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NOÇÕES DE LIMITES

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Limites

SUMÁRIO

1. Limites de funções ....................................................................................................................... 3


1.1. Noção intuitiva de limite ...................................................................................................... 3
1.2. Definição intuitiva de limite ................................................................................................. 4
1.3. Limites infinitos..................................................................................................................... 6
1.4. Limites no infinito ................................................................................................................. 7
1.5. Formas indeterminadas...................................................................................................... 10
0
1.5.1. Indeterminação tipo .................................................................................................... 10
0

1.5.2. Indeterminação tipo ................................................................................................... 12

1.5.3. Indeterminação tipo    ............................................................................................ 13
1.6. Continuidade....................................................................................................................... 14
1.7. Limite exponencial fundamental ....................................................................................... 16
2. Bibliografia................................................................................................................................. 17
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Limites

1. Limites de funções
O conceito de limite é de grande utilidade na determinação do comportamento de funções
nas vizinhanças de um ponto fora do domínio e no comportamento de funções quando 𝑥 aumenta
muito (tende para infinito) ou diminui muito (tende para menos infinito). O conceito de limite
também é aplicado no cálculo de derivadas.
1.1. Noção intuitiva de limite
Consideremos a função f :    tal que f  x   x 2  1 . Esta função está definida para
todo x   , isto é, qualquer que seja o valor de x0 real, o valor de f  x0  está bem definido.

Se x0  1 , então f  x0   f (1)  12  1  2 . Dizemos que f 1  2 é a imagem de x0  1 .

Podemos nos aproximar do ponto 1 de duas maneiras: pela esquerda, a partir de valores
de x menores que 1 e pela direita, a partir de valores de x maiores que 1.
Quando x tende a 1 por valores menores que 1, dizemos que x tende a 1 pela esquerda e
quando x tende a 1 por valores maiores que 1, dizemos que x tende a 1 pela direita. Os dois
tipos de aproximações são chamados limites laterais.
Analisando o gráfico acima, observamos que a função f (x) se aproxima de 2 quando x se
aproxima de 1, tanto pela direita quanto pela esquerda.

x 0,900 0,990 0,999 1,000 1,001 1,010 1,100


f (x) 1,810 1,980 1,998 2,000 2,002 2,020 2,210

A tabela acima fornece a mesma conclusão. À medida que x se aproxima de 1, f (x) fica
cada vez mais próximo de 2, tanto pela direita quanto pela esquerda.
Assim, podemos afirmar que o limite da função f (x) quando x tende a 1 é 2.
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Limites

A notação para um limite é


lim f ( x)  L
xc

e é lida como "o limite de f (x) quando x tende a c é L ".


Assim, podemos escrever:
lim f ( x)  2
x 1

x2 1
Consideremos agora a função g  x   .
x 1
Atribuindo a x valores cada vez mais próximos de 1, porém menores que 1 (pela esquerda),
teremos:

x 0,9 0,99 0,999 0,9999


g (x ) 1,9 1,99 1,999 1,9999

Atribuindo a x valores cada vez mais próximos de 1, porém maiores que 1 (pela direita), teremos:

x 1,1 1,01 1,001 1,0001


g (x ) 2,1 2,01 2,001 2,0001

Concluímos que podemos tornar g (x ) tão próximo de 2 quanto desejarmos, bastando,


para isso, tornarmos x cada vez mais próximo de 1. Assim, o limite de g (x ) quando x tende a 1 é
2, ou seja:
lim g ( x)  2 x2 1
ou lim 2
x 1
x  1
x 1

1.2. Definição intuitiva de limite


Seja a   e f uma função definida no intervalo   {a} .
Dizemos que o limite de f (x) quando x tende a a é igual L e escrevemos
lim f ( x)  L
xa

se e somente se os limites laterais à esquerda e à direita são iguais a L , isto é:


lim f ( x)  lim f ( x)  L
 
xa xa
Caso contrário, dizemos que o limite não existe.

x2 1
Com relação à função g  x   , podemos concluir, pela definição, que
x 1
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Limites

x2 1
lim 2
x 1
x 1
x2 1 x2 1
lim lim
porque os limites laterais x 1 e x  1 são iguais a 2.
 
