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PROJETO DE

Universalização da Informática
Criando tabelas no Base

O que são Tabelas?


Você está chegando agora na disciplina de Banco de Dados e ainda não possui
familiaridade com banco de dados. Então para entender o que é uma tabela, imagine uma
tabela como uma coleção de colunas (como as de uma planilha do Calc ou do Excel). Em um
banco de dados, as colunas são também chamadas de Campos. Elas formam linhas (como as
de uma planilha) que são chamadas de Registros.

Cada coluna tem suas próprias características, como nome, tipo de dado, tamanho,
entrada obrigatória, dentre outras. Após definir a tabela, você poderá guardar os seus dados
nas colunas, respeitando os atributos de cada uma delas.

Um registro de uma tabela é formado pelo conjunto dos valores existentes nas colunas,
referentes a uma mesma entidade. Por exemplo, numa tabela de Funcionários, um registro (ou
linha) é o conjunto dos dados de um único funcionário, por exemplo, o do João.

Vamos agora elaborar duas tabelas, uma para o cadastro dos funcionários e outra para
os seus dependentes. As estruturas das duas tabelas seguem abaixo:

Tabela Funcionários

Campo Tipo Tamanho Descrição


Matrícula Inteiro Matrícula do funcionário (Chave
primária)
Nome Texto [VARCHAR] 50 Nome do funcionário [obrigatório]
Cidade Texto [VARCHAR] 30 Cidade de origem do funcionário
[obrigatório]
Salário Real Salário do funcionário [obrigatório]
Dt_contratação Data Data de contratação do funcionário

Tabela Dependentes

Campo Tipo Tamanho Descrição


ID Inteiro Identificador do dependente (Chave
primária)
Mat_funcionario Inteiro Matrícula do funcionário referente ao
dependente (Chave estrangeira)
Nome Texto 40 Nome do dependente
Idade Inteiro Idade do dependente

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Observação: Um campo pode ter outros atributos, como obrigatoriedade e formatação, e até
mesmo gerar um valor automático.

Importante: Ao definir a estrutura das tabelas, seja criterioso na escolha das características
dos campos (tipo, tamanho e obrigatoriedade, principalmente). Alguns bancos de dados,
incluindo o Base, são rigorosos ao lidar com alterações posteriores em tabelas. Considere,
ainda, a possibilidade de migração para outro banco de dados, evitando, por exemplo,
caracteres acentuados nos nomes dos campos e tabelas.

Tipos de Campo

O Base oferece vários tipos de dados que podem ser atribuídos às colunas de uma
tabela. Confira abaixo quais são eles e suas descrições. É importante você conhecer cada um
deles, para saber qual é o mais adequado para cada caso. Observe que os nomes entre
colchetes representam a nomenclatura SQL:

Tipo de Dado [SQL] Descrição


BigInt [BIGINT] dados do tipo inteiro de tamanho muito grande
Binário (fixo) [BINARY] dados do tipo binário de tamanho fixo
Binário [VARBINARY] dados do tipo binário
Data [DATE] dados do tipo data
Data/Hora [TIMESTAMP] dados do tipo data-hora
Decimal [DECIMAL] dados do tipo numérico com casas decimais
Double [DOUBLE] tipo numérico com ponto flutuante (precisão dupla)
Float [FLOAT] tipo numérico com ponto flutuante (precisão simples)
Hora [TIME] dados do tipo hora

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Tipo de Dado [SQL] Descrição
Imagem [LONGVARBINARY] dados do tipo imagem
Integer [INTEGER] dados do tipo inteiro normal ( 4 bytes )
Memo [LONGVARCHAR] dados do tipo memo (texto muito grande)
Número [NUMERIC] dados do tipo numérico
OTHER [OTHER] dados do tipo objeto
Real [REAL] tipo numérico com ponto flutuante
Sim/Não [BOOLEAN] dados do tipo lógico ( verdadeiro / falso )
Small Integer [SMALLINT] dados do tipo inteiro pequeno ( 2 bytes )
Texto (fixo) [CHAR] dados do tipo texto de tamanho fixo
Texto [VARCHAR] dados do tipo texto (cadeia de caracteres)
Texto dados do tipo texto, ignorando maiúsculas / minúsculas
[VARCHAR_IGNORECASE]
Tyny Integer [TINYINT] dados do tipo inteiro de tamanho bem pequeno (1 byte)

Chaves
As tabelas relacionam-se umas as outras através de chaves. Uma chave é um conjunto
de um ou mais atributos que determinam a unicidade de cada registro, como, por exemplo, na
tabela Funcionários, o item matrícula é aquele que identifica de forma única um determinado
funcionário.

As chaves estão diretamente relacionadas com a recuperação e a manutenção da


integridade dos dados do banco de dados. Apresentamos dois tipos chaves: Primária e
Estrangeira.

- Chave Primária (PK - Primary Key):

A chave primária é uma espécie de identificador único do registro. Pode ser formada
por um ou mais campos e deve identificar com exclusividade um registro. É permitida apenas
uma chave primária por tabela.

Ao escolher vários campos como chave primária, certifique-se da exclusividade do


valor formado. O Base permite a definição de um campo automático (INTEGER ou BIGINT)
por tabela, que pode (ou não) ser usado como chave primária.

ATENÇÃO: Sem uma chave primária não será possível salvar a tabela.

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- Chave Estrangeira (FK - Foreign Key):

São usadas, principalmente, para estabelecer uma relação entre diferentes tabelas. Na
maioria das vezes, uma chave estrangeira de uma tabela contém valores de uma chave
primária de outra tabela. Neste caso, ambas devem ser do mesmo tipo de dado.

