Você está na página 1de 147

SERGIPE–BR | EDIÇÃO 1857 | ANO 35 | 12/11/2018

A NOVA ERA DA NOTÍCIA

ALERTA

OAB/SE

CAIXA
PRETA
QUE NINGUÉM ABRE
Em meio a denúncias de corrupção, corrida pela presidência da
Ordem dos Advogados esquenta o clima até o próximo dia 19
ACESSE P. 32

ASCOM/SAÚDE

O ESCÂNDALO RECORRENTE
DO HOSPITAL DE CIRURGIA
ACESSE P. 40

Para anunciar nos Classificados CINFORM toque aqui


A NOVA ERA DA NOTÍCIA

SERGIPE–BRASIL

t
ÍNDICE CADERNO 1 TOQUE E ACESSE

OPINIÃO
EDITORIAL – Brasil em retalhos 5
CHARGE | 8
CINFORMANDO | Por que Valmir
de Francisquinho foi preso? 9

POLÍTICA
A farra dos deputados com nosso dinheiro 15

GERAL
OAB/SE: A caixa preta que ninguém abre 32

O escândalo recorrente
do Hospital de Cirurgia 40

Omissão do Estado condena pacientes


com câncer em sergipe 50

Escola Babylândia promove XII


Copa de Ginástica Artística 59

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 2


Candidato a presidente, Arnaldo
Machado defende ‘OAB sem partido’ 62

Número de gratuidades sobe 84%


em Aracaju e encarece tarifa de ônibus 69

Endometriose pode ser assintomática 74

Projeto Mini Gentilezas precisa


de doações em Aracaju 81

Temas abordados no primeiro dia de Enem


geram polêmica nas redes sociais 86

PRÓ-SOLUÇÃO – Prédio em construção


sem identidade em zona nobre de Aracaju 92

ENCARTE – Guanabara 99

ANUNCIE
AQUI

CONTATE SUA AGÊNCIA DE PUBLICIDADE OU


TOQUE u E FALE COM A GENTE AGORA
uÁurea Cristina (79) 99833-2123
uAlexandre Carvalho (79) 99973-7808
uCláudio Sousa (79) 99971-9179
ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 3
E ACESSE
t
TOQUE
ÍNDICE
GERAL

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 4


1/3

EDITORIAL

BRASIL EM
RETALHOS
1) ECOS DO ENEM
A questão 31 da prova azul ainda reverbera no
imaginário dicotômico dos novos formadores
de opinião, esses digladiadores internautas,
espalhados a esmo pelo Brasil afora, ainda que
poucos deles tenham conhecimento crítico
suficiente da realidade sócio-política brasileira,
ou mesmo dos mecanismos de aculturamento
tão comuns nesses regimes totalitários
disfarçados de democracia, como é o caso do
estado brasileiro pós-PT. Falta leitura.

Embora motivadora de certa revolta, não


tanto pelo conteúdo indisfarçadamente
ideologizado, mas, sobretudo, por desafiar
o espírito resiliente dos poucos estudantes
afeitos ao exame consciente de uma questão

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 5


| EDITORIAL 2/3

mais conflitante, o quesito, precedido de uma


sucinta aula acerca de costumes vocabulares
da comunidade gay, suscitou revolta de muitos
candidatos a uma vaga no ensino superior.

2) A CORRIDA PELA OAB-SE


A Ordem dos Advogados do Brasil conseguiu,
ao longo de sua jornada auto protetiva e
ao amparo da Lei, escapar da condição de
mera pessoa jurídica de direito público da
Administração Indireta para a condição
invejável, sonhada por qualquer organização,
mas só estendida a raríssimas, de Autarquia
Federal sui generis, o que significa, salvo melhor
juízo, que não deve homenagem a nenhum
poder da República, nem do mundo.

Esse poder sem limites e essa imputabilidade


sem termo embriagou o espírito da Ordem,
transformando-a em um verdadeiro Tifão,
o monstro mais temido da mitologia grega,
cuja cabeça alcançava as estrelas e os braços
estendiam-se do oriente ao ocidente.
Quem não quer dirigir esse leviatã? Que não se
submete a nenhum poder republicano mas que,

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 6


| EDITORIAL 3/3

desafortunadamente, em nada contribuiu para


combater ou debelar o inferno de corrupção que
se abate sobre o estado nacional e estende seus
tentáculos sebosos em todas as direções?

