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Conversão Eletromecânica de Energia

Professor: Manoel Jacinto, D.Sc., IESAM-PA

Instituto de Estudos Superiores da Amazônia

Belém (PA), agosto de 2010

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Circuitos Magnéticos

I Introdução e Conceitos Básicos

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Circuitos Magnéticos

I Introdução e Conceitos Básicos

I Permeabilidade e Saturação

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Introdução e Conceitos Básicos

I Máquinas elétricas e dispositivos eletromecânicos são


constituı́dos por circuitos elétricos e magnéticos acoplados

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Introdução e Conceitos Básicos

I Máquinas elétricas e dispositivos eletromecânicos são


constituı́dos por circuitos elétricos e magnéticos acoplados
I Por um circuito magnético entende-se um percurso para o
fluxo magnético, tal como um circuito elétrico fornece um
percurso para o fluxo de corrente elétrica

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Introdução e Conceitos Básicos

I Máquinas elétricas e dispositivos eletromecânicos são


constituı́dos por circuitos elétricos e magnéticos acoplados
I Por um circuito magnético entende-se um percurso para o
fluxo magnético, tal como um circuito elétrico fornece um
percurso para o fluxo de corrente elétrica
I As fontes de fluxo magnético são correntes elétricas e ı́mãs
permanentes

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Introdução e Conceitos Básicos

I Máquinas elétricas e dispositivos eletromecânicos são


constituı́dos por circuitos elétricos e magnéticos acoplados
I Por um circuito magnético entende-se um percurso para o
fluxo magnético, tal como um circuito elétrico fornece um
percurso para o fluxo de corrente elétrica
I As fontes de fluxo magnético são correntes elétricas e ı́mãs
permanentes
I Em máquinas elétricas, condutores conduzindo corrente
interagem com campos magnéticos (se decorrentes de
correntes elétricas em condutores ou de ı́mãs permanentes),
resultando na conversão eletromecânica de energia (CEE)

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Introdução e Conceitos Básicos

Considere um condutor de comprimento L localizado entre os polos


de um ı́mã. A Figura ilustra, um condutor conduzindo uma
corrente I e perpendicular às linhas de fluxo magnético.

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Introdução e Conceitos Básicos

Experimentalmente o condutor experimenta uma força F , a direção


da qual é mostrada na figura (acima) e cuja intensidade é dada por

F = BIL

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Introdução e Conceitos Básicos

Experimentalmente o condutor experimenta uma força F , a direção


da qual é mostrada na figura (acima) e cuja intensidade é dada por

F = BIL

I B é a intensidade da densidade de fluxo magnético B, cuja


direção é dada pelas linhas de fluxo

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Introdução e Conceitos Básicos

Experimentalmente o condutor experimenta uma força F , a direção


da qual é mostrada na figura (acima) e cuja intensidade é dada por

F = BIL

I B é a intensidade da densidade de fluxo magnético B, cuja


direção é dada pelas linhas de fluxo
I A unidade do SI de B ou B é o tesla (T)

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Introdução e Conceitos Básicos

Experimentalmente o condutor experimenta uma força F , a direção


da qual é mostrada na figura (acima) e cuja intensidade é dada por

F = BIL

I B é a intensidade da densidade de fluxo magnético B, cuja


direção é dada pelas linhas de fluxo
I A unidade do SI de B ou B é o tesla (T)
I Da equação, B pode ser definida como a força por unidade de
momento de corrente

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Introdução e Conceitos Básicos
A equação F = BIL é uma expressão da lei de Ampère, a expressão
mais geral, que serve para uma orientação arbitrária do condutor
no que diz respeito às linhas de fluxo, é
F = I L × B,
em que L é um vetor de intensidade L na direção da corrente.

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Introdução e Conceitos Básicos
A equação F = BIL é uma expressão da lei de Ampère, a expressão
mais geral, que serve para uma orientação arbitrária do condutor
no que diz respeito às linhas de fluxo, é
F = I L × B,
em que L é um vetor de intensidade L na direção da corrente.

A Figura ilustra a força perpendicular ao condutor e o campo


magnético

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Introdução e Conceitos Básicos

A Figura ilustra o vetor n para fora normal à área elementar ds da


superfı́cie S

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Introdução e Conceitos Básicos

O fluxo magnético, φ, através de uma dada superfı́cie (aberta ou


fechada) é o fluxo de B através dessa superfı́cie; isto é
Z Z
φ= B · dS = B · ndS
S S

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Introdução e Conceitos Básicos

O fluxo magnético, φ, através de uma dada superfı́cie (aberta ou


fechada) é o fluxo de B através dessa superfı́cie; isto é
Z Z
φ= B · dS = B · ndS
S S

No caso B seja constante em intensidade e em toda parte


perpendicular à superfı́cie, de área A, a equação acima reduz-se a

φ = BA, Wb

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Introdução e Conceitos Básicos

O fluxo magnético, φ, através de uma dada superfı́cie (aberta ou


fechada) é o fluxo de B através dessa superfı́cie; isto é
Z Z
φ= B · dS = B · ndS
S S

