PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO

DAS ÁRVORES

Moacir José Sales Medrado

Consultor da MCA Consultores Agroflorestais
OBJETIVO

O objetivo desta aula é disponibilizar para você alguns aspectos básicos

sobre o planejamento de plantio das árvores em um sistema de
integração dos tipos pecuária-floresta/silvicultura (silvipastoril) ou
lavoura-pecuária-floresta (agrossilvipastoril moderno).
Estas informações deverão ser complementadas por você com as demais
que deverão ser extraídas do material de apoio disponibilizado pelo
curso.
Desta forma acredita-se que, ao final, estará apto a fazer um bom
planejamento e plantio das árvores.
CONTEÚDO

Por exigência didática o conteúdo será dividido nos seguintes

tópicos:
TÓPICO 1 – DEFINIÇÃO DO ARRANJO DAS ÁRVORES NO SISTEMA
TÓPICO 2 – PLANEJAMENTO DA IMPLANTAÇÃO DAS ÁRVORES NO
SISTEMA
TÓPICO 1
DEFINIÇÃO DO ARRANJO DAS
ÁRVORES NO SISTEMA
OBJETIVO

O objetivo deste tópico é repassar informações que lhe possibilite

estabelecer uma arranjo para o estabelecimento de um sistema
agroflorestal pecuária-floresta ou lavoura-pecuária–floresta, a
partir de definição do destino a ser dado à madeira produzida no
sistema.
O conteúdo a ser repassado terá início com uma questão muito
importante:
O QUE É IMPORTANTE SABER ANTES DE DEFINIR O
ARRANJO?
É importante responder à seguinte pergunta:
 Para qual uso se destina a madeira produzida no sistema?
PRODUÇÃO DE MADEIRA GROSSA PARA SERRARIA
OU LAMINAÇÃO
 Usar espaçamento maiores entre as árvores.

 Árvores adultas ocupando pelo menos 50 m2 cada uma.

 Corte final, entre 100 a 200 árvores por hectare.

PRODUÇÃO DE MADEIRA PARA LENHA, CARVÃO
OU PALANQUES DE CERCA
 Usar espaçamentos menores entre árvores.

 Mais árvores e maior volume de madeira em menor tempo.

PRODUÇÃO DE MADEIRA FINA E MADEIRA
GROSSA
 Plantar em espaçamentos menores.

 Desbastar, numa fase intermediária, colhendo madeira fina.

 Conduzir árvores restantes para a produção de madeira de serraria e

laminação.
ENCERRAMENTO DO TÓPICO

Espera-se que tenha ficado claro que para a definição do arranjo é

imprescindível a informação sobre o objetivo estabelecido para a
madeira a ser produzida no sistema.
Concluída esta etapa da aula passaremos então a conversar com
você sobre o seguinte tema:
TÓPICO 2
PLANEJAMENTO DA IMPLANTAÇÃO
DAS ÁRVORES NO SISTEMA
OBJETIVO

O objetivo deste tópico é repassar informação sobre importância da

escolha da face de exposição, da distribuição das linhas ou renques
na árvore, da aquisição de uma boa muda, do preparo da linha de
plantio das árvores na elaboração de um planejamento da
instalação das árvores no sistema.
Para tal, iniciaremos, de imediato, o repasse do conteúdo para você.
SELEÇÃO DA FACE DE EXPOSIÇÃO
Variação da correção
da radiação solar
global de acordo com
orientação do terreno,
faces norte e sul, nas
regiões de Cocais – C e
Rio Doce – RD.

PAIVA, et al. s/d

DADOS DE IAF MEDIDOS NAS FACES NORTE E SUL
NAS REGIÕES DE COCAIS – C E RIO DOCE - RD

PAIVA, et al. s/d

DEFININDO A DISTRIBUIÇÃO DAS LINHAS OU
RENQUES NA ÁREA
 Dar a prioridade para quem?

Conservação de solo e água Conservação de energia

DEFININDO A DISTRIBUIÇÃO DAS LINHAS OU
RENQUES NA ÁREA
 Dar a prioridade para quem?

Conservação de solo e água Conservação de energia

DEFININDO A DISTRIBUIÇÃO DAS LINHAS OU
RENQUES NA ÁREA
 Dar a prioridade para quem?

Conservação de solo e água Conservação de energia

 A distribuição das faixas de plantio das árvores deverá ser em curvas

de nível.
DEFININDO A DISTRIBUIÇÃO DAS LINHAS OU
RENQUES NA ÁREA
 Dar a prioridade para quem?

Conservação de solo e água Conservação de energia

 A distribuição das faixas de plantio das árvores deverá ser em curvas

de nível.
 Utilizar o conceito de “linha-mestre”.
DEFININDO A DISTRIBUIÇÃO DAS LINHAS OU
RENQUES NA ÁREA
 Dar a prioridade para quem?

