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Prpyecto Ecuaciones Dif PDF
Prpyecto Ecuaciones Dif PDF
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
RONDÔNIA
CAMPUS DE JI-PARANÁ
JI-PARANÁ
2011
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
RONDÔNIA
CAMPUS DE JI-PARANÁ
JI-PARANÁ
2011
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE
RONDÔNIA
CAMPUS DE JI-PARANÁ
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado como parte dos
requisitos para obtenção do título de Licenciado em Matemática e teve o
parecer final como aprovado, no dia 16 de junho de 2011, pelo Departamento
de Matemática e Estatística da Universidade Federal de Rondônia, Campus de
Ji-Paraná.
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Este Trabalho apresenta algumas aplicações com equações diferenciais, faz uma abordagem
histórica sobre seu desenvolvimento nos últimos séculos, enumera alguns dos matemáticos
que contribuíram para tal evolução e para a construção de suas definições. A pesquisa
apresenta algumas das aplicações das equações diferenciais além de apresentar um estudo
sobre tendências de crescimento e decrescimento populacional em três cidades do Estado de
Rondônia.
SUMARIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................7
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................................9
1.1 UM POUCO DA HISTÓRIA DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS...................................9
1.2 DEFINIÇÃO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS...............................................................11
1.2.1 Ordem e Grau de uma Equação Diferencial...................................................14
1.2.2 Equações Diferenciais Ordinárias (EDO)........................................................14
1.2.3 Resolvendo uma EDO separável.......................................................................15
1.2.4 Equações Diferenciais Parciais (EDP)..............................................................16
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................34
7
INTRODUÇÃO
1
Nasceu em Woolsthorpe, na Inglaterra, foi educado no Trinity College, em Cambridge, e se tornou professor
de Matemática, na cadeira Lucasian. É considerado um dos maiores gênios da humanidade, suas contribuições
transcendem o campo da Matemática. Dedicou-se a Ciência da Mecânica e da Óptica. Estudou a lei da inércia
de Galileu; teoria das colisões; conservação do momento e muitos outros aspectos que preenchem nosso
currículo escolar até hoje (CONTADOR, 2006).
2
Nasceu em Leipzig, na Alemanha, onde aos quinze anos entrou na universidade e aos dezessete obteve o grau
de bacharel. Conhecedor das diversas ciências é considerado o último sábio a conseguir conhecimento
universal. Sua contribuição matemática mais significativa, além do cálculo, foi em lógica (BOYER, 2009).
8
podendo ser usadas em cálculos simples bem como em atividades mais complexas e
elaboradas.
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Newton desenvolveu suas teorias mais voltadas para mecânica. Segundo Boyce e
Diprima (2006, p. 15), “Suas descobertas sobre o cálculo e as leis da mecânica datam de
1665. Elas circulavam privadamente entre seus amigos, mas Newton era muito sensível a
críticas e só começou a publicar seus resultados a partir de 1687”. Nesse ano surgiu sua obra
mais famosa, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica. Seus estudos contribuíram
muito para o aprimoramento das equações diferenciais, dentre eles, a construção das fórmulas
das equações diferenciais de primeira ordem como dy/dx=f(x), dx/dy=f(y) e dy/dx=f(x,y)
(BOYCE e DIPRIMA, 2006), ele usou esse cálculo para descrever todos os movimentos
10
Leibniz conseguiu resultados, nessa área, um pouco depois de Newton, mas foi o
primeiro a fazer publicações sobre esses estudos, em 1684. Entre suas contribuições nessa
área, destacam-se o método de separação de variáveis, redução de equações homogêneas a
equações separáveis e procedimentos para resolver equações lineares de primeira ordem, a
notação usada até hoje dy/dx e o sinal da integral ( ∫ ), são invenções desse brilhante
matemático.
que ele, Leibniz e Johann resolveram. Tempos depois, na mesma família, apareceu Daniel
Bernoulli (1700-1782), filho de Johann, que também teve destaque com a equação de
Bernoulli em mecânica dos fluidos. Também no século XVIII, são destacadas as figuras de
Leonhard Euler (1707-1783) e Joseph-Louis Lagrange (1736-1813), entre outros.
