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EDIFICAÇÕES– MÓDULO III – Tecnologia das Construções II

São estruturas formadas pela associação de peças metálicas ligadas entre si por meio
de conectores ou solda. Estas peças têm suas seções transversais limitadas em função
da capacidade dos laminadores e seus comprimentos limitados em função dos
transportes disponíveis. Os conectores mais usados são os parafusos, uma vez que os
rebites estão cada vez mais em desuso.

Os aços estruturais são aqueles que, devido a sua resistência, ductilidade, e outras
propriedades, são utilizados em elementos estruturais que suportam e transmitem
esforços mecânicos. A sua classificação pode ser feita sob diversas formas, onde
podemos citar suas propriedades mecânicas, quantidade de carbono, elementos de
liga etc.

Estruturas metálicas em aço, são aquelas executadas com peças de perfilados a partir
de ligas de ferro e carbono forjável, alguns sem necessidade de tratamento.

Estruturas metálicas em alumínio, são aquela executadas a partir de perfis


confeccionados a partir de ligas de alumínio, que devem apresentar resistência
mecânica e a corrosão.

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Como todo material de utilização em construção, o aço estrutural é possuidor de
características que trazem benefícios de toda ordem o que, certamente, proporciona
vantagens em sua utilização. Muito embora não seja causador de malefícios quando
utilizado em construções, é também necessário estabelecer algumas desvantagens
com relação à sua utilização.

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Vantagens

Como principais vantagens da utilização do aço estrutural, podemos citar:

a) Alta resistência do material nos diversos estados de solicitação – tração,


compressão, flexão, etc., o que permite aos elementos estruturais
suportarem grandes esforços apesar das dimensões relativamente pequenas
dos perfis que os compõem.

b) Apesar da alta massa específica do aço, na ordem de 78,50 KN/m3, as


estruturas metálicas são mais leves do que, por exemplo, as estruturas de
concreto armado, proporcionado, assim, fundações menos onerosas.

c) As propriedades dos materiais oferecem grande margem de segurança,


em vista do seu processo de fabricação que proporciona material único e
homogêneo, com limites de escoamento, ruptura e módulo de elasticidade
bem definidos.

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e) Apresenta possibilidade de desmontagem da estrutura e seu posterior
reaproveitamento em outro local.

f) Apresenta possibilidade de substituição de perfis componentes da


estrutura com facilidade, o que permite a realização de eventuais reforços
de ordem estrutural, caso se necessite estruturas com maior capacidade de
suporte de cargas.

g) Apresenta possibilidade de maior reaproveitamento de material em


estoque, ou mesmo, sobras de obra, permitindo emendas devidamente
dimensionadas, que diminuem as perdas de materiais, em geral corrente em
obras.

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Desvantagens

Como principais desvantagens da utilização do aço estrutural, podemos


citar:

a) Limitação de fabricação em função do transporte até o local da


montagem final, assim como custo desse mesmo transporte, em geral
bastante oneroso.

b) Necessidade de tratamento superficial das peças estruturais contra


oxidação devido ao contato com o ar, sendo que esse ponto tem sido
minorado através da utilização de perfis de alta resistência à corrosão
atmosférica, cuja capacidade está na ordem de quatro vezes superior aos
perfis de aço carbono convencionais.

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c) Necessidade de mão de obra e equipamentos especializados para a
fabricação e montagem.

d) Limitação, em algumas ocasiões, na disponibilidade de perfis estruturais,


sendo sempre aconselhável antes do início de projetos estruturais, verificar
junto ao mercado fornecedor, os perfis que possam estar em falta nesse
mercado.

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Os produtos siderúrgicos, via de regra, podem ser classificados de forma
geral em perfis, chapas e barras.

As indústrias siderúrgicas produzem cantoneiras de abas iguais ou


desiguais, perfis H, I ou T, perfis tipo U, barras redondas, barras chatas,
tubos circulares, quadrados ou retangulares, chapas em bobinas, finas ou
grossas.

Enquanto os produtos das indústrias metalúrgicas são os compostos por


chapas dobradas tais como perfis tipo U enrijecido ou não, cantoneiras em
geral de abas iguais, perfil cartola, perfil Z ou trapezoidais, ou ainda,
compostos por chapas soldadas para perfis tipo T soldado ou I soldado.