Conservação de solo e água Conservação de energia

 A distribuição das faixas de plantio das árvores deverá ser em curvas

de nível.
 Utilizar o conceito de “linha-mestre”.
Entrada de energia regula-se via poda e desbaste.
PLANTIOS ASSIM, AJUDAM A:
 Conservar o solo e a água.
 Controlar a erosão.
 Melhorar o conforto
térmico e o bem estar
animal.
 Diminuir o aparecimento
de trilhas no sentido da
pendente do terreno.
 A linha amarela mostra o perfil original
do terraço.
 A linha azul ilustra como está sendo
danificado pelo caminhamento dos
animais.

PORFIRIO-DA-SILVA; MEDRADO
 (1) Mostra o canal de infiltração
assoreado.
 (2) As raízes das árvores aparecendo na
superfície.
 (3) Local onde deveria ter sido feito o
plantio das árvores.
A IMPORTÂNCIA DO USO ATUAL NO MOMENTO
DE IMPLANTAÇÃO DAS ÁRVORES
 Fase agrícola - plantar as árvores junto com as culturas – só é perdida a
faixa de plantio das árvores.

 Fase de pastagem - duas opções.

 Pasto muito degradado – plantar na renovação do pasto.

 Pasto em boas condições – proteção das árvores com cerca elétrica.

O PREPARO DAS LINHAS DE PLANTIO
Preparo das linhas de plantio de árvores: - capinar ou dessecar uma
faixa de 1 metro para cada lado da linha de plantio das árvores.

Plantio de árvores em Plantio de árvores em

piquete diferido. piquete não diferido.
PREVENTIVO - MÉTODO DE APLICAÇÃO
Como fazer
 Evitar por iscas no “carreiro”.
 Não colocar iscas dentro do
formigueiro.
 Repetir a aplicação após o plantio
dobrando a distância entre os sachês.
 Vendo dano a uma muda ou olheiro na
área, por um sachê a mais no local.
 Para sauveiro adulto é um sachê por
m2 ou o equivalente a 10 g/m2.
OS CUIDADOS NA COMPRA DAS MUDAS

 Viveiros registrados - verificar a qualidade das mudas produzidas por

eles para definir a compra.
 Comprar de quem tiver mudas com as seguintes características:
 Raízes sem enovelamento nem “pião-torto”.
 Boa sanidade - livre de doenças e pragas.
OS CUIDADOS NA COMPRA DAS MUDAS

 Altura das mudas:

 20 cm a 35 cm p/ mudas de eucalipto, pinus e grevilea.
 25 cm a 40 cm p/ nativas produzidas em tubetes plásticos de 55 cc.
 25 cm a 50 cm p/ nativas prod. em sacolas plásticas de 600 g a
1200 g ou tubetões de 115 cc a 280 cc.
 120 cm a 200 cm para mudas de espera feita em sacos de
polietileno com 18 litros.
 Só levar muda rustificada.
 Não vai plantar logo? Deixa a pleno sol e irriga duas vezes ao dia.
O PLANTIO

Solo seco – pegamento baixo – implantação prejudicada.

O ideal é plantar com chuva ou no dia seguinte à chuva. Em alguns casos
o gel funciona bem.
1. Plantou, não choveu na 1ª semana, é aconselhável irrigar.
2. Mudas em tubetes sofrem mais com baixa umidade do solo. Quando
for possível, irrigar as mudas no plantio.
PLANTIO MANUAL – FERRAMENTAS

Usando o
“chucho”
Modelos de
plantadeiras
manuais
Usando vários
tipos de
plantadeiras
PLANTIO MANUAL – CUIDADOS COM A MUDA

As mudas devem ser

bem apertadas contra
a terra e devem ficar
rente ao solo. O
plantio fundo pode
ocasionar mortalidade
e/ou diminuição do
crescimento.
PLANTIO COM PLANTADEIRAS MOTORIZADAS
O plantio com
máquinas pode
render até 1.000
plantas por hora.
RESULTADO FINAL
Silvipastoril com
faixas de árvores
de linhas simples
implantadas em
curvas de nível
com terraços.
ENCERRAMENTO DO TÓPICO

Espera-se que com as informações repassadas você possa

estabelecer um conjunto de questões a serem postas para
intercâmbio de experiências com seus colegas no chat do curso e,
em alguns casos, para considerações do tutor. Desta forma você
acrescentará mais informações ao conjunto que você já dispõe.
RESUMO DA AULA

Nesta aula foram repassados para você conhecimentos básicos sobre

estabelecimento do arranjo e planejamento da implantação. Espera-se
que estas informações juntamente com que você extrairá do material de
apoio que estamos disponibilizando e ainda com a troca de informações
que fará com os demais participantes e a ajuda do tutor tirando suas
dúvidas, você esteja apto para fazer um bom planejamento de plantio e
uma execução do mesmo a contento.
 OBRIGADO!
Moacir José Sales Medrado