x 1 x 1

Exemplo: Considere a função f :  6, 9   representada pelo gráfico abaixo. Determine:

a) f ( 2)

lim f ( x)
b)
x  2

lim f ( x)
c) 
x2

lim f ( x)
d)
x2

e) f (2)
f) f (7 )
Respostas
a) f ( 2)  3

lim f ( x)  2
b) 
x2

lim f ( x)  5
c) 
x2

d) Não existe lim f ( x )porque os limites laterais são diferentes: lim f ( x )  lim f ( x )
x2  
x2 x2
e) f ( 2)  0

f) f (7 )  0

Exercício: Considere a função representada pelo gráfico seguinte. Determine:


a) 𝑓(4)

b) lim → 𝑓(𝑥)

c) lim → 𝑓(𝑥)
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Limites

d) lim → 𝑓(𝑥)

𝑥 + 2, 𝑠𝑒 𝑥 ≠ 3 
Exercício: Considere a função 𝑓(𝑥) =
7, 𝑠𝑒 𝑥 = 3
Calcule os limites laterais e o limite da função quando 𝑥 tende a 3.

Teorema I
Se f é uma função polinomial e a um número real, então
lim f ( x)  f (a)
xa

Teorema II
Se q é uma função racional e a um número real pertencente ao domínio, então
lim q( x)  q(a)
xa

1.3. Limites infinitos


Quando resolvemos um limite e não encontramos como resposta valores numéricos, mas
sim infinito (   ou   ), dizemos que o limite é infinito.
Em geral, uma função qualquer f (x) não precisa possuir limites no infinito, isto é, f (x)
pode não se aproximar de nenhum valor finito quando x assume valores grandes.

Por outro lado, funções não limitadas, como x 2 , tomam valores arbitrariamente grandes
quando x se afasta da origem. Neste caso, apesar do limite não ser finito, podemos escrever:

lim x 2   lim x 2  
x   x  

De modo geral, para potências com expoentes inteiros, x p , se p  0 ,


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Limites

lim x p   lim x p  , se p é par



x   x    , se p é ímpar

Se p  0 , então

lim x p  lim x p  0
x   x  

Nota
 Sejam f e g funções tais que: lim f ( x )  L1 e lim f ( x )  L 2 então:
x p x p

1) lim [ f ( x)  g ( x)]  L1  L 2  lim f ( x)  lim g ( x) , ou seja, o limite da soma é igual a soma dos
x p x p x p

limites.
2) lim k  f ( x)  k .  L1  k  lim f ( x)
x p x p

3) lim[f ( x )  g( x )]  L1  L 2  lim f ( x )  lim g( x )


x p x p xp

4) lim[ f ( x)  g ( x)]  L1  L 2  lim f ( x)  lim g ( x)


x p x p x p

f ( x ) L1 limx p
f (x)
5) lim   , desde que L 2  0
x p g( x ) L 2 lim g( x )
x p
n
6) lim[f ( x )]n  L1   lim f ( x )  , n  N
n
x p  x p 
7) lim n f ( x )  n L1  n lim f ( x ) , desde que L1  0 (no caso em que n é par)
x p x p

8) lim k  k ,  k   , ou seja, o limite de uma constante é a própria constante.


x p

9) lim x  p
x p
lim g ( x )
 lim f ( x )
L2 xp
10) lim f ( x ) g ( x )  L1
x p  x p 

 Se lim f 1 (x)  L1 , lim f 2 (x)  L 2 ,..., lim f n (x)  L n , então


x p x p xp

11) lim[f 1 ( x )  f 2 ( x )  ...  f n ( x )]  L1  L 2  ...  L n


x p

12) lim[f 1 ( x ).f 2 ( x )...f n ( x )]  L1 .L 2 ...L n , n  N, n  2


x p

1.4. Limites no infinito


Vamos estudar o comportamento de uma função quando x cresce indefinidamente ( x
tende para   ) ou decresce indefinidamente ( x tende para   ). O objetivo é determinar os
valores dos limites dessa função, chamados limites extremos:
lim f ( x) lim f ( x)
ou
x   x  
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Limites

Em algumas situações, a função se aproxima infinitamente de um valor numérico e, em


outros, ela pode crescer ou decrescer indefinidamente (veja figura abaixo). Nos dois últimos casos,
dizemos que a função tende a   e a   , respectivamente.