11
Os maiores avanços vieram por parte de Leonhard Euler no século XVIII. Este foi
aluno de Johann Bernoulli e considerado o maior matemático desta época, ele foi o
matemático que mais conseguiu resultados concretos em todos os tempos com mais de 870
trabalhos entre artigos e livros. Suas obras podem completar mais de 70 volumes, além de
importantes trabalhos na área de mecânica.
Euler foi, sem dúvida, o maior responsável pelos métodos de resolução usados hoje
nos cursos introdutórios sobre equações diferenciais, e até muitos dos problemas
específicos que aparecem em livros texto de hoje remontam aos grandes tratados
que Euler escreveu sobre o Cálculo – Institutiones calculi differentialis
(Petersburgo, 1755) e Institutiones calculi integralis (Petersburgo, 1768-1770), 3
volumes).
Euler foi o primeiro a perceber que conhecida uma solução particular então
a substituição transforma a equação de Riccati3 numa equação diferencial linear
em , de modo que fica fácil encontrar uma solução geral. Observou-se que a resolução dessa
equação por meio de quadraturas só é possível quando se conhece duas soluções particulares.
Outras descobertas também atribuídas a ele são: a teoria dos fatores integrantes; os métodos
sistemáticos para resolver equações lineares de ordem superior a coeficientes constantes; e a
distinção entre equações homogêneas e não-homogêneas, e entre solução particular e geral
(BOYCE e DIPRIMA, p. 15, 2006).
Não é possível falar de equações diferenciais sem antes fazer uma breve definição de
derivadas. Derivada representa a taxa de variação de uma função. Um exemplo é a função
ds
velocidade v = que representa uma taxa da função espaço.
dt
3
Equação de Riccati é aquela do tipo onde , e designam funções de . A resolução
de sua equação foi proposta aos geômetras da época e dela se ocuparam entre outros. Goldbach e os Bernoulli
(Abunahman, 1982).
12
Mas em geral, essa taxa pode ser melhor observada através dos gráficos da secante e
da tangente de uma equação, onde, sabe-se que uma reta que passa por dois pontos dessa
equação é chamada de reta secante (Figura 1), e uma reta que corta apenas um ponto dessa
curva é denominada reta tangente (Figura 2). A reta tangente pode ser representada por uma
equação denominada derivada.
Segundo Leithold (1994, p. 140), a reta tangente pode ser definida da seguinte forma:
P( x1 , f( x1 )) é
f ( x1 + ∆x) − f ( x1 )
m( x1 ) = lim , (1)
∆x → 0 ∆x
se o limite de x existir;
(ii) a reta x= x1 se
f ( x1 + ∆x) − f ( x1 )
lim+ for +∞ ou −∞ (2)
∆x →0 ∆x
f ( x1 + ∆x) − f ( x1 )
lim for +∞ ou −∞ (3)
∆x →0 − ∆x
Caso nenhuma das duas definições seja verdadeira, não existirá reta tangente ao
gráfico no ponto em questão.
Segundo Bronson (1977, p. 01) “uma equação diferencial é a que envolve uma função
incógnita e suas derivadas”. Pode ser classificada como equação diferencial, a equação
matemática onde se procura uma função desconhecida que relaciona uma ou várias variáveis
independentes a essa função e suas derivadas de várias ordens. Veja os exemplos a seguir:
d 2x 2
a) y = y2 + 2 b) ( y '') + ( y ')3 + 2 y = x 2
dy 2 (4)
14
A ordem de uma equação diferencial equivale à derivada mais alta que nesta aparece,
enquanto o grau é definido pela potência que está elevada à derivada que define a ordem da
equação.
