máquina independente, com
memória própria, dispositivos de E/S e sistemas operacionais independentes.
Bibliografia
Gonçalves, J. A. (s.d.). Apostila de GSO I.

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