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Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde


21
ISSN 1983-7003
Ano VII nº 21| março de 2013

Eficácia e segurança do uso dos


Bisfosfonatos por longo prazo
para prevenção de fraturas
osteoporóticas em mulheres na
pós-menopausa
Resumo

A osteoporose é uma doença multifatorial, silenciosa, caracterizada por redução da


massa óssea e deterioração da integridade anatômica e estrutural do tecido ósseo em
consequência de um desequilíbrio no processo fisiológico de remodelação óssea. Sua
principal característica é o aumento da fragilidade óssea e do risco de fratura.

A osteoporose afeta mais as mulheres idosas, pois a diminuição da produção de


estrogênio após a menopausa acelera a perda óssea, e tem grande impacto socio-
econômico. A cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes
com tratamentos de fraturas em pessoas idosas e o número de internações, em
decorrência de fraturas, também tem aumentado ao longo do tempo. Estima-se
que o valor gasto com internações por fraturas em pessoas idosas aumentou em avaliações de desfechos substitutos e é
17,5% entre os anos de 2006 e 2009. importante ressaltar que a comparação
entre os grupos tratamento e placebo,
A prevenção da doença inclui a prática de exercícios físicos, a adoção de medidas nestes estudos, foi imperfeita, uma vez
para a prevenção da queda, dieta e sua complementação com cálcio e vitamina D. que todas as participantes, em algum
A opção de emprego de fármacos deve ser reservada aos pacientes com osteoporose momento, receberam bisfosfonatos
confirmada e alto risco para fratura, e inclui medicamentos antirreabsortivos, esti- por prazos consideravelmente longos.
mulantes da formação óssea e outros, que afetam a estrutura e a mineralização ósseas.
Os estudos não relataram eventos
Dentre os fármacos antirreabsortivos, os bisfosfonatos ocupam uma posição adversos relevantes, porém, foram
de destaque por serem capazes de aumentar a massa óssea. Entretanto, estudos encontrados diversos estudos obser-
recentes associam possíveis fatores de risco para fraturas femorais atípicas à utili- vacionais (caso-controle e coorte) que
zação por longo prazo dos bisfosfonatos. associaram o uso por longo prazo de
bisfosfonatos à ocorrência de fraturas
O objetivo desse boletim foi avaliar evidências clínicas existentes sobre a eficácia atípicas. Ainda com relação à segu-
e a segurança do uso dos bisfosfonatos por mais de três anos na prevenção secun- rança, alguns estudos de caso-controle
dária de fraturas em mulheres com osteoporose na pós-menopausa. associaram o uso dos bisfosfonatos por
longo prazo à ocorrência de câncer
No entanto, não foram encontradas, na literatura disponível, revisões sistemáti- de esôfago e um estudo de coorte
cas / meta-análises de estudos com seguimento igual ou superior a três anos que demonstrou um risco para eventos in-
avaliassem os itens da pergunta de pesquisa proposta. Sendo assim, as evidências flamatórios da mandíbula associados
apresentadas no texto foram extraídas de ensaios clínicos e estudos observacionais. ao uso desses medicamentos.
Outras condições de risco elevado para osteoporose, tais como o uso continuado
de corticoides, não foram avaliadas. Nos casos em que foi demonstrada vanta-
gem para os desfechos substitutos propos-
Não foram encontrados dados de eficácia do uso dos bisfosfonatos por períodos tos, observa-se que a diferença absoluta é
superiores a cinco anos abrangendo desfechos de interesse dos pacientes, como baixa, induzindo ao questionamento de
fraturas. Os ensaios clínicos avaliados apresentaram resultados obtidos a partir de se os benefícios compensam os riscos.

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de fraturas, sendo indicada em pacien- que necessitam ou não realizar a densi-


tes sintomáticas (dor toracolombar) tometria óssea2.
Situação Clínica ou para a identificação de fraturas
vertebrais assintomáticas em mulheres Conforme já afirmado, é fundamental
A osteoporose é definida como uma que apresentem redução na medida no diagnóstico de osteoporose a ava-
doença sistêmica, caracterizada por de estatura (≥ 2,5 cm) no intervalo de liação dos fatores de risco. Segundo a
baixa massa óssea e deterioração micro- dois anos, bem como deformidades de Fundação Nacional de Osteoporose
arquitetural do tecido ósseo, com coluna vertebral ou em indivíduos que Americana (National Osteoporosis Foun-
consequente aumento da fragilidade façam uso de glicocorticoide2. dation - NOF)4, os fatores de risco mais
óssea e da suscetibilidade a fratura1. importantes envolvidos na osteoporose
Na juventude, a formação óssea excede A densitometria fornece informações são: idade, sexo feminino, histórias
a reabsorção óssea, mas, a partir da limitadas da estrutura óssea. Nesse prévia e familiar de fratura, densidade
terceira década de vida há uma perda aspecto, a ultrassonografia quantitativa mineral óssea do colo de fêmur, taba-
gradual de massa óssea. A osteoporose (QUS ou USQ em português) pode gismo, baixo índice de massa corpórea
é, por conseguinte, uma doença rela- ser utilizada como ferramenta para (IMC < 19), ingestão de álcool ≥ a três
cionada com a idade. obtenção de dados qualitativos e quan- unidades ao dia, uso de glicocorticoide
titativos do tecido ósseo. Apesar de oral (dose ≥ 5,0 mg/dia de prednisona
O diagnóstico da osteoporose é comu- suas limitações, a QUS possui aspectos por período superior a três meses) e
mente realizado com base na densidade positivos como baixo custo e ausência artrite reumatoide1. A Sociedade de
mineral óssea (DMO), sendo os resul- de radiação ionizante (como é o caso Osteoporose Canadense (Osteoporosis
tados interpretados por meio da defini- da radiologia e tomografia computa- Society of Canada) classifica os fatores
ção da Organização Mundial de Saúde dorizada), tornando-a uma ferramenta de risco em maiores e menores, confor-
(OMS), pela comparação da DMO da útil para a eventual seleção de mulheres me o quadro abaixo1, 5:
paciente em questão com a média da
população adulta jovem normal, para o Quadro 1: Fatores de risco para osteoporose.
mesmo sexo e raça. No entanto, a iden-
tificação de fatores de risco para fratu- FATORES DE RISCO PARA OSTEOPOROSE
ras, a história clínica pessoal e familiar, MAIORES MENORES
os antecedentes pessoais e a radiografia
de coluna devem ser considerados tanto Idade superior a 65 anos Artrite reumatoide
para o diagnóstico de fraturas prévias e Fratura vertebral prévia Hipertireoidismo
osteoporose como para o delineamento
estratégico do tratamento. Ressalta-se Fratura por fragilidade abaixo de 40 anos Uso de anticonvulsivantes
que muitas fraturas ocorrem em mu- História familiar de fratura osteoporótica Baixa ingestão de cálcio
lheres com DMO tanto baixa como
normal; assim, as decisões terapêuticas Uso de glicocorticoide > 3 meses Tabagismo
não devem ser baseadas exclusivamente
Má absorção intestinal Ingestão excessiva de álcool e cafeína
no parâmetro de DMO, pois muitas
mulheres deixarão de receber o trata- Hiperparatireoidismo primário Baixo índice de massa corpórea (IMC)
mento adequado2.
Hipogonadismo Uso crônico de heparina
O Protocolo Clínico e Diretrizes Menopausa precoce (≤ 45 anos) -
Terapêuticas do Ministério da Saúde
(MS)3 acerca de osteoporose adota os
critérios densitométricos da OMS para Determinadas doenças e quadros clí- maioria dos casos, a doença é silenciosa,
diagnóstico da doença. A OMS propõe nicos constituem, por si só, um fator até ocorrer uma fratura3.
uma classificação diagnóstica para a de risco para fraturas devido à chance
DMO baseada no T-score (referente ao aumentada de quedas, por exemplo, O Consenso Brasileiro de Osteoporose,
número de desvios padrão acima ou quando existe comprometimento neu- de 20027, recomenda o tratamento da
abaixo da média para adultos jovens), rológico (doença de Parkinson, demên- osteopenia e osteoporose em mulheres
que reconhece três categorias: normal cia e quadros de vertigens), alcoolismo nos seguintes casos:
(T-score ≥ -1), osteopenia (T-score < -1 e e deficiência visual1.
> -2,5) e osteoporose (T-score ≤ -2,5)2,3. 1. mulheres com osteoporose na pós-
A osteoporose pode afetar ambos os menopausa: mulheres com fraturas
Apesar de a densitometria óssea ser, sexos, mas as mulheres estão em maior não traumáticas e baixos valores ao
hoje, a ferramenta principal para ava- risco, pois a diminuição da produção exame de DMO; mulheres com
liação da DMO, o exame radiológico de estrogênio após a menopausa acelera T-score de DMO igual ou inferior
da coluna torácica e lombar é a melhor a perda óssea, em grau variável6. Na a -2,5;
maneira de se diagnosticar a ocorrência