3) A ESPERANÇA DA
JUSTIÇA EM SERGIPE
Sergipe parece uma terra sem lei nem rei.
Aqui, como em nenhum lugar do Brasil, parece
que a Justiça é contemplativa, pois que não
se percebem resultados claros no combate à
corrupção, embora alguns lampejos de atuação
já se tenham feito sentir, como no caso da
batalha para punir os envolvidos no caso de
verbas de subvenção.

Quatro anos depois, com milhares de


páginas de processos somadas, muito dinheiro
público gasto com investigações, dezenas de
audiências, diligências, e tudo vai para o ralo, ou
melhor, para a gaveta de um iluminado qualquer
que suprime, com um malsinado voto, todo o
esforço do labor procrastinado e joga na lama a
esperança de uma população ávida, ansiosa por
justiça e igualdade.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 7


| OPINIÃO

CHARGE | Percles
ENFIM, AS CAVERNAS... ISTO É...
AS CAIXAS-PRETAS VÃO SENDO ABERTAS...

ABRE-TE,
ALESE!

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 8


| OPINIÃO 1/5

Edvar Freire
CINFORMANDO

POR QUE
VALMIR DE
FRANCISQUINHO
FOI PRESO?
O prefeito de Itabaiana, cidade símbolo de
crescimento integrado na região do agreste,
que goza dos mais altos índices de aprovação
popular em todo o estado de Sergipe foi preso,
acusado pelo Ministério Público do Estado de
haver cometido algum crime, algo relacionado
com um comentado desvio de R$32 reais por

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 9


| OPINIÃO | CINFORMANDO 2/5

cada boi abatido no frigorífico, ao longo de


três anos. Acerca disso, há muito ainda que se
apurar e comprovar.

Não por coincidência, dirão alguns,


menos ingênuos, o fato ocorreu poucos
dias após as vitórias de Belivaldo Chagas,
para governador do estado, e de Luciano
Bispo, principal adversário político
do prefeito no município e poderoso
presidente da Assembleia.

Não formando fileiras ao lado da coligação


do partido do governo, Valmir se posicionou
na alça de mira do grupo de poder, que
se perpetua encastelado no executivo e
legislativo destas terras tupinambá, desde
que o saudoso e ético Marcelo Déda assumiu
o seu comando.

O inferno astral de Valmir começou com


cassação de seu filho, Talysson Barbosa
Costa, pelo Tribunal Regional Eleitoral, eleito
com a maior votação do pleito, alcançando
42.046 votos, demonstrando o peso político

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 10


| OPINIÃO | CINFORMANDO 3/5

do prefeito. Apesar de cassado, Talysson será


diplomado, pois tem direito a recursos junto
às cortes superiores.

Mas, como diz a Bíblia Sagrada “É duro


recalcitrar contra o aguilhão”. Claro que o MP
dispõe de autonomia, notadamente quando
o governador do estado segue os costumes
e se apega à ética no momento de nomeação
do seu presidente, indicando sempre o nome
do candidato mais votado entre os pares, na
lista tríplice que lhe é submetida.

Demonstrando seu viés autoritário, ou


algum interesse pessoal, o governador
nomeou o segundo mais votado, deixando
de seguir uma prática democrática e
republicana arraigada em todo o país,
quando escolheu – sem escapar de suas
atribuições legais – o nobre e competente
procurador Eduardo Barreto D’Avila Fontes
para o próximo biênio.

Sem que a mera opinião se constitua


em qualquer pretensão a juízo de valor da

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 11


| OPINIÃO | CINFORMANDO 4/5

parte deste colunista, ações como esta


leva a população ao direito de questionar:
até que ponto vai a autonomia ministerial,
num governo em que, recentemente, se viu
uma delegada afastada, acintosamente,
das suas funções, simplesmente por estar
investigando crimes de colarinho branco nas
hostes dos governos estadual e municipal?

