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A Ciência e o Declínio das Artes Liberais

Posted: 14 Oct 2010 04:47 PM PDT

DEXTRA
THURSDAY, OCTOBER 14, 2010

Patrick J. Deneen, para a The New Atlantis, edição de verão/inverno, 2010.


Artigo original AQUI.

O estado escandaloso da universidade moderna pode ser atribuído a várias deturpaçãos que
penetraram fundo nas disciplinas de Humanidades. A universidade já foi o local exato das
Humanidades: educação sobre os grandes livros; hoje, é mais provável encontrar lá
doutrinação em Multiculturalismo, Estudos da Deficiência,Estudos Gays, Estudos Pós-
Coloniais, um monte de categorias de raça, gênero e classe. As Humanidades atualmente
parecem estar se desvanecendo em presença e poder na moderna universidade, em grande
parte por causa de sua irrelevância solipcística, que previsivelmente aumentou o desinteresse
dos alunos por elas.

Embora os críticos do sequestro das Humanidades possam estar inclinados a ver sua nova
irrelevância como um motivo para comemorar, ela deveria ser uma profunda fonte de
preocupação e o estímulo para esforços renovados em insistir em seu lugar central nas Artes
Liberais, corretamente entendidas. Entretanto, para recuperar o lugar de direito das
Humanidades, é necessário primeiro diagnosticar as origens de sua decadência. Estas origens
precisam ser vistas em um quadro amplo, não começando simplesmente no clima lireracionista
dos anos 60, mas tendo um pedigree que remonta a séculos, ao invés de décadas. A crise das
Humanidades na verdade começou no início da Idade Moderna, com a idéia de que uma nova
ciência era necessária para substituir a "velha ciência" das Artes Liberais, uma nova ciência
que não buscasse mais simplesmente entender o mundo e suas criaturas, mas transformá-las.
Este impulso deu origem, primeiro, a uma revolução científica na teoria e, por fim, a uma
revolução científica, industrial e tecnológica, na prática. E o mais importante: ela viabilizou
teorias de racionalização e padronização de método, ao mesmo tempo em que rejeitava as
pretensões mais antigas da tradição e da cultura, do culto e do credo, do mito e da ficção. Ela
deu origem a prosperidade, oportunidade, abertura, descoberta e tecnologia sem precedentes -
contribuindo grandemente para o que Francis Bacon chamou de "o alívio da condição do
homem." Mas ao mesmo tempo, ao suprimir as Humanidades, ela tornou a humanidade cada
vez mais sujeita a um tipo de hubris incontrolável. Infelizmente, a ciência moderna aspira a
transcender o domínio da natureza rumo ao domínio da natureza humana, a última fronteira
para seu domínio. A supressão das Humanidades levou inevitavelmente a um desdém gnóstico
pelo humano.

Uma diferente concepção de conhecimento se encontrava anteriormente no coração da


educação liberal. Ela era pré-moderna em suas origens, e era principalmente religiosa, cultural,
sua autoridade emanando das tradições de fé e práticas culturais que uma geração buscava
passar para a próxima. Ela ainda existe em muitos campus como um palimpsesto que um olho
atento ainda consegue ler - os prédios góticos; os títulos de "professor," "deão," "reitor"; as
becas flutuantes, vestidas uma ou duas vezes por ano em ocasiões cerimoniais - estas e
outras presenças e práticas remanescentes são fragmentos de uma tradição mais velha, ainda
bem viva na maioria dos campus universitários, mas lembretes, entretanto, do que um dia já foi
o espírito animador destas instituições.

Durante séculos, as disciplinas humanísticas estiveram no coração da universidade; embora as


ciências fossem parte integral da educação original nas Artes Liberais, estas últimas, sim, eram
consideradas a principal via rumo a um entendimento da ordem natural e criada da qual a
humanidade era a coroa. Reconhecendo o homem como o objeto mais merecedor de estudo,
mas, pela mesma razão, o mais desafiador, esta tradição mais velha procurava adotar uma
ética de humildade: buscar entender ao mesmo tempo em que adimite a insuficiência da
capacidade humana para algum dia entender completamente.