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2. mulheres com DMO baixa limí- Entre as mulheres foram registradas cálcio, unindo-os à hidroxiapatita das
trofe (ex.: T-score igual ou inferior20.778 mil internações em 2009, e entre superfícies de ossos em remodelamento.
a -1,5) se fatores de risco estão os homens 10.020 mil (dados até outu- Os bisfosfonatos diminuem potencial-
presentes; bro). Em 2001, esses números eram bem mente a reabsorção óssea porque inibem
menores, 15 mil internações no sexo os osteoclastos maduros bem como o
3. mulheres nas quais as medidas feminino e 7 mil no sexo masculino8. recrutamento de seus precursores10.
preventivas não farmacológicas
não foram efetivas (persiste a per- Impacto no Sistema Único de Essa classe de medicamentos é utiliza-
da óssea ou ocorrem fraturas não Saúde (SUS) da para o tratamento e prevenção de
traumáticas). distúrbios ósseos, incluindo hipercal-
A cada ano, o Sistema Único de Saúde cemia, bem como para a prevenção de
Os critérios empregados para a seleção (SUS) tem gastos crescentes com trata- problemas ósseos em doentes com can-
de pacientes candidatas ao tratamento mentos de fraturas em pessoas idosas. cro, tratamento de osteoporose e do-
farmacológico para a osteoporose Em 2009, foram R$ 57,61 milhões ença de Paget. Representam a primeira
devem conjugar os fatores de risco com internações (até outubro) e R$ escolha para a prevenção secundária e
individualizados para cada paciente, 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose sendo que,
os resultados da densitometria óssea tratamento da osteoporose. Em 2006, de acordo com o Consenso Brasileiro
e outros dados clínicos, laboratoriais foram R$ 49 milhões e R$ 20 milhões de 20027, devem ser utilizados com
e radiológicos relevantes. Atualmente respectivamente8. suplementação de cálcio e de vitamina
não há consenso a respeito da ponde- D. Estudos randomizados e controla-
ração de cada fator de risco e do peso Segundo o estudo de Bortolon et. al. dos por placebo revelaram que todos os
da densitometria óssea para a adequada (2011)9, no triênio 2006-2008, 1% bisfosfonatos aumentam a massa óssea
seleção dessas pacientes1. dos idosos internados no Brasil apre- em coluna e fêmur e reduzem o risco de
sentaram fratura de fêmur como diag- fraturas vertebrais e, em menor grau,
Epidemiologia nóstico principal. Os gastos totais com não vertebrais, com nenhum resultado
internações por esta causa, incluindo o em fratura de punho11.
Com base na definição operacional da valor de unidade de terapia intensiva
OMS, estima-se que, acima de 50 anos, (UTI) e o valor de órteses e próteses, Segundo as diretrizes de 2002 do
13% a 18% das mulheres e 3% a 6% representaram cerca de 2% dos gastos Ministério da Saúde do Brasil3, o uso
dos homens apresentem osteoporose, com internação de idosos no Brasil. dos bisfosfonatos está contraindicado
se considerados apenas os valores de nos seguintes casos: hipersensibilidade
DMO do fêmur proximal7. A preva- Tecnologia ao medicamento, acalasia e estenose
lência da osteoporose, acompanhada esofágica, impossibilidade de o pacien-
da morbidade e da mortalidade de suas Bisfosfonatos te se manter em pé por, pelo menos,
fraturas, aumenta a cada ano. Estima-se 30 minutos (para uso oral), função
que com o envelhecimento populacio- O metabolismo ósseo, na fase adulta, é renal comprometida com depuração
nal na América Latina, no ano de 2050, caracterizado por duas atividades simul- da creatinina endógena abaixo de 35 e
quando comparado a 1950, haverá um tâneas e opostas: deposição e reabsorção hipocalcemia (deve ser corrigida antes
crescimento de 400% no número de óssea. O equilíbrio entre a formação do início do tratamento). Os pacientes
fraturas de quadril, para homens e mu- e a destruição do tecido tem, como com histórico de hipoparatireoidismo,
lheres entre 50 e 60 anos, e próximo de resultado, uma renovação da microar- ou risco de hipocalcemia ou grandes
700%, nas idades superiores a 65 anos1. quitetura óssea. Durante a deposição problemas gastroinstestinais, devem
óssea, os osteoblastos sintetizam uma proceder com cuidado no tratamento
Em mulheres com mais de 50 anos, a matriz que sofre mineralização (depo- com bisfosfonatos7.
estimativa do risco de uma fratura ver- sição de íons inorgânicos, na forma de
tebral é de uma em três, e de fratura no fosfato de cálcio). A reabsorção óssea é Os bisfosfonatos atualmente registra-
quadril é de uma em cinco. Mulheres realizada pelos osteoclastos e consiste na dos no Brasil são: alendronato, iban-
na pós-menopausa que já sofreram dissolução mineral óssea e catabolismo dronato, risedronato, pamidronato,
uma fratura não traumática possuem dos componentes da matriz óssea. clodronato e ácido zoledrônico. O
um risco significativamente maior Essa atividade dos osteoclastos leva à etidronato não possui registro vigente
de outras fraturas. Desse modo, uma formação de cavidades e à liberação dos no Brasil. Até o momento, não exis-
mulher com fratura vertebral apresenta componentes da matriz óssea10. tem estudos de comparação direta de
um aumento do risco relativo (RR) de eficácia e segurança entre os diferentes
4,4 para mais uma fratura vertebral; Os bisfosfonatos são análogos sintéticos bisfosfonatos para o desfecho redução
2,3 para fratura no quadril e 1,4 para do pirofosfato inorgânico (contêm liga- de fraturas1.
fratura no punho6. ções estáveis P-C-P no lugar de ligações
lábeis P-O-P), um regulador endógeno Alendronato12, ibandronato13, risedro-
A quantidade de internações decor- da mineralização óssea, os quais têm nato14 e ácido zoledrônico15 possuem
rentes de fraturas aumenta a cada ano. a propriedade quelante sobre os íons indicação expressa na bula para trata-

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mento de osteoporose em mulheres estabelece a duração do tratamento da de ensaios clínicos randomizados


pós-menopausa para prevenir fraturas. osteoporose com os bisfosfonatos, mas prévios24, 25, 26, 27, visando estabelecer a
Pamidronato é indicado no tratamento avalia que a adesão ao tratamento é eficácia dos tratamentos na prevenção
das condições associadas a aumento baixa e estima que 50% dos pacientes secundária de fraturas em mulheres
da atividade osteoclástica, como interrompem o tratamento no primei- com osteoporose pós-menopausa. To-
metástases ósseas, mieloma múltiplo, ro ano e 80% ate o terceiro ano. dos os estudos foram financiados pelos
hipercalcemia induzida por tumor e laboratórios detentores dos registros dos
doença óssea de Paget16. Clodronato é Existem evidências que associam como medicamentos. Não foram encontrados
indicado para o tratamento do aumen- possível fator de risco para fraturas fe- estudos que avaliassem o uso dos demais
to da reabsorção óssea devido a doenças morais atípicas a utilização dos bisfosfo- bisfosfonatos por período de três anos.
malignas, com ou sem hipercalcemia17. natos por períodos superiores a 3 anos19.
No entanto, não existem evidências Alendronato
Na Inglaterra, segundo o Guia do quanto ao uso desses medicamentos
Nice (National Institute for Health and por mais de 5 anos. Dessa forma, para Em ensaio clínico randomizado,
Clinical Excellence)6, o alendronato é re- esse boletim, foi estipulado como longo duplo-cego e controlado por placebo,
comendado como primeira opção para prazo o período de 3 anos ou mais. Black et al.20 avaliaram a efetividade
a prevenção secundária de fraturas de- por longo prazo (acima de cinco anos)
correntes da osteoporose em mulheres Evidências do alendronato em mulheres com os-
com 70 anos ou mais, que apresentem teoporose pós-menopausa que haviam
um fator de risco independente para Esta seção tem como objetivo apre- participado de um estudo anterior24
fraturas ou baixa densidade mineral sentar as evidências clínicas existentes e recebido, portanto, pelo menos três
óssea e osteoporose confirmadas (T-score sobre a efetividade e a segurança do anos de tratamento (5mg por dia, por
≤ -2,5). O Guia considera como fatores uso por longo prazo dos bisfosfonatos dois anos, e 10mg por dia, no terceiro
de risco independentes para fraturas: para a prevenção secundária de fraturas ano). Um total de 1.099 participantes
histórico familiar de pai ou mãe com em mulheres com osteoporose pós- (média de idade de 73 anos, 34%
fratura no quadril, ingestão de quatro menopausa, conforme a estrutura de de prevalência de fratura vertebral e
ou mais unidades de álcool por dia e pergunta abaixo: 60% com histórico de alguma fratura
artrite reumatóide. O alendronato é re- desde diagnóstico da menopausa) foi
comendado, ainda, em mulheres entre • Pacientes: mulheres com osteopo- randomizado em três grupos, rece-
65 e 69 anos que tenham um fator de rose pós-menopausa; bendo alendronato em 5mg ou 10mg
risco independente para fraturas e os- de alendronato por dia (30% do total
teoporose confirmada e para mulheres • Intervenção: bisfosfonatos em lon- de participantes em cada grupo) ou
com menos de 65 anos com um fator de go prazo (acima de 3 anos de uso); placebo (40%). A análise foi realizada
risco independente para fraturas e, no por intenção de tratar. O estudo teve
mínimo, um indicador adicional para • Comparadores: placebo; como desfecho primário a densidade
baixa DMO e osteoporose confirmada. mineral óssea do quadril, medida a
• Desfechos: fraturas, eventos adver- partir do exame de absortometria de
O referido guia recomenda risedronato sos graves. raio-X de dupla energia. Como des-
como alternativa de tratamento para fecho secundário, foram avaliados os
mulheres pós-menopausa nos seguintes Foi realizada busca por revisões siste- marcadores bioquímicos de reabsorção
casos: mulheres que não aderiram às máticas em MEDLINE (via PubMed), óssea (propeptídeo N-terminal do co-
instruções de administração do alen- Cochrane Library e Centre for Reviews lágeno tipo I e telopeptído C-terminal
dronato, ou possuam contraindicações and Dissemination (CRD). Contudo, do colágeno tipo I). A avaliação da
ou intolerância ao alendronato6. não foram identificadas revisões siste- ocorrência de fraturas foi realizada
máticas/meta-análises de estudos reali- como um desfecho exploratório, após
Segundo o Protocolo Clínico do zados com os critérios acima descritos. a realização do estudo, com base em
Ministério da Saúde do Brasil3, entre As evidências apresentadas a seguir relatos espontâneos das participantes.
os bisfosfonatos, alendronato e risen- são provenientes de ensaios clínicos Como resultado, observou-se diferença
dronato são preferíveis, devido à maior (efetividade) e estudos observacionais estatisticamente significante, porém
evidência de benefício com o uso desses (segurança), conforme metodologia de reduzida, em densidade óssea entre
fármacos na prevenção de fraturas e à busca disponível (Metodologia). os grupos que receberam alendronato
maior comodidade posológica. De (5mg/dia e 10mg/dia) e o que recebeu
acordo com o protocolo, os estudos Efetividade placebo (diferença média de 2,36%; in-
com pamidronato são limitados, mas tervalo de confiança (IC) de 95%: 1,81-
sua via de administração intravenosa Foram selecionados quatro ensaios 2,90; p<0,001). Em valores absolutos,
pode ser benéfica em alguns casos. clínicos que abordaram o uso de alen- as mulheres que receberam alendronato
dronato20, ibandronato21, 22 e ácido apresentaram uma redução na densidade
O Formulário terapêutico nacional zoledrônico23. Trata-se de estudos de óssea média de 1,02%, enquanto aquelas
do Ministério da Saúde (2010)18 não extensão, que utilizaram as populações que receberam placebo apresentaram a

