Você está na página 1de 19

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Disciplina

GERENCIAMENTO DAS
CONSTRUÇÕES I

Apresentado por
Dimas de Castro e Silva Neto, M.Sc.
Prof. Assistente do Curso de Engenharia Civil

Juazeiro do Norte
Maio - 2018 Ir p/ primeira página
GERENCIAMENTO DAS CONSTRUÇÕES I

1. Introdução ao Gerenciamento na
Construção I
✓ Planejamento na Construção Civil

2. Elaboração e Análise de Projetos


(Empreendimentos)
✓ Orçamentação
✓ Programação de Obras

3. Estudo de Viabilidade

Ir p/ primeira página
2. Elaboração e Análise de Projetos
(Empreendimentos)

Programação de Obras
3.1 PERT/CPM e Gerência de Projetos
3.2 O Gráfico de Gantt
3.3 PERT/CPM O Diagrama de Setas
3.4 PERT/CPM O Diagrama de Blocos
3.5 Um Exemplo: Aplicação ao Projeto
“Construção de Uma Casa”

Ir p/ primeira página
3.1 PERT/CPM e Gerência de Projetos
“Foi no final da década de cinqüenta e início de sessenta que
surgiram os diagramas tipo rede para gerência de projetos. Todos
eles fundamentam na decomposição do projeto em atividades e na
interligação da atividades segundo a seqüência de execução,
formando uma malha ou rede.”(PRADO, 1998)
em 1957, nos E.U.A. (Du Pont de Nemours), surge o CPM - Critical
Path Method - , Objetivo: desenvolver uma técnica p/ planejamento e
controle dos projetos de engenharia da empresa;
em 1958, também nos EUA (Marinha E.U.A.), surge o PERT -
Program Evaluation and Review Technique -, Objetivo: desenvolver
uma técnica para planejar e controlar a execução do projeto de modo
que o prazo e custos estimados fossem obedecidos.
Em 1964, na França (Roy) surge o Diagrama de Precedências( ou
de blocos, neopert ou método Françês), evolução das técnicas
anteriores seu maior atributo é a simplicidade!
Ir p/ primeira página
3.1 PERT/CPM e Gerência de Projetos
3.1.1 Projetos
Definições:
“um empreendimento temporário, levado a efeito para criar um
produto/serviço único.”(Ahuja, 1978)
Demanda
“um empreendimento Proposta
único e não-repetitivo, de Inicial
duração determinada, Experiência e
Documentação Estudo de
formalmente organizado e Pesquisa Viabilidade
que congrega e aplica
recursos, visando ao Operação e
Manutenção Desenvolvimento Projetos
cumprimento de objetivos
preestabelecidos.”
Teste e
Contratos
(Archibald, 1975) Entrega

Construção
Ir p/ primeira página
3.1 PERT/CPM e Gerência de Projetos
3.1.2 A Gerência de Projetos
“Gerenciar um Projeto significa, resumidamente,
planejar a sua execução antes de iniciá-lo e, posteriormente,
acompanhar a sua execução.” (Prado, 1998)

No Planejamento do Projeto são estabelecidos as


metas (ou objetivos), as tarefas a serem realizadas e o seu
sequenciamento, com base nos recursos necessários e
disponíveis.
O Controle do Projeto, significa a medição do progresso
e do desempenho através de um sistema ordenado
preestabelecido.
Um bom planejamento implica que um projeto poderá
ser executado no prazo e custo previstos e com excelente
qualidade. Ir p/ primeira página
3.1 PERT/CPM e Gerência de Projetos
3.1.3 Aspectos Quantitativos de um Projeto
Podem ser analisados em três grande partes:
TEMPO (OU PRAZOS): Se preocupa com a decomposição do
projeto em atividades (ou tarefas) e com a interligação delas;
RECURSOS: Se preocupa em adequar as datas produzidas pela
análise de tempo ás disponibilidades de recursos;
CUSTOS: Se preocupa com os aspectos financeiros do projeto
Com relação ao uso de técnicas quantitativas para gerência
de projetos podemos relacionar:
TEMPO: São o diagrama de barras e o diagrama PERT/CPM.
RECURSOS: No caso de redistribuição de recursos, usa-se a
simulação da execução do projeto;
CUSTOS: As técnicas mais utilizadas são os estudos
orçamentários e o acompanhamento contábil. Ir p/ primeira página
3.2 O Gráfico de Gantt
. Uma forma de se mostrar o sequenciamento das
atividades de um projeto é com o gráfico de Gantt (figura) ou
Diagrama de Barras.

