Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Belém – PA
De 30/11 a 02/12 de 2016
Universidade Federal do Pará
Belém – PA
De 30/11 a 02/12 de 2016
Universidade Federal do Pará
Belém – PA
De 30/11 a 02/12 de 2016
CONFERÊNCIAS
PALAVRAS-CHAVE:
COMUNICAÇÕES
Esta comunicação tem como objetivo analisar o conflito entre inovação literária e
tradição em textos críticos de Wilson Martins sobre João Guimarães Rosa, em
contraste com ensaios de Haroldo de Campos em que o autor mineiro é destacado
como um expoente da escrita inventiva. Toma-se o conceito de quebra de horizonte
de expectativa estabelecido por Hans-Robert Jauss, em A história da literatura como
provocação à teoria literária (1994) e no ensaio posterior “A estética da recepção:
colocações gerais” (1979), para analisar como as propostas estéticas de Guimarães
Rosa interferem na tradição. Martins atuou como crítico literário e escreveu os sete
volumes referentes à série História da inteligência brasileira. Nos artigos intitulados
“Radiografia de Sagarana” (1979) e “Um novo Valdomiro Silveira” (1991), Martins
mostra-se reservado quanto ao autor mineiro, revelando estranheza em relação à sua
linguagem considerada, entre os regionalistas, apenas uma expressão menor do
pitoresco. Como contraponto a essa análise, Haroldo de Campos, desde sua atividade
junto à vanguarda concretista, busca uma nova prática poética e crítica. Desse modo,
nos ensaios “Da tradução como criação e como crítica” (2006) e “A linguagem do
Iauaretê” (2006), de Campos, o caráter esteticamente produtivo da escrita rosiana é
ressaltado. Para o autor paulistano, a América Latina pode se relacionar de maneira
Este trabalho tem por objetivo discutir o projeto editorial e tradutório do livro Tupã
Tenondé organizado por Kaká Werá Jecupé, investigar a tradução dos cantos sagrados
Guarani realizadas pelo escritor e traçar alguns eixos comparativos entre a tradução
deste e aquelas realizadas por poetas ou antropólogos. É importante averiguar em que
medida o estudo e a tradução das artes verbais indígenas funcionam como fonte de
reflexão crítica e estética, tendo atraído não somente a atenção de antropólogos,
etnólogos e linguistas, mas também de poetas. As “poéticas da floresta”, como vêm
sendo chamadas, na verdade sempre estiveram presentes em obras importantes da
literatura brasileira, muitas são as obras literárias que se inspiraram nas artes verbais
indígenas, tomando-as como recurso de renovação estética, porém quase nunca o
leitor tinha acesso direto a essas fontes. A edição de Kaká Werá Jecupé traz o
diferencial de ser produzida por alguém que se encontra no interior da cultura
traduzida. O corpus do trabalho está constituído pelo livro Tupã Tenondé, a criação
do Universo, da Terra e do Homem segundo a tradição oral Guaraní (2001). Em
alguns momentos do trabalho será necessário o confronto com outras traduções, como
a de León Cadogan, a da poeta Josely Baptista e a de Pierre Clastres. A base teórica
pode ser encontrada nos trabalhos de antropólogos que trabalham com a tradução das
artes verbais indígenas, como Pedro Cesarino (2011, 2013), e o antropólogo Eduardo
Viveiros de Castro, referência fundamental para a base teórica da pesquisa no sentido
etnográfico, sobretudo no livro A inconstância da alma selvagem (2002).
A obra “Poesia” atribuída ao poeta paraense Paulo Plínio Abreu (1921 – 1959) reúne
uma coletânea de alguns projetos literários por ele desenvolvidos ao longo de sua
curta carreira como poeta e tradutor na capital paraense, nas décadas de 1940 e 1950.
