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Aula 9
Prof. Gerônimo
1- INTRODUÇÃO
Entende-se por transferência de massa, o transporte de um
componente de uma região de alta concentração para outra
de baixa concentração.
Big Bang
1- INTRODUÇÃO
* interação soluto/meio
* interação soluto/meio + ação externa
Exemplo:
- Mar calmo, um surfista e sua prancha. Para deslocar-se de
um certo lugar a outro, o surfista faz das mãos remos e assim,
ao locomover-se, entra em contato íntimo com o mar.
soluto surfista
Identificando : meio mar
Contribuição Difusiva
movimento mãos
Aparece uma onda de bom tamanho e carrega o surfista.
soluto surfista
Identifica ndo : meio mar
Contribuição Convectiva
movimento onda
ou também:
soluto surfista
Identifica ndo : meio mar
Contribuição Difusiva e Convectiva
movimento mãos onda
Concentração mássica:
mi
ρi massa da espécie i por unidade de volume da solução
V
Concentração molar:
n
onde: i
i 1
Fração molar:
C
n
onde: C i
i 1
Ci
A notação para gases de fração molar será: yi
C
Quando relacionado com a fase gasosa em condições ideais, as
concentrações molares são expressas em termos de pressões parciais, isto é:
mi RT
Pi V n i RT
Mi
mi Pi M i ni Pi
ρi Ci
V RT V RT
onde Pi é a pressão parcial do componente i na fase gasosa e R é a
constante universal dos gases.
Para uma mistura gasosa ideal temos:
P m PM
C ρ
RT V RT
onde P é a pressão total da mistura gasosa.
Quando relacionado com a fase gasosa em condições ideais, as frações
molares yi são expressas em termos de pressões parciais, isto é:
Pi
R T
Ci Pi
yi yi
C P P
R T
Pi yi P
Definições básicas para uma mistura binária (A + B):
A CA M A
( concentração mássica de A ou B )
B CBM B
C CA CB
( concentração molar da mistura )
C
M
CA A
MA
( concentração molar de A ou B )
CB B
MB
A
A
( fração mássica de A ou B )
B
B
CA
xA
C
( fração molar de A ou B para líquidos )
CB
xB
C
CA
yA
C
( fração molar de A ou B para gases )
CB
yB
C
Relações adicionais de uma mistura binária (A + B):
A B 1 ( mássico )
A B
1
( massa molar médio mássico )
MA MB M
i
Por definição temos: wi i Ci M i CM
wi
i Ci M i Mi Mi Mi
Portanto temos: wi xi yi ou xi
CM M M 1
M
xA M A
x A M A xB M B M wA ( mássico )
x A M A xB M B
wA
wA wB 1 MA
xA
MA MB M wA wB ( molar em fase líquida)
MA MB
Exemplo 01: Determine a massa molecular da seguinte mistura gasosa:
5% de CO, 20% de H2O, 4% de O2 e 71% de N2. Calcule, também, as
frações mássicas das espécies que compõe essa mistura:
a) Solução:
M y CO M CO y O M O y H O M H O y N M N
2 2 2 2 2 2
b) Solução:
Frações mássicas:
ρi
wi ; ρi Ci M i ; ρ CM
ρ
Ci M i Mi
wi yi
CM M
Massa molecular Fração molar Fração mássica
Espécie química
M (g/gmol) yi wi = yiMi/M
CO 28,01 0,05 0,0535
O2 31,999 0,04 0,0489
H2O 18,015 0,20 0,1377
N2 28,013 0,71 0,7599
Exemplo 02: Calcule a massa molecular do ar considerando-o como uma
mistura nas seguintes proporções:
a) 79% de N2 e 21% de O2
b) 78,09% N2 , 20,65% de O2 , 0.93% de Ar (argônio) e 0,33 de CO2
a) Solução:
M Ar y O M O y N M N 0,2131,999 0,7928,013
2 2 2 2
M Ar 28,85 g/gmol
b) Solução:
M Ar y O M O y N M N y Ar M Ar y CO M CO
2 2 2 2 2 2
a) Concentração mássica do N2
b) Concentração mássica do O2
d) Fração mássica do N2
ρN
9,05x104 g/cm 3
wN 2
2
ρ 1,18x103 g/cm 3
wN 0,767
2
e) Fração mássica do O2
ρO
2,75x104 g/cm 3
wO 2
2
ρ 1,18x103 g/cm 3
wO 0,233
2
Exemplo 04: Calcule a massa molecular do ar úmido com yágua = 0,05.
