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UFRN

História do Brasil Contemporâneo

Alunos:

Darleane Marques

Walter Félix

Guilherme Leandro Roesller

Gabriel Pereira Matos

Clara Câmara Mendonça

Yves Lincoln

David Medeiros

Júlio Pontes

Assunto: João Goulart “Jango”

João Goulart nasceu em março de 1919, seu nascimento aconteceu na


cidade de Estância de Iguariaçá. Seu pai era um grande agricultor e coronel da Guarda
Nacional, que tinha lutado na revolução de Borges de Medeiros em 1923, sua mãe era
uma dona de casa. Se tem dúvidas se ele nasceu em 1918 ou em 1919 pois seu pai
alterou sua data de nascimento para ele poder ingressar na faculdade de direito.

Depois que seu pai morreu, João Goulart assumiu as terras por herança
e tornou-se um dos mais influentes possuidores de terra da região, logo após em
outubro de 1945 Getúlio Vargas renunciou, então Jango escolheu a carreira política. O
seu primeiro convite foi dado para ingressar no PSD, a convite de Protásio Vargas,
porém ele recusou, mas veio aceitar outro pedido que foi realizado por Getúlio Vargas
para ingressar no PTB. Após a aceitação no ingresso ele se tornou presidente local do
partido e mais tarde veio a se tornar presidente do PTB estadual e nacional.

Ele conseguiu ganhar em 1947 um assento na Assembléia Legislativa do


Rio Grande do Sul, na qual foi o quinto mais votado. Acabou se tornando um protegido
de Vargas e o mesmo queria que insistisse que concorresse nas eleições presidenciais
de 1950, que nessa mesma data ele assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados,
apesar disso ele licenciou para um mandato para exercer um cargo de Secretário de
Estado de Interior e Justiça. Mais tarde ele renunciou seu cargo a pedido de Vargas
para um impasse político no Ministério do Trabalho, no qual usou sua influência no
movimento sindical.

Em 1953, Vargas nomeou Goulart como o novo Ministro do Trabalho. A


gestão estava em uma profunda crise e todos estavam insatisfeitos com os baixos
salários recebidos, e então nasceu uma União Democrática Nacional, na qual fez forte
oposição ao governo. Jango respondeu a diversas criticas da mídia, e devido a suposta
participação de Perón em algumas das campanhas de eleições de Vargas, acusaram João
de estabelecer o molde do peronismo. Tempos mais tarde ele começou a tentar
estabelecer um novo salário mínimo, no qual com sucesso conseguiu aumentar em
100%. Em 1955, foi eleito vice-presidente do Brasil, na chapa PTB/PSD. Na ocasião,
obteve mais votos que o presidente eleito, Juscelino Kubitschek. Naquela época, as
votações para presidente e vice eram separadas. Na eleição de 1960, foi novamente
eleito vice-presidente, concorrendo pela chapa de oposição ao candidato Jânio Quadros,
do Partido Democrata Cristão (PDC) e apoiado pela União Democrática
Nacional (UDN), que venceu o pleito.Em 25 de agosto de 1961, enquanto João Goulart
realizava uma visita diplomática à República Popular da China, Jânio Quadros
renunciou ao cargo de presidente.
Com a renúncia de Jânio Quadros piorou a estabilidade política, na qual
os militares não gostariam em que Jango assumisse o cargo, pois o viam como uma
ameaça ao país. No Congresso Nacional, os parlamentares também se opuseram ao
impedimento da posse de Jango. Na volta da China, Goulart aguardou em Montevidéu,
capital do Uruguai, a solução da crise político-militar desencadeada após da renúncia de
Jânio. Como os militares não retrocediam, o Congresso fez uma proposta conciliatória:
a adoção do parlamentarismo. O presidente tomaria posse, preservando a ordem
constitucional, mas parte de seu poder seria deslocada para um primeiro-ministro, que
chefiaria o governo. No caso quem foi escolhido foi Tancredo Neves. Nessa ampla
denominação de reformas de base, incluíam-se as reformas bancária, fiscal, urbana,
eleitoral, agrária e educacional. Defendia-se também o direito de voto para os
analfabetos e para os militares de patentes subalternas. Além disso, eram propostas
medidas de corte nacionalista, com maior intervenção do Estado na vida econômica e
maior controle dos investimentos estrangeiros no país, mediante a regulamentação das
remessas de lucros para o exterior. Intensificaram-se suspeitas de que estivesse em
preparação um golpe de Estado, de orientação esquerdista, apoiado por cabos e
sargentos. Ao mesmo tempo, fortalecia-se a posição dos oficiais generais que, em 1961,
haviam sido contra a posse de João Goulart como presidente. Desgastado com a crise
econômica e com a oposição de militares, o presidente procurou fortalecer-se,
participando de manifestações e comícios que defendiam suas propostas. A
manifestação mais importante ocorreu no dia 13 de março de 1964, em frente
ao Edifício Central do Brasil, sede da Estrada de Ferro Central do Brasil. O Comício da
Central, como ficou conhecido, reuniu cerca de 150 mil pessoas, incluindo sindicatos,
associações de servidores públicos e estudantes. Os discursos pregavam o fim da
política conciliadora do presidente, com apoio de setores conservadores que, naquele
momento, bloqueavam as reformas no Congresso. Em seu discurso, Goulart anunciou
uma série de medidas que estavam no embrião das reformas de base; defendeu a
reforma da Constituição para ampliar o direito de voto a analfabetos e militares de baixa
patente; e criticou seus opositores que, segundo ele, sob a máscara de democratas,
estariam a serviço de grandes companhias internacionais e contra o povo. Jango
anunciou que tinha assinado um decreto encampando as refinarias de petróleo privadas
e outro desapropriando terras às margens de ferrovias e rodovias federais.
Após a revolta dos marinheiros - que, para os militares, representou uma
quebra da hierarquia - e o forte discurso no Automóvel Clube do Brasil, na reunião da
Associação dos Sargentos e Suboficiais da Polícia Militar, o general Olímpio Mourão
Filho iniciou, em 31 de março de 1964, a movimentação de tropas de Juiz de Fora, em
direção ao Rio de Janeiro. Este foi o primeiro ato dos militares que culminaria no golpe
de estado que depôs o presidente João Goulart.

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