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média de 3,38%. Os marcadores bio- do terceiro ano). Fraturas não foram primeiro estudo), a DMO permaneceu
químicos foram avaliados em amostras avaliadas nesse estudo. constante no grupo Z6 e caiu discre-
de 236 das 1.099 participantes rando- tamente no Z3P3 (diferença entre tra-
mizadas. Observou-se que, apesar de nos Miller et al.22 avaliaram o uso do ibandro- tamentos = 1,04%; IC 95%: 0,4-1,7;
grupos que receberam alendronato haver nato por via oral. As 719 mulheres que p=0,0009), sendo os valores absolutos,
manutenção de baixos níveis séricos e no completaram ao menos 75% do ensaio respectivamente, de +0,24% e -0,80%.
grupo placebo um aumento gradual, os clínico de não inferioridade prévio26 – no A diferença na coluna foi similar e no
níveis séricos permaneceram acima do qual receberam por dois anos uma dose quadril, levemente maior (2,03%,
início do estudo em todos os grupos. mensal (100mg ou 150mg) versus doses p=0,002). Os marcadores bioquímicos
Não foram observadas diferenças entre os diárias do medicamento (2,5mg) –no séricos permaneceram constantes em
grupos quanto à ocorrência de fraturas. presente estudo de extensão foram realo- Z6 e elevaram-se discretamente em
cadas ou randomizadas para dose única Z3P3, embora todos fossem inferiores
Ibandronato mensal (100mg ou 150mg) por mais aos níveis pré-tratamento. O risco para
três anos. Os resultados foram analisados fratura vertebral morfométrica foi me-
Dois ensaios clínicos randomizados, por intenção de tratar. Os desfechos nor no grupo Z6 (3,0% versus 6,2%;
duplo-cegos e controlados por placebo avaliados e os resultados encontrados se OR = 0,51%; IC 95%: 0,26%-0,95%;
(estudos de extensão) avaliaram a efe- superpuseram aos do estudo conduzido p=0,035), não havendo diferenças em
tividade do ibandronato, administrado por Bianchi et al.21 e, da mesma forma, outras fraturas. Para evitar a ocorrência
por longo prazo (total de cinco anos de fraturas não foram avaliadas. de uma fratura, é necessário tratar 32
seguimento). pacientes ao longo de seis anos.
Ácido Zolerônico
Bianchi et al.21 avaliaram o uso de dois Todos os ensaios clínicos apresentaram
esquemas de ibandronato intravenoso Black et al.23 avaliaram a efetividade do resultados concernentes a avaliações de
(2mg e 3mg, administrados bi e tri- uso do ácido zoledrônico por seis anos, desfechos substitutos, não se utilizando
mensalmente, respectivamente) em em estudo de extensão que se seguiu de desfechos primordiais, clinicamente
estudo de extensão com 3 anos de dura- a um ensaio clínico randomizado, relevantes, como fraturas, para demons-
ção. Previamente, em ensaio clínico de duplo-cego e controlado por placebo27. trar que uso prolongado de bisfosfona-
fase III25, com dois anos de duração, as As 1.233 mulheres (média de idade de tos é de fato efetivo na prevenção de
mesmas participantes haviam recebido 75,5 anos, mais de 50% com T-score no fraturas em mulheres com osteoporose
2mg e 3mg de ibandronato intravenoso fêmur proximal menor que -2,5 e apro- na menopausa. Também não foi possí-
bi e trimensalmente, respectivamente, ximadamente 60% com pelo menos vel a comparação real entre grupos tra-
ou 2,5mg/dia por via oral, ou ainda uma fratura de vértebra) que haviam tamento e placebo, uma vez que todas as
placebo por via intravenosa. Os es- recebido três doses de ácido zoledrô- participantes, em algum momento dos
quemas intravenosos prévios foram nico ou placebo por 3 anos no ensaio estudos, receberam o tratamento em
mantidos nas pacientes. As que recebe- clínico prévio, foram randomizadas prazos consideravelmente longos. Esses
ram o medicamento por via oral ou o para receber o medicamento (n=616) desenhos experimentais empobrecem as
placebo, tiveram-nos substituídos pelo ou o placebo (n=617) por mais 3 anos. conclusões sobre a eficácia do uso desses
uso intravenoso. Foram avaliadas, por Aquelas que receberam placebo ante- bisfosfonatos por longo prazo.
intenção de tratar, 497 mulheres que riormente foram obrigatoriamente alo-
receberam ibandronato intravenoso cadas no grupo tratamento do estudo Mesmo demonstrada vantagem desse
por 5 anos (nos dois estudos), mostran- de extensão. Dessa forma, dois grupos uso sobre desfechos substitutos (no uso
do consistente aumento na densidade (na razão de 1:1) foram formados ao fi- do alendronato a descontinuidade do
mineral óssea da coluna lombar (8,4%; nal dos seis anos de acompanhamento: tratamento não piorou o prognóstico
IC 95%: 7,5-9,3 com 2mg bimensais aquele cujas participantes receberam de ocorrência de fraturas), a diferença
e 8,1%; IC 95%: 7,2-8,9 com 3 mg seis doses de ácido zoledrônico (Z6), absoluta foi muito baixa. Os ensaios clí-
trimensais), medida a partir do exame e aquele em que elas receberam três nicos não demonstraram a ocorrência de
de absortometria de raio-X de dupla doses do tratamento e três do placebo eventos adversos relevantes, porém, há a
energia. A avaliação de 3 anos em 756 (Z3P3). O desfecho primário avaliado descrição de alguns eventos nos estudos
pacientes (incluindo as que tinham (por intenção de tratar) foi densidade observacionais apresentados a seguir.
recebido tratamento oral diário prévio) mineral óssea (DMO) do fêmur
mostrou a manutenção de ganho de proximal, medida a partir do exame Segurança
densidade óssea na coluna lombar. Não de absortometria de raios-X de dupla
houve problemas relacionados com se- energia. A DMO de coluna e quadril, No estudo de Black et al.23, mais pa-
gurança. A densidade óssea do quadril marcadores bioquímicos de reabsorção cientes do grupo Z6 tiveram aumento
foi avaliada como desfecho secundário, óssea (propeptídeo N-terminal do transitório da creatinina sérica em
sob a mesma metodologia, e apresentou colágeno tipo I), as fraturas e a segu- comparação aos do grupo Z3P3. No
estagnação entre os segundo e terceiro rança foram avaliados como desfechos grupo Z6, observaram-se aumentos
anos de tratamento (aumento médio de secundários. Ao final do estudo (trans- não estatisticamente significantes de
3,6% e 3,2%, respectivamente, ao final corridos seis anos desde o início do fibrilação atrial e acidente vascular en-

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cefálico. Já relatos de hipertensão foram bisfosfonatos acima de 5 anos e fosfonatos por longo prazo, a saber,
significativamente menores no grupo ocorrência de fraturas atípicas); acidente vascular cerebral isquêmico
Z6 em comparação ao Z3P3 (7,8% – AVCI (Christensen et al., 201039) e
versus 15,1%, p < 0,001). • Schiclher et al., 2011 : estudo sueco câncer de esôfago, estômago e colorre-
33

