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VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA PARA A GERAÇÃO DE ENERGIA

ATRAVÉS DE ATERROS SANITÁRIOS1

TECHNICAL AND ECONOMIC FEASIBILITY FOR ENERGY GENERATION


THROUGH LANDFILLS.

SILVA, Bianca
SANTANA, Eliana
SANTANA, Eliomar
FURTADO, Millena2
RESUMO

PALAVRAS-CHAVE:
ABSTRACT
KEYWORDS:

1 Trabalho orientado pela professora Maria Sales, para fins avaliativos da matéria de introdução aos sistemas
energéticos.
2 Estudantes de Bacharelado em Engenharia de Produção da Faculdade Santíssimo Sacramento.
1 INTRODUÇÃO

Os impactos ambientais têm se intensificado a partir das ultimas décadas do


século XIX, período decorrente da introdução de políticas ambientais no Brasil devido
ao crescimento demográfico, os avanços tecnológicos e o aumento da demanda de
produtos. A necessidade de buscar novas alternativas energéticas por meio de fontes
renováveis de energia e a melhor utilização dos recursos existentes para mitigar o
problema da dependência dos combustíveis fósseis para que haja um
desenvolvimento sustentável têm sido objeto de pesquisas no mundo inteiro.

As discussões sobre a necessidade da promoção de soluções sustentáveis através


de fontes energéticas renováveis e a questão do gerenciamento da disposição final
dos resíduos sólidos são problemas de ordem socioeconômico e
ambiental. Considerando que a base da matriz energética mundial tem sido a queima
de combustíveis fósseis e que a mesma vem sendo apontada como uma das
principais causas para o aumento exagerado na concentração de gases que
contribuem para o efeito estufa na atmosfera, demandam-se estudos para avaliar a
viabilidade da implantação de usinas elétricas oriundas de fontes renováveis tal como
as usinas de biogás produzido a partir de aterros sanitários, que se torna uma
alternativa para a solução de dois problemas urbanos atuais que mais preocupam a
sociedade, suas autoridades e a indústria que é o gerenciamento dos resíduos sólidos
urbanos e a eficiência na geração de energia.

Durante muito tempo, os resíduos sólidos foram dispostos de forma inadequada no


meio ambiente, mas a partir da implantação de biotérmicas em aterros sanitários para
utilização do potencial energético produzido pelo biogás gerado através dos
processos de decomposição aeróbica e anaeróbica que como conseguinte geram
diversos gases que através de processos mecânicos são convertidos em energia
elétrica e possibilitam uma nova alternativa de aproveitamento energético para a atual
crise energética. Sob essa perspectiva o presente trabalho tem como objetivo o estudo
da viabilidade técnica e econômica para a implantação e operação de usinas de
biogás gerado em aterros sanitários.
2 METODOLOGIA

Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura especializada, realizada


entre março e junho de 2018, no qual realizou-se uma consulta a livros e periódicos
presentes na Biblioteca da Faculdade Santíssimo Sacramento (FSSS) e por artigos
científicos.

Os artigos selecionados para esta revisão foram identificados por meio de buscas
em inglês, português e espanhol nos bancos de dados eletrônicos SciELO e no
mecanismo de pesquisa do Google acadêmico, combinando os termos de busca
"geração de biogás em aterros sanitarios", "resíduos sólidos urbanos digestão
anaeróbica” e "aterro sanitário". Além disso, as listas de referências dos artigos
selecionados, revisões da literatura e capítulos de livros relevantes foram
pesquisadas manualmente em busca de referências adicionais.
3 ATERROS SANITÁRIOS

3.1 – RESIDUOS SOLIDOS

Segundo (GLÁUCIA ELIZA GAMA VIEIRA1 CARLOS EDUARDO ABRANCHES CAMPOS2

LUANA FAGUNDES TEIXEIRA3 AYMARA GRACIELLY NOGUEIRA COLEN4)a poluição é o resultado


do uso dos recursos naturais para diversas atividades antrópicas, a fim de atender às
demandas da sociedade contemporânea e a seus respectivos setores econômicos,
ou seja, bens de consumo e serviços. Toda forma de produzir vai retirar do meio
ambiente recursos que vão ser transformado em produto, produtos esse que vão para
mãos de pessoas que vai ser usado até um certo tempo, passando esse tempo, será
dado fins como a combustão ou até o descarte em lixos ou lugares impróprio.

“Após a revolução industrial, a urbanização se intensificou em todo o planeta,


a ponto de ser considerada por alguns cientistas como a transformação social mais
importante de nosso tempo” (sachs, 1986, apud figueiredo, 1994: 129). Isso se dar
pela vinda de camponeses das roças para a cidade atrás de melhorias de vida, logo,
houve um aumento na demanda de produtos a ser consumidos, muitos desses
produtos são industrializados e que no final do seu uso gera resíduos.

