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2
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer ao Prof. Dr. Paulo Lamim por sua distinta orientação. O mesmo
teve grande paciência e compreensão durante toda a construção desde trabalho. Ele demostrou
sua alta capacidade de pesquisa e dom natural de ensinar, com grande humildade e simplicidade.
Agradeço pela disponibilidade do LAMET – Laboratório de Máquinas e Transformadores da
UFSJ – Universidade Federal de São João del-Rei.
Agradeço, também, ao amigo de longa data e futuro mestre, Eng. Josemar Moreira, que
sem o qual a realização desde trabalho não seria possível. O mesmo, desde já, demostra
características claras de quem será um distinto orientador das futuras gerações.
3
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 9
4 METODOLOGIA .............................................................................................................. 15
6 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 21
ANEXOS .................................................................................................................................. 24
ANEXO A ................................................................................................................................ 25
ANEXO B ................................................................................................................................ 29
ANEXO C ................................................................................................................................ 31
ANEXO D ................................................................................................................................ 34
4
RESUMO
Palavras Chave
Falhas em rolamentos, processamento de sinais, algoritmo Fault Frequency Highlighting.
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 10: Espectro da HT com 50% da carga nominal e sem defeito. ................................... 18
Figura 11: Espectro da FFH com 50% da carga nominal e sem defeito. ................................. 18
Figura 12: Espectro da HT com 50% da carga nominal e com defeito. ................................... 19
Figura 13: Espectro da FFH com 50% da carga nominal e com defeito. ................................. 19
Figura 14: Espectro da HT com 100% da carga nominal e com defeito. ................................. 20
Figura 15: Espectro da FFH com 100% da carga nominal e com defeito. ............................... 20
6
LISTA DE SÍMBOLOS
𝐷 Diâmetro da esfera;
𝑑 Diâmetro primitivo;
𝑑 Diâmetro da pista interna;
𝑑 Diâmetro da pista externa;
𝛽 Ângulo de contato;
𝑟 Raio da gaiola;
𝑟 Raio da pista interna;
𝑟 Raio da pista externa;
𝑉 Velocidade da pista externa;
𝑉 Velocidade da gaiola;
𝑉 Velocidade da pista interna;
𝑓 Frequência do defeito da pista interna;
𝑓 Frequência do defeito da pista externa;
𝑓 Frequência do defeito da gaiola;
𝑓 Frequência do defeito do elementos rolante;
𝑁 Número de elementos rolantes;
7
1 INTRODUÇÃO
8
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO DA LITERATURA
9
As vibrações de baixa energia, geradas pela passagem do elemento rolante pela trinca,
propagam do rolamento para o mancal e do mancal para a estrutura. Outros defeitos contribuem
para essas vibrações, porém como maior energia, como: desalinhamento e desbalanceamentos.
Dessa forma, um sensor instalado no motor para coletar os dados de vibração relacionados aos
rolamentos, coleta dados relacionados a outras fontes de vibrações de forma a dificultar a
análise dos sinais gerados pelo rolamento (Neto & Bovi, 1999).
Segundo Nepomuceno (1999), dentre as falhas mais comuns em rolamentos é possível
destacar:
Lubrificação inadequada;
Montagem incorreta;
Retentores inadequados;
Desalinhamento;
Passagem de corrente elétrica;
Vibrações externas;
Defeitos de fabricação;
Fadiga.
O rolamento pode ser dividido em quatro elementos que possuem frequência distintas
quando são colocados em movimento. Essas frequências, chamadas de frequências naturais,
podem ser divididas em: frequência do anel externo, frequência do anel interno, frequência da
gaiola e frequência dos elementos rolantes (Araújo, 2011).
10
As frequências relacionadas aos defeitos são mostradas abaixo (Bezerra, 2014):
𝑁
𝑓 = |𝑓 − 𝑓 |(𝑑 + 𝐷 cos 𝛽) (1)
2𝑑
𝑁
𝑓 = |𝑓 − 𝑓 |(𝑑 − 𝐷 cos 𝛽) (2)
2𝑑
1 𝑑 − 𝐷 cos 𝛽 𝑑 + 𝐷 cos 𝛽
𝑓 = 𝑓 + 𝑓 (3)
𝑑 2 2
𝑑 𝐷 cos² 𝛽
𝑓 = 𝑓 −𝑓 1− (4)
2𝐷 𝑑
Neste trabalho os rolamentos possuem sua pista interna girante e a pista externa é fixa.
Fazendo a correção nas equações acima com a frequência característica da pista externa igual a
zero (𝑓 = 0) e tendo como base que o foco desde trabalho é defeito na pista externa, temos:
𝑁𝑓 𝐷 cos 𝛽
𝑓 = 1− (5)
2 𝑑
11
3.3 Técnica do envelope
3.3.1 Modulação
(a) Sinal portador. (b) Sinal modulador. (c) Sinal modulado. (d) FFT do sinal modulado.
