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Conceitos Introdutórios
Ecologia é o estudo científico das relações que ocorrem entre os organismos entre si e
também da relação entre os organismos e o seu ambiente, incluindo o cenário atual desta
relação e também o seu histórico evolutivo. O ambiente pode ser definido como os fatores
externos ao organismo que o influenciam, sejam estes fatores bióticos ou abióticos. Assim,
essas relações podem influenciar diretamente em como os organismos são distribuídos no
ambiente e na sua abundância.
O escopo ou o objeto central da ecologia é determinar 3 questões: Onde estão os
organismos?; quantos indivíduos ocorrem? e por que ocorrem (ou não)? Ou seja, busca-se
uma análise da distribuição no espaço dos organismos, a sua abundância e o porquê dessa
distribuição e abundância, sendo esta a história evolutiva.
Escala espacial: níveis de operação dos processos no espaço. Menores interações ocorrem no
nível celular, como bactérias vivendo em comunidades dentro de seu ambiente, e tão grandes
como relações no nível da Biosfera, medidos em dezenas a milhares de quilômetros
quadrados.
Escala temporal: nível de operação dos processos no tempo. Pode ir desde apenas algumas
horas, como a decomposição de matéria orgânica por um fungo, até milhares de anos, como a
migração das florestas depois de eventos de glaciação.
Modelos matemáticos: para propor ou prever padrões, podendo ser feito sem ter
utilizado organismos mas somente com informações prévias.
Ecologia e Evolução
Os indivíduos mais aptos em uma população são aqueles que deixam o maior número
de descendentes relativo ao número de descendentes deixado por outros indivíduos na
população.
Ecótipo: Correlação entre variação individual e ambiental, constituem
especializações locais. Diferenças geneticamente determinadas entre ou nas populações,
refletindo ajustes adaptativos para com seus distintos ambientes.
Diferenças geneticamente determinadas entre populações de uma espécie que refletem
combinações locais entre os organismos e seus ambientes. Mas a evolução força a
divergência das características da populações somente se: (i) existe variação herdável
suficiente na qual a seleção natural pode atuar; e (ii) as forças favorecendo a divergência são
fortes o suficiente para superar a hibridização de indivíduos de diferentes locais.
Seja por Seleção natural ou deriva genética (deriva genética: se caracteriza pela
mudança genética aleatória de uma população), o que se espera é que cada população passe a
se diferenciar uma das outras até o ponto que se tornarem tão diferente que impeça a
hibridização. Caso ocorra de se encontrarem pode ocorrer o não reconhecimento como
parceiros reprodutivo. Além disso, caso ocorra a reprodução, os híbridos formados terão um
baixo desempenho, e assim haverá uma pressão seletiva influenciando a diminuição de
híbridos e aumentando ainda mais a separação dos dois grupos.
Especiação por distância, onde a hibridização irá ser interrompida, entre um extremo e outro
(exemplo das gaivotas no anel do ciclo ártico).
A medida que forem se diferenciando em direções opostas até o ponto que nos seus dois
extremos as espécies não se acasalam mais. Quais são as diferenças que causam isso? Várias,
como comportamental (não reconhecem como parceiro de reprodução-corte), gamética…
Fatores ambientais limitantes
Um organismo altamente especializado tem vantagens altas, pois tende a ter menos
competição pelo seu recurso, mas o problema é que se acontecer algo com aquele recurso, ele
será facilmente atingido pois não pode utilizar uma gama ampla de recursos diversos. Ex:
urso polar vive sob a placa de gelo, se alimentando de foca. Não é um predador especializado
para terra firme (não que ele não possa fazer porem suas dificuldades são grandes). Caso
ocorra algo com esse ambiente em que ele vive será prejudicial para sua sobrevivência, pois o
urso polar não consegue sobreviver bem em ambientes diferentes do qual ele é especializado.
A Lei de Liebig, também conhecida por Lei do Mínimo é uma lei que estabelece que o
desenvolvimento de uma planta ficará limitada por aquele nutriente faltoso ou deficitário, mesmo que
todos os outros elementos ou fatores estejam presentes.
Mesmo que todos os constituintes estejam em quantidades ideais basta que 1 esteja abaixo que todo o
desenvolvimento do organismo será prejudicado pela ausência desse nutriente. Ex:barril
Ex: Liebig usava a imagem de um barril para explicar a lei. Assim como a capacidade de um barril
com ripas de comprimento desigual é limitado pela ripa mais curta, o crescimento da planta é
determinado pelo nutriente com menor oferta. O constituinte essencial disponível em valores que mais
se aproximam da necessidade mínima tende a ser um limitante. Qualquer fator limitante no
desenvolvimento e quantidade de organismos que tenha um potencial limitante.
Princípios Auxiliares
- Os organismos possuem limites mínimos e máximos aos fatores ecológicos e sua amplitude
representa seus limites de tolerância.