Consideremos um projeto bastante simples: a


construção de uma pequena casa residencial

Etapas p/ se elabora um gráfico:


1o. Levantar todas as tarefas necessárias para a
realização do projeto c/ suas respectivas durações;
2o. Ordenar as atividades, ou seja estabelecer uma
seqüência entre elas, mostrando o que se faz a cada momento.
Ir p/ primeira página
3.2 O Gráfico de Gantt
3.2.1 Planejamento com o Gráfico de Gantt
Para se elaborar um gráfico é necessário um bom
conhecimento:
do projeto, de sua atividades:
interdependência entre elas e recursos disponíveis.
3.2.2 Acompanhamento com o Gráfico de Gantt
É feito da seguinte forma:
Conforme as tarefas vão sendo realizadas, vai-se colorindo
as barras, ou constrói-se outra abaixo na barra referente ao
planejamento;
Atrasos ou adiantamentos na execução de determinada
tarefa implicam redesenhar todas as barras correspondentes
ás tarefas sucessoras impactadas pelas anomalias.
Ir p/ primeira página
3.2 O Gráfico de Gantt
3.2.3 Interdependências
Vantagem:
O gráfico de Gantt possui uma excelente comunicação
visual e esta é a razão do seu uso generalizado.
Desvantagem:
Não mostra claramente a interdependência entre as
atividades.
3.2.4 Origem do Gráfico de Gantt
Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, o americano
Henry L Gantt imaginou um processo de planejamento,
programação e controle, utilizando gráfico de barras, p/ auxiliar
a execução de grandes empreendimentos.
Durante a guerra, Gantt aplicou o sistema em vários
projetos da marinha. Ir p/ primeira página
3.3 PERT/CPM O Diagrama de Setas
Vantagem:
Para contornar a deficiência do Gráfico de Gantt (não
mostrar claramente as interdependências), surge o Diagrama
de setas em escala, que substitui a barra por uma seta e a
sequência das setas mostra a interdependência entre as
atividades

Desvantagem:
O desenho costuma ser muito comprido e o manuseio
pouco conveniente. Contribui para tornar este diagrama pouco
popular o fato de poucos programas de computador estão
aptos a desenha-lo.
Ir p/ primeira página
3.3 PERT/CPM O Diagrama de Setas
3.3.1 As Primeiras Datas
Primeira data de início (PDI) - início mais cedo -, é a data em que as
atividades podem ser iniciadas caso seja obedecidas as durações estimadas
de todas as antecessoras;
Primeira data de término (PDT) - término mais cedo -, é a data de término
de uma atividade que se inicia em PDI e tem sua duração estimada
obedecida.
Portanto, pode-se tecer considerações sobre execução de
um projeto tais como:
Se são diminuídas as durações de execução de todas as atividades que são
antecessoras de uma determinada atividade, ela poderá se iniciar antes da
PDI planejada;
Se uma atividade se inicia após a PDI planejada, p/ que ela termine na PDT
planejada, sua duração deve sofrer uma redução iqual ao atraso sofrido no
início de sua execução;
O valor da PDI de uma atividade é definido pela atividade predecessora que
termine por último. Ir p/ primeira página
3.3 PERT/CPM O Diagrama de Setas
3.3.2 A Folga Total
É a folga de uma atividade igual ao somatório de sua folga livre de
algumas de suas antecessoras.

3.3.3 As Últimas Datas


Última data de término (UDT) - término mais tarde -, é a data-limite
de término de uma atividade, sob pena de se atrasar a data de
término do projeto;
Última data de início (UDI) - início mais tarde -, é a data-limite de
início de uma atividade de modo a poder se encerrar em UDT.
A diferença entre as primeiras e últimas datas recebe o nome
de folga total
• FOLGA TOTAL: é a diferença UDT - PDT ou UDI - PDI.