Apreensões do SINDAT–SE
A diretoria do Sindicato dos Auditores
Tributários do Estado de Sergipe, através
das titulares Anádja Andrade e Célia Lessa,
questiona o governo do estado com base em
duas deficiências: a primeira é relacionada
com os cinco anos sem reposição salarial,
em flagrante descumprimento a princípio
constitucional, que garante essa regalia aos
servidores do estado. Sem a reposição, a
primeira consequência é a desmotivação
progressiva, por simples reação natural da
condição humana. Depois, vem a queda
do poder aquisitivo, e advém a indesejada
perda de arrecadação que é ruim para a
economia do estado.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 12


| OPINIÃO | CINFORMANDO 5/5

Outra apreensão do SINDAT–SE


A outra situação desconfortável dá conta
da ausência de concurso público há mais
de 32 anos, deixando o setor de fiscalização
e recolhimento de impostos e tributos,
ou seja, o tesouro estadual, carente de
servidores no Fisco. Para se ter uma ideia,
são apenas 29 os auditores fiscais letra
A, que são os remanescentes de nível
superior. Algumas centenas de servidores se
aposentaram nesses anos, sem pelo menos
a reposição vegetativa dos quadros. Para
o SINDAT, essa postura do governo não é a
mais inteligente.

Clique e acesse: www.classifacil.net


Encontre as
melhores ofertas
perto de você

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 13


IMPORTANTE
Para ler e navegar melhor no seu jornal
CINFORM digital, instale a versão gratuita
do Adobe Acrobat Reader, acessando
o Play Store ou Apple Store do
seu celular, tablet ou computador.

TOQUE TOQUE
E ACESSE E ACESSE

TOQUE E ACESSE

Receba o seu jornal CINFORM digital


GRÁTIS toda semana através do
WhatsApp, às segundas e quintas-feiras

TOQUE AQUI
E CADASTRE-SE

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 14


1/16

POLÍTICA

A FARRA DOS
DEPUTADOS COM
NOSSO DINHEIRO
lFrequentam restaurantes caríssimos,
viajam para os mais variados destinos do
Brasil, andam em carros luxuosos, têm um
arsenal de assessores, gastam combustível
à vontade, gastam, gastam, gastam; o povo
paga, paga, paga...

ALESE

PAULA COUTINHO| redacao@cinform.com.br

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 15


| GERAL 2/16
FOTOS ASCOM/ALESE

#PERDERAM A BOQUINHA
Augusto Bezerra e Luiz Mitidieri

Eles comem em restaurantes caríssimos,


viajam para os mais variados destinos do
Brasil, andam em carros luxuosos tipo
classe A, tem à disposição um arsenal de
assessores jurídicos e de comunicação, gastam
combustível sem verificar a quilometragem ou
o preço da gasolina, adquirem equipamentos
tecnológicos de ponta, fazem parte do high
society ostentação. Está-se falando de
jogadores ou artistas globais? Não. Eles fazem
parte do grupo dos deputados sergipanos.
Detalhe: toda essa gastança é com o seu
dinheiro.

O abrir da caixa-preta da Alese (Assembleia


Legislativa do Estado de Sergipe) é uma ação

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 16


| GERAL 3/16

#PERDERAM A BOQUINHA
Silvia Fontes e Adelson Barreto Filho

árdua e extensa. Há capítulos e capítulos


do desperdiço do erário nessa Casa, que,
constituída para servir ao contribuinte, muitas
das vezes parece legislar tão somente em
causa própria. Houve até criação e recriação
de lei para justificar o injustificável - os gastos
excessivos. Quer começar a entender parte
dessa história? Observe com atenção os
números abaixo:

Capitão Samuel, R$ 270 mil; Jeferson


Andrade, R$ 268 mil; Luciano Pimentel, R$
216 mil; Luiz Mitidieri, R$ 233 mil; Robson
Viana, R$ 184 mil; Paulinho das Varzinhas,
R$ 225 mil; Venâncio Fonseca, R$ 272 mil;
Zezinho Guimarães, R$ 164 mil; Sílvio Santos,

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 17


ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 18
| GERAL 4/16

R$ 227 mil; Adelson Filho, R$ 175 mil; Ana


Lúcia, R$ 247 mil; Augusto Bezerra, R$ 275 mil;
Francisco Gualberto, R$ 172 mil; Garibalde, R$
243 mil; Georgeo Passos, R$ 249 mil; Gilmar
Carvalho, R$ 157 mil; Goretti Reis, R$ 246 mil;
Gustinho Ribeiro, R$ 272 mil; Luciano Bispo,
R$ 273 mil; Maria Mendonça, R$ 223 mil.

