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MASA
R.C.P
1- INTRODUÇÃO
Entende-se por transferência de massa, o transporte de um
componente de uma região de alta concentração para outra
de baixa concentração.
Big Bang
1- INTRODUÇÃO
* interação soluto/meio
* interação soluto/meio + ação externa
Exemplo:
- Mar calmo, um surfista e sua prancha. Para deslocar-se de
um certo lugar a outro, o surfista faz das mãos remos e assim,
ao locomover-se, entra em contato íntimo com o mar.
soluto = surfista
Identificando : meio = mar ⎯→ Contribuição Difusiva
movimento = mãos
Aparece uma onda de bom tamanho e carrega o surfista.
soluto = surfista
Identificando : meio = mar ⎯
⎯→ Contribuição Convectiva
movimento = onda
ou também:
soluto = surfista
Identificando : meio = mar ⎯
⎯→ Contribuição Difusiva e Convectiva
movimento = mãos + onda
Concentração mássica:
mi
ρi = massa da espécie i por unidade de volume da solução
V
Concentração molar:
wi =
i concentração mássica da espécie i dividida pela
concentração mássica total.
n
onde: = i
i =1
Fração molar:
C
n
onde: C= i
i =1
Ci
A notação para gases de fração molar será: yi =
C
Quando relacionado com a fase gasosa em condições ideais, as
concentrações molares são expressas em termos de pressões parciais, isto é:
mi RT
PV
i
= n i RT =
Mi
mi PM ni = Pi
ρi = = i i Ci =
V RT V RT
onde Pi é a pressão parcial do componente i na fase gasosa e R é a
constante universal dos gases.
Para uma mistura gasosa ideal temos:
P m PM
C= ρ = =
RT V RT
onde P é a pressão total da mistura gasosa.
Quando relacionado com a fase gasosa em condições ideais, as frações
molares yi são expressas em termos de pressões parciais, isto é:
Pi
yi = i = R T
C Pi
P yi =
C P
R T
P = yP
i i
Definições básicas para uma mistura binária (A + B):
A = CA M A
( concentração mássica de A ou B )
B = C BM B
C = CA + CB
( concentração molar da mistura )
C=
M
CA = A
MA
( concentração molar de A ou B )
CB = B
MB
A
A =
( fração mássica de A ou B )
B
B =
CA
xA =
C
( fração molar de A ou B para líquidos )
CB
xB =
C
CA
yA =
C
( fração molar de A ou B para gases )
CB
yB =
C
Relações adicionais de uma mistura binária (A + B):
A + B =1 ( mássico )
A + B = 1
( massa molar médio mássico )
MA MB M
i
Por definição temos: wi = i = Ci M i = CM
wi
wi =
i =
Ci M i M M
= xi i = yi i M
Portanto temos: ou xi = i
CM M M 1
M
xA M A
x A M A + xBMB = M wA = ( mássico )
x A M A + xB M B
wA
wA wB 1
+ = xA = MA
MA MB M wA wB ( molar em fase líquida)
+
MA MB
Exemplo 01: Determine a massa molecular da seguinte mistura gasosa:
5% de CO, 20% de H2O, 4% de O2 e 71% de N2. Calcule, também, as
frações mássicas das espécies que compõe essa mistura:
a) Solução:
M = yCO MCO + y O M O + y H O M H O + y N M N
2 2 2 2 2 2
b) Solução:
Frações mássicas:
ρi
wi = ; ρ i = Ci M i ; ρ = CM
ρ
Ci M i M
wi = = yi i
CM M
Massa molecular Fração molar Fração mássica
Espécie química
M (g/gmol) yi wi = yiMi/M
CO 28,01 0,05 0,0535
O2 31,999 0,04 0,0489
H2O 18,015 0,20 0,1377
N2 28,013 0,71 0,7599
Exemplo 02: Calcule a massa molecular do ar considerando-o como uma
mistura nas seguintes proporções:
a) 79% de N2 e 21% de O2
b) 78,09% N2 , 20,65% de O2 , 0.93% de Ar (argônio) e 0,33 de CO2
a) Solução:
M Ar = y O M O + y N M N = 0,21(31,999) + 0,79(28,013)
2 2 2 2
M Ar = 28,85 g/gmol
b) Solução:
M Ar = y O M O + y N M N + y Ar M Ar + y CO M CO
2 2 2 2 2 2
a) Concentração mássica do N2
PN M N (0,79 atm)(28,01g/gmol)
ρN = 2 2
=
2
RT (82,05atm.g/gmol.K)(298,15K)
ρN = 9,05x10−4 g/cm 3
2
b) Concentração mássica do O2
PO = yO P = 0,21(1atm) = 0,21atm
2 2
PO M O (0,21atm)(31,999 g/gmol)
ρO = 2
= 2
2
RT (82,05atm.g/gmol.K)(298,15K)
ρO = 2,75x10−4 g/cm 3
2
c) Concentração mássica da mistura:
n = ρ O + ρ N = (2,75 + 9,05)10 −4
ρ =
i =1
ρi 2 2
= 1,18x10−3 g/cm 3
d) Fração mássica do N2
ρN 9,05x10−4 g/cm3
wN = = 2
2
ρ 1,18x10−3 g/cm3
wN = 0,767
2
e) Fração mássica do O2
ρO 2,75x10−4 g/cm3
wO = = 2
2
ρ 1,18x10−3 g/cm3
wO = 0,233
2
Exemplo 04: Calcule a massa molecular do ar úmido com yágua = 0,05.