Ir p/ primeira página
3.3 PERT/CPM O Diagrama de Setas
Portanto, pode-se tecer considerações sobre execução de um projeto
tais como:
Se uma atividade usa sua folga total ( ou seja, termina em UDT), as suas
sucessoras não mais se iniciarão nas respectivas PDI’s e, sim, nas respectivas
UDI’s.
Se uma atividade se inicia após a UDI, a única forma de terminar em UDT é
sofrendo uma redução igual ao atraso sofrido em sua UDI.
Se uma atividade termina após UDT e suas sucessoras são executadas nas
durações estimadas, o projeto como um todo sofrerá um atraso correspondente;
A FL é sempre menor ou igual a FT. Algumas atividades possuem FT maior que
zero e FL igual a zero.

3.3.4 O Caminho Crítico


É a seqüência de atividades tais que FT = 0 p/ cada uma.
Ademais, é o caminho(s) cujo somatório de durações constitui a
duração do projeto. Ou, então, é o caminho de maior duração da
rede. Ir p/ primeira página
3.3 PERT/CPM O Diagrama de Setas
3.3.5 Montando o Diagrama de Setas
Os círculos recebem a denominação de eventos ou nós;
A atividade é representada na seta, não sendo necessário que se
desenhe a seta em escala proporcional á sua duração estimada;
A seta tracejada costuma ser chamada de atividade fantasma. Em
outras circunstâncias, a complexidade no traçado exige a criação de
um evento por meio de atividades fantasma.
Normalmente, numera-se os eventos em ordem crescente partindo-
se do início da rede. A própria numeração dos eventos serve p/
identificar as atividades.

3.3.6 A Importância do “Evento”


O evento representa a situação em que todas as atividades que ele
chegam estão completadas e todas as atividades que dele partem
Ir p/ primeira página
podem ser iniciadas.
3.4 PERT/CPM O Diagrama de Blocos
Neste diagrama a atividade é representada em um bloco;
Aqui a seta representa a linha de dependência;

3.4.1 Montando o Diagrama de Blocos


É bastante simples, partindo-se de uma tabela de ordenação de atividades,
basta ir lançando os blocos correspondentes a cada atividade; Não existe
atividades ou eventos fantasma

3.4.2 Relação de Dependência no Diagrama de Blocos


O diagrama de blocos permite a inclusão de duas facilidades para a
montagem de rede: Relações de dependência e Defasagem

As relações de dependência no diagrama de blocos podem ser de quatro tipos:


Fim-início; Início-iníco; Fim-fim; Início-fijm.
Ir p/ primeira página
3.4 PERT/CPM O Diagrama de Blocos
3.4.3 Comparação entre Diagrama de Setas
e o de Blocos
O diagrama de precedência é de traçado muito mais simples;
No diagrama de setas, 20% a 40% das atividades são fantasmas. Isso
implica uma carga de trabalho de cálculo adicional sobre atividades
inexistentes;
O código dos nós identifica a atividade no diagrama de setas. Isso
ocasiona problemas quando da inclusão ou exclusão de atividades em rede já
existente, em decorrência da alteração da identificação das atividades afetadas
pela modificação. No diagrama de precedência é simples inclusão/exclusão
de atividades;
O diagrama de setas pode ser desenhado em escala, quando, então, se torna
uma ferramenta de grande poder de comunicação. Todavia trata-se de um
desenho trabalhoso, não sendo feito com freqüência, sendo comum o uso do
diagrama de barras. Ir p/ primeira página
3.5 Um Exemplo: Aplicação ao Projeto
“Construção de Uma Casa”

Ir p/ primeira página
Bibliografia
1. Goldman, P., “Introdução ao Planejamento e Controle de Custos na
Construção Civil Brasileira”, São Paulo, PINI, 1997, 180p.
2. Chiavenato, I., “Iniciação á Administração da Produção”, McGraw-
Hill, 1991, 145p.
3. Prado, D., “PERT/CPM”, Belo Horizonte, DG, 1998, 148p.
4. Fischlowitz, E., “Valorização dos Recursos Humanos no Brasil”, FGV,
1970, 426p.
5. Maia, A., “Diretrizes para Dimensionamento e determinação de layout
de Canteiro”, Fortaleza, UNIFOR, 1997.
6. Barros, J., “Proposta de Modelo de Formulação de Estratégias de
produção para pequenas Empresas de Construção Habitacional, Porto
Alegre, UFRGS, 1999.
6. Castro, M., “Orçamento de Obras de Edificações”, Fortaleza,
CETREDE, 2001. Ir p/ primeira página

Você também pode gostar