1  x  1    1  
lim   1  0  1  1 lim lim  4  x 2   4    
x   
x   x  
x  

1
Exemplo. Consideremos a função f ( x ) 
x
Atribuindo a x valores cada vez maiores, divergindo para   , teremos:

x 10 100 1.000 10.000


f (x) 0,1 0,01 0,001 0,0001

Intuitivamente, observamos que as imagens da função convergem para 0 enquanto x


tende a   . Dizemos, então, que o limite de f (x) quando x tende a   é 0 e escrevemos:
1
lim 0
x
x  
Analogamente, atribuindo a x valores negativos cada vez menores, divergindo para   ,
teremos:

x -10 -100 -1.000 -10.000


f (x) -0,1 -0,01 -0,001 -0,0001

Novamente, observamos que as imagens da função também convergem para 0 enquanto


x tende a   . Dizemos, então, que o limite de f (x) quando x tende a  é 0 e denotamos:
1
lim 0
x
x  
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Limites

Exemplo. Consideremos a função f ( x)  x 3 . Empregando o mesmo raciocínio do exemplo


anterior, concluímos que:
lim f ( x)  lim x 3   lim f ( x)  lim x 3  
e
x x x   x  

As tabelas abaixo apresentam situações de operações com infinito que serão usadas com
frequência.
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Limites

Observações
1. Os limites nos extremos podem ser um número real finito ou, então,   ou   ,
conforme verificado nos dois exemplos anteriores.
2. O limite nos extremos de uma função polinomial é igual ao limite de seu termo de maior
expoente.
0 0 0
 3 2   2 5 9 
3 
 lim 2 x  
3
lim  2 x  4 x  5x  9   lim 2 x 1   
   x 2 x 2 2 x 3 
x x
x

3. Como consequência da observação anterior, quando tivermos o limite nos extremos de um


quociente de polinômios, ele será igual ao limite do quociente dos termos de maior grau
do numerador e do denominador. Assim:

4 x 3  5x 2  7 x  9 4x3
lim  lim  lim 2 x  
2 2
2 x  8 x  17 2x x
x x

1.5. Formas indeterminadas


Uma forma indeterminada é uma expressão impossível de ser calculada. As
indeterminações mais frequentemente encontradas são:
0 
, ,   , 0  , 1 , 0 0 e  0 .
0 
Estudaremos apenas as três primeiras formas.

0
1.5.1. Indeterminação tipo
0
0
Sempre que nos depararmos com uma indeterminação do tipo , devemos simplificar a
0
expressão. Em seguida, calculamos o limite da função, substituindo o valor de x na função
simplificada.
Para simplificar a expressão, podemos utilizar fatoração, dispositivo prático de Briot-
Ruffini, etc.

x2 1
Exemplo. Calcule lim
x 1
x 1
Se tentarmos calcular o limite da função, substituindo x por 1, teremos a indeterminação
0
, uma vez que tanto o numerador quanto o denominador se tornariam 0 quando x  1 .
0
x 2  1 12  1 0
lim  
x 1 11 0
x 1
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Limites

Isso significa que x  1 é um fator comum a ambos e que é possível cancelá-lo, fatorando o
numerador.
x2 1
A expressão pode ser simplificada, fatorando o numerador, ou seja, substituindo x 2  1 por
x 1
( x  1)( x  1) . Assim:

x 2  1 ( x  1)( x  1)
f ( x)    x 1
x 1 x 1
x 2 1
lim  lim ( x  1)  (1  1)  2
x 1
x 1 x 1

x2
Exemplo. Calcule lim
x2  4
x2
0
Como no exemplo anterior, substituindo x por 2, teremos a indeterminação , uma vez
0
que tanto o numerador quanto o denominador se tornariam 0 para x  2 .
x2 22 0
lim 2
 2

x 4 2 4 0
x2
Isso significa que x  2 é um fator comum a ambos e que é possível cancelá-lo, fatorando o
denominador.
x2 x2 1
f ( x)   
x  4 ( x  2)( x  2) x  2
2