"A ciência mais velha" reconhecia que uma característica única do homem era sua capacidade
para a liberdade: não movido pelo simples instinto, o homem era singular entre as criaturas por
sua habilidade em escolher, em dirigir e ordenar conscientemente sua vida. Esta liberdade,
como entendida pelos antigos e pelas religiões bíblicas, estava sujeita a mal-uso e excesso:
algumas das histórias mais velhas de nossa tradição, inclusive a história da queda do Éden,
falavam da propensão humana a usar mal a liberdade. Entender a nós mesmos era entender
como usar bem nossa liberdade e especialmente como controlar apetites que pareciam
insaciáveis. As Artes Liberais reconheciam que a submissão a estes apetites sem limites
resultaria na perda de nossa liberdade e refletiriam nossa escravização ao desejo. Elas
buscavam encorajar aquela tarefa difícil de negociar o que era permitido e o que era proibido, o
que constituía o mais alto e melhor uso de nossa liberdade e quais de nossas ações eram
hubrísticas, imorais, erradas. Ser livre - liberal - era em si uma arte, algo que se aprendia não
por natureza ou instinto, mas por refinamento e educação. No centro das Artes Liberais
estavam as Humanidades, a educação de como ser um ser humano. Cada nova geração era
encorajada a consultar as grandes obras de nossa tradição, os vastos poemas épicos, as
tragédias e comédias clássicas, as reflexões dos filósofos e teólogos, a Palavra revelada de
Deus, os livros incontáveis que buscaram nos ensinar o que era ser um humano - sobretudo,
como usar bem nossa liberdade.

A Ascensão da Multiversidade
No século XIX, as instituições americanas de ensino superior começaram a emular as
universidades alemãs, dividindo-se em disciplinas especializadas e enfatizando a
especialização e a descoberta de novos conhecimentos. As bases religiosas da universidade
se dissolveram, a visão abrangente que a religião tinha oferecido não eram mais um guia. O
que tinha sido o principio organizador para os esforços da universidade - a tradição da qual a
faculdade recebia sua vocação - foi sistematicamente desmontada. Na parte central do século
XX, uma ênfase renovada no treino científico e na inovação tecnológica - estimulados por
investimentos maciços do governo nas "artes e ciências úteis" - reorientaram ainda mais muitas
das prioridades do sistema universitário.

Quando os críticos conservadores de nossas universidades lamentam hoje o declínio da


educação liberal, eles deploram sua substituição por uma agenda politizada tendente à
esquerda. Mas a verdade mais profunda é que a educação liberal foi mais fundamentalmente
substituída por uma educação científica fortalecida pelas demandas da competição global.
Embora os conservadores talvez quisessem dividir a culpa com aquelas faculdades cada vez
mais irrelevantes cujo pós-modernismo tinha se tornado uma forma de ortodoxia institucional
antiquada, a verdade é que a ascensão deste tipo de faculdade foi uma resposta a condições
que já estavam tornando a educação liberal irrelevante, um esforço auto-destrutuvo para tornar
as Humanidades "atuais." Estes supostos radicais - na maior parte ex-filhos burgueses dos
anos 60 - não eram agentes de libertação, mas antes sintomas do negligenciamento das Artes
Liberais no amanhecer de uma nova era de ciência reforçada por competição global.

Declarando a idéia da universidade estar se tornando um arcaísmo, o reitor da Universidade da


Califórnia, Clark Kerr, saudou, em suas Palestras de Godkin, de 1963 (mais tarde expandidas e
publicadas como o imensamente influente As Utilidades da Universidade), a ascensão de um
novo sistema, a Multiversidade, uma entidade "central na industrialização posterior da nação,
para aumentos espetaculares na produtividade com a riqueza subsequente, para a extensão
substancial da vida humana e para a supremacia militar e científica mundiais." Os incentivos e
motivações da faculdade seriam cada vez mais adequados ao novo imperativo científico de
criar conhecimento novo: a instrução na faculdade enfatizaria a criação de trabalho original, e a
cátedra seria alcançada através da publicação de um corpus de tal trabalho e a aprovação de
especialistas avançados da área. Nascia um mercado de contratação e recrutamento
universitários.