O leitor pode estar agora – nesse exato


momento – se perguntando: afinal, o
que significam estes valores e qual é a
correlação dos montantes com alguns
desses nomes, tão conhecidos. Pois bem,
os números acima, com os respectivos
nomes de alguns dos 24 parlamentares que
compõem hoje a Assembleia Legislativa
do Estado de Sergipe (Alese), são apenas
alguns dos valores aproximados de
ressarcimento, a estes parlamentares
citados, referente ao ano de 2018.

EM CAUSA PRÓPRIA
Mas essas cifras também fazem parte
de um amplo dossiê, previamente montado
e entregue com exclusividade ao jornal

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 19


| GERAL 5/16

#PERDERAM A BOQUINHA
Adelson Barreto e Venâncio Fonseca

Cinform, na semana passada, que detalha ¬


com minúcias ¬ as despesas dos deputados
com diárias em hotéis luxuosos, aluguéis de
carros classe A, pagamento de refeições em
restaurantes caros, passagens de avião para os
mais variados destinos do país.

Isso porque, para que os parlamentares


dispusessem de quantias exorbitantes para
gastar sem serem “incomodados”, aprovou-
se uma lei, de nº 8.060, de 12 de novembro
de 2015, publicada no Diário Oficial de nº
27.337, em 16 de novembro do mesmo ano,
sancionada pelo governador, em que ficou
instituída, para a Alese, a Verba para o Exercício
da Atividade Parlamentar - VEAP.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 20


| GERAL 6/16

#PERDERAM A BOQUINHA
Mouritos Matos e Jairo Santana

EX-DEPUTADO FABRICA DOSSIÊ


O responsável pela confecção desse
dossiê é o micro-empresário e bacharel
em Direito, o ex-deputado estadual, Nelson
Araújo. Segundo Araújo, o objetivo desse
trabalho foi o de “mostrar que a Alese gasta
excessivamente, desperdiça o dinheiro público,
não dá satisfação à sociedade sergipana; e, por
outro lado, órgãos que deveriam fiscalizar as
finanças públicas, como o Tribunal de Contas
do Estado (TCE-SE), é, na verdade, um Tribunal
de Faz de Contas”.

E continua: “Fiquei meses somando


valores, comparando gráficos. Enviei ofícios
à Alese, e não obtive resposta alguma. Não

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 21


| GERAL 7/16

#PERDERAM A BOQUINHA
Pastor Antônio dos Santos e Robson Viana

existe transparência no Estado, não existe


fiscalização. o MP já foi alertado, eu denunciei,
mas eles nada fazem, isso é um absurdo”. E
enquanto o eleitor está em casa, crente que
o representante em quem votou vai para o
legislativo fazer valer a vontade popular, muitas
das vezes, o parlamentar está lá, naquela Casa,
legislando em causa própria. É o que se pode
suspeitar, por exemplo, no que tange à Alese
em relação aos gastos citados.

DITO PELO NÃO DITO


No texto que compõe a tal lei, a descrição
de como a verba será utilizada e de como
a transparência à sociedade será realizada

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 22


| GERAL 8/16

é de uma explicitação acachapante. Quem


lê os artigos e parágrafos da lei nº 8.060
acredita cegamente que os parlamentares
que se utilizarem da VEAP irão detalhar, item
a item, valor a valor, de como gastaram os
gordos cifrões do Estado. Bastou, porém, a
coisa começar a complicar na hora de explicar
ao povo como se estava gastando o suado
dinheiro do sergipano, para o texto virar
verborragia, e surgir uma emenda que deixa o
dito pelo não dito.

Nasce então a Lei nº 8.218, publicada no


Diário Oficial de nº 27.687, em 28 de abril de
2017, que em seu primeiro artigo corrige o
artigo 3º da lei anterior, justamente aquele
que descrevia como os deputados deveriam
prestar contas do dinheiro gasto, e a nova
lei limita essa
prestação de contas
a termos muito
gerais, sem nenhuma
especificação.

Na prática, isso

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 23


| GERAL 9/16

Acima, trechos da segunda lei de 2017, em que os deputados não são


mais obrigados a nada, nem precisam prestar contas para o povo

dá ao parlamentar o poder de gastar sem


precisar especificar com quê, ou mesmo se
gastou. Enquanto a primeira lei previa que
a “locação de veículos automotores, cujo
preço para locação deve ser compatível
com o preço médio de mercado para o tipo/
marca/modelo/ano do veículo contratado, o
que deve ser apurado em pesquisa realizada

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 24


| GERAL 10/16

com, no mínimo, três locadoras de veículos


conceituadas e que atuem no Estado de
Sergipe, limitando aos valores da tabela
de preços aprovada pela Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa”, a nova lei nada diz.