Figura 3: Processo de modulação de um sinal. Fonte: Elaborada pelo autor.
3.3.2 Demodulação
12
Como observado na letra (c) da figura anterior, após a modulação, obtém-se um sinal
modulado cujos picos encontram-se ligados por uma curva, representada pela linha tracejada,
denominada de envelope. O processo de demodulação em amplitude consiste em extrair o
envelope. Para obtenção do envelope pode ser usado um método digital clássico conhecido
como a transformada de Hilbert (Haykin, 1989).
Na figura a seguir, é possível observar o resultado da aplicação da transformada de
Hilbert no sinal modulado da figura anterior.
13
Figura 5: Procedimento adotado para a técnica do envelope (Bezerra, 2004).
A seguir, tem-se uma breve descrição do algoritmo FFH a ser utilizado como ferramenta
computacional para a identificação do defeito na pista externa de um rolamento. Este baseia-se
na análise de envelope, que usa os extremos locais interpolados e análise espectral.
Para uma sequência temporal modulada x = x (𝑡 ) = x [n ] (n = 1, 2, ..., N), sendo N o
número total de amostras, a técnica FFH compreende os seguintes passos:
Passo 2: interpolar os vetores contendo os extremos locais a partir do passo 1 e obter duas novas
sequências de tempo de comprimento N: o envelope superior 𝑥 e o envelope inferior 𝑥 ;
Passo 3: calcular os espectros de 𝑋 e 𝑋 pela transformada rápida de Fourier (FFT) a partir das
sequências 𝑥 e 𝑥 , respectivamente;
Passo 4: identificar os máximos locais de cada espectro, 𝑋 e 𝑋 , e obter dois novos espectros:
Se 𝑋 [n + 1] > 𝑋 [n] e 𝑋 [n + 1] > 𝑋 [n + 2], então (𝑋 ) max [n + 1] = 𝑋 [n + 1]
Senão (𝑋 )max [n + 1] = 0 (n = 2,3, ..., (N / 2) -2)
Se 𝑋 [n + 1] > 𝑋 [n] e 𝑋 [n + 1] > 𝑋 [n + 2], então (𝑋 ) max [n + 1] = 𝑋 [n + 1]
Senão (𝑋 )max [n + 1] = 0 (n = 2,3, ..., (N / 2) -2)
(𝑋 )max [1] = 𝑋 [1], (𝑋 )max [N / 2] = 𝑋 [N / 2]
(𝑋 )max [1] = 𝑋 [1], (𝑋 )max [N / 2] = 𝑋 [N / 2]
14
Passo 5: encontrar o espectro 𝑋 :
𝑋 [n] = (𝑋 )max [n].( 𝑋 )max [N] (n = 1,2, ..., N / 2)
4 METODOLOGIA
1
3 7 9
6
5
16
Figura 8: Acelerômetro triaxial utilizado.
5 RESULTADOS EXPERIMENTAIS
17
entrada, usando uma faixa de frequência de 10 kHz a 30 kHz. Esse recurso foi utilizado na
aplicação das duas metodologias, HT e FFH.
Os resultados das figuras abaixo foram obtidos colocando o motor a uma velocidade de
1774 rpm. Inicialmente, na situação sem defeito e, posteriormente, na situação com defeito.
Segundo a calculadora online da SKF, cujos os resultados estão em anexo, para uma velocidade
de 1774 rpm e para o rolamento 6204-2Z, a frequência do defeito na pista externa deve aparecer
na frequência de 90,2 Hz no espectro.
Figura 11: Espectro da FFH com 50% da carga nominal e sem defeito.
18
X: 90,82
Y: 0,685
X: 272,2
X: 181,6 Y: 0,344
Y: 0,315
X: 363,0
Y: 0,182
X: 90,58
Y: 0,422
X: 272
X: 181,2 Y: 0,136
Y: 0,103
X: 362,8
Y: 0,043
Figura 13: Espectro da FFH com 50% da carga nominal e com defeito.
Os resultados das figuras abaixo foram obtidos colocando o motor a uma velocidade de
1742 rpm na situação com defeito. Segundo a calculadora online da SKF, cujos os resultados
estão em anexo, para uma velocidade de 1742 rpm e para o rolamento 6204-2Z, a frequência
do defeito na pista externa deve aparecer na frequência de 88,6 Hz no espectro.
19
X: 89,11
Y: 0,536
X: 178,0
Y: 0,382 X: 267,1
Y: 0,361
X: 356,2
Y: 0,093
X: 88,87
Y: 0,267
X: 177,7
Y: 0,167 X: 266,8
Y: 0,153
X: 356,0
Y: 0,014
Figura 15: Espectro da FFH com 100% da carga nominal e com defeito.