No caso B seja constante em intensidade e em toda parte


perpendicular à superfı́cie, de área A, a equação acima reduz-se a

φ = BA, Wb

a partir da qual
φ
B= , Wb/m2
A

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Introdução e Conceitos Básicos

A Figura ilustra um percurso fechado, em forma espira, percorrido


N vezes pela corrente I

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Introdução e Conceitos Básicos
A relação mútua entre uma corrente elétrica e um campo
magnético é dado pela lei circuital de Ampère, uma forma da qual é
I
H · dL = I , A/m

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Introdução e Conceitos Básicos
A relação mútua entre uma corrente elétrica e um campo
magnético é dado pela lei circuital de Ampère, uma forma da qual é
I
H · dL = I , A/m

em que H é definida como a intensidade de campo magnético


devido a corrente I

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Introdução e Conceitos Básicos
A relação mútua entre uma corrente elétrica e um campo
magnético é dado pela lei circuital de Ampère, uma forma da qual é
I
H · dL = I , A/m

em que H é definida como a intensidade de campo magnético


devido a corrente I

De acordo com a Equação (acima), a integral da componente


tangencial de H em volta de um percurso fechado é igual à
corrente envolvida pelo percurso, ou seja
I
H · dL = NI ≡ =,

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Introdução e Conceitos Básicos
A relação mútua entre uma corrente elétrica e um campo
magnético é dado pela lei circuital de Ampère, uma forma da qual é
I
H · dL = I , A/m

em que H é definida como a intensidade de campo magnético


devido a corrente I

De acordo com a Equação (acima), a integral da componente


tangencial de H em volta de um percurso fechado é igual à
corrente envolvida pelo percurso, ou seja
I
H · dL = NI ≡ =,

em que = (ou NI ) é conhecida como a força magnetomotriz


(fmm).

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Introdução e Conceitos Básicos
A relação mútua entre uma corrente elétrica e um campo
magnético é dado pela lei circuital de Ampère, uma forma da qual é
I
H · dL = I , A/m

em que H é definida como a intensidade de campo magnético


devido a corrente I

De acordo com a Equação (acima), a integral da componente


tangencial de H em volta de um percurso fechado é igual à
corrente envolvida pelo percurso, ou seja
I
H · dL = NI ≡ =,

em que = (ou NI ) é conhecida como a força magnetomotriz


(fmm). A unidade de = é o amperes, como I .

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Introdução e Conceitos Básicos
A relação mútua entre uma corrente elétrica e um campo
magnético é dado pela lei circuital de Ampère, uma forma da qual é
I
H · dL = I , A/m

em que H é definida como a intensidade de campo magnético


devido a corrente I

De acordo com a Equação (acima), a integral da componente


tangencial de H em volta de um percurso fechado é igual à
corrente envolvida pelo percurso, ou seja
I
H · dL = NI ≡ =,

em que = (ou NI ) é conhecida como a força magnetomotriz


(fmm). A unidade de = é o amperes, como I . Entretanto, neste
estudo será seguido a conversão comum citando = em
amperes-volta (Av).
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Introdução e Conceitos Básicos

O fluxo magnético, a densidade de fluxo magnético, a força


magnetomotriz e a permeabilidade são as quantidades básicas
pertinentes à avaliação do desempenho de circuitos magnéticos.

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Introdução e Conceitos Básicos

O fluxo magnético, a densidade de fluxo magnético, a força


magnetomotriz e a permeabilidade são as quantidades básicas
pertinentes à avaliação do desempenho de circuitos magnéticos.

O fluxo, Φ, e a fmm, =, estão relacionadas entre si por


=
Φ= ,
<

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Introdução e Conceitos Básicos

O fluxo magnético, a densidade de fluxo magnético, a força


magnetomotriz e a permeabilidade são as quantidades básicas
pertinentes à avaliação do desempenho de circuitos magnéticos.

O fluxo, Φ, e a fmm, =, estão relacionadas entre si por


=
Φ= ,
<
em que < é conhecida como a relutância do circuito magnético.

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Permeabilidade Magnética e Saturação

I Permeabilidade Magnética:

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Permeabilidade Magnética e Saturação

I Permeabilidade Magnética: é o grau de magnetização


de um material em resposta a um campo magnético

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Permeabilidade Magnética e Saturação

I Permeabilidade Magnética: é o grau de magnetização


de um material em resposta a um campo magnético

I Curvas de Saturação (ou Magnetização):

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Permeabilidade Magnética e Saturação

I Permeabilidade Magnética: é o grau de magnetização


de um material em resposta a um campo magnético

I Curvas de Saturação (ou Magnetização): nos


materiais ferromagnéticos, µ não é constante, devido a isso,
analisa-se o comportamento magnético do material utilizando
as curvas

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Permeabilidade Magnética e Saturação

I Permeabilidade Magnética: é o grau de magnetização


de um material em resposta a um campo magnético

I Curvas de Saturação (ou Magnetização): nos


materiais ferromagnéticos, µ não é constante, devido a isso,
analisa-se o comportamento magnético do material utilizando
as curvas

I Material Isotrópico:

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Permeabilidade Magnética e Saturação

I Permeabilidade Magnética: é o grau de magnetização


de um material em resposta a um campo magnético

I Curvas de Saturação (ou Magnetização): nos


materiais ferromagnéticos, µ não é constante, devido a isso,
analisa-se o comportamento magnético do material utilizando
as curvas

I Material Isotrópico: material com as mesmas


caracterı́sticas em todas as direções.