* Em resumo, a siderurgia é nada mais que parte da metalurgia, focado para o


manuseio material mais específico, o aço e o ferro, já as metalúrgicas abrangem todos
os metais.

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Os perfis de aço podem ser obtidos pelos seguintes métodos:

 laminação;
 solda - perfis soldados abrangem uma vasta gama de tamanhos e atendem às
necessidades estruturais com economia;
 dobramento (chapas finas) - Perfis dobrados são feitos em chapa fina e são usados
para estruturas de menor porte, podem ser com ou sem reforço de borda.

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a) Perfis laminados ou conformados a quente:

São obtidos pelo processo de laminação, a partir de um tarugo de aço, e tem como
característica principal os cantos arredondados.

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Peças que apresentam grande eficiência estrutural podendo ser encontradas sob
diversas geometrias, sendo algumas apresentadas nas figuras abaixo.

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A designação de perfis metálicos laminados segue determinada ordem:

código, altura (mm.), peso (Kg/m)

Como exemplo de códigos temos:

L – Cantoneiras de abas iguais ou desiguais

I – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘ I ‘

H – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘H’

U – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘U’

T – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘T’

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Como exemplo de designação de perfis temos:

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Como exemplo de utilização temos:

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b) Perfis de chapa dobrada ou perfis formados a frio (PFF):

Os perfis estruturais formados a frio são obtidos pelos processos de dobramento a frio
de chapas de aço. Embora padronizados, podem ser produzidos pelos fabricantes com
a forma e tamanho solicitados. São recomendados para construções leves, sendo
utilizados em elementos estruturais como barras de treliças, terças, etc.

UE Z

CARTOLA

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São perfis formados a frio, padronizados sob as formas L, U, UE, Z, ZE.
Porém, oferecem grande liberdade de criação ao projetista. O seu dobramento deve
obedecer a raios mínimos (não muito pequenos) evitando a formação de fissuras
nestes pontos. Esse tipo de perfil apresenta cantos arredondados e utilização de aços
com alto teor de carbono.

A designação de perfis metálicos de chapa dobrada segue determinada ordem

Tipo, Altura, Aba, Dobra, Espessura (todas as medidas em mm)

L – Cantoneiras de abas iguais ou desiguais


U – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘ U ‘ enrijecido ou não
Z – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘ Z ‘ enrijecido ou não
Cartola - Perfil de seção transversal enrijecido ou não

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Como exemplo de designação de alguns perfis temos:

L 50 x 3 – Perfil L de abas iguais de 50mm e espessura de 3mm

L 50 x 30 x 3 – Perfil L de abas desiguais de 50mm por 30mm e espessura de 3mm

U 150 x 60 x 3 – Perfil U não enrijecido com altura de 150mm, aba de 60mm e


espessura de 3mm

U 150 x 60 x 20 x 3 – Perfil U enrijecido com altura de 150mm, aba de 60mm, dobra


de 20mm e espessura de 3mm

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c) Perfis soldados:

São obtidos por chapas de aço soldadas entre si.

Os perfis soldados são obtidos pelo corte, composição e soldagem de


chapas planas de aço, permitindo grande variedade de formas e dimensões
das seções e seu uso está bastante aquecido no mercado nacional.

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São classificados em séries, de acordo com sua utilização na estrutura,
sendo os mais empregados em edificações.

A designação de perfis soldados seguem especificações dos fabricantes sempre na


forma de perfil tipo ‘ I ‘:
CS – Perfil coluna soldada (altura e abas com a mesma dimensão)
VS – Perfil viga soldada
CVS – Perfil coluna-viga soldada

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Como exemplo de designação de perfis temos:

CS 250 x 52 – Perfil CS com altura de 250mm e peso de 52 Kg/ml

VS 600 x 95 – Perfil VS com altura de 600mm e peso de 95 kg/ml

CVS 450 x 116 – Perfil CVS com altura de 450mm e peso de 116 Kg/ml

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d) Perfis tubulares:

São formados por calandragem e posterior costura, no caso dos circulares, ou pela
composição de perfis em chapas dobradas, no caso dos quadrados ou retangulares.

Os tubos estruturais são apresentados em amplo número de dimensões e fornecidos


em comprimento padrão de 6.000mm. Eles são utilizados como elementos
estruturais, principalmente na confecção de treliças espaciais.

