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Sumário

1) Introdução
2) Questões de Pesquisa
3) O Brasil e a Cooperação Norte-Sul em Defesa
4) O Brasil e a Cooperação Sul-Sul em Defesa
5) Estudo de caso: O Atlântico Sul como eixo da Cooperação em
Defesa com os países da Zopacas
1) Introdução
Objetivo: Analisar quais temas foram articulados no campo da Cooperação
para o Desenvolvimento do Brasil, na vertente da cooperação em defesa e
cooperação militar.

Recorte temporal: Dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva e, também, os


desdobramentos no governo de Dilma Rousseff, devido ao avanço das
discussões e práticas relacionadas ao entorno estratégico brasileiro, com a
renovação da política africana.
2) Questões de Pesquisa
 Como o Brasil se relacionou historicamente na cooperação Norte-Sul?
 Houve promoção de cooperação em defesa com países do Sul
Geopolítico nos últimos governos?
 Em que medida os espaços da CPLP, BRICS e Zopacas foram usados na
promoção da cooperação em Defesa?
 Quais ações de cooperação foram engendradas para reafirmar o espaço
comum do Atlântico Sul como uma zona de pacífica?
3) O BRASIL E A COOPERAÇÃO NORTE-SUL EM DEFESA

- Breve apresentação histórica das relações do Brasil com a


Cooperação Norte Sul
- Influência das mudanças do Sistema Internacional
- O que ainda persiste e o que mudou?

“No que se refere ao desenvolvimento tecnológico, o Brasil ainda


necessita de acordos com os países industriais, do Norte
Geopolítico, para poder desenvolver tecnologias autônomas, visto
que eles são os principais fornecedores de tecnologias que, em
última análise, vão garantir esse conhecimento tecnológico, que por
sua vez, pode possibilitar uma maior autonomia do país.” (Gomes da
Costa, 2017)
3.1) O BRASIL E A COOPERAÇÃO NORTE-SUL EM DEFESA:
Diversificação dos parcerias e a busca pela transferência de tecnologia

A fim de incorporar tecnologias e fortalecer a indústria e produção


nacional, o Brasil tem procurado diversificar seus parceiros, tendo
como ponto crucial a transferência de tecnologia!

Exemplos recentes:
a) Acordo do Brasil com a empresa francesa DCNS, que visou
fomentar o desenvolvimento do Programa de Submarinos da
Marinha do Brasil (Prosub) e a construção da base naval de
Itaguaí
b) Negociação realizada entre Suécia e Brasil, que envolveu a
compra de 34 caças suecos da SAAB, do modelo Gripen-NG
3.1) Diversificação dos parcerias e a busca pela transferência de tecnologia
3.2) Novos parceiros na cooperação norte-sul
3.2) Novos parceiros na cooperação norte-sul

Grupo de Visegrád (Hungria, Polônia, República Checa e Eslováquia):

Possibilidades concretas de cooperação em áreas de interesse do Brasil,


tais como o desenvolvimento do avião cargueiro militar KC-390, que tem
participação direta da República Checa;

Defesa cibernética;
Formação militar;
Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBN);

Ucrânia
Parceria com a Força Aérea Brasileira para o Projeto Cyclone 4, iniciada em
2003 com o objetivo de lançar, a partir do Centro de Lançamento de
Alcântara, no Maranhão, o foguete Cyclone-4;
4) O BRASIL E A COOPERAÇÃO SUL-SUL EM DEFESA

O Brasil busca demonstrar seu potencial como ator global, por meio
da promoção de diversas modalidades de cooperação internacional
para o desenvolvimento, ressaltando a sua forte tradição
diplomática.
- Multiplicidade de arenas de negociação da cooperação sul-sul
em defesa:
- Cooperação bilateral
- Cooperação multilaterais, por meio da:
- UNASUL, BRICS, IBAS, ZOPACAS e CPLP.
BRICS
UNASUL