A Universidade deveria ser reestruturada para incentivar a motivação e o progresso. Os


reformadores educacionais seguiram a liderança de John Dewey, ao lutar para substituir a
"leitura de livros" com a ação. Entendeu-se que o passado oferecia pouca orientação em um
mundo orientado em direção ao progresso futuro. Dewey sustentou que

isto que se ensina [hoje] é considerado essencialmente estático: É ensinado como um produto
acabado, com pouca relação seja com os modos como foi construído ou com as mudanças que
certamente ocorrerâo no futuro. É, em grande medida, o produto cultural de sociedades que
supuseram que o futuro seria bastante parecido com o passado, e é usado, entretanto, como
alimento educacional em uma sociedade onde a mudança é a regra, não a exceção.

No coração da velha universidade estava a biblioteca, normalmente um belo prédio e quase


sempre ocupando um lugar central no campus, a par de seu lugar central na transmissão da
cultura e da tradição. Na exposição de Dewey, o lugar de preeminência era, ao invés disto,
ocupado pelo laboratório. (Na verdade, John Dewey começou o Colégio Laboratório em
Chicago, substituindo um currículum baseado em livros por um "aprendizado experimental")
Cursos centrais - formados originalmente pelo entendimento do que as gerações mais velhas
tinham vindo a considerar necessário para a formação de seres humanos completos - foram
cada vez mais substituídos ou por "requisitos de distribuição" ou nenhum requisito sequer, na
crença de que os jovens alunos seriam livres para estabelecer seu curso de estudos de acordo
com suas próprias luzes.

Em resposta a estas mudanças tectônicas, as Humanidades começaram a questionar seu


lugar na universidade. Os que a exerciam ainda estudavam os grandes textos, mas se o
exercício permanecia o mesmo, o objetivo era cada vez menos claro. Ainda tinha sentido
ensinar aos jovens os desafios instrutivos de como usar bem a liberdade, se cada vez mais o
mundo científico parecia tornar aquelas lições desnecessárias? Seria possível uma abordagem
baseada na cultura e na tradição continuar relevante em uma época que valoriza, acima de
tudo, inovação e progresso? Como as Humanidades poderiam provar seu valor, aos olhos dos
administradores e do público mais amplo?

Liberalismo e Libertação
Estas dúvidas dentro das Humanidades se tornaram um canteiro fértil para tendências auto-
destrutivas. Informados por teorias Heideegerianas que davam primazia à libertação da
vontade, primeiro o Pós-Estruturalismo e depois o Pós-Modernismo criaram raízes. Estas e
outras abordagens, embora aparentemente hostis às pretensões racionalistas das ciências,
foram encampadas, devido à necessidade de se adaptar às reivindicações acadêmicas sendo
feitas pelas ciências naturais, especialmente por conhecimento "progressista." A faculdade
podia demonstrar seu progressismo mostrando como eram retrógrados os textos; elas podiam
"criar conhecimento" mostrando sua própria superioridade sobre os autores que estudavam,
elas podiam exibir seu anti-tradicionalismo atacando os próprios livros que eram a base de sua
disciplina. Filosofias que pregavam a "hermenêutica da desconfiança," que exultavam em expor
o modo como os textos foram profundamente informados por preconceitos inegualitários, e que
até questionavam a idéia de que os textos continham qualquer "ensinamento" que fosse,
ofereceram às Humanidades a possibilidade de provar serem elas mesmas relevantes nos
termos estabelecidos pela abordagem científica moderna. Adotando um jargão conhecido
apenas por alguns "especialistas", elas podiam emular o sacerdócio científico - traindo a lei
original das Humanidades de guiar os alunos através da herança cultural e dos ensinamentos
dos livros clássicos. Os professores de Humanidades mostraram seu valor destruindo a coisa
que estudavam.