20
6 CONCLUSÕES
21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Batista, F.B., Lamim Filho, P.C.M., Pederiva, R., e Silva, V.A.D. (2016). An Empirical
Demodulation for Electrical Fault Detection in Induction Motors. IEEE Transactions on
Instrumentation and Measurement, 65(3):559-569.
Bonnett, A.H.; Yung, C. Increased efficiency versus increased reliability. IEEE Industry
Applications Magazine, v. 14, n. 1, 2008.
Haykin, S., An Introduction to Analog and Digital Communication, New York, John Wiley &
Sons, U.S.A., 1989, 652p.
Alves, D.A. (2017). Técnicas de detecção de falhas em barras do rotor nos motores de indução
trifásicos. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São João del Rei.
Mesquita, A. L. A., Santiago, D. F. A., Bezerra, R. A., Miranda, U. A., Dias, M., and Pederiva.
R., Detecção de Falhas em Rolamentos Usando Transformadas Tempo-Freqüência –
Comparação com Análise de Envelope, Mecânica Computacional, 2002, Vol. XXI, pp. 1938-
1954.
22
Araújo, R. S. (2011). Desgaste Prematuro e Falhas Recorrentes em Rolamentos de Motores de
Indução Alimentados por Inversores: Análise e Proposta de Solução. Dissertação de Mestrado.
Universidade Federal de Minas Gerais.
Neto, F. P. L., Bovi, H., Análise das bandas de altas frequências utilizadas na detecção de
defeitos em rolamentos. Congresso Brasileiro de Engenharia Mecânica, XV, 1999. Águas de
Lindóia, São Paulo.
23
ANEXOS
24
ANEXO A
Programa Computacional
25
% Universidade Federal de São João del-Rei
% Curso de Engenharia Elétrica
% Trabalho de Conclusão de Curso
% Marcos Félix Santos Castro
% 130950086
close all
clear all
clc
%% Dados
t = arq(:,1);
x = arq(:,2); % Amplitude do Sinal
%% Filtro Passa-Faixa
Or = 2; % Order
Fc1 = 10000; % First Cutoff Frequency
Fc2 = 30000; % Second Cutoff Frequency
aux1 = 1;
aux2 = 1;
for i = 1:1:L-2
if x(i+1) > x(i) && x(i+1) > x(i+2) && x(i+1) >= 0
xmax(aux1) = x(i+1);
tmax(aux1) = t(i+1);
aux1 = aux1 + 1;
end
if x(i+1) < x(i) && x(i+1) < x(i+2) && x(i+1) <= 0
xmin(aux2) = x(i+1);
tmin(aux2) = t(i+1);
aux2 = aux2 + 1;
end
26
%% Step 2 - Interpolation of the local maximums and minimums
xu = interp1(tmax,xmax,t,'spline'); % Interpolation
xl = interp1(tmin,xmin,t,'spline');
Xl = (fft(xl,NFFT)/L);
Xl = abs(Xl);
aux1 = 1;
aux2 = 1;
f = fs *(0:L-1)/L;
L = length (f);
for i = 1:1:L-2
Xumax(1) = Xu(1);
Xlmax(1) = Xl(1);
Xumax(L/2) = Xu(L/2);
Xlmax(L/2) = Xl(L/2);
end
27
%% Step 5 - Spectrum Xffh - Fault Frequency Highlighting (FFH)
f = linspace(0,fs,L-2);
Xffh = Xumax.*Xlmax; % Fault Frequency Highlighting
figure (1)
plot(f,Xffh)
axis([-6 500 -0.02 0.6])
title('Spectrum by Fault Frequency Highlighting (FFH) Algorithm')
xlabel('Frequency (Hz)')
ylabel('Amplitude (m/s²)')
set(gcf,'color','w')
set(gca,'FontSize',12)
grid on
f = linspace(0,fs,L);
ht = hilbert(x); % Hilbert Transform
aux1 = sqrt(ht.*conj(ht));
aux1 = aux1 - mean(aux1); % Retira a componente CC do sinal e desloca o eixo para 0
yht = abs(fft(aux1)/L);
figure (2)
plot(f,yht)
axis([-6 500 -0.02 0.6])
title('Spectrum by Hilbert Transform (HT) Algorithm')
xlabel('Frequency (Hz)')
ylabel('Amplitude (m/s²)')
set(gcf,'color','w')
set(gca,'FontSize',12)
grid on
28
ANEXO B
Dados do rolamento
29
6204-2Z
SKF Explorer
Dimensions
d 20 mm
D 47 mm
B 14 mm
d1 ≈ 28.8 mm
D2 ≈ 40.59 mm
r 1,2 min. 1 mm
Abutment dimensions
da min. 25.6 mm
da max. 28.7 mm
Da max. 41.4 mm
ra max. 1 mm
Calculation data
Basic dynamic load rating C 13.5 kN
Calculation factor f0 13
Mass
Mass bearing 0.11 kg
ANEXO C
31
ANEXO D
34