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e) Perfis extrudados:

São perfis de alumínio que levam a denominação extrudados por


apresentarem formatos diferentes obtidos por meio de um processo de
transformação chamado extrusão. São muito utilizados em esquadrias,
estrutura para pele de vidro, box, guarda-corpo, etc.

Os perfis extrudados são vendidos com acabamento da superfície “natural”


ou “anodizado” e são empregados em indústrias variadas: automobilística,
bens de consumo, construção civil, eletricidade, máquinas e equipamentos,
e transporte.

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A extrusão, é realizada “a quente” ou “a frio” e pode ser direta, indireta
(também conhecida como invertida ou reversa), lateral, “por impacto” ou
hidrostática. O funcionamento do processo é basicamente o mesmo para
todas as modalidades, porém com certas diferenças.

A ação se dá assim: tarugos dos metais (barras com comprimento e largura


diferentes que são a matéria-prima dos perfis extrudados) são introduzidos
em prensas hidráulicas, e sua passagem forçada através de uma abertura
com forma geométrica predefinida - a matriz -, assim formando o perfil com
o aspecto desejado.

Parece creme dental sendo expelido do tubo; a configuração da “boca” do


recipiente é quem dita o formato da pasta ao sair – círculo, quadrado,
triângulo, retângulo, hexágono, pentágono etc.

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f) Outros produtos feitos com aço:

Chapas finas a frio – possuem espessuras padrão de 0,30mm a 2,65mm e


fornecidas em larguras padronizadas de 1.000mm, 1.200mm e 1.500mm e
nos comprimentos de 2.000mm e 3.000mm, e também sob a forma de
bobinas.
Chapas finas a quente – possuem espessuras padrão de 1,20mm a 5,00mm
e fornecidas em larguras padronizadas de 1.000mm, 1.100mm, 1.200mm,
1.500mm e 1.800mm e nos comprimentos de 2.000mm, 3.000mm e
6.000mm, e também sob a forma de bobinas.
Chapas grossas – possuem espessuras padrão de 6,3mm a 102mm e
fornecidas em diversas larguras padronizadas de 1.000mm a 3.800mm e em
comprimentos de 6.000mm e 12.000mm.
Barras redondas – apresentadas em amplo numero de bitolas que são
utilizadas em chumbadores, parafusos e tirantes.
Barras chatas – apresentadas nas dimensões de 38 x 4,8 a 304 x 50mm.
Barras quadradas – apresentadas nas dimensões de 50mm a 152mm.

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Quanto a concepção as vigas podem ser de:

• Alma cheia;

• Mistas;

• Vierendeel;

• Alveolares;

• Treliças Planas;

• Arco;

• Treliças Espaciais;

• Vagonadas.

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VIGA DE ALMA CHEIA

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Comportamento de uma viga de alma cheia:

São exemplos de estruturas isostáticas uma viga biapoiada (com um dos apoios
podendo se movimentar horizontalmente) e uma viga engastada em balanço.

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Comportamento de uma viga de alma cheia:

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VIGA MISTA

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VIGA MISTA COM STEEL DECK

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VIGA VAGONADA

Um vão vencido pelos cabos, esse é o princípio da viga vagão, um sistema composto
por barra horizontal, montantes e cabos. Esse nome deve-se ao fato de que esse tipo
de viga serviu durante muito tempo como elemento estrutural de sustentação de
vagões de trens. Nesse caso o empuxo horizontal que todo cabo aplica aos apoios é
absorvido pela própria viga, resultando em apenas cargas verticais nos apoios.
A viga vagão pode ter um ou mais montantes; conforme aumenta o número de
montantes, varia a forma do cabo. Com um único montante a forma do cabo é
triangular, com dois é um trapézio, tendendo no limite à forma de uma parábola.

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VIGA TRELIÇADA

Por ter as barras dispostas em triângulos (figura mais estável), pode ter todos os seus
nós articulados, o que leva a ocorrer nas barras apenas esforços de tração e
compressão axiais. A configuração das barras das treliças em triângulos a leva a ser
mais rígida que a viga vagão de mesmos vão e altura.