Antes, ao menos havia uma teórica


preocupação em se explicar. Dizia a lei
antiga que “o veículo automotor locado
deve pertencer à pessoa jurídica prestadora
do serviço, fato que deve ser comprovado
mediante apresentação de cópia do Certificado
de Registro e Licenciamento de Veículo - CRLV
-, sem prejuízo da exigência de documentação
complementar por parte do órgão técnico
competente”. Já a segunda lei não faz menção
a nada disso.

PODE CONTRATAR PARENTE


Essa segunda lei, de nº 8.218,
simplesmente revoga todas as disposições
contrárias à lei anterior. Todas. E as
aberrações continuam. Tudo o que se referia
à prestação de contas desses gastos da
VEAP foi expressamente eliminado. Trechos

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 25


| GERAL 11/16

como, por
exemplo, os que
dizem respeito à
contratação dos
serviços:

“As despesas
com contratação
de serviços
de consultoria
e assessoria
de que trata
o inciso I do Locação de carros, contratação de
serviços, gastos com combustível: tudo
“caput” deste sem especificar o motivo
artigo, ficam
limitadas em até 70% do valor mensal da
VEAP, e de cada uma das despesas dos
demais incisos em até 30% da referida
verba. Não é admitida a utilização da VEAP
para ressarcimento de despesas relativas
a bens fornecidos ou serviços prestados
por pessoa física, empresa ou entidade da
qual o proprietário ou detentor de qualquer
participação, seja o Deputado ou parente
seu até o terceiro grau”.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 26


| GERAL 12/16

QUEM SÃO OS CONTRATADOS?


Isso estava previsto em lei. Agora, diz-
se apenas “contratação de serviços de
consultoria e assessoria, em especial em
marketing, para apoio ao Deputado, que se
afigurem necessários à defesa e desempenho
do exercício das atividades parlamentares”. E
aí, a gastança virou bagunça em exagero.

Que tipo de assessoria é essa? Quem


são essas pessoas contratadas? Parentes?
Nepotismo cruzado? Cadê o detalhamento
dos gastos, com os devidos nomes de quem
presta qual serviço, com respectivos valores?
Onde estão esses dados, afinal, para que a
sociedade saiba como gastam os deputados
que ela – sociedade – elegeu? Esses dados
– detalhados – não existem. Aí, caro leitor,
o brasileiro continua levando “na tonga da
mironga do cabuletê”.

DIÁRIA DE MIL REAIS


Porque, só para ter noção de como não
há transparência, no próprio Portal da
Transparência, no item que se refere à Alese,

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 27


| GERAL 13/16

quanto ao demonstrativo de diárias por


unidade gestora, aparecem os nomes dos
parlamentares, os destinos das viagens, a data
de saída e a data de retorno, as quantidades
de diárias por mês, o número do empenho
(dinheiro), o valor da diária (tem parlamentar,
como Jeferson Andrade, gastando diária de
hotel no valor R$ 1.006 reais).

Mas no local que server para descrever o


objetivo dessa tal viagem, a imensa maioria
(90%), limitam-se a dizer: “a serviço desse
poder”, como se não tivessem o menor respeito
pelo contribuinte.

VIAGEM ATÉ PARA SÃO CRISTÓVÃO


Em fevereiro desse ano de 2018 foi gasto
o montante de R$ 84.396.30 mil, valor total
dessas diárias em hotéis luxuosos ou até ali
em São Cristóvão mesmo, área metropolitana
de Aracaju, que dá tranquilamente para ir e
voltar no mesmo dia, sem precisar de diária
alguma. Embutidos aí quem mais gastou foi o
parlamentar Paulo Hagenbeck Filho, total de
R$ 4.267,92, as quatro diárias de R$ 1.006,98