que apresentou razão de chances de tal (Green et al., 201040). Para a ocor-
Nos estudos observacionais (casos- 33,3 (IC 95%: 14,3-77,8), sendo rência de AVCI, não foi encontrada
controle e de coorte), mencionou-se a que o risco aumentava com o tempo associação com o uso dos bisfosfonatos.
ocorrência de fraturas atípicas (aquelas de uso e se reduzia após a interrupção Já para câncer, apenas para o de esôfago
que ocorrem sob baixo impacto, em re- do tratamento (mais de 1,5 milhão foi demonstrada uma associação com o
gião subtrocantérica ou haste do fêmur, de mulheres acima de 55 anos); uso de bisfosfonatos orais.
com orientação transversa ou oblíqua
curta) em associação ao uso prolongado • Lenart et al., 200934: estudo de Outro evento adverso avaliado por um
de bisfosfonatos, conforme relatório revisão de casos de fratura de fêmur estudo de coorte foi a osteonecrose
da força tarefa da American Society for sob baixo impacto em mulheres de mandíbula, conjuntamente com
Bone Mineral Research28. pós-menopáusicas em um estabele- outras inflamações da mandíbula
cimento de saúde americano; o uso (Vestergaard et al., 201241). O estudo
Meier e colaboradores (2012)29 realiza- de bisfosfonatos ocorreu em 15 de seguiu todos os pacientes em uso de
ram um estudo de caso-controle em que 41 casos de fraturas subtrocantéricas medicamentos orais para osteoporose
revisaram 477 radiografias de fraturas e em 8 de 82 controles, encontrando- (em sua grande maioria alendronato e
subtrocantéricas ou do eixo proximal se razão de chances de 4,44 (IC etidronato), na Dinamarca, entre 1996
do fêmur, ocorridas entre 1999 e 2010 95%: 1,77–11,35; p=0,002). Em 10 e 2006, demonstrando associação entre
em um estabelecimento de saúde na dos 15 casos, o padrão radiológico os eventos inflamatórios da mandíbula
Suíça, encontrando 39 fraturas atípicas. associou-se significativamente com e o uso dos dois medicamentos. Não
Considerando os pacientes com fraturas o uso de bisfosfonatos (OR = 15,33; foi observada uma relação dose-efeito.
atípicas e demais fraturas, foi encontrada IC 95%: 3,06-76,90; p < 0,001). A Diversos relatos de casos vêm sendo
uma razão de chances para uso de bisfos- duração do tratamento foi maior nos publicados, apontando a ocorrência
fonatos de 69,1 (IC 95%: 22,8-209,5). casos de fraturas subtrocantéricas em desse evento adverso em associação ao
Ainda, o uso prolongado foi associado comparação à das fraturas de quadril uso prolongado de bisfosfonatos (ver
ao incremento do risco para fraturas nos grupos controles (p = 0,001). sessão de Metodologia). No Brasil,
atípicas. Outros estudos de caso-controle casos de osteonecrose da mandíbula
encontraram resultados semelhantes: Estudos de coorte realizados em associados ao uso de bisfosfonatos
uma operadora de plano de saúde estão sendo notificados aos órgãos
• Erviti et al., 201330: estudo rea- norte-americana (Dell et al., 201235; reguladores: um caso no sistema No-
lizado no banco de dados de in- Feldstein et al., 201236) identificaram tivisa (Agência Nacional de Vigilância
vestigação farmacoepidemiológica que o risco de ocorrência de fraturas Sanitária) e 99 casos no sistema PERI
em atenção primária da Espanha atípicas era maior entre usuários de WEB (Centro de Vigilância Sanitária
demonstrou razão de chances de bisfosfonatos, aumentando conforme da Secretaria de Estado de Saúde do
4,3 (IC95%: 1,55-11,9) para o uso o uso se estendia. Outro estudo de Estado de São Paulo)*.
de bisfosfonatos e fraturas atípicas. coorte (Abrahamsen et al., 201037),
O risco destas fraturas aumenta dinamarquês, observou que o risco de Dentre os estudos observacionais apresen-
conforme o tempo de uso do me- fraturas subtrocantéricas ou da haste tados, apenas um36 teve financiamento da
dicamento (razão das chances de femoral diminuía com o tempo de indústria farmacêutica, sendo os demais
9,46 (IC95%: 2,17-41,3) compa- tratamento com bisfosfonatos, porém, financiados por fundações de apoio à
rando uso acima de três anos versus essas fraturas não foram categorizadas pesquisa governamentais ou privadas.
a ausência de tratamento); em atípicas e clássicas. Outro estudo di-
namarquês (Vestergaard et al., 201138)
Os estudos acima assinalaram associa-
• Guisti et al., 201131: estudo ho- observou risco aumentado de fraturas ção entre o uso prolongado de bisfosfo-
landês que demonstrou razão de subtrocantéricas ou da haste femoral natos e a ocorrência de fraturas atípicas.
chances de 17.0 (IC 95%: 2,6- no grupo exposto ao tratamento com Contudo, é imperativo levar em consi-
113,3) para o uso de bisfosfonatos bisfosfonatos (comparado a grupo ex- deração que a incidência dessas fraturas
e a ocorrência de fraturas atípicas. posto ao tratamento com raloxifeno), é deveras baixa, principalmente quando
Para a ocorrência de fraturas em porém assumiu que esse risco já existia
comparadas à incidência de fraturas as-
geral, não foi encontrada diferença previamente ao tratamento, em função sociadas à história natural da osteopo-
estatisticamente significante; do prognóstico basal dos pacientes. Da
rose. Deve-se, portanto, enquanto não
mesma forma, essas fraturas não foramhouver estudos epidemiológicos de lar-
• Park-Wyllie et al., 201132: estudo diferenciadas em atípicas e clássicas.
ga escala, avaliar o benefício do uso por
realizado no Canadá (205.466 longo prazo dessa terapia em pacientes
mulheres acima de 68 anos) de- Há, ainda, estudos de caso-controle que não apresentam risco elevado de
monstrou razão de chances de 2,74 que avaliaram a ocorrência de outros fraturas em função da osteoporose,
(IC 95%: 1,25-6,02) para o uso de eventos adversos com o uso dos bis- ponderando se esses benefícios (como

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BRATS BRATS
Efc
Boletim
i áciaesegurança
Brasileiro
dousodosBide
sfosfoAvaliação
natosporo
l ngoprazo
depara
Tecnologias
prevençãodefraturasem
osteoporót
Saúde
c
i asemmulheresnapós-menopausa Ano VII nº 21| março de 2013

apresentado, a efetividade é duvidosa Os bisfosfonatos relacionados na Tabe- ou similares) ou diferentes. Os custos


a partir de 5 anos para alendronato e la 1 apresentam uma grande variação para os diferentes tratamentos foram
3 anos para o ácido zoledrônico) com- de preços, seja entre medicamentos calculados para o período de um ano,
pensam os riscos de fraturas atípicas com princípios ativos iguais (medi- uma vez que este boletim aborda o uso
associadas ao uso desses medicamentos. camentos de referênciaa, genéricos os prolongado dessas tecnologias.

*Para o Estado de São Paulo, a notificação de Tabela 1 - Custo anual do tratamento de bisfosfonatos indicados para
eventos adversos por profissionais de saúde é
tratamento e prevenção secundária da osteoporose.
obrigatória.

Medicamento Apresentação Posologia Preço Custo de


Informações Econômicas Tratamento
Alendronato de Sódio PMC 18%
A despeito dos possíveis eventos adver-
sos com o uso prolongado dos bisfosfo- Fosamax 70 MG COM CT BL AL 70mg/semana R$ 139,91 R$ 1.818,83
natos, essa classe de medicamentos tem (referência) / PVC OPC X 4
sua eficácia comprovada e apresenta-se Alendronato de 70 MG COM CT BL AL 70mg/semana R$ 92,38 R$ 480,38
como a principal alternativa terapêutica Sódio (genérico) PLAS OPC X 10
para prevenção secundária e tratamen-
to da osteoporose. Neste boletim foram Terost (similar) 70 MG COM CT BL AL 70mg/semana R$ 36,96 R$ 480,48
PLAS INC X 4
apurados os custos de tratamento com
os bisfosfonatos que apresentam indi- Ibandronato de Sódio PMC 18%
cação para osteoporose ou que constam
da lista de medicamentos utilizada pelo Bonviva 150 MG COM REV CT 150mg/mês R$ 174,51 R$ 2.094,12
Ministério da Saúde (MS) e que estão (referência) BL AL/AL X 1
disponíveis no mercado brasileiro: alen- Ibandronato 150 MG COM REV CT 150mg/mês R$ 113,44 R$ 1.361,28
dronato, ibandronato, risedronato, áci- Sódico BL AL/AL X 1
do zoledrônico e pamidronato. Dentre (genérico)
eles, apenas alendronato, pamidronato
Osteoban 150 MG COM REV CT 150mg/mês R$ 174,95 R$ 2.099,40
e risedronato foram incorporados pelo
(similar) BL AL/AL X 1
Sistema Único de Saúde, de acordo
com a Relação Nacional de Medicamen- Risedronato Sódico PMC 18%
tos Essenciais, RENAME 201242.
Actonel 35 MG COM REV BL 35mg/semana R$ 195,38 R$ 2.539,94
(referência) AL/PVC INC X 4
Os custos de tratamento com os bisfos-
fonatos foram calculados a partir dos Risedronato 35 MG COM REV CT 35mg/semana R$ 91,85 R$ 1.194,05
preços da Lista de Preços de Medica- Sódico BL AL PLAS OPC X 4
mentos, atualizada em 25/09/2012, (genérico)
disponível na página eletrônica da Riasedross 35 MG COM REV CT 35mg/semana R$ 38,82 R$ 504,66
Agência Nacional de Vigilância Sani- (similar) BL AL PLAS OPC X 4
tária (Anvisa)43. Foram considerados: o
PMC (Preço Máximo ao Consumidor), Pamidronato Dissódico PMC 18%
com alíquota de ICMS (Imposto sobre Fauldpami 6 MG/ML SOL INJ CT 60mg/3meses R$ 786,38 R$ 3.145,52
Circulação de Mercadorias e Prestação (referência) FA VD INC X 10 ML
de Serviços) igual a 18% para a maior
parte dos medicamentos analisados e, Ácido Zoledrônico PF0%
no caso dos medicamentos restritos Blaztere 4 MG PÓ LIOF INJ IV 4mg/6meses R$ 1.527,82 R$ 763,91
a hospitais, o PF (Preço Fábrica) com (referência) CT 4 FA VD INC
ICMS 0%, conforme Resolução nº. 3,
de 4 de maio de 2009 da Câmara de Aclasta 5 MG / 100 ML SOL INJ 5mg/ano R$ 1.221,77 R$ 1.221,77
Regulação do Mercado de Medicamen- (referência)* CT FR PLAS X 100 ML
tos – CMED44. Os preços extraídos da Zometa 4 MG SOL INJ CT FA 4mg/6meses R$ 977,41 R$ 1.954,82
Lista são os preços máximos permitidos (referência) PLAS INC X 5 ML
no mercado brasileiro, contudo, as
empresas tendem a comercializar seus Ácido 4 MG SOL INJ IV CT 4mg/6meses R$ 635,33 R$ 1.270,66
produtos a preços mais baixos que os Zoledrônico FA AMP PLAS INC X
estabelecidos, sobretudo em mercados (genérico)* 5ML
competitivos, permeados por medica- * Os medicamentos Alcasta e Ácido zoledrônico genérico, não são restritos a hospitais e possuem
mentos genéricos e similares, e com o PMC 0%, mas foram utilizados os PF 0% para fins de comparação.
advento das compras públicas. a
Conforme a classificação da Lista “A” de Medicamentos de Referência, atualizada em 06/07/2012,
disponível em http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/eS