Suponha o ar puro como uma mistura ideal das espécies químicas contidas
no item (a) do exercício 01. Calcule também a fração mássica do vapor
d’água.
M AR úmido
y MH 2O H 2O
y M y M
AR AR H 2O H 2O
1 y H 2O
M AR
M AR úmido
0,0518,015 g/gmol 1 0,0528,85 g/gmol
M AR úmido
28,31 g/gmol
PM 1atm(28,31 g/gmol)
ρ Ar úmido
Ar úmido
RT (82,05 atm.g/gmol.K)(298,15K)
ρ Ar úmido
1,157x10 g/cm 3 3
PH O y H O P 0,05(1atm) 0,05 atm
2 2
2
RT (82,05 atm.g/gmol .K)(298,15 K)
ρ H O 3,719x10 5 g/cm 3
2
ρH O 3,719x10 5 g/cm 3
wH O 2
2
ρ Ar úmido 1,157x10 3 g/cm 3
wH O 0,032
2
2.2 Velocidades
Quando mencionamos velocidade, esta não será apenas de uma molécula
da espécie i, mas sim a média de n moléculas dessas espécies contidas em
um elemento de volume. Como a solução é uma mistura de distintas
espécies químicas, a velocidade com a qual escoa esta solução é dada
pelas seguintes equações:
n
i vi
v i 1
n
( velocidade média mássica )
i 1
i
n
Ci v i
V i 1
n
( velocidade média molar )
C
i 1
i
onde i vi ( Ci vi ) é uma velocidade local com que a massa da solução atravessa
uma seção unitária colocada perpendicularmente à velocidade v ( V ) . Convém
salientar que vi é uma velocidade absoluta, pois diz respeito à espécie química i.
Essa velocidade pode estar referenciada a outro tipo de velocidade:
1- à de eixos estacionários: v0
2- à da solução ( para velocidade mássica ): vi v
3- à da solução ( para velocidade molar ): vi V
Em um rio há diversas espécies de peixes como lambarí, traíra, pacu, etc. Existe
uma velocidade média absoluta inerente a cada espécie que está associada ao
seu cardume. Por exemplo: a velocidade do lambarí é a velocidade do cardume
de lambarí e assim por diante. Desse modo, se considerarmos o cardume
(espécie) “i” à do rio, teremos a “velocidade de difusão da espécie i”.
C v i i, z
VZ i 1
n (1)
C i 1
i
mas
n
C
C C ; y ; C y C
i i
i
i i (2)
i 1 C
Substituindo (2) em (1), temos:
n
VZ y i v i,z
i 1
Vz y CO v CO,z y O v O , z y H O v H O, z y N v N , z
2 2 2 2 2 2
(3)
Vz y CO v CO, z y O v O2 2 ,z
y H O v H O, z y N v N
2 2 2 2 ,z
ρ i v i,z
v Z i 1n
(4)
ρi i 1
n
ρi
Porém
ρ ρ i ; wi ; ρ i wiρ (5)
i 1 ρ
Substituindo (5) em (4), temos:
n
v z wi v i,z
i 1
v z wCO v CO,z wO v O , z wH O v H O, z wN v N , z
2 2 2 2 2 2
(6)
Conhece-se os valores de wi do exemplo 01:
v z w CO v CO, z w O v O 2 2 ,z
w H O v H O, z w N v N
2 2 2 2 ,z
v i
V vO ,z Vz
2
13 12,63 0,37 cm/s
d) Da definição de velocidade de difusão do O2, referenciada à velocidade
média mássica na direção z, temos:
Área Unitária
Se considerarmos que os diversos cardumes de peixes passem por
debaixo de uma ponte, a qual está situada perpendicularmente ao
escoamento do rio ( observe que a área entre os colchetes na unidade de
fluxo é aquela situada perpendicularmente sob a ponte ), fica a seguinte
questão: que velocidade está associada ao fluxo ? Qualquer que seja a
velocidade, ou seja, velocidade do rio, velocidade de difusão do cardume
ou velocidade absoluta do cardume, o fluxo total do cardume “A”
referenciado a um eixo estacionário é dado por:
Movimento de A Movimento de A
Movimento de A
decorrente do ato resultante do ( 1 )
observado da ponte escoamento do rio
de nadar no rio
Definimos anteriormente a “velocidade de difusão” como sendo a
diferença entre a velocidade absoluta da espécie química “i” com a
velocidade média (molar ou mássica). Assim, no exemplo dos cardumes
de peixes em um rio, implica a interação cardume A / rio, portanto um
fenômeno difusivo e o fluxo associado será devido à contribuição
difusiva, escrita como:
J A, Z C A v A, Z VZ (2)
J CA, Z C A VZ (3)
N A, Z CA v A, Z VZ CA VZ (4)
ou
n A , VA n B , VB
nA nB
CA Gás A Gás B
CB
VA VB
y
Partição
dx
x
T e P constantes
Ao retirar-se a partição, os dois gases difundem um através do outro até
que a concentração de ambos seja uniforme em todo o volume “V”.