Exemplos:
dy
= 22 x + 4 (8)
dx
As derivadas ordinárias são escritas de duas formas, a primeira criada por Leibniz,
dy
escrita assim , ou pela notação chamada linha, escrita assim y , , desta forma a equação
dx
(14) pode ser representada como sendo;
y, = 22x + 4 (10)
Da seguinte forma:
dy = (3 x − 1)dx (12)
y + C2 = 3 x 2 − x + C1 (14)
y = 3 x 2 − x + C1 − C2 (15)
16
y = 3x2 − x + C (16)
Exemplo:
∂ 2u ∂ 2u ∂ 2u
+ + =0 (17)
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
17
Essas formas de aplicações estão espalhadas e sevem como base de estudos de muitas
ciências, como na física, demonstradas na Lei de Variação de Temperatura de Newton, na
queda de corpos com a resistência do ar ou na própria variação da velocidade. Na Química,
cita-se a equação com problemas de diluição, na Economia os problemas envolvendo taxas de
juros compostos, na Estatística e na Geografia com o modelo de crescimento e decrescimento
Populacional (Modelo de Mauthus), na Biologia utilizando-se do Modelo de Mauthus para
estudos do crescimento de outras formas de população, com bactérias, por exemplo, entre
outras.
Esta forma de aplicação é ligada diretamente a física, mas cálculos voltados para as
leis de temperatura são de grande utilidade em várias outras ciências, alguns exemplos são os
utilizados nas engenharias, na variação de temperatura de uma simples xícara de café durante
o seu resfriamento ou no derretimento de uma bola de sorvete, ou ainda no processo de
resfriamento de um bolo, entre outras aplicabilidades deste modelo.
18
Com base nesta definição pode-se escrever este modelo da seguinte forma:
dT
= kTm − kt (18)
dt
Problema 1:
De acordo com a lei de arrefecimento4 de Newton, a taxa de resfriamento de uma
substância numa corrente de ar é proporcional à diferença (de temperatura) da substância e a
do ar. Sendo a temperatura do ar 30°C e resfriando a substância de 120ºC para 80ºC em 20
minutos, achar o momento em que a temperatura desta substância será 50ºC.
Solução:
Seja
T a temperatura da substância.
t o tempo.
Tm a Temperatura ambiente temos:
dT dT
= kTm − kT ⇒ = −k (T − Tm) (19)
dt dt
dT dT
= −k (T − 30) ⇒ = −kdt (20)
dt T − 30
4
Arrefecimento: Tornar-se frio; esfriar, Perder ou moderar a energia, o fervor. (FERREIRA, 2001).
19
80 dT 20 80 20
∫120 T − 30
= − k ∫ dt ⇒ ln(T − 30 ) 120 = −k t 0
0
(21)
9
ln 50 − ln 90 = −20k ⇒ 20k = ln ⇒ 20k = 0,5878 (22)
5
50 dT t
∫120 T − 30 ∫0 dt ⇒ ln 20 − ln 90 = −kt
= − k (23)
9
20kt = 20 ln (24)
2
9
20 ln
2
t= (25)
0, 5878
Problema 2:
Um bolo é retirado do forno a uma temperatura de 150°C, passado quatro minutos essa
temperatura cai para 90°C. Quanto tempo levará para que o bolo resfrie até a temperatura de
30ºC, sabendo que a temperatura ambiente é de 25°C?
20
Solução:
Seja T a temperatura do bolo, Tm a temperatura ambiente e t o tempo, tem-se que:
dT dT
= kTm − kT ⇒ = −k (T − Tm) (26)
dt dt
Sabendo que a temperatura ambiente é 25ºC, pode-se reescrever esta equação como a
equação vista em (23). Integrando de acordo com os limites de variação, tem-se.
