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Hidrologia e

Recursos Hídricos
FAMETRO - Manaus

Alexandra Lima

2o semestre 20134
Precipitação:
Tipos e Importância dos
Registros

AULA 5
Precipitação

Deposição de gotas de água líquida ou de partículas de


gelo que se formaram na atmosfera e que cresceram
até um tamanho tal que são impelidas à superfície da
Terra pela força de gravidade
Importância da Precipitação

• A disponibilidade de precipitação numa bacia durante o ano


é o fator determinante para quantificar, entre outros, a
necessidade de irrigação de culturas e o abastecimento de
água doméstico e industrial

• A determinação da intensidade da precipitação é


importante para o controle de inundação e a erosão do solo

• Por sua capacidade para produzir escoamento, a chuva é o


tipo de precipitação mais importante para a hidrologia
Características Principais da Precipitação

 Total
 Duração
 Distribuições temporal e espacial

• O total precipitado não tem significado se não estiver


ligado a uma duração. Ex: 100mm em 1 mês, 1 dia ou 1 hora
• A ocorrência da precipitação é um processo aleatório que
não permite uma previsão determinística com grande
antecedência
• O tratamento dos dados de precipitação para a grande
maioria dos problemas hidrológicos é estatístico
Precipitação: Classificação

• Classificada de acordo com a fase em:


– Líquida: p.e. chuva
– Sólida: p.e. neve

• Tipos de precipitação:
– Chuva
– Neve
– Granizo
Precipitação: Formação
• Formação: Através do processo de evaporação a água ascende
desde rios, lagos e oceanos (e em menor proporção do solo e
plantas) e se condensa devido ao resfriamento da atmosfera

• Vapor d’água na atmosfera


– Pressão de vapor: medida de quanto vapor d’água há na
atmosfera e
– Pressão de vapor de saturação esat : valor de e para o qual o
ar está saturado. Depende da Temperatura do ar.

• A formação de gotas é facilitada pela existência de uma


superfície sobre a qual a água pode condensar, ou seja, pela
presença de partículas de moléculas chamadas núcleos de
condensação, como:
– poeira
– Sais (moléculas de cloreto de sódio)
– Cinzas (produtos de combustão de enxofre e nitratos)
Formação de precipitação

• 1) Criação de condições de saturação

• 2) Condensação do vapor d’água formando gotículas

• 3) Crescimento das gotículas por colisão e


coalescência
1) Condições de saturação
– Ascensão de uma parcela de ar
Pressão de vapor de saturação

es = 6.178 exp(17,2693882t/t+273,3))

Onde t é a temperatura em C (que pode variar de -50 C a 100 C


e es é a pressão de vapor de saturação
Saturação por resfriamento

e diminui com a
condensação
do vapor

e = cte

UR = e/ esat
• As tormentas são fenômenos atmosféricos que se produzem
quando a atmosfera é instável

• Isso é, quando se geram importantes movimentos de ar no


sentido vertical (correntes ascendentes)

• Isto acontece quando a umidade é elevada por diversos


fenômenos físicos e, por consequência, se condensa, formando as
nuvens

• As chuvas estão associadas aos fenômenos meteorológicos e são


classificadas de acordo com as condições em que ocorre a
elevação do ar, são elas:
Tipos de Precipitação

• Dentro das condições de saturação é que podemos


definir os tipos de precipitação:

– Frontal
– Orográfica
– Convectiva
• Choque entre uma massa de ar
frio com uma massa de ar quente
Chuva frontal
• A massa de ar frio é mais densa
e mais pesada que o ar quente,
desta forma a massa de ar frio
penetra como uma cunha por
baixo da massa de ar quente
obrigando a subida do ar quente
e, provocando a subida da
umidade, que se condensa nas
capas superiores da atmosfera
formando as nuvens com
desenvolvimento vertical, do tipo
cúmulos-nimbos e que provocam
tormentas intensas
• Este tipo de precipitação é de
longa duração, de intensidade
moderada e pode ser
prognosticada facilmente se as
frentes frias forem monitoradas
constantemente (MOTA, 2003).
• Produz-se quando uma massa de
ar quente carregada de umidade
Chuva orográfica
choca contra um obstáculo
topográfico, obrigando-a a subir
a níveis mais frios onde se
condensa, e posteriormente se
precipita
• Em outras palavras, a orientação
e exposição do relevo são
fatores fundamentais da
distribuição espacial de
pluviosidade. As cadeias de
montanhas atuam como uma
barreira aos sistemas de
circulação atmosférica e às
penetrações das massas de ar
úmidas que sopram do oceano
• Quando esses ventos atingem as
montanhas, o relevo promove sua
ascensão, resfriamento e
posterior precipitação
orográfica
• Este tipo de precipitação é
gerado quando há uma elevada
Chuva convectiva
temperatura na superfície
terrestre, que
consequentemente ocasiona a
elevação das massas de ar
carregadas de umidade
• Com isso elas se resfriam e
posteriormente se precipitam
• São as típicas chuvas de verão

• As tormentas formadas por


convecção ou pelo choque de
massas de ar fria e quente têm
curta duração já que, quando a
terra se resfria, a corrente
ascendente para e a tormenta
acaba
• Este tipo de precipitação é
gerado quando há uma uma área
Convergência de ar
de baixa pressão e o ar que se
movimentou para essa região
devido à alta pressão nas regiões
vizinhas se encontram e
ascendem
• Com isso ele se resfria e
posteriormente se precipitam
2) Condensação do vapor d’água formando
gotículas

– Presença de aerossóis que fornecerão superfície


para condensação
3) Crescimento das gotículas por colisão e
coalescência

• Gotículas grandes que


caem rapidamente
colidem com as
gotículas menores e
mais lentas e
coalescem
(combinam) com elas,
tornando-se cada vez
maiores
• Quando a corrente ascendente não para, as nuvens crescem
rapidamente formando as nuvens chamadas de “cúmulos-nimbos”
(de 12 a 14 km de altura)

• Dentro das nuvens se formam grandes gotas, e o granizo se


mantém em suspensão devido as fortes correntes ascendentes

• Quando a superfície se esfria, a corrente ascendente para e as


gotas de chuva e/ou granizo precipitam
Características Gerais da Precipitação

Do ponto de vista da engenharia, são necessários três parâmetros


para definir completamente uma precipitação:

• sua altura pluviométrica


• sua duração e
• sua freqüência de ocorrência ou probabilidade
Grandezas que caracterizam a chuva:

– Altura pluviométrica (P ou r): é a espessura média da lamina


de água precipitada que recobriria a região atingida pela
precipitação admitindo-se que essa água não infiltrasse, não
se evaporasse, nem se escoasse para fora dos limites da
região. Unidade de medição é mm

– Duração (t): é o período de tempo durante o qual a


precipitação cai. Unidades utilizadas: horas ou minutos
Grandezas que caracterizam a chuva:
– Intensidade (i): é a precipitação por unidade de tempo
(i=P/t). Apresenta variabilidade temporal, mas, para análise
dos processos hidrológicos, geralmente são definidos
intervalos de tempo nos quais é considerada constante.
Expressa em mm/h ou mm/min

– Frequência de probabilidade (ou ocorrência): é a quantidade


de ocorrências de eventos iguais ou superiores ao evento de
chuva considerado. Chuvas muito intensas tem freqüência
baixa, isto é, ocorrem raramente. Chuvas pouco intensas são
mais comuns

– Tempo de recorrência (ou retorno) (Tr): variável utilizada


na hidrologia para avaliar eventos extremos como chuvas
muito intensas. É uma estimativa do tempo em que um evento
é igualado ou superado, em média. Expressa em anos
Frequência
Frequência de ocorrência de chuvas diárias de diferentes intensidades em um
posto pluviométrico no interior do Paraná ao longo de um período de,
aproximadamente, 23 anos

• Observa-se que ocorreram 5597


dias sem chuva (P = zero) no
período total de 8279 dias, isto
é, em 67% dos dias do período
não ocorreu chuva

• Em pouco mais de 17% dos dias


do período ocorreram chuvas
com intensidade baixa (menos do
que 10 mm)