Subjacente a esta auto-imolação estava uma aceitação do entendimento moderno da


liberdade. Para as Humanidades, há muito a liberdade tinha sido entendida como uma
realização da disciplina severa, uma vitória sobre o apetite e o desejo. Mas no século XX, as
Humanidades adotaram o entendimento moderno e científico, que sustenta que a liberdade é
constituída pela remoção dos obstáculos, pela superação dos limites, pela transformação do
mundo - seja o mundo da natureza ou a natureza da própria humanidade. Assim, a educação
passou a ser vista como um processo de libertação do auto-controle. A Pós-Modernidade
procurou expor todas as formas de poder e controle, dando a entender que a condição humana
ideal era a da completa liberdade - até a liberdade daquilo que um dia foi considerado humano.

E assim, no esforço de superar seus rivais científicos, as Humanidades se tornaram a mais


ubiquamente liberativa das disciplinas, desafiando (embora de forma inepta) até a legitimidade
do empreendimento científico. As condições naturais - tais como as inescapavelmente ligadas
aos fatos biológicos da sexualidade humana - passaram a ser consideradas como "socialmente
construídas," inclusive o "gênero" e a "heteronormatividade." A natureza não é mais um
parâmetro em sentido algum, já que a natureza agora é manipulável. Por que aceitar qualquer
um dos fatos da biologia, se estes "fatos" podem ser alterados? Se o homem tiver algum tipo
de "natureza", então a única característica permanente que parecerá aceitável será a
centralidade da vontade - a afirmação crua de poder por sobre quaisquer constrangimentos ou
limites que poderiam limitar a ele e às possibilidades sem fim de auto-reprodução daquela.

As circunstâncias atuais apenas aceleraram a morte das Humanidades. Na ausência de


defensores vigorosos de sua existência nos campus, hoje em dia, a combinação de exigências
de "utilidade" e "relevância" , paralelamente à realidade de orçamentos em retração,
provavelmente tornarão as Humanidades uma parte ainda menor da universidade. Elas
persistirão, de alguma forma, como uma vitrine de butique, um ornamento que indica respeito
pela alta erudição, mas a trajetória das Humanidades continua sendo declinante.

Embora poucos professores de Humanidades agora consigam expor razões para protestos, eu
prefiro pensar que as Humanidades de antigamente seriam capazes de se sair com uma
argumentação poderosa contra esta tendência. O alerta seria muito simples: no fim do caminho
da libertação está a escravidão. A libertação de todos os obstáculos é, no fim, ilusória, porque
o apetite humano é insasiável e o mundo é limitado. Sem domínio sobre nossos desejos, nós
seremos eternamente movidos por eles, nunca satisfeitos com sua posse.

A resposta da liderança de nossa nação e nossas instituições de ensino superior à recente


crise econômica não é promissora, a este respeito. Ausente da tentativa de dominar a situação
com ferramentas pseudo-científicas - os apelos por regulamentação, por melhor conhecimento
técnico dos mercados financeiros - está uma simples porém esquecida verdade moral: Nós não
podemos viver além de nossos meios.

Nas faculdades de todo o país, bancas de discussões organizadas por causa da crise
econômica têm deplorado coisas como a ausência de supervisão, um regime regulatório
leniente, a incompetência das entidades públicas e privadas em distribuir crédito ou
desenvolver produtos financeiros complexos. Mas qual reitor ou líder de universidade admitiu
que havia alguma culpabilidade da parte de sua própria instituição por falhar em educar bem
seus alunos? Afinal de contas, foram os melhores universitários das instituições de elite da
nação que ocupavam as posições de prestígio nas instituições financeiras e políticas de todo o
país e que ajudaram a precipitar esta crise. Nossas universidades tomam crédito prontamente
por seus estudiosos de Rhodes e vencedores do prêmio Fulbright. E aqueles universitários que
ajudaram a cultivar um ambiente de ganância e golpes para enriquecimento rápido? Será que
temos tanta certeza assim de que eles não aprenderam perfeitamente bem as lições que
receberam na faculdade?

