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6ª Conferência sobre
Tecnologia de Equipamentos
ANÁLISE DE FALHA
EM VIRABREQUIM DE MOTOR V8
Sandro Griza
UFRGS, DOUTORANDO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA DE MINAS, METALÚRGICA E DOS MATERIAIS (PPGEM)
Simone Pecantet
UFRGS, MESTRANDA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA DE MINAS, METALÚRGICA E DOS MATERIAIS (PPGEM)
Tiago Renck
UFRGS, GRADUANDO EM ENGENHARIA MECÂNICA
SINÓPSE
Palavras chaves
Virabrequim, Motor, Furação, Fratura, Fadiga
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
Cambotas
Moentes
Munhões
A análise visual da seção recebida indicou que a fratura ocorrera por fadiga,
evidenciada pela presença de marcas de praia. A fratura nucleou ao final de um furo
realizado no meio da palma, conforme a figura 3. O final deste furo coincidiu com a
região intermediária entre o munhão e o moente sendo que o acabamento interno
deste furo apresentava-se grosseiro, conforme a figura 4.
Posteriormente a fratura foi levada a lupa de baixo aumento para
documentação fotográfica e análise detalhada. Após a documentação fotográfica foi
retirada uma seção na região de início da falha para possibilitar o manuseio e
posicionamento na lupa e, posteriormente, análise no MEV.
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Marca de praia
Superfície
de fratura Dobra
Furo
Dobra.
Ponto inicial
da falha
Após identificação do ponto inicial da falha foi retirada uma seção transversal
para realização de uma análise metalográfica com o objetivo de identificar alguma
alteração microestrutural.
A microestrutura do componente apresentou-se bainítica e martensítica
revenida na maior parte do componente. Na pista de contato dos munhões e moentes
a microestrutura apresentou-se martensítica revenida, como visto na figura 7. Foi
observado, no ponto de início da falha (final do furo), uma região com a presença de
martensita, oriunda de um aquecimento elevado no processo de furação, vistos nas
figuras 8 e 9.
Foram realizados ensaios de microdureza Vickers nas regiões do núcleo e
camada temperada e, especificamente, na região de martensita localizada no início da
falha. Os ensaios resultaram em uma média de 220 HV0,5 no núcleo, 507 HV0,5 na
camada temperada e, na região de início da falha (queima), 451 HV0,1, comprovando
a presença de formação martensítica.
Sair
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Superfície
Furo de fratura.
Martensita
não revenida
região em martensita. Esta microestrutura é caracterizada por ter alta dureza (veja
que a dureza é similar àquela da camada temperada) e baixa tenacidade.
Estes dois fatores propiciaram a nucleação do processo de fadiga que depois
propagou por uma grande seção resistente (cerca de 80%) até que ocorresse a ruptura
final.
Um único ponto de nucleação associado a uma extensa região de propagação
indicam que a fadiga foi sob baixa tensão, ou seja, neste plano de fratura a tensão em
serviço é baixa, não sendo sequer a região prevista para a falha de tal componente.
Com efeito, ela só ocorre devido a presença de dois fatores de concentração de
tensões ditos anteriormente. Os dois fatores estão associados à usinagem profunda do
furo, pois isto determina maior flexão (vibração) da ponta da broca e menor acesso
do líquido de refrigeração. Sendo assim, além de piorar o acabamento, é possível
ocorrer super aquecimento localizado que elevam a temperatura com subseqüente
resfriamento rápido, transformando localmente a microestrutura de uma condição
estável para outra mais tensionada (martensita) onde as trincas e a nucleação de
fadiga são eminentes.
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS