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Os futuros acordos de leniência, firmados pelo judiciário com empreiteiras que participaram

do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, tendem a ser fatais para dezenas de


importantes figurões políticos beneficiados. A Lava Jato no Petrolão cumpre o papel saneador
que ficou incompleto no mensalão. Na ação penal 470 quem se ferrou, concretamente, foi
rigoroso Joaquim Barbosa – forçado a aposentar a toga por pressões muito além da coluna
cervical. O resultado prático do mensalão é sinônimo de impunidade, tendo apenas Marcos
Valério como grande bode expiatório que continuará por bom tempo na cadeia, em troca de
um silencio que pode ser quebrado a qualquer momento.

Na lava jato a coisa fica mais preta e suja que petróleo na cueca de petralha sofrendo de
caganeira. Fio preso ninguém menos que o homem de confiança do reeducando José Dirceu na
Petrobras, Renato duque , o diretor de serviços de 2003 a 2012, só sendo demitido no mesmo
ano do diretor de abastecimento , Paulo Roberto costa, convertido em colaborador premiado
do judiciário e do Ministério publico Federal. Aposta se que Duque acabará forçando a aderir à
delação premiada. Acordo parecido (chamado de leniência, quando se refere a pessoas
jurídicas) deve valer para diretores de grandes empreiteiras envolvidas nas falcatruas
bilionárias. Em prisão domiciliar, Dirceu deve estar Pt da vida e preocupadíssimo com o que
vem por ai.... Imagina o amigo Lula, chefão de todos....

O cataclismo politico é inevitável. Se Lula for afetado, Dilma fica Frágil para cair por tabela. O
mercado brasileiro fica desmoralizado perante o resto do mundo, com as maiores empresas
(representativas do PIB) tendo seus dirigentes presos por corrupção, mesmo que
temporariamente. Vem ai um inédito e gigantesco acordo de leniência (nunca antes visto na
Historia do Brasil) entre o MPF, Judiciária e empreiteira. A moeda de trocas das relações dos
nomes de políticos será uma espécie de perdão aos dirigentes das empresas que acabarão
condenadas a pagar multas milionárias, que, somadas, podem chegar a bilhões de reais (ou
dólares). Isso só nos processos brasileiros. Sem falar, nos que já correm (civis e criminais) nos
Estados Unidos.

O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª vara Federal em Curitiba, tem um papel chave no
saneamento da lava jato. Ele e outros membros do judiciário, do Ministério Público, da Policia
e da receita Federal, que não aceitam mais o grau degradante da corrupção sistêmica no
Brasil, merecem todo apoio individual e popular. Lugar de ladrão é na cadeia! Lugar de politico
corrupto é no parlatório da penitenciaria. De preferência, pagando pena e pagando multas,
com o patrimônio pessoal ou familiar, pelo que roubou do poder público. Qualquer coisa
diferente disto é barbárie e impunidade. Os brasileiros não aguentam mais tanta sacanagem!
Chega de pizza!

A República precisa ser reproclamada com urgência urgentíssima, baseada em princípios


verdadeiramente federativos, com democracia, gestão pública de qualidade e transparência
absoluta sobre investimentos e despesas com o dinheiro público.

Luciana Camargo

Folha Política

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