Para (IPT, 2000) existem outras fontes de geração de resíduos como


por exemplo os hábitos culturais e sociais da população, as variações econômicas e
a evolução tecnológica são grandes causadores de dejetos. Dando ênfase ao
consumismo que criou a cultura do descarte antes do termino da vida útil do produto.

Mediante a tantas mudanças, o que não estávamos preparados era um lugar


para destinar toda essa quantidade de resíduos que produzimos. Hoje grande parte
desses ‘‘lixos’’ são direcionados aos lixões. Isso garante o controle da poluição
ambiental e minimiza os impactos ambientais (ITC, 2000; boscov, 2008). Já por sua
vez, Fiorillo (2011, p. 359) expõe que “aterros sanitários são os locais especialmente
concebidos para receber lixo e projetados de forma a que se reduza o perigo para a
saúde pública e para a segurança”. Portanto, embora muita das vezes são destinados
aos lixões, essa não é a forma correta de destinação desses resíduos.

Os resíduos tratados neste trabalho, definimos como sólidos pela associação


brasileira de normas técnicas (ABNT, NBR 10.004/2004)
"Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades
da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial,
agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os
lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem
como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou exijam
para isso soluções técnica e economicamente inviáveis, em face à
melhor tecnologia disponível".

A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada pela lei federal 12.305
de 02 de agosto de 2010, tem como principal metas a redução, reutilização e
reciclagem, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados
para disposição final ambientalmente adequada e para a eliminação dos lixões que
devem ser substituídos por aterros controlados ou sanitários, bem como a
recuperação das áreas contaminadas pela disposição dos resíduos nos antigos lixões
(BRASIL, 2010).

Com atividade de estocagens e a guarda de resíduos gerados pela sociedade


consumista, os aterros são processos baseados em técnicas sanitárias quem
impermeabiliza o solo com compactação e cobertura diária dos lixos com argila. Essa
cobertura evita o surgimento de ratos, moscas ou até a exalação de odores. Para
evitar o acúmulo de gases ou liquido gerado a decomposição de resíduos orgânicos,
são colocado um dreno nas primeiras camadas de compactações do solo.

Segundo () o chorume é formado


Para a Lei () o tratamento do chorume de ser
A consequência do chorume ao meio ambiente é
Como ele como ser transformado em biogás

O chorume deve ser tratado ou reinserido no aterro. O interior do aterro deve


dispor de um sistema de drenagem de gases que possibilite a coleta do gás metano,
do gás carbônico, da água (vapor), entre outros, formados pela decomposição do
lixo. Esses gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração
de energia. No caso do Brasil, a utilização dos gases pode ser uma forma de
compensação financeira por créditos de carbono, conforme previsto no Protocolo de
Kyoto.
4. BIOGÁS

De acordo com Zanette (2009), o biogás trata-se de uma mistura gasosa resultante
da decomposição de matéria orgânica em condições anaeróbicas. Sendo
dependente da variação de sua composição através materiais orgânicos e do
processo que esse matérial será submetido para a obtenção do gás a ser produzido
são encontrados primariamente metano e dióxido de carbono, mostrando, vestígios
de hidrogênio, nitrogênio, monóxido de carbono, carboidratos saturados ou mesmo
halogêneos e oxigênio. Podendo ser classificado como uma fonte renovavél devido
a natureza do material do qual se deriva ser de origem crescente e continua.

Na disposição de resíduos sólidos em aterros, a recuperação do biogás produzido


tornou-se uma tecnologia padronizada na maioria dos países industrializados para
recuperação de energia e por razões ambientais e de segurança. Cerca de 1000
aterros em todo o mundo realizam a recuperação do biogás, a maioria deles nos
Estados Unidos e Europa (WILLUMSEN, 2003). Além disso, existem mais de 100
plantas de digestão anaeróbica para o tratamento de resíduos sólidos em operação
ou em construção que utilizam a fração orgânica separada dos resíduos sólidos
urbanos para produzir um composto de elevada qualidade ou estabilizar a fração
orgânica antes da disposição em aterros. A capacidade total instalada dessas plantas
é de cerca de 5 milhões de toneladas anuais (IEA, 2005).