Em nosso exemplo, temos duas tabelas, a primeira Funcionário, com dados sobre cada
funcionário e um campo Matrícula como chave primária, e a segunda Dependentes, com
dados sobre todas os dependentes dos funcionários da empresa. Porém como saber quais são
os dependentes de um determinado funcionário, se as informações estão em tabelas
diferentes?

A solução consiste em incluir um campo Matrícula do funcionário na tabela


Dependentes. Assim, ao cadastrar um dependente, podemos inserir neste campo o número da
matrícula do funcionário, que já foi inserido na tabela Funcionário. Esse campo
mat_funcionário é a chave estrangeira.

Assim, ao organizar os campos das tabelas desta maneira, poderemos recuperar os


dependentes de um dado funcionário, através de uma simples consulta, como veremos mais
para frente nesta disciplina.

Passo a passo para se criar uma tabela no Base

Para se criar uma tabela no Base, selecione “Tabela”, no painel Banco de Dados e
escolha uma das opções: “Usar assistente para criar tabela” ou “Criar tabela na exibição de
design. Como o processo para criação de tabelas é bem simples, usaremos a segunda opção.

- Como funciona o assistente?

O uso do assistente é bem simples e compreende quatro etapas. Para testar suas
funcionalidades, crie uma tabela qualquer:

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Na primeira etapa, escolha uma categoria e uma tabela de exemplo, depois selecione e
mova os campos desejados para a listagem “Campos Selecionados”.

Na segunda, defina os atributos dos campos. Para isto, selecione o campo na lista
“Campos selecionados” e altere os seus atributos na área “Informações sobre o campo”.
Ainda, pode-se acrescentar e/ou excluir campos e alterar a sua ordem.

A terceira etapa é para a definição da chave primária. Se você deseja usar um campo
existente (ou uma combinação de campos) e está inseguro sobre a unicidade do valor, escolha
a opção “Adicionar automaticamente uma chave primária” e marque a caixa “Valor
automático”, deixando para o Base a solução desta confusão.

Na quarta etapa, digite o nome da sua tabela e selecione a ação seguinte, “Inserir dados
imediatamente”. Clique sobre o botão “Concluir”. Com isso, a janela de inserção de dados
será ativada. Feche-a ou digite os seus dados na tabela.

- Criando tabela na exibição de design:

Para criarmos as duas tabelas citadas acima, devemos escolher a opção “Criar tabela
na exibição de design”. A janela será ativada, sem nenhum campo definido. Eis uma breve
descrição dos seus componentes (veja a figura):

Abaixo da barra de ferramentas, temos a área de definição dos campos, com quatro
colunas: a primeira não tem título e indica o estado da seleção ou a marca de chave primária.
As outras três contém os títulos “Nome do Campo”, “Tipo do Campo” e “Descrição”. A
coluna “Tipo do Campo” contém uma lista para a seleção do tipo de dado desejado, conforme
já explicado nesta apostila.

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Na parte inferior, temos as propriedades do campo selecionado, conforme a figura
abaixo:

Estas propriedades variam de acordo com o tipo do campo. A propriedade “Valor


Padrão” define um valor inicial para o campo, na criação de um novo registro. Para a
formatação de campos, o Base usa o mecanismo de formatação do LibreOffice (um tanto
limitado). Se não existir um formato predefinido adequado, podemos criar um.

Crie os campos da tabela Funcionários, de acordo com a figura abaixo:

Agora ajuste as suas propriedades (as outras propriedades permanecem com o valor padrão):

Matrícula: Autovalor: Sim (Obs.: isso fará com que o campo seja gerado
automaticamente)

Nome: Entrada Obrigatória = Sim e Tamanho = 50

Cidade: Entrada Obrigatória = Sim e Tamanho = 40

Salário: Entrada Obrigatória = Sim

Feito isso, agora devemos definir nossa chave primária. Selecione a linha do campo
Matrícula, clique com o botão direito do mouse e, no menu aberto, escolha a opção chave
primária. Observe que o ícone de uma chave será acrescentado à esquerda do nome do campo

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Sua tabela está pronta. Salve com o nome Funcionários e clique em OK. Depois disso
feche a janela para retornar a página principal do Base. Observe que teremos uma tabela de
nome Funcionários na área de objetos “Tabelas”, conforme a figura abaixo:

Após ter criado a primeira tabela, é hora de criarmos a segunda relação. Selecione
novamente “Tabelas” e “Criar tabela na exibição de design” [Em algumas versões, esse item
vem com o nome “Criar tabela no editor...”] Crie os campos abaixo conforme solicitado:

ID: Auto Valor = Sim

Mat_funcionário: Entrada Obrigatória = Sim

Nome: Tamanho 40 e Entrada Obrigatória = Sim

Idade: Entrada Obrigatória = Sim

Feito isso, selecione a linha ID, clique com o botão direito do mouse e selecione
Chave Primária. Note o ícone de chave primária ao lado do nome do campo. A aparência final
da tabela Dependentes deverá ser igual a essa:

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Salve a tabela com o nome de Dependentes e feche a janela de desenho de tabelas.

Agora que temos duas tabelas, Funcionários e Dependentes, em nosso arquivo do


Base. Salve o arquivo antes de fechar o Base.

Posso alterar a tabela?

Mesmo depois de salva, o Base permite que o usuário altere os campos e dados de
uma tabela. Para isso e outras operações sobre as tabelas, selecione uma das duas na área
Objetos, e clique com o botão direito do mouse para exibir o menu. Confira na figura abaixo:

Você pode além de editar a tabela, excluí-la, renomeá-la e abri-la em uma janela que
permite a entrada de dados. Veremos isso na próxima semana da disciplina.

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