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BRATS BRATS
Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde Ano VII nº 21| março de 2013

Em relação aos bisfosfonatos que não atestem a superioridade em eficácia e se- bulatorial, a possível correlação entre
têm indicação nem posologia expressas gurança entre os diferentes bisfosfonatos. ocorrência de fraturas atípicas e osteo-
em bula para tratamento da osteoporo- necrose de mandíbula e uso por mais
se, ácido zoledrônico e pamidronato, Considerações Finais de três anos de bisfosfonatos é difícil.
cabem alguns esclarecimentos acerca Para melhor avaliação da tecnologia
das doses adotadas para fins de custo de A osteoporose é uma doença silenciosa, e da própria doença, é fundamental a
tratamento na Tabela 1. altamente prevalente, especialmente notificação dos eventos adversos asso-
na terceira idade. Por conta da mor- ciados ao uso desses medicamentos por
O Zometa tem o mesmo princípio ati- bidade e da mortalidade em pacientes parte dos profissionais de saúde, com
vo do Aclasta, porém, a quantidade de portadores dessa condição, pode ser o objetivo de se aprimorar o registro
ácido zoledrônico no frasco de Zometa considerada um importante problema dessas informações no Notivisa e forta-
é 4mg, enquanto que no de Aclasta é de saúde pública. lecer as atividades de farmacovigilância
5mg.  As posologias também são dife- desses fármacos.
rentes. Enquanto a frequência de doses Uma das alternativas terapêuticas
do Zometa, prevista em bula, é de 4mg mais utilizadas na prática clínica é o Abstract
a cada 6 meses, a do Aclasta é de 5mg tratamento farmacológico com bis-
uma vez ao ano. Seriam necessários fosfonatos. Entretanto, nem os guias Osteoporosis is a silent, multifactor
dois frascos-ampola de Zometa e um nacionais, internacionais e tampouco disease, characterized by low bone mass
de Aclasta, ao longo do ano, em caso os estudos clínicos sugerem um prazo and deterioration of structural and
de seguimento estrito da bula e em máximo de tratamento. anatomical integrity of bone as a result
detrimento da equiparação de doses. O of an imbalance in the physiological
Blaztere possui a mesma quantidade de Nesse boletim, foi realizada uma pes- process of bone remodeling. Its main
princípio ativo que do Zometa, embora quisa na literatura disponível, com o feature is the increased bone fragility
a forma farmacêutica seja pó liofilizado objetivo de encontrar evidências sobre and risk of fracture.
ao invés de solução injetável; a posolo- a eficácia e a segurança do uso de bisfos-
gia é a mesma proposta para o Zometa. fonatos, por mais de três anos, conside- Osteoporosis mostly affects elderly
Foi adotada a posologia de 4mg a cada rado como longo prazo, na prevenção women, since the decrease in estrogen
6 meses para a análise. secundária e tratamento de fraturas em production after menopause accelerates
mulheres na pós-menopausa. Os en- bone loss, and has large socioeconomic
A posologia para o pamidronato reco- saios clínicos selecionados não utiliza- impact. Each year, the Brazilian Public
mendada pelo MS para tratamento da ram desfechos clinicamente relevantes Health System (SUS) has increased
osteoporose é de 30 a 60mg, por via para a análise dos resultados obtidos, e the expenses on treatment of fractures
intravenosa, a cada 3 meses3. Optou-se sim, desfechos substitutos (marcadores in older people and the number of
por adotar a posologia máxima para o bioquímicos de reabsorção óssea e den- hospitalizations due to fractures has
pamidronato, qual seja, 60mg. sitometria óssea). Segundo Coutinho also increased over time. It is estimated
MS, 200245, o uso destes desfechos tem that the amount spent on hospital
Haja vista que para o clodronato não o intuito de predizer os efeitos clínicos admissions for fractures in the elderly
há indicação expressa em bula para da terapia, porém, essa inferência é im- increased by 17.5% between the years
tratamento da osteoporose, e que esse perfeita, pois, o tratamento pode afetar 2006 and 2009.
princípio ativo não se encontra nas o desfecho definitivo por mecanismos
diretrizes do MS para tratamento dessa distintos, que não envolvam o desfecho Disease prevention includes physical
doença, ele não foi incluído na análise. substituto. exercise, the adoption of measures for
the prevention of fall, patient’s diet
Os resultados de custo de tratamento Foram identificados estudos de caso- and supplementation with calcium
extraídos da Tabela 1 evidenciam que controle, coortes e relatos de casos que and vitamin D. The option of using
variação de o custo de tratamento com correlacionam ocorrências de fraturas medicines should be reserved for
o Fauldpami é cerca de 6 vezes superior atípicas e outros eventos adversos patients with confirmed osteoporosis
ao custo do tratamento com o alendro- graves (AVCI e câncer), ainda que com who are at high risk for fractures, and
nato, que é mais difundido. Constata- frequência baixa, ao uso prolongado includes different types of drugs: bone
se que os menores custos de tratamento dos bisfosfonatos. Portanto, tendo em resorption inhibitors, bone formation
são obtidos com o alendronato de sódio vista a ausência de evidências robustas stimulants and others that affect bone
genérico e seu similar Terost, seguidos de benefícios e a ocorrência de eventos structure and mineralization.
pelo medicamento risedronato sódico adversos, embora de baixa frequência, é
similar, Riasedross. Ao optar-se pelo prudente afirmar que o prescritor deve Among bone resorption inhibitors,
medicamento Fauldpami, pamidro- ponderar, para cada paciente individu- bisphosphonates occupy a prominent
nato dissódico, incorre-se no custo de almente, se o uso desses medicamentos position by being able to increase bone
tratamento mais elevado do grupo. por mais de três anos é justificável. mass. However, recent studies associate
possible risk factors for atypical
Destaca-se que não há, até o momento, Como a osteoporose é uma doença femoral fractures with long-term use of
evidências científicas disponíveis que mais comumente tratada em nível am- bisphosphonates.