Para Recuperar a Educação Liberal


Se quisermos evitar os excessos da modernidade - o achatamento do espírito, uma ética do
consumo, a dilapidação dos recursos do mundo - nós devemos tentar restaurar as Artes
Liberais. Embora tenha restado uma grande miscelânea deFaculdades de Artes Liberais, a
maioria das instituições de Artes Liberais se baseou profundamente nos pressupostos da
perspectiva científica. A contratação e a promoção são feitas cada vez mais de acordo com as
exigências da produtividade de pesquisa. Os departamentos e as faculdades de Artes Liberais
operam à sombra das principais instituições de pesquisa, nas quais as prioridades
aparentemente científicas dominam - e então elas internalizaram estas prioridades, mesmo que
não se adequem bem ao cenário das Artes Liberais. O resultado é que muitas destas
instituições aspiram incoerentemente ao status de elite macaqueando as universidades de
pesquisa.

Entretanto, seu reestabelecimeno não está totalmente fora do alcance. Quando consideramos
a história das Artes Liberais, reconhecemos corretamente uma variedade de instituições
diferentes, a maioria com filiação religiosa (ao menos passada). A maioria foi formada tendo
alguma relação com as comunidades nas quais foram construídas - fosse por suas tradições
religiosas, pela a atenção dada aos tipos de perspectivas profissionais que a economia local
permitiria, por uma íntima associação com os "anciãos" da localidade, por uma forte
identificação com o lugar ou por um possível corpo estudantil atraído da vizinhança. A maioria
procurava uma educação liberal não para libertar seus alunos do local e do "ancestral," mas
para imergi-los nas tradições de que eles vieram, aprofundando seu conhecimento das fontes
de suas crenças, buscando devolvê-los a suas comunidades, onde se esperará deles que
contribuam para o bem-estar cívico e a continuidade.

Até o século XX, a maior parte das instituições de Artes Liberais clássicas fundadas dentro de
uma tradição religiosa exigiam não só conhecimento dos grandes textos da tradição - incluindo
(e especialmente) a Bíblia - mas um comportamento correspondente que constituía um tipo de
"habituação" às virtudes aprendidas em sala de aula. A frequência compulsória na capela ou na
missa, regras para a interação entre alunos e alunas, atividades extra-curriculares
supervisionadas por adultos e os cursos obrigatórios de filosofia moral (muitas vezes
ministrados pelo diretor da respectiva faculdade) buscavam integrar as Humanidades e os
estudos religiosos da sala de aula com a vida diária dos alunos.

Baseada em um entendimento clássico ou cristão da liberdade, esta forma de educação foi


empreendida com vistas a enfocar nossa dependência - não nossa autonomia - e nossa
necessidade de auto-controle. Como o ensaísta e agricultorWendell Berry escreveu, os limites

não são a condenação que podem parecer. Pelo contrário, eles nos devolvem
a nossa real condição e nossa herança humana, da qual nossa auto-definição
como animais ilimitados há muito nos amputou. Toda tradição religiosa de que
tenho conhecimento, mesmo reconhecendo nossa natureza animal, nos define
especificamente como humanos - ou seja, como animais (se esta palavra ainda
se aplicar) capazes de viver não só dentro de limites naturais, mas também
dentro de limites culturais auto-impostos. Como criaturas terrenas, nós
vivemos, por necessidade, dentro de limites naturais, que podemos descrever
por nomes tais como "Terra", "ecossistema". "bacia hidrográfica" ou "lugar."
Mas como humanos, nós podemos escolher responder a esta localização
necessária por meio dos auto-limites aos quais a sociabilidade, o bom governo,
a parcimônia, a temperança, a generosidade, o zelo, a gentileza, a amizade, a
generosidade e o amor obrigam.

Uma educação baseada em um conjunto de condições culturais partiria da natureza e operaria


em concordância com ela, por meio de atividades como a agricultura, o profissionalismo, o
serviço religioso, a ficção, a memória e a tradição; ela não buscaria a rendição da natureza. Ela
adotaria como responsabilidade fundamental a transmissão da cultura - não sua rejeição ou
transcendência. Evitaria o tipo de filosofia desenraizada recomendada por uma educação
baseada num mero "pensamento critico" e não se curvaria à trajetória intelectual exigida por
nosso sistema econômico global.