Diferentemente da Lei de Liebig que o organismo atinge o seu desempenho máximo em determinadas
disponibilidade de fator x e mantem esta constante de seu desempenho, aqui o organismo também
apresenta o seu mínimo na ausência de fator x e conforme este fator for aumentando o desempenho do
organismo passa a aumentar, chegando a atingir o seu máximo. No entanto, se a disponibilidade de
fator continuar a subir, este organismo não mantém seu desempenho máximo, passando a decair e
podendo a chegar a seu mínimo novamente, mesmo tendo um fator x primordial para o seu
desempenho.
Principios auxiliares
-Alguns fatores são mais importantes que outros permitindo a existência de organismos fora da
intensidade ótima de determinados fatores.
Condição
(C)*Ex. minerais. Onde existem alguns que precisam do mínimo (quantidade traço) para seu
desenvolvimento, mas se aumentar além do necessário atua como uma condição (se ela compromete
seu desenvolvimento ja vira uma condição) ambiental tóxica e compromete seu desenvolvimento.
Basta o mínimo, e ele ja tem seu desenvolvimento máximo.
Recursos
Recursos animais
-> Quanto menor o animal, maior a taxa metabólica. Isso porque, proporcionalmente, animais
menores comem mais que um animal grande; a taxa metabólica individual dos animais
pequenos é muito maior do que a de animais grandes, proporcionalmente.
Constituição nutricional de plantas e animais
Razão C:N dos tecidos vegetais é maior que dos animais
Herbívoros:
■ Alta energia e carbono
■ Especialização para digestão
■ Excretam CO2 e fibras (fezes de herbívoros ainda possuem nutrientes
para outros organismos)
■ Limitação de nitrogênio
Carnívoros:
■ Facilidade de digestão
■ Excretas nitrogenadas
■ Localização e captura de presas como limitante
Condições e Recursos
A sua distribuição espacial em escalas mais amplas
Padrões temporais
Sucessões ecológicas
■ Grande escala (milênios)
■ Pequena escala (minutos)
Biomas terrestres
Generalizações da enorme diversidade global: Representam porções de terra cobertas
por tipos de vegetação que diferem em aspecto, forma e processos fisiológicos.
Floresta pluvial tropical
Savana
campo temperado
deserto
floresta temperada decidua
floresta boreal de coníferas (taiga)
tundra
Há uma relação entre o bioma e o padrão de proteção dos meristemas nas plantas,
porque esses tecidos são essenciais para as plantas. Em ambientes com alta umidade e
insolação, não há uma grande necessidade de proteção, pois o ambiente é favorável. Já em
ambientes com temperaturas extremas, há uma maior necessidade de proteção dos
meristemas.
Plantas anuais são presentes em ambientes com estações bem definidas, As criptófitas
escondem parcial ou totalmente seus meristemas no solo, em ambientes sujeitos à
congelamento e incêndios por exemplo
Espectros de formas de vida vegetal
Localização das gemas meristemáticas
■ Indicativo dos potenciais de risco em cada ambiente, independente das
relações taxonômicas.
Campos temperados
Composto basicamente por gramíneas, sujeito a sazonalidade hídrica e altas
taxas de herbivoria
■ Biomassa de herbívoros invertebrados frequentemente maior que a de
vertebrados
■ Intensa utilização agropecuária
■ Bioma mais impactado pela ação antrópica
Deserto
Escassez e irregularidade na distribuição de água e pela baixa produtividade
primária
■ Vegetação oportunista de ciclos rápidos
■ Vegetação perene de produtividade lenta
Grande amplitude térmica
■ Tolerância a variações rápidas de frio e calor intensos
Baixa diversidade de fauna
Floresta temperada
Sazonalidade climática bem marcada, dominância de árvores decíduas e
estrato herbáceo perene (geófitas)
■ Alta produtividade primária na primavera
■ Dormência vegetativa no inverno
Fauna de ocorrência predominantemente sazonal e ciclos de vida curtos
■ Especialização em insetos herbívoros
■ Vertebrados generalistas e ou migratórios
Alta fertilidade dos solos
Diversidade mais baixa
Floresta setentrional de coníferas - Taiga
Flora arbórea pouco diversificada, com curtos períodos de crescimento
resultante de invernos longos e rigorosos
■ pinheiros e angiospermas
■ florestas monoespecíficas de espruces ao norte
Forte influência glacial
Liquid water is unavailable for much of the winter, and plants and many of the
animals have a conspicuous winter dormancy in which metabolism is very
slow. Generally, the tree flora is very limited. In areas with less severe
winters, the forests may be dominated by pines
Tundra
Intensificação do congelamento permanente do subsolo
■ Restrição de espécies arbóreas e gramíneas
■ Flora restrita a musgos e liquens
Forte restrição da decomposição da matéria orgânica
■ formação de turfa
Fauna com ciclos drásticos de expansão e colapso populacional~flutuação
populacional
■ roedores, lebres, carnívoros, grandes rebanhos