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BRATS BRATS
Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde Ano VII nº 21| março de 2013

The objective of this report was to del hueso como resultado de un Por lo tanto, la evidencia presentada
evaluate clinical evidence on the efficacy desequilibrio en el proceso fisiológico de en el texto se extrajo de los ensayos
and safety of the use of bisphosphonates la remodelación ósea. Su característica clínicos y estudios observacionales.
for more than three years in the secondary principal es el aumento de la fragilidad Otras condiciones de alto riesgo para la
prevention of fractures in women with ósea y riesgo de fractura. osteoporosis, tales como el uso continuo
postmenopausal osteoporosis. de corticosteroides no han sido evaluadas.
La osteoporosis afecta principalmente
However, we did not find, in the a mujeres de edad avanzada, ya que No se encontraron datos sobre la eficacia
available literature, systematic reviews la disminución en la producción de del uso de los bifosfonatos durante más
/ meta-analyzes of studies with follow- estrógenos después de la menopausia de cinco años incluyendo los resultados
up equal or greater than three years acelera la pérdida ósea, y tiene un de interés para los pacientes, como
that evaluated the items of the research impacto socioeconômico importante. las fracturas. Los ensayos clínicos
question proposed. Thus, the evidence Cada año, el Sistema Brasileño de seleccionados presentaron los efectos
presented in the text was extracted Salud (SUS) ha aumentado los gastos de las evaluaciones de resultados
from clinical trials and observational en el tratamiento de las fracturas en sustitutos y es importante observar
studies. Other conditions of high risk las personas mayores y el número de que la comparación entre el grupo
for osteoporosis, such as the continued hospitalizaciones por fracturas también intervención y el grupo placebo en estos
use of corticosteroids have not been se ha incrementado con el tiempo. Se estudios era imperfecto, ya que todos
evaluated. estima que la cantidad gastada en la los participantes, en algún momento,
hospitalización por fracturas en los recibió bisfosfonatos por períodos
No data was found regarding the efficacy ancianos aumentó en un 17,5% entre considerablemente largos.
of the use of bisphosphonates for los años 2006 y 2009.
longer than five years using outcomes Los estudios no informaron eventos
of interest to patients, such as fractures. La prevención de la enfermedad adversos significativos, sin embargo,
The evaluated clinical trials presented incluye ejercicio físico, la adopción de se encontraron varios estudios
results from assessments of surrogate medidas para la prevención de la caída, observacionales (casos y controles y
outcomes and is important to note that la dieta y la suplementación con calcio de cohortes) que han relacionado el
the comparison between the treatment y vitamina D. La opción de utilizar uso a largo plazo de los bifosfonatos
and placebo groups in these studies medicamentos debe reservarse para los a la aparición de fracturas atípicas.
was imperfect, since all participants, at pacientes con osteoporosis confirmada También con respecto a la seguridad,
some point, received bisphosphonates que estén en alto riesgo de fracturas, algunos estudios de control de casos
for periods considerably long. e incluye fármacos inhibidores de la han asociado el uso a largo plazo de
reabsorción ósea, lós que estimulan la los bisfosfonatos com la aparición
The studies reported no significant formación del hueso y otros que afectan de cáncer de esófago y un estudio de
adverse events; however, several la estructura ósea y la mineralización. cohortes mostró un riesgo para los
observational studies (case-control and eventos inflamatorios de la mandíbula
cohort) were found who associated the Entre los inhibidores de la reabsorción asociados con el uso de estos fármacos.
long-term use of bisphosphonates to ósea, los bifosfonatos ocupan un lugar
the occurrence of atypical fractures. destacado al presentar la capacidad de Dónde se há demostrado ventaja para
Also regarding safety, some case- aumentar la masa ósea. Sin embargo, los resultados sustitutos propuestos, se
control studies have associated the estudios recientes asocian posibles observa que la diferencia absoluta es
long-term use of bisphosphonates with factores de riesgo de fracturas atípicas baja, lo que lleva a la cuestión de si los
the occurrence of esophageal cancer de fémur con el uso prolongado de beneficios superan los riesgos.
and one cohort study showed a risk bifosfonatos.
for inflammatory jaw events associated Referências
with the use of these drugs. El objetivo de este trabajo fue
evaluar la evidencia clínicas sobre la 1. Associação Médica Brasileira e Agên-
Where advantage has been demonstrated eficacia y seguridad del uso de los cia Nacional de Saúde Suplementar.
for the proposed surrogate endpoints, it bifosfonatos durante más de tres años Diretrizes Clínicas na Saúde Suplemen-
is observed that the absolute difference en la prevención secundaria de las tar – Osteoporose: Tratamento, 2011.
is low, leading to the question of fracturas en mujeres con osteoporosis
whether the benefits outweigh the risks. posmenopáusica. 2. Fernandes CE, Strufaldi R, Steiner
ML, Pereira RM, Domiciano DS,
Resumen Sin embargo, no se encontraron, en Simões R. Osteoporose: Diretrizes,
la literatura disponible, revisiones 2011. Associação Médica Brasileira e
La osteoporosis es una enfermedad sistemáticas / meta-análisis de estudios Conselho Federal de Medicina.
silenciosa, multifactorial, caracterizada con un seguimiento igual o superior a
por baja masa ósea y deterioro de la tres años que evaluasen los ítems de la 3. Ministério da Saúde. Secretaria de
integridad estructural y anatómica pregunta de investigación propuesta. Atenção à Saúde (Brasil). Portaria SAS/

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BRATS BRATS
Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde Ano VII nº 21| março de 2013

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study of patients with femoral fracture que não há conflitos de interesse.
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ture site and features. Bone 2011 May; lat RD, Baron JA, Sørensen HT. Oral Formulário de Conflito de
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Tecnologias
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Em Destaque Pode ser notificada qualquer suspeita adesão dos profissionais de saúde para a
de evento adverso, queixa técnica e execução da notificação voluntária.
A Agência Nacional de Vigilância desvio de qualidade dos produtos que
Sanitária (Anvisa) possui um sistema estão sob a vigilância sanitária, inclusi- Vale a pena lembrar que o fato de
informatizado, o Notivisa (Sistema de ve os medicamentos. termos medicamentos de reconhecida
Notificações em Vigilância Sanitária) eficácia e segurança não significa que
que funciona para receber as informações A Anvisa conceitua evento adverso estamos protegidos do aparecimento
sobre eventos adversos e queixas técnicas como qualquer efeito não desejado, em de eventos adversos, pois, caso venham
relacionados a medicamentos, vacinas, humanos, decorrente do uso de produ- a ser utilizados de forma errada podem
artigos médico-hospitalares, kit reagente tos sob vigilância sanitária. As reações oferecer riscos graves ao seu usuário.
para diagnóstico, cosméticos, hemoderi- adversas se enquadram neste perfil. Já Além disso, muitos medicamentos
vados, agrotóxicos, entre outros. queixas técnicas são entendidas como novos, apesar de terem sido registrados,
qualquer notificação de suspeita de al- não possuem comprovação de seguran-
Acessando o Notivisa, o profissional teração/irregularidade de um produto/ ça definida em estudos de maior nível
da saúde pode se cadastrar e está apto empresa relacionada a aspectos técnicos de evidência.
a encaminhar à Anvisa as suspeitas de ou legais, e que poderá ou não causar
reações adversas. O preenchimento do dano à saúde individual e coletiva.
formulário é rápido e simples, basta
acessar a plataforma do Notivisa. Para o sucesso de um programa de
Farmacovigilância é fundamental a
NOTIFIQUE!. Acesse: www.anvisa.
gov.br/hotsite/notivisa/index.htm

Expediente

Redação Conselho Consultivo Otávio Berwanger


Diogo Penha Soares Afrânio Lineu Kritski Rosimary Terezinha de Almeida
Giselle Silva Pereira Calais Alexandre Lemgruber Portugal Sebastião Loureiro
Márcia de Oliveira Fernandes d’Oliveira Suzana Alves
Mariana Rebello Pereira Andrès Pichon-Riviere Thais Queluz
Symone Oliveira Lima Bernardo Rangel Tura
Carlos José Coelho de Andrade
Colaborador Cid Manso de Mello Vianna Projeto gráfico e diagramação
Marisa da Silva Santos Claudia Garcia Serpa Osorio de Assessoria de Comunicação,
Castro Cerimonial e Eventos - ASCEC
Núcleo Editorial Giácomo Balbinotto Neto
Clarice Alegre Petramale Hillegonda Maria Dutilh Novaes
Flávia Tavares Silva Elias Lenita Wannmacher
Maria Eugênia Carvalhães Cury Luis Guilherme Costa Lyra
Martha Regina de Oliveira Margareth Crisóstomo Portela
Gabrielle Cunha Barbosa Cavalcanti e Marisa da Silva Santos
Cysne Troncoso Maria Eduarda Puga