dT dT
= −k (T − 25) ⇒ = − kdt (27)
dt T − 25
90dT 4 90 4
∫
150 T − 25
= − k ∫ dt ⇒ ln(T − 25) 150 = − k t 0
0
(28)
Assim;
25
ln 65 − ln125 = −4k ⇒ 4k = ln (29)
13
Logo;
30dT t
∫
150 T − 25
= − k ∫ dt ⇒ ln 5 − ln125 = −0,163481617t
0
(30)
21
ln 25
t= (31)
0,163481617
dS
= rS (32)
dt
Integrado ambos os membros da equação (33), obtêm-se a equação (34), com solução
em (35);
dS
∫ S ∫
= rdt (34)
22
ln S + ln C2 = rt + ln C 1 (35)
S (t ) = Cert , (36)
S (t ) = S 0 e rt (37)
Problema 1:
Uma pessoa deposita R$2.000,00 em uma conta poupança a uma taxa de juro
composto de 10 % ao ano, considerando que não foi feito nenhum depósito e nenhum saque
nesse intervalo de tempo, qual será o saldo dessa conta após um período de três anos? Em
quanto tempo a quantia depositada terá seu valor dobrado?
Solução:
Valor depositado inicialmente R$2.000,00 logo tem-se que S0 = 2000, a uma taxa de
10% a.a., durante três anos, logo t = 3, colocando tais dados no modelo para calcular juros
contínuos, conclui-se que;
Resolvendo esta equação tem-se que o saldo neste tempo será de R$ 2.699,72.
23
Para calcular o instante em que o saldo será o dobro do valor inicial, usa-se
S (t ) = 2 S 0 .
Assim pode se conseguir o tempo em que o valor inicial será o dobro e também o
intervalo de tempo em que os valores desta conta dobraram seu valor.
2 S 0 = S 0 e rt (39)
e rt = 2 (39)
ln e 0,1t = ln 2 (40)
ln 2
t= ou t = 6,93 anos. (41)
0,1
5
Nasceu em Rookery, na Inglaterra, foi demógrafo e economista, famoso sobretudo pelas suas perspectivas
pessimistas, mas muito influentes. (HENRIQUES, 2007).
24
Remarks on the Speculations of Mr. Godwin, M. Condorcet and Other Writers”, uma espécie
de teoria demográfica publicada em 1978 onde enfatizava dois pontos: (HENRIQUES, 2007).
Malthus fez a proposição de que as pessoas deveriam ter filhos apenas quando estas
tivessem terras cultiváveis para poder sustentá-los. Porém, no mundo de hoje suas teorias não
se concretizaram, a população não dobra a cada 50 anos, e a produção de alimentos é mais
que suficiente para alimentar essa população. O que leva as pessoas a passarem fome não é o
número de pessoas no planeta, mas devido a outros fatores alheios a esta pesquisa. Porém,
com base nessas teorias definiu-se o modelo de crescimento e decrescimento populacional ou
Modelo de Malthus.
Seja P uma população qualquer, t o tempo onde a razão entre a variação da população
(P) e a variação do tempo (t) é proporcional à população atual. Pode-se expressar esta
proposição pela seguinte equação:
dP
= kP (42)
dt
onde k é uma constante. Dessa forma, pode ser observado que se k é positiva a
população crescerá e se k for negativa a população diminuirá (ela pode diminuir por um
tempo sem ir para zero). “Algumas vezes também é chamada de lei do crescimento natural (se
) ou lei do decaimento natural se ( )” (STEWART, 2007). Assim, este modelo
matemático pode ser utilizado em vários fenômenos diferentes.
25
dP = kPdt (43)
dP
∫ P ∫
= kdt (44)
ln P + ln C2 = kt + ln C1 (45)
ln P = kt + ln C , onde ln C = ln C1 − ln C2 (46)
ln P
e = Cekt (47)
Finalmente:
P = Ce kt (48)
Com base nesta aplicação com Equações Diferenciais, esta pesquisa buscou
contextualizar este tipo de atividade. Para isso, foi feita uma análise com dados populacionais
registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, nos anos de 2001 e
2010, em três cidades do Estado de Rondônia: Porto Velho a capital do Estado de Rondônia,
Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste. Vale salientar que os dados referentes ao ano de 2001 são
apenas pesquisas amostrais, podendo não representar a realidade, enquanto os dados de 2010
foram coletados pelo senso demográfico, que contou todas as pessoas que ali residiam na
época e, portanto, bem mais próximo da população real. Também se utilizou dados de 2005 e
2006 para a cidade de Porto Velho, sendo estes, também feitos por amostragem.
Antes de aplicar tal modelo foi feito um teste usando dados da cidade de Porto Velho,
localizada às margens do Rio Madeira, também sendo a cidade com maior faixa territorial e a
mais populosa do Estado. Foram usados para isso, dois anos subsequentes 2005 e 2006, os
cálculos foram feitos inicialmente para verificar se o crescimento neste período seria
condizente com a população no final desta década (2010).
S (t ) = 373917ek .t (50)
380974
ek = (52)
373917
380974
ln ek = ln (53)
373917
P = 373917e0,018697284t (54)
Se o ano de 2005 foi considerado o ano 0 e 2006 o ano 1, então o ano de 2010, será
considerado o ano 5 ou t = 5,
P = 373917e0,018697284.5 (55)
Ou P = 410559
Com isso, concluímos que em 2010 a população de Porto Velho, de acordo com o
modelo, deveria ser de 410559 habitantes. Segundo o senso demográfico de 2010, a
população da Capital foi de 410520 habitantes, uma diferença de apenas 39 habitantes ou um
28
percentual de 0,0095% com relação ao cálculo apresentado pelo modelo, logo pode ser dito
que o modelo é válido.
Problema:
Com base no modelo apresentado anteriormente que representa o crescimento
populacional na cidade de Porto Velho, qual será aproximadamente a população nesta cidade
no ano de 2030?
Solução:
O modelo obtido anteriormente mostra que o crescimento populacional da cidade de
Porto Velho é dado pela equação (54).
Considerando 2005 como tempo inicial t = 0, então no ano 2030 teremos t = 25, assim:
Sendo possível fazer projeções para a população de Porto Velho em 2030, que será,
segundo o modelo, de aproximadamente 596.731 habitantes.
2.3.1.2 Ji-Paraná:
Problema 1:
Sabendo que em 2001, a população de Ji-Paraná era de 107.869 habitantes e em 2010
a população passou a ser de 115.593 habitantes. De acordo com o modelo de crescimento e
decrescimento populacional de Malthus, qual será a população estimada para esta cidade em
2020?
29
Solução:
Considerando que em 2001 o tempo t = 0 e S0 = 107869, e aplicando do Modelo de
Malthus, tem-se;
S (t ) = 107869ek .t (57)
115593
115593 = 107869e k ⇒ ek = (58)
107869
115593
ln ek = ln , logo k = 0, 069157873 (59)
107869
P = 107869e0,069157873t (60)
P = 107869e0,069157873.2 (61)
Problema 2:
Seguindo o mesmo modelo, em quanto tempo a população no município de Ji-Paraná
será o dobro da população que lá existia no final do ano de 2010?
30
Solução 1:
Sabendo que a equação que expressa o crescimento populacional deste município é
P (t ) = 107869e 0,069157873t e também que a população P(t) em 2010 era de 115.593 habitantes,
pode-se fazer:
2x115593 = 107869e0,069157873t (62)
Logo:
231186
e0,069157873t = , (63)
107869
231186
ln e0,069157873t = ln (64)
107869
Isolando t, tem-se que a população desta cidade será o dobro em relação a 2010 em
11,0227 décadas contadas a partir de 2001 já que foi considerado S(0) sendo a população
desta cidade em 2001, no ano de 2010 será uma década a mais, logo deve-se tirar uma década
desse tempo, assim;
Solução 2:
De acordo com o modelo de Malthus, uma população cresce de Progressão
Geométrica, seguindo uma taxa, assim pode-se concluir que o tempo que essa população
dobra pode ser aplicado a qualquer época, de forma que se a população inicial é S(0), ela
dobrará quando S=2XS(0).
e0,069157873t = 2 (67)
Problema 1:
Usando estes dados apresentados aplicados ao modelo de crescimento e decrescimento
de Malthus, qual será aproximadamente a população de Ouro Preto do Oeste no ano de 2020?