Editada e publicada, postumamente, em 1978, pela figura notável de Francisco Paulo
Mendes, seu amigo e incentivador. Foi como juntar (colecionar) os cacos
fragmentados de um vaso quebrado, cheio de promessas, a atuação do amigo e editor.
“Poesia” se trata de um projeto estético, que visou uma poética pensante que articula
poesia e tradução, mais especificamente a tradução de poesia como matricial; nesse
caso, a tradução da obra Duineser Elegien (As Elegias de Duino) de Rainer Maria
Rilke (1975 – 1926) parece ser um fragmento de destaque. A ideia dessa
comunicação é explorar nuances que giram em torno dos conceitos de “fragmento” e
“coleção” pensados pelo filósofo Walter Benjamin (1892 – 1940) em articulação com
a “poética da modernidade” ensaiada pelo poeto e crítico Charles Baudelaire (1821 –
1967) para destacar o modo de ser de “Poesia” como uma obra disposta a pensar sua
metalinguagem.
Universidade Federal do Pará
Belém – PA
De 30/11 a 02/12 de 2016
Palavras-chave: Poesia; Tradução; Fragmento
O presente estudo trás uma abordagem à luz dos estudos de tradução acerca de as
metáforas mais conhecidas de Jesus contidas nos evangelhos sinóticos. Percebeu-se
que os chamados Evangelhos Sinóticos, a saber, Mateus, Marcos e, são os mais lidos
até pelos que não adeptos do Cristianismo. Nas versões bíblicas de Almeida (VA) e a
New International Version (NIV) predomina mais a tradução literal, enquanto as
versões mais contemporâneas “preocupam-se” um pouco mais com a tradução do
sentido. A Bíblia, em tese, é o gênesis dos Estudos de Tradução. Oustinoff (2011)
afirma que esse manual sagrado foi traduzido para mais de 2000 línguas no mundo.
Sabe-se a Tradução (e versão) de obras literárias é um desafio maior que qualquer
outro gênero literário. Nos textos bíblicos acerca de a vida de Jesus, têm-se metáforas
tanto em seus discursos doutrinários, quanto literários, como é o caso de suas
parábolas. Wearner (2009) afirma que Jesus e os apóstolos eram profundos
conhecedores da Língua Hebraica, o que pode ter contribuído para a riqueza
metafórica em seus discursos. Quanto à metodologia de pesquisa, foram utilizados os
procedimentos técnicos de tradução de Vinay e Darbelnet (1977), os quais deram base
para a análise das versões bíblicas utilizadas nesse trabalho.
Videoarte: TRANSLUCIFERAÇÃO
Débora Dias é graduada em Letras pela UFPA -Universidade Federal do Pará (2015)
lotada no curso de Licenciatura com habilitação em Língua Espanhola, bolsista do
Projeto de Extensão (PIBEX/UFPA): Língua, Cultura e Projeto Social (2012 - 2013),
bolsista do Projeto Guamá Bilíngue (PAPIM/PROEG/UFPA - 2013) e Graduação em
Administração pela UNAMA -Universidade da Amazônia (2004). Atualmente é
lotada no Programa de Pós-Graduação em Letras no curso de Especialização em
Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará, como também, é aluna especial
no PPGL/UFPA – Mestrado em Estudos Literários, na linha de Estudos da Narrativa e
Formas de representação como formas de resistência. É membro do Grupo de
Pesquisa Tradução e Recepção da PPGL/UFPA/Cnpq e do Grupo de Pesquisa e
Extensão Guamá Bilíngue da UFPA/Cnpq, com ênfase em Literatura e História,
Literatura e ensino de ELE e Literatura comparada sob aspecto sociolinguístico e
cultural. Tem experiência na área de ensino de Espanhol como língua estrangeira e
apresentação de trabalho em congresso brasileiro e em congresso internacional na
área de sociolinguística e ensino-aprendizagem.
Galvanda Galvão
Geovanna Guimarães
Izabela Leal
Rafaella Fernandez
Raphael Soares
Sabine Reiter