Gás A + B
CA >> CB
V
T e P constantes
dy A
J A CD AB CD ABy A D ABC A (6)
dx
O sinal negativo indica o decréscimo da concentração da espécie A com o
sentido do fluxo
onde:
C = Concentração molar total [mols/cm3]
J A = Densidade de fluxo molar de difusão [mol/cm2.s]
DAB = Coeficiente de difusão da espécie A em relação a espécie B
ou difusividade [cm2/s ou m2/s]
CA dCA
yA C A
C dx
dCA
C A Gradiente de concentração
dx
dC A C A C Afinal C Ainicial
Se for linear:
dx x x final x inicial
dCA C A
J A D AB D AB
dx x
Lei de Fick para difusão em estado estacionário
C1
C2
x1 x 2
Exemplo 06: O diclorometano é um ingrediente comum em
decapantes de tintas. Além de causar irritações, pode ser
absorvido pela pele. Deve-se usar luvas de proteção quando
manipular este decapante. Usando-se luvas de borracha
butílica (0,04 cm de espessura), qual é o fluxo de
diclorometano através da luva?
Dados:
Coeficiente de difusão em borracha butílica: 110x10-12 m2/s
Concentrações superficiais:
C1 = 440 Kg/m3
C2 = 20 Kg/m3
C1
Decapante Pele
C2
x1 x 2
dC C C C
J D D
A
D A A2 A1
x x x
A AB AB AB
dx 2 1
20 440kg/m 3
J 110x10 m /s
A
12 2
2
0,04x10 m
J 1,16x10 kg/m .s
A
4 2
A partir da equação 5, toma-se uma mistura binária (A + B), em que CA
representa a concentração molar da espécie química A e v A , a velocidade
absoluta de A e V a velocidade média molar da solução, respectivamente.
O fluxo molar total da espécie A referenciado a eixos estacionários será:
N A C A v A V C A V (7)
N A CA vA (8)
J A C A v A V (9)
J A D AB C A ( 10 )
J A CD AB y A ( 11 )
Levando a definição de velocidade média molar, para uma mistura
binária, na parcela da contribuição convectiva, o resultado fica:
C VC
C A
v C v
A
B
B
A A
C
C A V y A N A N B ( 12 )
N A CD AB y A y A N A N B ( 13 )
N A CD AB x A x A N A N B ( 14 )
n A D AB w A w A n A n B ( 15 )
x A N A,Z N B,Z
dx A
N A,Z CDAB ( 17 )
dz
w A n A,Z n B,Z
dw A
n A,Z D AB ( 18 )
dz
O fluxo total para uma espécie química “1” presente em uma mistura
com “n” espécies químicas será dado por:
n
N1 C.D1,M y1 y1 N j ( 19 )
j1
y1 N j y j N1
n
1
y1 ( 20 )
j 2 CD1j
n n
N1 y j y1 N j
j 2 j 2
D1,M ( 21 )
D y1 N j y j N1
n
1
j 2 1j
yj 1 y1
j 2
D1,M ( 23 )
n yj y2 y y y
D 3 4 ... n
D12 D13 D14 D1n
j 2 1j