e Fluxos Considerações Iniciais • Até aqui nos concentramos em entender como um soluto interage com o meio difusivo da transferência de massa. • A partir de agora procuraremos expressar quantidades e não mais uma molécula ou um átomo. • Para que isso seja possível, admitiremos a hipótese do contínuo, na qual é suposta a distribuição contínua da matéria no espaço. Concentração • Em misturas multicomponentes, a concentração de uma espécie molecular pode ser expressa de várias formas: Concentração mássica - massa total do sistema contido em uma unidade de volume da mistura.
Concentração molar - número de mols de “i” presentes
por unidade de volume da mistura Concentração Fração mássica - concentração mássica da espécie “i” dividida pela concentração mássica total.
Fração molar - concentração molar da espécie “i”
dividida pela concentração molar total. Fase Gasosa • Quando relacionado com a fase gasosa em condições ideais, as frações molares yi são expressas em termos de pressões parciais: Definições e relações básicas para uma mistura binária Definições Adicionais Exemplo 1 • Determine a massa molecular da seguinte mistura gasosa: 5% de CO; 20% de H2O; 4% de O2; 71% de N2. • Calcule, também, as frações mássicas das espécies que compõe essa mistura: Velocidades • Quando mencionamos velocidade, não será apenas de uma molécula da espécie i, mas sim a média de n moléculas dessa espécie contidas em um volume. • Como a solução é uma mistura de distintas espécies químicas, a velocidade com a qual escoa esta solução é dada pelas seguintes equações: • Velocidade média mássica: Velocidades • Velocidade média molar:
• Convém salientar que vi é uma velocidade absoluta, pois
diz respeito à espécie química i. Essa velocidade pode estar referenciada a outro tipo de velocidade:
• O resultado oriundo das diferenças dos itens 2 e 3
denomina-se velocidade de difusão. Velocidades • Em um rio há diversas espécies de peixes como lambari, traíra, pacu, etc. Existe uma velocidade média absoluta inerente a cada espécie que está associada ao seu cardume. Por exemplo: a velocidade do lambari é a velocidade do cardume de lambari e assim por diante. Desse modo, se considerarmos o cardume (espécie) “i” à do rio, teremos a “velocidade de difusão da espécie i”. Exemplo 2 • Sabendo que as velocidades absolutas das espécies químicas presentes na mistura gasosa do exemplo 01 são: vCO,z = 10 cm/s, vO2,z = 13 cm/s, vH2O,z = 19 cm/s, vN2,z = 11 cm/s, determine: a. A velocidade média molar da mistura; b. A velocidade mássica da mistura; c. A velocidade de difusão do O2 na mistura, tendo como referência a velocidade média molar da mistura; d. Idem ao item (c), tendo como referência a velocidade média mássica da mistura. Fluxo • O fluxo mássico ou molar de uma dada espécie é uma quantidade vetorial denominado através da quantidade desta espécie em unidades mássicas ou molares, que se deslocam em um dado incremento de tempo por uma unidade de área normal ao vetor. Fluxo Retomando o exemplo do cardume de peixes em um rio: • Se considerarmos que os diversos cardumes de peixes passem por debaixo de uma ponte, a qual está situada perpendicularmente ao escoamento do rio, fica a seguinte questão: que velocidade é esta associada ao fluxo? (velocidade do rio, de difusão do cardume ou absoluta do cardume?) • Qualquer que seja a velocidade, o fluxo total do cardume “A” referenciado a um eixo estacionário é dado por: Fluxo – Contribuição Difusiva • Velocidade de difusão = diferença entre a velocidade absoluta da espécie “i” com a velocidade média (molar ou mássica). • No exemplo dos cardumes, implica a interação cardume A/rio, portanto um fenômeno difusivo e o fluxo associado será devido à contribuição difusiva: Fluxo – Contribuição Convectiva • Suponha agora que, ao invés de nadar, o cardume A deixe-se levar pelo rio. O movimento do cardume será devido à velocidade do meio. O fluxo associado, nesse caso, decorre da contribuição convectiva.
• O fluxo decorrente do cardume A nadar na direção Z,
enquanto o rio estiver escoando é dado por: Exemplo 3 • Sabendo que a mistura descrita no exemplo 2 está a 1 atm e 105 ◦C, determine: a) O fluxo difusivo molar do O2 na mistura; b) O fluxo difusivo mássico do O2 na mistura; c) A contribuição do fluxo convectivo molar do O2 na mistura; d) A contribuição do fluxo convectivo mássico do O2 na mistura; e) O fluxo mássico total de O2 referenciado a um eixo estacionário. f) O fluxo molar total de O2 referenciado a um eixo estacionário. Lei de Fick da Difusão • Considere um recipiente que contém 2 gases A e B (C A >> CB),inicialmente separados entre si por uma partição. Lei de Fick da Difusão • Ao retirar-se a partição, os dois gases difundem um através do outro até que a concentração de ambos seja uniforme em todo o volume “V”. Lei de Fick da Difusão • Este fenômeno é regido pela primeira lei de Fick:
• O sinal negativo indica o decréscimo da concentração da
espécie A com o sentido do fluxo. Lei de Fick da Difusão Exemplo 4 • O diclorometano é um ingrediente comum em decapantes de tintas. Além de causar irritações, pode ser absorvido pela pele. Deve-se usar luvas de proteção quando manipular este decapante. Usando-se luvas de borracha butílica (0,04 cm de espessura), qual é o fluxo de diclorometano através da luva? Dados: • Coeficiente de difusão: 110x10-12 m2/s • Concentrações superficiais: C1= 440Kg/m3 C2= 20 Kg/m3 Fluxo Molar Total
Considerando-se uma mistura binária (A + B):
Fluxo Molar Total Fluxo Molar Total 1ª Lei de Fick 1ª Lei de Fick Lei de Fick