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Sumário

Sumário................................................................................................................................................1

CONSIDERAÇÕES INICIAIS...........................................................................................................2

ANALISE DO SISTEMA...................................................................................................................2

ANALISE ECONOMICA E FINANCEIRA....................................................................................11

BIBLIOGRÁFIA...............................................................................................................................13
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PHD 2412 – SANEAMENTO II : PROJETO I

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Os dados gerais do projeto são os seguintes:


- adução de água bruta a temperatura ambiente;
- vazão de projeto: 220 l/s;
- comprimento: 3650 m;
- captação em rio, NA no poço de sucção = 83,4 a 85,6 m;
- final na ETA, com saída livre na cota 158,3 m;

- escolher uma alternativa de material para a tubulação.

- dimensionar adutora e elevatória com poço de sucção (desenho do


poço em planta e corte), diâmetros e classes de pressão das tubulações
de sucção e recalque, escolha das bombas, verificação de NPSH,
desenho esquemático da elevatória, acessórios na sucção, barrilete e
recalque, perfil reduzido da adutora com linhas piezométricas, etc.
Considerar perdas locais e distribuídas.

- cota do eixo da bomba 87,0 (se optar por bomba não afogada).

- estimar o valor presente dos gastos com energia (tarifa variável


linearmente de 250 a 350 R$/MWh em um período de 20 anos, taxa de
8% ao ano e operação da elevatória 20 h/dia).

- para a avaliação das alternativas e escolha do diâmetro mais


econômico, considerar os valores de R$5/kg para tubulações de recalque
em ferro dúctil, R$7/kg para aço e R$ 12/kg para polietileno.

- considerar rendimento do motor igual a 90% (e da bomba conforme


catálogo do fabricante).

ANALISE DO SISTEMA

2.1 Dimensionamento da Adutora

Em uma analise inicial, considerando a vazão de projeto, adotaremos


como alternativa de material para tubulação do projeto o Polietileno de Alta
Densidade
Para tal tubulação, teremos o perfil da rede adutora seguindo o perfil
planialtimétrico a seguir:

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PHD 2412 – SANEAMENTO II : PROJETO I

Perfil Topografico Regional

180,00
160,00
140,00
120,00
100,00
z (m) 80,00
X (m)
60,00
40,00
20,00
0,00
1
4
8
7
5
4

34
86
90
65
51
49
00

78
50
0
13
32

75
59
67

90

18

30
31
11
14

23
25

34
36
x (m)

Figura 2.1 – Perfil Topográfico.

ETA, z2=158,3m

EEAB, z1=83,3m

Figura 2.2 – Cotas das Instalações.

Para a situação esquemática acima, temos a identificação das linhas


piezométrica estática e dinâmica.

L.P. dinâmica
DH

L.P. estática (Q=0)


ETA, z2
Hg

EEAB, z1
Figura 2.3 – Linhas Piezométricas.

Desenvolveremos um pré-dimensionamento trabalhando com o


crescimento gradual do diâmetro (conforme dados do fornecedor – Transtubo),
fazendo verificação constante de aceitabilidade do mesmo.

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Com utilização de tubulação de PE80, com k=0,06mm e classe de


pressão única PN10.
Sabendo que Hg = 158,3 – 83,3 = 75m.
Temos,
• Primeira Analise

De =315 ,0mm ;
Di = 268 ,2mm ;
4×Q 4 × 0,22
V = = = 3,89m/s ;
π ×D 2
π × 0,2682 2
V × D 3,89 × 0,2682
Re = = =1044417 ;
υ 10 −6
1  k 5,62   0,00006 5,62 
Re > 4000 ⇒ = −2 log  +  = −2 log  + 
f  3, 71 × D Re 0,9
  3, 71 × 0, 2682 1044417 0,9

f = 0,01497
L V2 3650 3,89 2
∆H = f ⋅ ⋅ = 0,01497 ⋅ ⋅ =157,4m ;
D 2×g 0,2682 2 × 9,8

Assim com a pressão de carga no inicio da linha em:

Hm = Hg + ∆H = 157,4+75 = 232,4m ;
(não atende a classe PN10 inicialmente considerada)

• Analise Geral

Calculando uma seqüência de diâmetros para analise da adução, temos:

DE DI (m) V R f j (%) DH Hm
(mm) (m/s) (m) (m)
315 0,2682 3,89 10444 0,0149 4,31% 157,4 232,4
17 7
355 0,3024 3,06 92629 0,0147 2,34% 85,4 160,4
8,6 9
400 0,3406 2,41 82240 0,0146 1,28% 46,7 121,7
9,6 6
450 0,3832 1,91 73098 0,0145 0,70% 25,7 100,7
3 6
500 0,4258 1,54 65785 0,0145 0,41% 15,1 90,1
0,4 1
560 0,4770 1,23 58723 0,0144 0,23% 8,6 83,6
8,4 8
630 0,5366 0,97 52201 0,0144 0,13% 4,8 79,8
4 9
710 0,6048 0,77 46314 0,0145 0,07% 2,6 77,6
9,3 4
Tabela 2.1 – Perfil Topográfico.