Por fim, uma educação liberal restaurada não seria uma libertação do "ancestral" ou da
natureza, mas uma educação sobre os limites que a cultura e a natureza nos impõe - uma
educação sobre como viver de um modo que não nos tente rumo a formas prometéicas de
auto-engrandecimento individual e generacional.
E particularmente numa era em que nos familiarizamos cada vez mais com as consequências
de viver somente no e para o presente, quando muitos de nós não conseguimos viver dentro
de nossos meios -seja financeira ou ambientalmente - , nós nos beneficiaríamos com uma
restauração do entendimento correto da liberdade: não como uma libertação dos limites, mas
antes como uma capacidade de nos controlarmos. Este auto-controle, igualmente
recomendado por tradições antigas e religiosas, torna possível uma forma de liberdade mais
verdadeira - liberdade da escravidão em relação a nossos apetites e à força destruidora deles.

Patrick J. Deneen é professor adjunto de Ciências Políticas na Universidade de


Georgetown, onde ocupa a Cadeira de Estudos Helenisticos Markos e Eleni
Tsakopoulos-Kounalakis e é diretor-fundador do Forum Tocqueville sobre as Raízes da
Democracia Americana.

Tradução do blog DEXTRA.


Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a
verdade mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará
em paz com Deus e com você mesmo.

No "Novo Mundo Possível" os satanistas são santos, intocáveis,


lindos, cheirosos e gostosos, mesmo que tenham matado, explodido
pessoas, sequestrado, roubado e torturado: Petistas afirmam que irão
insistir em nova interpretação da Lei da Anistia.

Posted: 14 Oct 2010 02:13 PM PDT

Da Folha, íntegra aqui.

Trecho

"O ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) e o ex-ministro da Justiça Tarso


Genro, governador eleito do Rio Grande do Sul, afirmaram que vão insistir na
revisão da interpretação da Lei da Anistia (1979). O argumento é que o perdão
não deve contemplar agentes do Estado acusados de crimes considerados
comuns e imprescritíveis, como tortura e desaparecimento forçado."

Voltando: isto aí é mais um trecho daquilo que seria o desgoverno de DILMA, A ABORTISTA.
Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a
verdade mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará
em paz com Deus e com você mesmo.

Colombia eleita para o Conselho de Segurança da ONU

Posted: 14 Oct 2010 12:57 PM PDT

Do El Nuevo Herald

Tradução: Arlindo Montenegro

El Nuevo Herald, 13/10/10

Por Edith M. Lederer/AP/Nações Unidas


El Nuevo Herald, 13/10/10

Nesta terça-feira, a Colombia foi eleita para representar a América Latina no


Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A Colombia, Africa do Sul e India, obtiveram, sem oposição, os assentos reservados para a AL,
Africa e Asia, respectivamente, na primeira votação realizada pelos 192 membros da Assembléia
Geral.

O Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, agradeceu aos 186 países que votaram pela
eleição da Colombia para o Conselho de Segurança.

"É uma grande honra para o nosso país", disse o governante no município de El Dovio,
departamento de Cauca, a 240 km a Oeste de Bogotá. "Quero agradecer daqui, aos 186
países que apoiaram a Colombia, entre os 192 presentes".

A Alemanha também obteve um lugar, em renhida luta com Portugal, conseguindo o segundo
lugar para as nações pró-ocidentais, depois que o Canada retirou sua candidatura.

Dez dos 15 assentos do Conselho são ocupados por representantes de cada região do mundo, dos
quais 5 são eleitos a cada ano, para representar cada região por dois anos. Os cinco assentos
restantes são reservados aos membros permanentes, com direito a veto: EUA, Grã Bretanha,
França, Russia e China.

A Alemanha recebeu 128 votos, um a mais que os dois terços requeridos. Portugal recebeu 122 e
o Canadá 114 votos. Na eleição efetuada por voto secreto, os candidatos precisam de maioria de
dois terços para ganhar o assento.

Nas votações sem oposição, a Colombia obteve 186 votos, Africa do Sul, 182 e a India 187.

O presidente da Assembléia Geral, Joseph Deiss, declarou que 190 membros votaram no grupo
pró-ocidental, o que significa que são necessários 127 votos para a maioria de dois terços.
Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a
verdade mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará
em paz com Deus e com você mesmo.

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