Envie sugestões de temas, críticas e questionamentos sobre o BRATS para o e-mail: brats@anvisa.gov.br

Conheçam os estudos da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Acesse www.saude.gov.br/rebrats

Secretaria de Ciência,Tecnologia
e Insumos Estratégicos

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Hipoparatireoidismo: afecção causa- suem prolongamentos citoplasmáticos,


Glossário da por deficiência do hormônio para- fazendo uma verdadeira rede de co-
tireoideo (ou HPT). É caracterizado municação com outros osteócitos por
Acalasia esofágica: distúrbio da mo- por hipocalcemia (que leva a tetania) meio de canalículos que se anastomo-
tilidade do esôfago em que o esfíncter e hiperfosfatemia. A forma adquirida sam com os canalículos das lacunas vi-
esofágico inferior (próximo ao cárdia) é devida a remoção ou lesão das glân- zinhas. São estas células as responsáveis
não consegue relaxar, acarretando dulas paratireoides. A forma congênita pela manutenção do tecido ósseo vivo,
obstrução funcional do esôfago e dis- é devida à mutação em genes como uma vez que detectam as alterações fi-
fagia. A acalasia caracteriza-se por um TBX1 (ver síndrome de DiGeorge), sicoquímicas deste tecido recrutando, a
esôfago grosseiramente contorcido e CASR que codifica os receptores de de- seguir, osteoclastos e osteoblastos para
dilatado (megaesôfago)1. tecção de cálcio, ou PTH que codifica as funções de síntese e reabsorção2.
hormônio paratireoideo1.
Cancro: é a lesão primária da sífilis, Osteoclastos: células originárias do
uma pápula endurecida, erodida e Intenção de tratar: estratégia para tecido hematopoético, sendo derivadas
indolor que ocorre no local de entrada análise de ensaios clínicos controlados de colônias de células formadoras de
da infecção1. que compara pacientes nos grupos macrófagos. Sua função básica é a de
para os quais eles foram originalmente reabsorção óssea2.
Duplo-cego: método de estudo sobre designados aleatoriamente1.
um fármaco ou procedimento no qual Razão de chances: é uma aproxima-
ambos, grupos estudados e investiga- Intervalo de confiança: classe de va- ção do risco relativo, característica de
dor, desconhecem quem está receben- lores para um parâmetro de interesse, estudos de casos e controles, dada pela
do o fator de interesse em questão1. por exemplo, uma taxa, calculada de proporção entre a probabilidade de
tal maneira que tenha probabilidade adoecer e de não adoecer mediante a
Estenose esofágica (estrangulamento específica de incluir o valor real do exposição e não exposição ao fator de
do esôfago): constrição do esôfago. parâmetro1. risco em estudo1.
A maioria é adquirida, mas pode ser
congênita1. Osteoblastos: células típicas do tecido Referências
conjuntivo, oriundas de uma célula
Fratura morfométrica: uma vértebra primitiva (célula mesenquimal indi- 1. Descritores em Ciências da Saúde /
em que há evidência de redução de ferenciada). Sua função básica é a de Biblioteca Virtual em Saúde – DeCS/
20% (+4mm) ou mais na altura ante- síntese (formação) do tecido ósseo2. BVS. Disponível em: http://decs.bvs.
rior, medial ou posterior nas imagens. br/
Ainda, a vértebra deve preencher o cri- Osteócitos: células quiescentes de-
tério para uma deformidade prevalente rivadas do osteoblasto que, uma vez 2. Osteoporose. Disponível em http://
(utilizando o método de McCloskey- terminado seu trabalho de síntese, se www.osteoprotecao.com.br/to_abor-
Kanis) na imagem seguinte1. recobrem de um conteúdo mineral e dagem.php
se situam em cavidades (lacunas). Pos-

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Metodologia
Base Termos Resultados Estudos Estudos
Selecionados Disponíveis
MedLine (via (long[All Fields] AND term[All Fields] 21 0 0
Pubmed) AND (“diphosphonates”[MeSH Terms] OR
“diphosphonates”[All Fields] OR “bisphosphonate”[All
Fields]) AND (“osteoporosis, postmenopausal”[MeSH
Terms] OR (“osteoporosis”[All Fields] AND
“postmenopausal”[All Fields]) OR “postmenopausal
osteoporosis”[All Fields] OR (“post”[All Fields] AND
“menopausal”[All Fields] AND “osteoporosis”[All Fields])
OR “post menopausal osteoporosis”[All Fields])) AND
systematic[sb]
(long[All Fields] AND term[All Fields] 67 4 4
AND (“diphosphonates”[MeSH Terms] OR
“diphosphonates”[All Fields] OR “bisphosphonate”[All
Fields]) AND (“osteoporosis, postmenopausal”[MeSH
Terms] OR (“osteoporosis”[All Fields] AND
“postmenopausal”[All Fields]) OR “postmenopausal
osteoporosis”[All Fields] OR (“post”[All Fields] AND
“menopausal”[All Fields] AND “osteoporosis”[All Fields])
OR “post menopausal osteoporosis”[All Fields])) AND
Randomized Controlled Trial[ptyp]
(“diphosphonates”[MeSH Terms] OR 128 12 12
“diphosphonates”[All Fields] OR “bisphosphonate”[All
Fields]) AND (“osteoporosis, postmenopausal”[MeSH
Terms] OR (“osteoporosis”[All Fields] AND
“postmenopausal”[All Fields]) OR “postmenopausal
osteoporosis”[All Fields] OR (“post”[All Fields] AND
“menopausal”[All Fields] AND “osteoporosis”[All
Fields]) OR “post menopausal osteoporosis”[All Fields])
AND (“case-control studies”[MeSH Terms] OR (“case-
control”[All Fields] AND “studies”[All Fields]) OR
“case-control studies”[All Fields] OR (“case”[All Fields]
AND “control”[All Fields] AND “study”[All Fields]) OR
“case control study”[All Fields])
Centre for bisphosphonates and post and menopausal and 6 0 0
Reviews and osteoporosis
Dissemination
(CRD)
Cochrane bisphosphonates and post and menopausal and 20 0 0
Library osteoporosis

Busca realizada por relatos de casos:

MedLine, via Pubmed: ((“bisphosphonate-associated osteonecrosis of the jaw”[MeSH Terms] OR (“bisphosphonate-


associated”[All Fields] AND “osteonecrosis”[All Fields] AND “jaw”[All Fields]) OR “bisphosphonate-associated osteo-
necrosis of the jaw”[All Fields] OR (“bisphosphonate”[All Fields] AND “osteonecrosis”[All Fields]) OR “bisphosphonate
osteonecrosis”[All Fields]) AND (“jaw”[MeSH Terms] OR “jaw”[All Fields]) AND (“osteoporosis, postmenopausal”[MeSH
Terms] OR (“osteoporosis”[All Fields] AND “postmenopausal”[All Fields]) OR “postmenopausal osteoporosis”[All Fields]
OR “osteoporosis”[All Fields] OR “osteoporosis”[MeSH Terms])) AND Case Reports[ptyp]

Observação:

Em data posterior à das buscas realizadas acima, foi publicado o artigo de Erviti J et al. (2013)30, o qual foi selecionado e
incluído no texto.

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