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Temos para a tubulação de Φ=500mm o atendimento da pressão no


inicio da linha e da velocidade máxima em condutos forçados ( 3m/s < Vmax <
6m/s); no entanto veremos posteriormente que tal carga em altura dificultará
a escolha do conjunto motor-bomba.
Contudo, adotaremos a adutora com as seguintes características:

- PE80 (ISO 4427), com k=0,06mm e classe de pressão única


PN10 com Φ=560mm e espessura ξ=41,5mm.

2.2 Dimensionamento da Estação Elevatória

Analisando o perfil topográfico regional, temos que não faremos o uso de


booster intermediário, de modo que a estação elevatória implantada no
sistema trabalhará de forma única para elevar em aproximadamente 84
metros a água bruta requerida.
Trabalharemos em um esquema hidráulico de bomba horizontal afogada
a partir de um poço de sucção derivado do rio, como se segue:

Figura 2.4 – Esquema hidráulico.

Utilizaremos metodologia de implantação em etapas, caracterizado por


um sistema de “pequena” elevatória, ou seja, uma estação elevatória com 3
bombas (2 funcionamento + 1 reserva).

• Analise Tubulação de Sucção e Barrilete

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Adotaremos sucção e barrilete com tubulação em ferro fundido (FD) ø 400 mm,
com válvula de pé (K=1,75), com crivo (K=0,75) e curva de 90 graus (K=0,40).
Desprezar as perdas sem dados indicados (barrilete, etc.)
Assim, temos que para a tubulação em questão, considerando a vazão
de 110 l/s para cada uma das duas bombas em funcionamento, atende-se o
critério de norma (tabela 2.2)

4×Q 4 × 0,11
V = = = 1,14 < 1,5 (verificação OK para sucção).
π ×D 2
π × 0,40 2

Tabela 2.2 – Dados Normativos (NBR 12214/1992).

4×Q 4 × 0,11
V = = = 1,14  0,6m/s < V < 3,0m/s (verificação OK para
π ×D 2
π × 0,40 2
barrilete).
• Analise Conjunto Motor-Bomba

Temos uma prévia analise do motor-bomba requerido no sistema após


verificação em manual de curvas características fornecido por fabricante (KBS
Nº A2740/42/44.1P/E/S/6).
Considerando,
Q = 110 l/s = 396 m³/h (para cada bomba);
Hb = 83,6 m (altura a vencer);

Para conjunto com capacidade em 3500 r.p.m.

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83,6

396
Figura 2.5 – Conjunto motor-bomba KBS – 3500 r.p.m.

Na consulta do conjunto para esse nível, demonstra que o fabricante não


possui equipamentos.

Para conjunto com capacidade em 1750 r.p.m.

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83,6

396
Figura 2.6 – Conjunto motor-bomba KBS – 1750 r.p.m.

Na consulta do conjunto para esse nível, identificamos a utilização da


bomba KSB Meganorm (60Hz), tamanho 150-400, com velocidade nominal
de 1750 r.p.m.

Figura 2.7 – Bomba KBS Meganorm – 1750 r.p.m.

Com as seguintes características de projeto:

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Figura 2.8 – Curvas de Projeto Bomba KBS Meganorm [150-400] – 1750 r.p.m.

Contudo teremos uma bomba escolhida com rotor de diâmetro ø 413


mm e rendimento η=80,5%; que segundo as curvas características define as
seguintes configurações:

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Analise de cavitação em NPSHr  NPSHr = 3,1 m;


Potência do motor acoplado  P = 150 HP = 111,9 kW;

• Verificações

Admitindo pressão de vapor no local igual a 0,43 mca e pressão


atmosférica 9,47 mca, faremos a verificação do NPSH.

Tal que,
p atm p vapor
NPSH = −H g , s − ∆H s + −
d
γ γ
NPSH d ≥ NPSH r = 3,1m

Assim,
 4 × 0,11   1 
NPSH = −(83,3 − 83,4) − (1,75 + 0,75 + 0,4) ×   ×   + 9,47 − 0,43 = 9,01 m
 π × 0,40
d 2
  2 × 9,81 
(verificação OK para controle de cavitação)

Analisando a potência requerida pelo sistema para elevação da água.

