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Dependência de G com T e P

Para duas fases (1) e (2) de uma substância pura, a energia livre de Gibbs pode ser
expressa em termos de ​T e ​p e uma variação infinitesimal ​dT e ​dp vai produzir uma variação
infinitesimal ​dG​ expressa, para cada fase, por:

​ ​=dG(2)
no equilíbrio entre as fases, ​d​G(1) ​ ​ ​de forma que:

ou

reescrevendo esta igualdade temos

ou

ou

esse resultado permite prever e interpretar o resultado das curvas dos diagramas de fases
de uma substância pura. A entropia sempre aumenta numa transição s-l, s-g e l-g, o volume
sempre aumenta numa transição s-g e l-g, mas pode aumentar ou diminuir em uma
transição s-l alterando o sinal da derivada ​dp/dT​.

Agora que temos este resultado, devemos procurar uma expressão para a variação de
entropia de uma mudança de fases em termos da energia absorvida ou liberada, no caso a
entalpia de mudança de fases.
Contribuição de H e S para o valor de G

Para duas fases (1) e (2) à mesma temperatura de uma substância pura pode-se escrever

Quando estas fases atingem o equilíbrio na temperatura T temos que

ou

rearranjando

ou

Como a variação de entalpia e de entropia é aproximadamente nula em torno de um dado


intervalo de temperatura, o resultado acima pode ser esboçado graficamente como a figura
abaixo:
Deste resultado obtém-se que a variação de entropia associada à transição (2)->(1) no
equilíbrio é dada por

Equação de Clapeyron

Quando juntamos os resultados obtidos nas duas etapas anteriores obtemos a Equação de
Clapeyron:

que relaciona a inclinação da curva do diagrama de fases com a entalpia de transição de


fase e a variação de volume correspondente.

A Equação de Clapeyron-Clausius

Clausius considerou o caso de transições líquido-vapor. Nestas transições o volume molar


do vapor é muito maior que o do líquido de forma que ele aproximou:

A segunda aproximação de Clausius foi considerar que o vapor comporta-se como um gás
​ g​ ​ pode ser expresso como:
ideal, isto é, segue a equação ​pV = RT​, de forma que V
e a equação de Clapeyron pode ser reescrita na forma abaixo (ΔH de vaporização)

Rearranjando ​p​ ​e ​T​ ​ficamos com a forma diferencial da Equação de Clausius-Clapeyron

cuja integral indefinida é

ou, se integrada entre duas temperaturas ​T​1​ e ​T​2​ :

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