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 28


| GERAL 14/16

cada para
Brasília/DF.
E os destinos
de todos os
parlamentares
são muito
variados:
Arapiraca,
Pernambuco,
Maceió, Recife,
São Paulo. Em
março de 2018
foram gastos
R$ 132.640.05
com diárias.
Na descrição No documento, a primeira lei de 2015, em
dos objetivos que a VEAP fica restrita e é obrigatório a
prestação de contas
dessas
despesas, a maior parte dos deputados
colocou a mesma lenga-lenga de sempre: “a
serviço desse poder”. E a gastança segue mês
a mês. Em abril foram R$ 91.875.65. Em maio
foram mais R$ 176.646.73 mil. No mês de
junho, mais R$ 104.505.44 mil. Julho terminou
e os parlamentares gastaram mais R$ 105 mil.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 29


| GERAL 15/16

Nessa “brincadeira” das viagens, os


deputados desperdiçaram cifras que, para
qualquer simples pai de família e trabalhador
sergipano, seriam polpudas. Somente a título
de exemplificação, em fevereiro, os valores das
diárias ficaram assim distribuídos: Augusto
Bezerra, R$ 19,205.64; Garibalde, R$ 3.200.94;
Goretti Reis, R$ 16.004.70; Georgeo Passos, R$
9.602.82; Zezinho Guimarães, R$ 26.674.50;
Jeferson Andrade, R$ 13.037.72; Luciano Bispo,
R$ 16.004.70; Luciano Pimentel, R$ 22.406.58;
Maria Mendonça, R$ 2.133.96; Mitidieri, R$
9.602.82; Paulo Hagembeck, R$ 44.813.16;
Venâncio Fonseca, R$ 13.870.74; Capitão
Samuel, R$ 26.674.50.

Se os números das diárias assustam, o


montante das passagens no ano de 2017 são
ainda mais afrontosos. Estima-se que estejam
em aproximadamente R$ 700 mil.

Autoridades, um novo Natal se aproxima.


O centro da cidade vai ser iluminado e os
shoppings centers já ornamentaram seus
palcos de consumo. Os servidores públicos

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 30


| GERAL 16/16

esperam que, como está sobrando dinheiro na


Assembleia Legislativa, não falte para os seus
salários de novembro e dezembro que devem
ser pagos em dia, sem o vil parcelamento, nem
para o décimo terceiro salário, que, nos últimos
anos vem sendo miseravelmente financiado via
Banco do Estado de Sergipe.

Enquanto isso, o Tribunal de Contas do


Estado de Sergipe, órgão que deveria estar de
olho nesse desperdício ilimitado, está por aí a
distribuir notas altíssimas para a transparência
do Estado. A assessoria de imprensa da Alese
diz desconhecer as leis e a problemática. A
assessoria do TCE diz desconhecer que não
haja transperência na Alese.

Toque e acesse: www.classifacil.net

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 31


1/8

GERAL
DENÚNCIA

OAB/SE
A CAIXA-PRETA QUE
NINGUÉM ABRE
lEm meio a denúncias de corrupção,
corrida pela presidência da Ordem
dos Advogados esquenta o clima
até o próximo dia 19

A conhecida e bem-referenciada Ordem


dos Advogados do Brasil conseguiu, neste
ano, motivar 124 mil bacharéis em Direito a se
inscreverem para a desafiadora prova da ordem,
reprovando incríveis 75,10% dos candidatos.

Aliás, nesse quesito vale um destaque: a


Universidade Federal de Sergipe conquistou
o primeiro lugar no Brasil, obtendo um

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 32


| GERAL 2/8

percentual de aprovação de 90%. Segundo


Arnaldo Machado, chefe do Departamento
de Direito, o curso de Direito da UFS é o
único do estado a receber todos os ‘Selo OAB
Recomenda’, reflexo do trabalho realizado.

É um número expressivo, 124 mil


inscritos, ainda mais levando-se em conta
o valor individual das inscrições, o que
garante forte arrecadação para os cofres
da instituição, até para fazer frente às
despesas de realização das provas.

Se você multiplicar os 124 mil inscritos


pela taxa de R$ 260 reais, vai encontrar um
valor considerável de R$32,24 milhões de
reais. Considerando que essa é somente
uma das fontes de receitas da OAB, entende-
se o porquê do processo que rolou no
Supremo Tribunal Federal, em 2011, acerca da
legalidade dessa prova.