γ ×Q × H 10 .000 ×0,22 ×83 ,6


Pr = = = 204,36 kW
η 0,9

Pd = 2 × Pmotor = 2 ×111 ,9 =223,8 kW


Assim,
Pd > Pr
(verificação OK para escola do motor-bomba escolhido)

• Analise Geral de Funcionamento

Contudo, segue as curvas de funcionamento do sistema em conjunto


com a bomba.

CurvasCaracteristicas

100,0

90,0
H (m)

80,0
Uma Bomba
Duas Bombas
Sistema

70,0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Q (l/s)

Figura 2.9 – Operação com Bombas em Paralelo.

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• Desenho Esquemático da Elevatória

O projeto básico demonstrativo da estação elevatória desse projeto se


encontra em folha ANEXO ao fim do projeto.

ANALISE ECONOMICA E FINANCEIRA

3.1 Gastos com Energia

Analisando o valor presente dos gastos com energia, com tarifa variável
linearmente de 250 a 350 R$/MWh, durante funcionamento da estação
elevatória no período de 20 anos (taxa de 8% a.a.) com operação do sistema
em 20 horas por dia , temos:

{ Consumo Inicial  C i = 223,8 kW h × 20 h dia × 20anos× 365dia ano=32674,8 MW }

Tarifa (R$/MWh)
Tarifa Ano Consumo Gastos Parciais
Ano Anual BASE 0 (MWh) (R$)
1 250 231,48 32674,8 7563611,1
2 255,26 218,84 32674,8 7150694,0
3 260,52 206,81 32674,8 6757448,4
4 265,78 195,36 32674,8 6383225,9
5 271,04 184,47 32674,8 6027365,8
6 276,3 174,12 32674,8 5689201,2
7 281,56 164,29 32674,8 5368063,0
8 286,82 154,96 32674,8 5063284,4
9 292,09 146,12 32674,8 4774367,3
10 297,35 137,73 32674,8 4500319,3
11 302,61 129,78 32674,8 4240674,2
12 307,88 122,26 32674,8 3994931,6
13 313,14 115,14 32674,8 3762206,8
14 318,4 108,40 32674,8 3542039,7
15 323,67 102,03 32674,8 3333949,8
16 328,93 96,01 32674,8 3137157,6
17 334,192 90,32 32674,8 2951244,2
18 339,45 84,95 32674,8 2775627,3
19 344,72 79,88 32674,8 2609925,2
20 350 75,09 32674,8 2453611,9
GASTO TOTAL >> R$ 92.078.948,65
Tabela 3.1 – Gastos com Energia.

3.2 Avaliação de Alternativas

Para analise do diâmetro mais econômico, tomaremos como base a


escolha de um diâmetro padrão de Φ=500mm.

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• Tubulação em Polietileno
Temos o valor de R$12/kg tratando-se de tubo em polietileno, que possui
o seguinte peso:
Pp = λp × L p

Tal que,
λp = 54 ,351 kg / m

L p =1m (metro linear de tubo)


Pp = 54 ,351 ×1 = 54 ,351 kg

Assim, obtemos o preço por metro de tubo;


Pr p = 54 ,351 ×12 = R$ 652,21

• Tubulação em Ferro Dúctil


Temos o valor de R$5/kg tratando-se de tubo em polietileno, que possui
o seguinte peso:
Pfd = λfd × L fd

Tal que,
λfd =129 ,32 kg / m

(dados catalogo SAINT-GOBAIN – tubo classe K9 jgs)


L fd =1m (metro linear de tubo)
Pfd =129 ,32 ×1 =129 ,32 kg

Assim, obtemos o preço por metro de tubo;


Pr fd =129 ,32 ×5 = R$ 646,60

• Tubulação em Aço
Temos o valor de R$7/kg tratando-se de tubo em polietileno, que possui
o seguinte peso:
PA = λA × L A

Tal que,
λA = 117 ,07 kg / m
(dados catalogo QUALITUBO – tubo preto ASTM A-120 - A-53 - API-5L)
L A = 1m (metro linear de tubo)

PA = 117 ,07 ×1 = 117 ,07 kg

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Assim, obtemos o preço por metro de tubo;


Pr A = 117 ,07 × 7 = R$ 819,50

Contudo, temos a tubulação em Ferro Dúctil à alternativa de diâmetro


mais econômico considerando o seu menor valor de produto final.

BIBLIOGRÁFIA

“Abastecimento de Água”,
(Milton Tomoyuki Tsutiya, 2004.)

Slides Acadêmicos – Elevatórias e Adutoras


(Prof. Dr. Pedro Alem Sobrinho e Prof. Dr. Renato Carlos Zambon)

Catálogo Técnico
http://www.saint-gobain-
canalizacao.com.br/ln_aducao_agua/tubos.asp

Catálogo Técnico
http://www.qualitubo.com.br/tubos.html

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ANEXO

CORTE
PLANTA

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