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VIGA TRELIÇADA ESPACIAL

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VIGA EM ARCO

Arcos são sistemas estruturais que vencem grandes vãos e sofrem compressões
simples, gerando esforços horizontais (empuxos) nos apoios que serão tanto maiores
quanto menores forem às flechas do arco.

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VIGA VIERENDEL

Para manter a estabilidade do conjunto é necessário criar alternativas mantendo as


formas não mais triangulares indeformáveis, para isso, é necessário enrijecer os nós
da barra. Essa nova composição estrutural denomina-se viga Vierendeel, nome de seu
inventor.

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VIGA VIERENDEL

São vigas compostas de barras resistentes na forma de quadros, unidas entre si por
meio de ligações rígidas.

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VIGA VIERENDEL

Comparação com o deslocamento de uma treliça.

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VIGA ALVEOLAR OU DE ALMA VAZADA

Segue o pré- dimensionamento das vigas Vierendel.

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VIGA ALVEOLAR OU DE ALMA VAZADA

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Nós: são os encontros das extremidades de barras que compõem a estrutura. Os nós
são ditos articulados quando eles permitem rotações relativas entre as extremidades
das barras, caso contrário, diz-se que são rígidos.

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As ligações ou conexões podem ser parafusadas ou soldadas.

TIPOS DE PARAFUSOS
Em estruturas usuais, encontram-se os seguintes tipos de parafusos:

Parafusos comuns (ASTM A307): são forjados com aços-carbono de teor de carbono
moderado. Estes parafusos têm sua aplicação em estruturas leves e possuem baixa
resistência à tração (415 MPa).

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Parafusos de alta resistência (ASTM A325 / ASTM A490): são feitos com aços tratados
termicamente. Estes parafusos são aplicáveis quando se deseja uma maior resistência
na ligação.

Estes parafusos podem se enquadrar em duas categorias:


A325 – N e A490 – N : a rosca do parafuso está no plano de corte.
A325 – X e A490 – X : a rosca do parafuso está fora do plano de corte.

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TECNOLOGIA DE SOLDAGEM

As ligações soldadas caracterizam-se pela coalescência das partes em aço a


serem unidas por fusão. A fusão do aço é provocada pelo calor produzido
por um arco voltaico que se dá entre um eletrodo metálico e o aço a soldar,
havendo a deposição do material do eletrodo.

Entretanto, o material fundido deve ser isolado da atmosfera para evitar a


formação de impurezas na solda. Este isolamento pode se dar, na grande
maioria dos casos, por duas maneiras.

1. Eletrodo manual revestido.


2. Arco submerso em material granular fusível.

* Eletrodo = diz-se de polo, terminal utilizado para conectar um circuito elétrico a


uma solução aquosa, por meio de algo metálico.

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1. Eletrodo manual revestido: há desprendimento gasoso do revestimento
do eletrodo, proveniente da fusão. Os gases criam uma atmosfera inerte de
proteção para evitar a porosidade (introdução de O2), a fragilidade
(introdução de N2), bem como estabilizar o arco voltaico, permitindo maior
penetração da solda.

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2. Arco submerso em material granular fusível: o eletrodo nu é
acompanhado de um tubo de fluxo com material granulado, que funciona
como isolante térmico, garantindo assim proteção quanto aos efeitos da
atmosfera. O fluxo granulado funde-se parcialmente, formando uma camada
de escória líquida que posteriormente se solidifica.

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Dentre as inúmeras aplicações das estruturas metálicas, podemos citar algumas:

• Telhados
• Edifícios Industriais, Residenciais e Comerciais
• Residências
• Hangares
• Pontes e Viadutos
• Pontes Rolantes e Equipamentos de Transporte
• Reservatórios
• Torres
• Guindastes
• Postes
• Passarelas
• Indústria Naval
• Escadas
• Mezaninos
• Silos
• Helipontos

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Prerrogativas para as atividades na área de estruturas metálicas
estabelecidas pela ABNT:

NB 14 (NBR 8800) – Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios

E que, por sua vez, estabelece como Normas Técnicas complementares:

NB 862 (NBR 8681) – Ações e Segurança nas estruturas


NB 5 (NBR 6120) – Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações
NB 599 (NBR 6123) – Forças Devido ao Ventos em Edificações
NBR 14323 – Dimensionamento para Estruturas de Aço de Edifícios em
Situação de Incêndio
NBR 14432 – Exigências de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos
de Edificações

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Algumas obras notáveis em estruturas metálicas e que merecem ser citadas,
demonstram, essa grande conquista do homem moderno.