Solução:
S(o) = 40836, t = 0, tem-se:
S (t ) = 40836e kt (69)
37561
37561 = 40836e k .1 ⇒ e k = (70)
40836
37561
ln ek = ln ⇒ k = −0, 083597767 (71)
40836
Logo o decrescimento Populacional em Ouro Preto do Oeste, pode ser expresso pela
seguinte equação:
Problema 2:
Caso a população de Ouro Preto continue decrescendo de acordo com a equação
anterior, de quanto em quantos anos a população desta cidade será a metade?
Solução:
Sabe-se que a equação que define o decrescimento populacional da cidade é;
−0,083597767t
P = Pe
0 , e que o problema consiste em saber o instante (tempo) t em que a
P0
população P será a metade da população inicial P0 , isto P = :
2
P0
= P0e −0,083597767t (75)
2
33
1 −0,083597767t
=e (76)
2
Aplicando logaritmos obtém-se;
1
ln = ln e −0,083597767 t (77)
2
1
ln
2
t=− (78)
0, 083597767
Parte da pesquisa foi muito importante para demonstrar ao menos uma praticidade
deste conteúdo. Por meio dela conseguiu-se relatar fatos de nossa realidade, que com certeza
dará aos leitores deste trabalho, um motivo a mais para se interessarem pelo cálculo
diferencial e integral.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo, não apenas mostrar o que são as Equações
Diferenciais, apresentando uma parte de sua história, desde a descoberta do cálculo
diferencial no século XVII, mas apresenta parte dos acontecimentos nos séculos subseqüentes.
Nele é definido de forma simples e objetiva o que são estas equações e seus valores, além de
apresentar algumas das possíveis aplicações e onde podem ser usadas em nossa realidade.
Uma das formas mais simples das aplicações com Equações Diferenciais é o modelo
de Crescimento e Decrescimento Populacional de Malthus. Graças a ele, pode-se prever a
população das cidades dentro de certo período, o que possibilita aos membros do poder
público, traçar metas e políticas que beneficiam toda a população.
A pesquisa em questão poderá servir de base para pesquisas em vários campos das
ciências. As aplicações das Equações Diferencias poderão ser estudadas e desenvolvidas em
qualquer área do conhecimento.
O mundo é o que vemos hoje, graças aos grandes matemáticos que dedicaram suas
vidas a estudos e pesquisas, tal determinação sempre gerou grandes descobertas e devem ser
reconhecidas e apreciadas, pois desde a antiguidade o homem fez e continua fazendo várias
descobertas de aplicações de conteúdos matemáticos nas mais variadas áreas, as Equações
Diferenciais alavancaram o desenvolvimento humano com suas importantes aplicações.
35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOYER, Carl B. História da Matemática. Tradução: Elza F. Gomide. 2 ed. São Paulo:
Edgard Blucher, 1996.
CAPRI, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São
Paulo: Cultrix, 2006.
CONTADOR, Paulo Roberto Martins. Matemática, uma breve historia. Vol. II. 2 ed. São
Paulo: Livraria da Física, 2006.
STEWART, James. Cálculo. Tradução: Antonio Carlos Moretti; Antonio Carlos Gilli
Martins. Vol. II, 5 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
ANTON, H.; BIVENS, I.C.; DAVIS, S. Cálculo. Vol II. 8 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
AYRES, Frank. Equações Deferências: Resumo da teoria, 560 problemas resolvidos, 509
problemas propostos. Tradução: José Rodrigues de Carvalho. 2 ed. São Paulo: Makron
Books, 1994.
CAJORI, Florian. Uma História da Matemática. Tradução: Lázaro Coutinho. 2 ed. Rio de
Janeiro: Ciências Moderna, 2007.