Suponha o ar puro como uma mistura ideal das espécies químicas contidas
no item (a) do exercício 01. Calcule também a fração mássica do vapor
d’água.
M AR úmido
=y M
H2O H2O
+y M =y M
AR AR
+ (1 − y )M
H2O H2O H2O AR
M AR úmido
= (0,05)(18,015g/gmol) + (1 − 0,05)(28,85 g/gmol)
M AR úmido
= 28,31g/gmol
=
PM =
(1atm)(28,31g/gmol)
ρ Ar úmido
Ar úmido
RT (82,05 atm.g/gmol.K)(298,15K)
ρ Ar úmido
= 1,157x10 g/cm −3 3
PH O = y H O P = 0,05(1atm) = 0,05 atm
2 2
2
RT (82,05 atm.g/gmol.K)(298,15K)
ρ H O = 3,719x10 −5 g/cm 3
2
ρH O 3,719x10 −5 g/cm 3
wH O = 2
=
2
ρ Ar úmido 1,157x10 −3 g/cm 3
wH O = 0,032
2
2.2 Velocidades
Quando mencionamos velocidade, esta não será apenas de uma molécula
da espécie i, mas sim a média de n moléculas dessas espécies contidas em
um elemento de volume. Como a solução é uma mistura de distintas
espécies químicas, a velocidade com a qual escoa esta solução é dada
pelas seguintes equações:
→
i v i
n
→
v= i =1
( velocidade média mássica )
n
i =1
i
n
→
→ C v
i i
V = i =1n ( velocidade média molar )
Cii =1
onde i vi ( Ci vi ) é uma velocidade local com que a massa da solução atravessa
uma seção unitária colocada perpendicularmente à velocidade v ( V ) . Convém
salientar que vi é uma velocidade absoluta, pois diz respeito à espécie química i.
Essa velocidade pode estar referenciada a outro tipo de velocidade:
→ →
3- à da solução ( para velocidade molar ): ( v − V )
i
Em um rio há diversas espécies de peixes como lambarí, traíra, pacu, etc. Existe
uma velocidade média absoluta inerente a cada espécie que está associada ao
seu cardume. Por exemplo: a velocidade do lambarí é a velocidade do cardume
de lambarí e assim por diante. Desse modo, se considerarmos o cardume
(espécie) “i” à do rio, teremos a “velocidade de difusão da espécie i”.
C v i i,z
VZ = i =1
n (1)
C
i =1
i
C
mas C = C ; y =
n
;C = yC
i
i i i i (2)
i =1 C
Substituindo (2) em (1), temos:
n
V = y v
Z i i,z
i =1
Vz = y CO v CO,z + y O v O ,z + y H O v H O,z + y N v N ,z
2 2 2 2 2 2
(3)
Vz = yCO v CO,z + y O v O ,z + y H O v H O,z + y N v N ,z
2 2 2 2 2 2
ρ i v i,z
v Z = i =1n
(4)
ρi
i =1
n
ρi
ρ = ρ i ; wi = ; ρ i = wiρ
Porém
(5)
i =1 ρ
Substituindo (5) em (4), temos:
n
v z = wi v i,z
i =1
v z = w CO v CO,z + w O v O
2 2 ,z
+ w H O v H O,z + w N v N ,z
2 2 2 2
(v→− V ) = ( v
i O2 ,z
−V
z
) = 13 − 12,63 = 0,37 cm/s
d) Da definição de velocidade de difusão do O2, referenciada à velocidade
média mássica na direção z, temos:
Área Unitária
Se considerarmos que os diversos cardumes de peixes passem por
debaixo de uma ponte, a qual está situada perpendicularmente ao
escoamento do rio ( observe que a área entre os colchetes na unidade de
fluxo é aquela situada perpendicularmente sob a ponte ), fica a seguinte
questão: que velocidade está associada ao fluxo ? Qualquer que seja a
velocidade, ou seja, velocidade do rio, velocidade de difusão do cardume
ou velocidade absoluta do cardume, o fluxo total do cardume “A”
referenciado a um eixo estacionário é dado por:
Movimento de A Movimento de A
Movimento de A = decorrente do ato + resultante do ( 1 )
observado da ponte escoamento do rio
de nadar no rio
Definimos anteriormente a “velocidade de difusão” como sendo a
diferença entre a velocidade absoluta da espécie química “i” com a
velocidade média (molar ou mássica). Assim, no exemplo dos cardumes
de peixes em um rio, implica a interação cardume A / rio, portanto um
fenômeno difusivo e o fluxo associado será devido à contribuição
difusiva, escrita como:
J A, Z = C (v −V ) (2)
A A, Z Z
J CA, Z = C A VZ (3)
N A, Z = C
A
(vA, Z
− V )+ C V
Z A Z
(4)
ou
n A , VA n B , VB
nA nB
CA = Gás A Gás B
CB =
VA VB
y
Partição
dx
x
T e P constantes
Ao retirar-se a partição, os dois gases difundem um através do outro até
que a concentração de ambos seja uniforme em todo o volume “V”.
