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Rodrigo Latanze(*)
Professor Adjunto da Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP-Brasil.
Jacob Fernando Ferreira
Professor Adjunto da Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP) SP-Brasil.
Cristina F. P. Rosa Paschoalato
Mestre em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). Professora da
Universidade da Associação de Ensino de Ribeirão Preto (UNAERP). Doutoranda em Hidráulica e Saneamento na
EESC/USP.
Vera Lúcia Soares
Mestre em Química Analítica pela Pontifícia Universidade Católica – PUC (Rio de Janeiro). Professor Adjunto da
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)
SP – Brasil.
Carlos Henrique Ferreira
Aluno de iniciação científica do curso de Engenharia Química da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP).
João Alvares da Costa
Mestre em Química pela UNICAMP – Universidade de Campinas - SP. Coordenador de Projetos Especiais pela
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) – SP - Brasil
Justo Camejo Ferreira
Mestre em Geologia pela Lairise University – Wouston Texas. Geólogo do Centro de Pesquisas da PETROBRAS –
CENPES – RJ – Brasil
(*)
Endereço: Jaboticabal-SP, Avenida Sylvio Vantini, 889. Bairro: Nova Jaboticabal CEP:14890-030. Fone: (16)
3203-8207
RESUMO
No Estado de São Paulo, existem aproximadamente, 8,4 mil postos de abastecimento de combustíveis e supõe-se que
a vida útil dos tanques de armazenamento de combustível é de aproximadamente de 25 anos, o que ao longo do
tempo, devido ao desgaste do tanque pode acarretar vazamentos. Os maiores problemas da contaminação por
combustível são atribuídos aos hidrocarbonetos monoaromáticos, que são os constituintes mais solúveis e mais
móveis da fração da gasolina, tais como Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xilenos (BTEX) que são para o homem,
poderosos depressores do sistema nervoso central, apresentando toxidade crônica, mesmo em pequenas
concentrações (na ordem de ng/mL). Outra fração bastante abundante da gasolina são os hidrocarbonetos leves,
aqueles com cadeia carbônica de C5 a C8, que podem ser facilmente detectadas pela técnica proposta neste trabalho,
tendo uma maior sensibilidade no início de um vazamento. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma
metodologia para identificação destes hidrocarbonetos, monitorando-se a possibilidade de vazamento dos tanques
nos postos de abastecimento de combustíveis. Foi desenvolvido um sistema analítico de baixo custo com o objetivo
identificar precocemente esta contaminação. O sistema desenvolvido consta da análise dos hidrocarbonetos leves
por cromatografia gasosa com detecção por ionização de chama. Testes realizados em um campo de prova, área
contaminada com volumes conhecidos de gasolina, demonstraram que esta técnica possibilita a identificação destes
compostos, com alta sensibilidade na detecção de hidrocarbonetos leves, possibilitando fazer um monitoramento
para a identificação de pequenos vazamentos dos tanques.
2. OBJETIVO
Desenvolver uma metodologia analítica para identificação de hidrocarbonetos, monitorando-se desta forma
a possibilidade de vazamento dos tanques em postos de abastecimento de combustíveis;
• Avaliar o comportamento dos hidrocarbonetos no solo contaminado em função do tempo;
• Determinação de áreas contaminadas por combustível através do estudo da variação dos hidrocarbonetos leves
presentes no solo.
3. METODOLOGIA
O estudo hidrocarbonetos leves foi realizado através da quantificação dos mesmos em três situações
diferentes:
- solo natural ( sem a menor possibilidade de contaminação);
- solo contaminado com gasolina;
- vapores provenientes da gasolina (este material foi coletado no recipiente de estocagem do combustível).
O solo utilizado no experimento foi obtido e caracterizado no laboratório de Química Agrícola da Universidade
de Ribeirão Preto – UNAERP
O comportamento dos hidrocarbonetos Leves foram avaliados através de análises obtidas por cromatografia
gasosa com detecção por ionização de chama.
Para a análise dos hidrocarbonetos leves utilizou-se um cromatógrafo gasoso, da marca Hewlett Packard (HP),
série 6890 Plus acoplado com detector de ionização de chama (FID), e coluna capilar de sílica fundida de 50m de
comprimento e 0,32mm de diâmetro interno com fase estacionária de Al2O3/KCl;
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FIGURA 1: Cromatógrafo Gasoso, disponibilizado para a pesquisa
O aparelho foi calibrado com uma mistura padrão de gases de acordo com a Tabela 1(certificado pela White
Martins).
COMPONENTE COMPOSIÇÃO
Metano 5,2 ppm
Etano 5,2 ppm
Etileno 5,2 ppm
Propano 5,4 ppm
Propileno 5,4 ppm
Isobutano 5,5 ppm
Butano 6,4 ppm
Buteno-1 5,6 ppm
Pentano 5,5 ppm
Hexano 5,6 ppm
Heptano 4,6 ppm
Octano 4,3 ppm
HEADSPACE
ÁGUA
SOLO
4. RESULTADOS E CONCLUSÕES
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Os cromatogramas obtidos através das análises do gases e vapores do solo pelo método por heds pace estão
demonstradas a seguir: a) cromatograma do solo não contaminado (fig.03) b) cromatograma relativo as vapores
provenientes de gasolina (fig.04) c) cromatograma do solo contaminado com combustíveis (fig.05)
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Analisando os cromatogramas de vapores provenientes de gasolina verificamos entre outros hidrocarbonetos a
presença do pentano, hexano, heptano, octano e de uma família de picos característico da gasolina.
O cromatograma do solo sem contaminação constatamos a presença de hidrocarbonetos naturalmente existentes no
solo porem o cromatograma do solo no qual provocamos uma contaminação observamos que além dos
hidrocarbonetos naturais do solo e apresenta os oriundos da gasolina e isso nos leva a afirmar que ocorreu a
contaminação por aquele tipo de combustível..
Pretendemos com a quantificação dos hidrocarbonetos presentes a ter uma indicação do teor da contaminação e o
local exata onde a mesma ocorreu.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA,J.C. (1998) Gases do solo na área da base de Brasília (DF) do poliduto Paulínia/Brasília : Implicações
exploratórias. Comunicação Técnica CEGEQ-62/Maio 1998 (Relatório Interno da Petrobras).
FERREIRA,J.C. & GONÇALVES, R.C.S. (1998) – Poços rasos permanentes para monitoramento de gases e
vapores. Comunicação Técnica CEGEQ- 156/Dezembro 1998 (Relatório Interno da Petrobras).
GUIGUER, N. (1994). Poluição das Águas Subterrâneas e do Solo Causada por Vazamento em Postos de
Abastecimento. Waterloo Hydrogeologic.
MOTA, S. (1997) Introdução à Engenharia Ambiental , Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental (ABES). Sindicato Nacional dos Editores de Livros – RJ, 292p.