IBAS
CPLP

(Fonte: Lima; Milani; [et al], Atlas da política brasileira de defesa, 2017)
4.1) Atividades de cooperação bilateral em Defesa, nos países africanos:
5) Estudo de caso: O Atlântico Sul como eixo da Cooperação em Defesa com os da
Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS)

• Aprovação da “Estratégia da Comunidade dos Países de Língua


Portuguesa para os Oceanos”(2009)
• Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS), pode-se
dizer que ela também se tornou um meio para legitimar as
pesquisas científico-militares dos países integrantes, para a
própria modernização de seus aparatos de defesa
• Aumento da atuação da indústria de defesa brasileira:

• Negociação de um navio patrulha para a Namíbia, (2009)


Acordo contratual para venda de seis aviões Super-Tucano para
Angola.
(Fonte: Lima; Milani; [et al], Atlas da política brasileira de defesa, 2017, p.76)

“Entorno Estratégico Brasileiro”, segundo Política Nacional de Defesa (2012)


5.1) O Atlântico Sul como eixo da Cooperação
em Defesa com os países Africanos
• O Brasil também assinou acordos de cooperação de defesa com
Cabo Verde em 1994, África do Sul em 2003, Guiné-Bissau em
2006, Moçambique em 2009, Nigéria, Senegal e Angola, em 2010
e da Guiné Equatorial entre 2010 e 2013. Na sequência fez
exercícios conjuntos com a Marinha do Benin, Cabo Verde,
Nigéria e São Tomé e Príncipe, em 2012, além de exercícios
adicionais com Angola, Mauritânia, Namíbia e Senegal. Já no ano
seguinte, 2013, o Brasil abriu uma outra missão naval, em Cabo
Verde. (Thompson; Muggah, 2015:2)
• Uma síntese desta cooperação pode ser vista na imagem abaixo,
em que são ressaltadas diversas modalidades de cooperação,
desde o treinamento militar e acordos de cooperação em defesa,
até às vendas de armas, navios e jatos:
A Zopacas se tornou um meio
para legitimar as pesquisas
científico-militares dos países
integrantes, para a própria
modernização de seus aparatos
de defesa. O Brasil tem buscado o
desenvolvimento da alta
tecnologia nos aparatos de defesa
e segurança, e, paralelamente,
tem cooperado com os países
vizinhos e, principalmente, os
países da África, lindeiros ao
Atlântico Sul
Importância do conceito de Entorno
Estratégico

1) Entorno regional imediato, com a presença


de todos os países da América do Sul.
2) Atlântico Sul. Em sua dimensão doméstica
está presente o território jurisdicional
brasileiro no mar – que aqui será tratado
como Amazônia Azul –, além disso há também
as ilhas brasileiras no oceano.
Na dimensão externa, encontra-se o alto-mar
do oceano sul-atlântico
3) Conjunto dos países Africanos lindeiros ao
Atlântico Sul, e que participam da Zona de Paz
e Cooperação do Atlântico Sul.
4) Antártida, estando ao extremo Sul da
região sul-atlântica, e sendo de interesse vital
para o Brasil, tanto no desenvolvimento de
pesquisas, como na presença enquanto parte
do seu interesse estratégico.
Importância do conceito de
Entorno Estratégico

“o Entorno Estratégico Brasileiro se


insere e perpassa por uma
articulação entre Defesa, Estratégia e
Diplomacia” (Amorim, 2016, p.2,
grifo nosso), de uma maneira que, o
conceito em si, não se traduza
diretamente em um viés de
contenção ou expansão brasileira,
mas sim como uma grande
estratégia, que conjugue política
externa e política de defesa, devendo
ser a diplomacia, por meio da
cooperação, o respaldo permanente
da política de defesa
Obrigado!
Alguma dúvida? Pode perguntar!

Para entrar em contato:


murilogomes@iesp.uerj.br

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