Gás A + B
CA >> CB
V
T e P constantes
dy A = −CD y = − D C
J A = −CD AB AB A AB A
(6)
dx
O sinal negativo indica o decréscimo da concentração da espécie A com o
sentido do fluxo
onde:
C = Concentração molar total [mols/cm3]
J A = Densidade de fluxo molar de difusão [mol/cm2.s]
DAB = Coeficiente de difusão da espécie A em relação a espécie B
ou difusividade [cm2/s ou m2/s]
CA
yA = C A =
dCA
C dx
dCA
C A = Gradiente de concentração
dx
dC A C A C A final − C A inicial
Se for linear: =
dx x xfinal − xinicial
dC A CA
J A = −D AB − D AB
dx x
Lei de Fick para difusão em estado estacionário
C1
C2
x1 x 2
Exemplo 06: O diclorometano é um ingrediente comum em
decapantes de tintas. Além de causar irritações, pode ser
absorvido pela pele. Deve-se usar luvas de proteção quando
manipular este decapante. Usando-se luvas de borracha
butílica (0,04 cm de espessura), qual é o fluxo de
diclorometano através da luva?
Dados:
Coeficiente de difusão em borracha butílica: 110x10-12 m2/s
Concentrações superficiais:
C1 = 440 Kg/m3
C2 = 20 Kg/m3
C1
Decapante Pele
C2
x1 x 2
→ dC C C −C
J =−D A
−D = −D A A2 A1
A AB
dx x AB
x −x AB
2 1
N = C (v − V )+ C V
A
A
A
A
(7)
N =C v
A
A
A (8)
J = C (v − V )
A
A
A (9)
J = − D C
A
AB A
( 10 )
J = − CD y
A
AB A
( 11 )
Levando a definição de velocidade média molar, para uma mistura
binária, na parcela da contribuição convectiva, o resultado fica:
C V=C
(C A
v +C v
A
B
B )
A A
C
C V = y (N + N
A A
A B ) ( 12 )
Substituindo as equações 11 e 12 na equação 7, temos:
N = − CD y + y
A
AB A
A
(N A +N B ) ( 13 )
N = − CD x + x
A
N
AB A
B )(
A
N A + ( 14 )
n = − D w + w (n + n
A
AB A A
A B ) ( 15 )
+ x A (NA,Z + N B,Z )
dx A
N A,Z = − CD AB ( 17 )
dz
+ w A (n A,Z + n B,Z )
dw A
n A,Z = − D AB ( 18 )
dz
O fluxo total para uma espécie química “1” presente em uma mistura
com “n” espécies químicas será dado por:
n →
N1 = −C.D1,M y1 + y1 N j ( 19 )
j=1
(y1 N j − y j N1 )
n
1
y1 = ( 20 )
j = 2 CD 1j
n n
N1 y j − y1 N j
j= 2 j= 2
D1,M = ( 21 )
D (y1 N j − y j N 1 )
n
1
j = 2 1j
N1 y j
n
j= 2
D1,M = ( 22 )
n y j N1
D1 j
j= 2
Como N1 não entra no somatório, a equação 22 torna-se:
n
yj (1 − y1 )
D1,M = j= 2
= ( 23 )
n yj y2 y y y
D + 3 + 4 + ...+ n
D12 D13 D14 D1n
j= 2 1j
DIFUSIÓN MOLECULAR EN ESTADO ESTACIONARIO EN FLUIDOS SIN MOVIMIENTO Y
EN FLUJO LAMINAR
D = constante
NA y NB = constante
Unica dirección z
Difusión molecular en gases
Difusión en estado estacionario de A a través del no
difundente B
EJEMPLO
Contradifusión equimolal en estado estacionario