A ponte inglesa de Coalbrookdale em 1779, em ferro fundido com vão de 31 metros.

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Na Inglaterra, à Britannia Brigde, com dois vãos centrais de 140 metros cada.

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A Brooklyn Bridge em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a primeira das grandes
pontes pênseis, com 486 metros de vão livre e construída em 1883.

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A Torre Eiffel, em Paris, datada de 1889, com 312 metros de altura.

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O Empire State Building, também em Nova Iorque, com seus 380 metros de altura e
datado de 1933.

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A Golden Gate Bridge, na cidade de São Francisco, com 1280 metros de vão livre,
construída em 1937.

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Mas, como marco de construção, não se poderia deixar de citar, em São Paulo, o
Viaduto Santa Efigênia, que de acordo com o Eng.º Paulo Alcides Andrade, constituiu-
se num marco de São Paulo. Esta obra teve início no ano de 1911 e terminou em
1913.

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A estrutura, totalmente fabricada na Bélgica, foi
apenas montada no local, pela união por
rebitagem das peças numeradas, processo de
ligações estruturais adota na época e com as
furações prontas, sendo inaugurada em 26 de
setembro de 1913.

A ponte é formada por um tabuleiro superior


com 255 metros de extensão, apoiado sobre
cinco tramos, sendo três centrais com 53,50
metros cada e mais dois vãos com 30,00 metros
de vão nas extremidades. Os três vãos centrais,
por sua vez, são formados por arcos com flecha
de 7,50 metros, o que equivale a uma relação
flecha/vão de 7 a 8, valores esses, até hoje
utilizados em dimensionamento de estruturas
em arco.

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Citação do Johnstom/Lim., em seu livro “Basic Steel Design”:

“Um bom projetista estrutural pensa de fato em sua estrutura tanto ou mais
do que pensa no modelo matemático que usa para verificar os esforços
internos, baseado nos quais ele deverá determinar o material necessário,
tipo, dimensão e localização dos membros que conduzem as cargas. A
‘mentalidade da engenharia estrutural’ é aquela capaz de visualizar a
estrutura real, as cargas sobre ela, enfim ‘sentir’ como estas cargas são
transmitidas através dos vários elementos até as fundações. Os grandes
projetistas são dotados daquilo que às vezes se tem chamado ‘intuição
estrutural’. Para desenvolver a ‘intuição e sentir’, o engenheiro torna-se um
observador arguto de outras estruturas. Pode até mesmo deter-se para
contemplar o comportamento de uma árvore projetada pela natureza para
suportar as tempestades violentas; sua flexibilidade é frágil nas folhas e nos
galhos diminuídos, mas crescente em resistência e nunca abandonando a
continuidade, na medida em que os galhos se confundem com o tronco, que
por sua vez se espalha sob sua base no sistema de raízes, que prevê sua
fundação e conexão com o solo”.

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ATIVIDADE PARA A PRÓXIMA AULA

1. Dividam-se em equipes: 4 equipes de 3 pessoas


1 equipe de 2 pessoas

2. Sorteio de um esforço mecânico.


3. Cada equipe deverá apresentar na próxima aula:
- Maquete feita com peças metálicas que simulem a resistência do esforço
sorteado. Demonstrar a simulação em sala de aula;
- Relatório sobre uma obra de importância, onde foi utilizada uma estrutura
metálica. Neste relatório deverá constar dados da obra, dos profissionais que a
projetaram e executaram, informações sobre a estrutura e sua resistência ou não
aos esforços aplicados, como foi feita a execução, materiais que foram utilizados,
imagens e referências bibliográficas.
4. As equipes deverão apresentar, em forma de seminário, a maquete e a pesquisa
em sala de aula e entregar o relatório para a professora.

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Referência Bibliográfica:
- FALCÃO BAUER, L.A. Materiais de Construção – Volume 2 . Rio de Janeiro: LTC, 2014.
- YAZIGI, WALID. A técnica de edificar – São Paulo: Pini: Sinduscon, 2013.
- Imagens retiradas da internet.

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