x2 1 1 1
lim  lim  
x 4 2 x2 22 4
x2 x2

Exemplo. Calcule x2  x  6
lim
x3
x  3
0
A substituição direta leva a uma indeterminação do tipo porque tanto o numerador
0
quanto o denominador se tornariam 0 quando x  3 .
x 2  x  6 ( 3) 2  ( 3)  6 9  3  6 0
lim   
x3 33 33 0
x  3
Podemos concluir que ambos, numerador e denominador, possuem um fator comum x  3
, que pode ser cancelado empregando a técnica de fatoração ao numerador da expressão.
Assim, como o numerador é uma função do segundo grau, podemos escrevê-lo na forma
a ( x  x1 )( x  x 2 ) , onde x1 e x 2 são as raízes da função.

x2  x  6  0
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Limites

  b 2  4 ac  1 2  4.1.( 6)  1  24  25

 1 5 4
b   1  25 1 5  x1  2  2
2
x    
2a 2 1 2 x   1  5  6
 3
 2 2 2
Então,

x 2  x  6  ( x  2)( x  3)
x2  x  6 ( x  2 )( x  3)
lim = lim lim ( x  2 ) = =  3  2  5
x3 x3
x  3 x  3 x  3

x2  x  6
Logo,
lim  5
x3
x  3

Exercícios. Calcule os limites das funções abaixo:

a) x 2  8x
lim
x
x0

x 2  x  12
b) lim
x3
x3

x 2  10 x  25
c)
lim
x5
x5

d) ' x2  9
lim
x3
x3


1.5.2. Indeterminação tipo


Uma técnica para eliminar uma indeterminação do tipo é colocar em evidência o termo

de maior grau do numerador e do denominador.

Exemplo. Calcule x3  1
lim
5x 2  3
x
x3 1 3 1  1 
lim    que é uma indeterminação
5x  3 2 2
5  3 5  1 
x
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Limites

 1 
 1   1  lim x 1  3 
x 1  3  3
lim x 1  3   x   1  0  
x3  1 lim  x   x   x    
lim 2   x  
5x  3 x   2 3   3  5(1  0) 5
x 5 x 1  2  5 1  2   3 
 5x   5 x  lim 5 1  5 x 2 
x
 

Dica: resolver o exercício empregando as técnicas indicadas nas observações 2 e 3 do item 1.4, ou
seja, efetuar o cálculo do limite levando em conta apenas o termos de maior grau do numerador e
o termo de maior grau do denominador.
Assim,
x3  1 3 1  1  , que é uma indeterminação.
lim   
5x  3 2 2
5  3 5  1 
x
Levando em consideração apenas o termo de maior grau do numerador e o termo de maior grau
do denominador, teremos:

x3  1 x3 x 
lim  lim  lim   
5x  3
2
5x 2 5 5
x x x

x2 1
lim
Exercício. Calcule x4  x
x

6x 2  1
Exercício. Calcule
lim
3x 2  x
x

1.5.3. Indeterminação tipo   


Empregamos a mesma técnica utilizada na eliminação da indeterminação anterior.

Exemplo. Calcule lim ( x 3  x 2 )


x

 1
lim ( x 3  x 2 )  lim  x 3 1      (1  0)   (1)  
x  x 
x

Dica: para resolver o exercício de uma maneira mais simples, empregamos a técnica indicada na
observação 2 do item 1.4, isto é, consideramos apenas o termo de maior grau.
Assim:
lim (  x 3  x 2 )  lim ( x 3 )  (  ) 3  
x x
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Limites

1.6. Continuidade
A ideia de função contínua vem da análise de seu gráfico. Se o gráfico de uma função não
apresenta interrupções, podemos afirmar que ela é contínua. Dizer que uma função é contínua em
x  x0 significa que não há interrupção no gráfico de f em x 0 . Isso quer dizer que, se o gráfico
da função é ininterrupto em x 0 , não há buracos, saltos ou lacunas. Se houver algum ponto onde
ocorre interrupção, dizemos que é um ponto de descontinuidade.
Consideremos a função cujo gráfico é mostrado a seguir.

f (x)

Podemos identificar três valores de x nos quais a função f não é contínua.


a) Em x  x1 , f ( x1 ) não é definida.
b) Em x  x2 , lim f ( x ) não existe.
x x
2

c) Em x  x3 , f ( x3 )  lim f ( x) .
x x
3

Em todos os outros pontos do intervalo a, b  , o gráfico de f é ininterrupto, o que


significa que a função f é contínua em todos os outros pontos do intervalo a, b  .