• A medida em que aumenta a


intensidade da chuva diminui a
freqüência de ocorrência
Tempo de retorno
Exemplo: Uma chuva com intensidade equivalente ao tempo de retorno de
10 anos é igualada ou superada somente uma vez a cada dez anos, em
média
“Em média” implica que podem, eventualmente, ocorrer duas chuvas de TR
10 anos em dois anos subseqüentes

• O tempo de retorno pode, também, ser definido como o inverso da


probabilidade de ocorrência de um determinado evento em um ano
qualquer:

Exemplo: se a chuva de 130 mm em um dia é igualada ou superada apenas 1


vez a cada 10 anos diz-se que seu Tempo de Retorno é de 10 anos, e que
a probabilidade de acontecer um dia com chuva igual ou superior a 130
mm em um ano qualquer é de 10%, ou seja
Variabilidade da Precipitação
• A precipitação é uma variável hidrológica com grande
aleatoriedade, tanto temporalmente quanto espacialmente

• Pode-se exemplificar a variabilidade espacial da chuva


observando que, em algumas cidades é registrada a ocorrência de
precipitação em uma região, enquanto em outras, a poucos
quilômetros de distância, não se observa o evento chuvoso

• Devido à dificuldade da correta definição da variabilidade


temporal e espacial, a precipitação é uma das variáveis
hidrológicas mais difíceis de ser avaliada
Variabilidade da Precipitação

• Espacial

• Sazonal

• Devido à altitude
Variação Espacial da Precipitação
• A precipitação tem extrema variabilidade espacial, existindo
gradientes pluviométricos tanto horizontais como verticais

• Os dados de chuva dos pluviômetros e pluviógrafos referem-se a


medições executadas em áreas muito restritas (400 cm2), quase
pontuais, não conseguindo, portanto, representar a variabilidade
espacial da precipitação

• Assim, durante um evento de chuva um pluviômetro pode ter


registrado 60 mm de chuva enquanto um outro pluviômetro, a 30
km de distância registrou apenas 40 mm para o mesmo evento

• Isto ocorre porque a chuva apresenta uma grande variabilidade


espacial, principalmente se é originada por um processo
convectivo
Variação Espacial da Precipitação

• Uma forma de visualizar essa variação são os mapas de isoietas,


isso é, linhas que unem pontos de igual precipitação durante um
certo período de tempo (dia, mês, ano)

• As isoietas são obtidas por interpolação dos dados de


pluviômetros ou pluviógrafos, e podem ser traçadas de forma
manual ou automática

• Observa-se na figura que a chuva média anual sobre a maior


parte do Estado é da ordem de 1300 a 1500 mm por ano, mas há
uma região próxima ao litoral com chuvas anuais de mais de 3000
mm por ano

• As regiões onde as isoietas ficam muito próximas entre si é


caracterizada por uma grande variabilidade espacial
Variabilidade espacial da chuva
Variabilidade espacial da chuva

• Riacho da Boa
Hora, Urbano
Santos-MA

As isoietas são linhas que


representam a
distribuição
pluviométrica de uma
região, através de curvas
de igual precipitação.
Variabilidade Sazonal da Precipitação

• Um dos aspectos mais importantes do clima e da hidrologia de


uma região é a época de ocorrência das chuvas

• Existem regiões com grande variabilidade sazonal da chuva, com


estações do ano muito secas ou muito úmidas. Na maior parte do
Brasil o verão é o período das maiores chuvas

• No Rio Grande do Sul, entretanto, a chuva é relativamente bem


distribuída ao longo de todo o ano (em média)

• Isto não impede, entretanto, que em alguns anos ocorram


invernos ou verões extremamente secos ou extremamente úmidos
Variabilidade Sazonal da Precipitação

• A variabilidade sazonal da chuva é representada por gráficos com


a chuva média mensal, como o apresentado na próxima Figura para
Porto Alegre e Cuiabá

• Observa-se que no Sul do Brasil existe uma distribuição mais


homogênea das chuvas ao longo do ano, enquanto no Centro-Oeste
ocorrem verões muito úmidos e invernos muito secos
Variabilidade da Precipitação com a Altitude

• As observações indicam que, em geral, o volume de chuva


precipitado aumenta com a altitude até atingir um máximo, a
partir do qual decresce

• Isso permite elaborar perfis pluviomêtricos de grandes bacias ou


áreas extensas

• No estudo de grandes bacias com relevo acidentado, essa


característica não pode ser ignorada nas estimativas dos volumes
precipitados

• No traçado de isoietas, como consequência desse fato, as


isolinhas em princípio devem ser paralelas às curvas de nível e
isso deve ser levado em conta ao confeccionar os mapas
referidos
MEDIÇÃO DA PRECIPITAÇÃO

• No Brasil a precipitação é convencionalmente medida por meio de


aparelhos chamados de pluviômetros ou pluviógrafos

• Existe ainda a possibilidade de se medir a precipitação por meio


de radar (radares meteorológicos) ou imagens de satélite, mas os
erros associados a esses métodos ainda são relativamente
grandes

• No entanto, pelo fato de apresentarem medidas em um contínuo


espacial são excelentes ferramentas, que permitem a análise da
distribuição espacial da chuva, ao contrário dos pluviômetros e
pluviógrafos, que têm medição de caráter pontual
Pluviômetro

• É um instrumento que mede a chuva precipitada durante 24h

• Geralmente esta é coletada nas primeiras horas da manhã (6h –


8h). O horário depende de cada dependência que administra os
instrumentos

• O pluviômetro tradicional tem uma superfície captadora de 200


cm2 (Figura 4) e a quantidade é medida com uma proveta
graduada

• Os pluviômetros geralmente são colocados a 1,50 m de altura


Pluviômetro
Pluviógrafo

• O Pluviógrafo é um instrumento para medir a variabilidade


temporal da chuva em um determinado lugar e serve também
para definir a intensidade da chuva

• Há cinco tipos de pluviógrafos:


a) de sifão automático;
b) de flutuador com sifão automático;
c) de caçambas basculantes;
d) de oscilação; e;
e) combinação de caçambas basculantes e oscilação

• O mais utilizado é o de caçambas basculantes


Radar Meteorológico
• Um radar transmite pulsos de energia eletromagnética de curta
duração (microssegundos) em uma determinada direção, por meio
de uma antena móvel
• A antena do radar transmite esta energia concentrando-a em um
feixe estreito (1-2 graus de abertura). Os hidrometeoros que
interceptam a energia a dispersam em todas as direções,
voltando uma parte à antena.
• O radar capta o sinal muito débil e amplifica para sua observação
numa tela de computador
• O sistema usa uma chave para funcionar no modo de transmissão
e de recepção
• Os dados do radar precisam ser calibrados, para serem inseridos
nos modelos hidrológicos. Empregam-se dados observados dos
pluviógrafos neste procedimento, para obter uma relação entre a
estimativa de chuva do radar meteorológico e os dados de
pluviógrafos
Estimativas de precipitação por satélite

• Estimativas de precipitação são estimativas indiretas baseadas


na temperatura de brilho do topo de nuvem

• A temperatura de brilho é definida como sendo a temperatura


equivalente de um corpo negro em um determinado comprimento
de onda

• Imagens podem ser convertidas em “temperatura de brilho” ou


temperatura do topo de nuvem

• Esta temperatura está relacionada à altura de nuvem e ao seu


desenvolvimento vertical, e conseqüentemente à intensidade de
chuva gerada em células convectivas
Localização dos pluviômetros

A) O pluviômetro modifica o campo das precipitações, afetando a


quantidade de chuva e sobretudo a neve captada.
B) Solução de compromisso: reduzir ao mínimo o efeito
aerodinâmico e fornecer uma amostra típica válida da região.
C) Uma medida de chuva não pode ser nunca repetida.
D) A amostra revelada pelo pluviômetro é pequena em relação ao
conjunto da chuva que nós supomos por ela determinada sobre
uma zona.
E) A amostra é menos representativa quanto mais importante for a
heterogeneidade espacial da chuva considerada.
1) A boca do pluviômetro deve ficar bem horizontal; na prática
podemos estimar em 1% o erro produzido por cada grau de
inclinação do pluviômetro sobre a horizontal, desde que ela não
exceda 10º ; este erro é positivo quando a inclinação do plano
de abertura está dirigida para o vento e negativo no caso
contrário.

2) Os pluviômetros acusam uma altura de precipitação tanto maior


quanto maior for a área de recepção de sua abertura.

3) É a ação do vento, variável em sua velocidade e a situação mais


ou menos exposta do pluviômetro, a principal causa de erro na
medição das precipitações. O aumento de velocidade do ar e a
formação de turbilhões na vizinhança imediata do aparelho tem
por consequência um desvio local da trajetória das partículas da
chuva ou de neve que ocasiona um erro por defeito na altura da
precipitações medidas. O erro é tanto maior quanto maior for a
velocidade do vento e menor a velocidade de queda das gotas de
água ou flocos de neve
• Qual é o volume precipitado sobre uma bacia
situada em uma região que possui diversos
postos que registram valores variados?
Precipitação média numa área

• Média aritimética
– É utilizada em bacias hidrográficas, onde
• os pluviômetros estão distribuídos uniformemente
• existe pouca variabilidade na precipitação e
• o terreno é relativamente plano

– Consiste em calcular a média aritmética da precipitação em


uma bacia hidrográfica. Ou seja, somar as precipitações dos
pluviômetros que estão dentro da bacia e dividir a soma entre
o número dos pluviômetros

– Considera que todos os pluviômetros tem o mesmo peso


• Média aritimética
𝑛
𝑖=1 𝑃𝑖
𝑃=
𝑛
Onde

P É a precipitação média

Pi É a precipitação em cada posto

n É o número de pluviômetros
Precipitação média numa área
• Polígonos de Thiessen
– Também conhecido como método do vizinho mais próximo
– Define a área de influência de cada posto pluviométrico
dentro da bacia hidrográfica
– Considera a não uniformidade da distribuição espacial dos
postos
– Não considera o relevo da bacia
– É um dos mais utilizados
Poligonos de Thiessen
1) Ligue os postos por trechos
retilíneos

2) Trace as linhas perpendiculares


aos trechos retilíneos passando
pelo ponto médio da linha que liga
dois postos

3) Prolongue as linhas
perpendiculares até encontrar
outra e encontrar os limites da
bacia

4) O polígono é formado pela


intersecção das linhas
correspondendo à área de
influência de cada posto
Precipitação média na área pelo
método de Thiessen
• Ai=área de influência do posto
• Pi=precipitação registrada no
posto
• A=área total da bacia

A precipitação média é então


calculada por:
1
Pm   Ai Pi
A
• Bons resultados em terrenos levemente acidentados
• Localização e exposição dos pluviômetros são semelhantes
• As distâncias entre pluviômetros não são muito grandes
• Facilita o cálculo automatizado pois Ai não varia, apenas Pi
Precipitação média na área pelo método de
Thiessen
Método das Isoietas
• As isoietas são linhas que unem pontos de igual precipitação
• Leva em conta os efeitos locais gerados pela orografia e
representa melhor a precipitação média na bacia
• Sua exatidão depende da habilidade do calculista que traça as
curvas de interpolação
• Tem a desvantagem de que é muito laborioso, pois é preciso
estimar as isoietas em cada tormenta
Método das Isoietas

• Depois de escrever os valores de


chuva em cada posto se unem estes
com linhas retas

• Em cada linha reta interpolam-se


linearmente os valores para os
quais se pretende traçar as
isolinhas

• Traçar as isolinhas

• Uma vez determinadas as isolinhas,


determina-se a precipitação média
na bacia hidrográfica
Método das Isoietas

• Calcula-se a área Ai, delimitada por


duas isoietas e essa área é
utilizada como ponderador
• Calcula-se a média das
precipitações das duas isolinhas
que delimitam a área Ai
• A precipitação média é dada por:

Pim  Pi  Pi 1 
1
2
1
Pm   Ai Pim
A
Análises de dados de precipitação

• Preenchimento de falhas
– Ponderação regional
• Método simples
• Precipitação mensais ou anuais

Px - É a variável que guardará os dados corrigidos


Mx - Média aritmética da estação com falha
Ma, Mb e Mc - Média aritmética das estações vizinhas
Pa, Pb e Pc - É o dado da estação vizinha, ao posto com falha,
do mesmo ano que utilizamos para preencher a falha.

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