Mais recentemente, conforme discutido nas conferências do Rio e Quioto1 , várias


emissões gasosas têm causado sérias preocupações sobre os impactos climáticos,
ambientais e sobre a saúde. As emissões de gases do efeito estufa e ácidos estão
atualmente em níveis que requerem ações imediatas para conter problemas severos
no futuro (IPCC, 2007). Isto é particularmente verdadeiro para o setor energético e
de transportes. Os combustíveis alternativos podem contribuir consideravelmente
para reduzir as emissões. Isto tem sido reconhecido por diversos governos que
lançaram programas e regulamentações para reduzir as emissões. Em particular, a
utilização de biogás como combustível pode reduzir substancialmente as emissões
de gases do efeito estufa, material particulado e de óxidos de nitrogênio (JÖNSSON,
2004).
O biogás também é um combustível adequado para a geração de energia elétrica ou
cogeração. Diversas tecnologias estão disponíveis, sendo as principais aplicações
em geradores com combustão interna e as turbinas a gás (LANTZ, 2004). Para a
geração de eletricidade, a utilização de biogás em sistemas de combustão interna é
uma tecnologia bem estabelecida e extremamente confiável. Milhares de
equipamentos são operados em estações de tratamento de efluentes, aterros e
plantas de biogás. O tamanho dos equipamentos varia de 12 kW em pequenas
fazendas a até vários MW em grandes aterros (IEA, 2005).

Apesar dos diversos usos possíveis, atualmente o biogás é utilizado principalmente


para a geração de eletricidade (cerca de 2/3 da quantidade total, metade obtida em
plantas de co-geração) e para a produção de calor (1/3 restante) – (TRICASE E
LOMBARDI, 2009).

4.1 POTENCIAL ENERGETICO DO BIOGÁS

O aproveitamento energético do biogás, depende dos parâmetros de


incentivos a às fontes alternativas renováveis de energia no Brasil, a viabilidade
econômica dos projetos de produção, a coleta e utilização do biogás, as diversas
barreiras regulatórias e tecnológicas que dificultam o efetivo aproveitamento desta
fonte no Brasil que pode ser utilizado por meio da sua energia térmica, para a geração
de eletricidade, a eliminação do biogás se realiza por combustão em queimadores
instalados no próprio aterro sanitário (Flaire), mas cada vez são mais numerosos os
casos em que se realiza uma recuperação energética através de seu uso como
combustível individual ou como complemento para outro combustível (como o gás
natural e o GLP), combustível em caldeiras,em secadores, motores ou turbinas,
chocadeiras, aquecedores, motores para a geração de energia elétrica e mecânica,
turbinas a gás, fogões, geladeiras, e em muitos outros processos (CASSINI, 2003;
CHERNICHARO, 1997; METCALF & EDDY, 2003).

Dessa forma deve ser considerado o custo do investimento e manutenção para


o projeto especifico, e as vantagens agregadas a esses projetos como a alta redução
de DBO,os baixos custos operacionais e de investimento, a possibilidade de sistemas
descentralizados de tratamento, devem ser analisados para que seja possível obter
o retorno financeiro aceitável, para um projeto dessa dimensão.
5. VIABILIDADE TÉCNICA DE USINAS DE BIOGÁS

O LOCAL DA INSTALAÇÃO DO ATERRO DEVE SER CUIDADOSAMENTE ESCOLHIDO,


ABRANGENDO GRANDES DIMENSÕES E, DEVIDO A ALGUNS INCONVENIENTES COMO MAU
CHEIRO, TRÁFEGO DE CAMINHÕES DE LIXO, DEVE ESTAR LOCALIZADO DISTANTE DAS
CONCENTRAÇÕES URBANAS (COMLURB, 2007). A CAPACIDADE DE UM ATERRO GERAR GÁS
DEPENDE DE MUITOS FATORES COMO, POR EXEMPLO, A COMPOSIÇÃO DO RESÍDUO,
UMIDADE, PH, ENTRE OUTROS. A FORMAÇÃO E TAXA DE GERAÇÃO DOS PRINCIPAIS
CONSTITUINTES DO BIOGÁS É VARIÁVEL AO LONGO DO TEMPO. EM CONDIÇÕES
NORMAIS, A TAXA DE DECOMPOSIÇÃO ATINGE UM PICO ENTRE O PRIMEIRO E SEGUNDO
ANO APÓS SUA DISPOSIÇÃO E DIMINUI CONTINUAMENTE POR ALGUNS ANOS.

6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004: resíduos


sólidos: classificação. Rio de Janeiro, 2004.

IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas. (2000) Lixo municipal: manual de


gerenciamento integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE.

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STA_SIER/V.16%2C%20N.26%20%282015%29/10-ART16-BIOGAS-25-
NOV.PDF

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei 12.305, de 02 de agosto de


2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a lei nº 9605, de 12
de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
3 ago. 2010.

CASSINI, S. T. (Coord.). Digestão de resíduos sólidos orgânicos e


aproveitamento do Biogás. Rio de Janeiro: ABES/Rima, 2003. 210 p. (Projeto
PROSAB)

FIORILLO, Celso AntOnio Pacheco. Curso de Direito Ambiental brasileiro. São


Paulo: Saraiva, 2011.

http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_214_267_27068.pdf .Acesso em
02 de julho de 2018.

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