Definição
Seja x 0 um ponto do intervalo a, b  e seja f uma função cujo domínio contém o
intervalo a, b  . A função f é contínua no ponto x 0 se as seguintes condições forem verdadeiras:

a) f ( x0 ) é definida
b) lim f ( x ) existe
xx
0
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Limites

c) lim f ( x)  f ( x )
0
x x
0
Se f for contínua em todos os pontos do intervalo a, b  , então ela será contínua em
a, b .

Exemplo 1: Discuta a continuidade das funções.


a) f ( x)  x 2  2 x  3

f (x)

f (x) é uma função polinomial e, portanto, é contínua em toda a reta real  ,    .


1
b) f ( x ) 
x

f (x)

1
é o conjunto de todos os números reais exceto x  0 . Portanto, a
O domínio de f ( x ) 
x
função é contínua nos intervalos  , 0 e 0,    .

Exemplo 2: Aplicação de limites em negócios. Num certo país, o montante de impostos de renda
devido por uma pessoa física que recebe x reais, no período, é modelado por:
0,15𝑥 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 < 25.0 − 0  
𝑇(𝑥) =
3.750 + 0,25(𝑥 − 25.000) 𝑠𝑒 25.000 ≤ 𝑥 < 60.000
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Limites

Estude a continuidade do imposto de renda T = T(x). A renda de um contribuinte é sensivelmente


diferente se sua receita é ligeiramente inferior ou superior a 25.000 reais?
Solução:
A solução do exercício consiste em verificar se a função T(x) é contínua para x = 25.000. Assim:
a) 𝑇(25.000) está definida, pois 𝑇(25.000) = 3.750

b) ∃ lim T(x), pois:


→ .

lim 𝑇(𝑥) = 0,15𝑥 = 0,15 ∙ 25.000 = 3.750


→ .

lim 𝑇(𝑥) = 3.750 + 0,25(𝑥 − 25.000) = 3.750 + 0,25(25.000 − 25.000) = 3.750


→ .

Portanto, lim T(x) = lim T(x) = 3.750


→ . → .

Logo, lim T(x) = 3.750


→ .

c) lim T(x) = T(25.000) = 3.750


→ .

Portanto, 𝑇(𝑥) é contínua em 𝑥 = 25.000.

Exercício 1. Discuta a continuidade da função f ( x)  x 3  x .


3
Exercício 2. Discuta a continuidade da função f ( x )  .
x2

1.7. Limite exponencial fundamental


x
 1
Consideremos a função f ( x)  1   , que aparece em curvas de crescimento em geral.
 x
x
1  1
À medida que x cresce, tendendo a infinito, a fração tende a 0, porém a expressão 1  
x  x
não tem um valor de convergência evidente.
O matemático suíço Leonardo Euler (1707-1783) percebeu a importância dessa função e
demonstrou que o seu limite, para x tendendo a infinito, era um número irracional entre 2 e 3,
simbolizado por e (número de Euler).
x
 1
Podemos fazer alguns cálculos e ter uma ideia da convergência da função f ( x)  1   ,
 x
conforme mostrado na tabela seguinte.

x
 1
x 1  
 x
1 2
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Limites

2 2,250000
5 2,488320
10 2,593742
20 2,653298
50 2,691588
100 2,704814
200 2,711517
500 2,715569
1.000 2,716924
5.000 2,718010
50.000 2,718255
100.000 2,718268
1.000.000 2,718280
x
 1
Pode ser provado que o limite da função f ( x)  1   também dá o número e quando
 x
x tende a menos infinito. Resumindo,
x x
 1  1
lim 1    lim 1    e
 x  x
x x  

2. Bibliografia

BOULOS, P., Calculo Diferencial e Integral + Pré-Cálculo, Volume 1. Makron, 2006.


BOULOS, P., ABUD, Z. I., Calculo Diferencial e Integral, Volume 2. Makron, 2002.
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