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Permeabilidade Magnética e Saturação

I Permeabilidade Magnética: é o grau de magnetização


de um material em resposta a um campo magnético

I Curvas de Saturação (ou Magnetização): nos


materiais ferromagnéticos, µ não é constante, devido a isso,
analisa-se o comportamento magnético do material utilizando
as curvas

I Material Isotrópico: material com as mesmas


caracterı́sticas em todas as direções. Por exemplo, o aço e o
betão constituem materiais que podem ser considerados
isotrópicos

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Permeabilidade e Saturação
Em meio material isotrópico, H, que é determinado por cargas em
movimento (correntes) somente, e B, que depende também das
propriedades do meio, são relacionados por by

B = µH,

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Permeabilidade e Saturação
Em meio material isotrópico, H, que é determinado por cargas em
movimento (correntes) somente, e B, que depende também das
propriedades do meio, são relacionados por by

B = µH,

em que µ é definida como a permeabilidade do meio, medida em


henrys por metro (H/m).

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Permeabilidade e Saturação
Em meio material isotrópico, H, que é determinado por cargas em
movimento (correntes) somente, e B, que depende também das
propriedades do meio, são relacionados por by

B = µH,

em que µ é definida como a permeabilidade do meio, medida em


henrys por metro (H/m).Para o vácuo, tem-se

B = µ0 H,

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Permeabilidade e Saturação
Em meio material isotrópico, H, que é determinado por cargas em
movimento (correntes) somente, e B, que depende também das
propriedades do meio, são relacionados por by

B = µH,

em que µ é definida como a permeabilidade do meio, medida em


henrys por metro (H/m).Para o vácuo, tem-se

B = µ0 H,

em que µ0 , a permeabilidade do vácuo, tem o valor 4π × 10−7


H/m.
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Permeabilidade e Saturação

Como o material do núcleo de uma máquina elétrica é geralmente


ferromagnético, e a variação de B com H é não-linear. A Figura
ilustra uma tı́pica curva de saturação

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Permeabilidade e Saturação

Da Figura (acima) é claro que a inclinação da curva depende da


densidade de fluxo operacional, como classificada em regiões I, II e
III. Isto leva-nos ao conceito de diferentes tipos de permeabilidade.
Reescrevendo B = µH, obtém-se

B = µH = µr µ0 H, (1)

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Permeabilidade e Saturação

Da Figura (acima) é claro que a inclinação da curva depende da


densidade de fluxo operacional, como classificada em regiões I, II e
III. Isto leva-nos ao conceito de diferentes tipos de permeabilidade.
Reescrevendo B = µH, obtém-se

B = µH = µr µ0 H, (1)

em que µ é denominado permeabilidade e µr = µ/µ0 é chamado


de permeabilidade relativa.

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Permeabilidade e Saturação

Da Figura (acima) é claro que a inclinação da curva depende da


densidade de fluxo operacional, como classificada em regiões I, II e
III. Isto leva-nos ao conceito de diferentes tipos de permeabilidade.
Reescrevendo B = µH, obtém-se

B = µH = µr µ0 H, (1)

em que µ é denominado permeabilidade e µr = µ/µ0 é chamado


de permeabilidade relativa.

A inclinação da curva B − H é chamada de permeabilidade


diferencial
1 dB
µd ≡
µ0 dH

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Permeabilidade e Saturação

A permeabilidade inicial é definida como


B
µi ≡ lim
H→0 H

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Permeabilidade e Saturação

A permeabilidade inicial é definida como


B
µi ≡ lim
H→0 H

A permeabilidade relativa na região I é aproximadamente constante


e igual à permeabilidade inicial. Em todas as três regiões, a relação
entre B e H em um ponto na curva é conhecido como
permeabilidade da amplitude
1 B
µa ≡
µ0 H

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Exercı́cio

1. Encontre a intensidade do campo magnético devido a um


condutor reto infinitamente longo fluindo uma corrente I em
amperes, em um ponto r metros de distância do condutor.

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Exercı́cio

1. Encontre a intensidade do campo magnético devido a um


condutor reto infinitamente longo fluindo uma corrente I em
amperes, em um ponto r metros de distância do condutor.

2. No condutor do problema 1 flui uma corrente de 100 A e está


localizado no ar. Determine a densidade de fluxo em um ponto
0, 05 m de distância do condutor.

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3. Um loop retangular está localizado no campo do condutor do
problema 1 como ilustrado na Figura. Qual é o fluxo total de
ligação com o loop?

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