Mas o grosso da arrecadação das Ordens


pelo Brasil afora parece vir mesmo da
cobrança de anuidade, que vai de R$425 a

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 33


| GERAL 3/8

R$850 reais por associado, dependendo do


tempo de filiação, uma obrigatoriedade para
que se exerça a advocacia.

A CAIXA PRETA
Entretanto, parece uma missão impossível
adentrar ao mundo das finanças da OAB em
Sergipe, pois o seu portal da transparência
é um bunker à prova de qualquer consulta,
principalmente em se tratando de atender
à população no que se refere à Lei da
Transparência Fiscal (Lei 12.741/12).

Ali não consta, por exemplo, o orçamento


fiscal, que atenda à Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO), que seria a base de um
portal de transparência, muito menos exibe
uma planilha de receitas e despesas, espelho
de uma gestão que, mesmo privada, deveria
primar pela transparência, já que é voltada,
também, para o interesse público.

Justamente esta é uma das bandeiras,


senão a principal bandeira de luta
do candidato Arnaldo Machado, que

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 34


| GERAL 4/8

promete derribar
uma hegemonia que

INFONET
domina a entidade por
muitos anos, já que o
candidato Inácio Kraus
seria a continuidade do
mandato de Henri Clay,
segundo o próprio
Arnaldo.

DESVIO DE Inácio Krauss,


RECURSOS candidato da situação
PARA CAMPANHA
POLÍTICA
Outro candidato, Carlos Augusto, segundo
manifestações do seu antigo mentor, Henri
Clay, teria deixado um rombo nas contas
da OAB e parte agora para um terceiro
mandato. Ou seja, as chapas 1 e 3 estariam
recheadas de denúncias.

Em duelo franco, Carlos Augusto denuncia,


por exemplo, que Henri Clay teria se utilizado
de recursos da OAB para contratar empresa
de publicidade destinada a promover sua

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 35


| GERAL 5/8

campanha política

FREDSON NAVARRO
para o senado, o que
contraria frontalmente
o Estatuto da OAB. Essa
empresa teria recebido
R$12 mil por mês, e não
fornece sequer as notas
fiscais de serviço.

Essa denúncia já foi


objeto de entrevistas Carlos Augusto,
do próprio Henri Clay ex-presidente
em emissoras de rádio,
e, por conta dessa acusação de desvio de
conduta, há uma representação da chapa 1
contra Henri Clay na Ordem federal, o que ele
nega com veemência.

PEQUENO HISTÓRICO
Carlos Augusto, na verdade, foi lançado
candidato na sua primeira gestão pelo
grupo que mantém a hegemonia na OAB
em Sergipe, que é formada por Henri Clay e
Cézar Brito, lembrando que este último foi
presidente da todo-poderosa OAB nacional e

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 36


| GERAL 6/8

permanece como forte

JLPOLÍTICA
referência na ordem.

Ao fim da gestão,
Carlos desconectou-se
de seus patronos e alçou
voo próprio, lançando a
advogada Rose Moraes
à presidência, contra a
reeleição de Henri Clay,
na época, alegando que Henri Clay, atual presidente
a OAB precisava de
renovação, doutrina que parece ter esquecido
hoje quando concorre ao seu terceiro mandato.

Por via de consequência, Henri Clay alia-


se agora a um novo nome, Inácio Kraus, o
qual, defende Augusto, seria a garantia da
continuidade. Entretanto, fontes da OAB
asseguram que Carlos Augusto “permaneceu
três anos omisso, silente e chegou a fazer
campanha em prol do candidato ao senado
Henri Clay”, o que demonstra o imbróglio
em que se transformou esse indiscutível
jogo de interesses.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 37


| GERAL 7/8

O APELO DAS

SITE OAB
MUDANÇAS
Com a candidatura
de Arnaldo Machado,
surge uma proposta de
alternância no poder,
sob a divisa “OAB sem
dono”, que promete uma
mudança na dinâmica
da ordem, a partir da
renovação dos quadros. Arnaldo Machado,
candidato da oposição
Surgiu um óbice
na montagem da chapa desta que pode
ser denominada de oposição, porque uma
norma casuística proibiu a candidatura de
associados com menos de 5 anos de filiação
à OAB, o que inibe a renovação e favorece
a chapa conservadora, que detém maior
domínio sobre as faixas etárias mais altas,
com mais tempo de filiação e organicamente
vinculadas ao grupo hegemônico.

Robert Wagner, advogado e funcionário


público-federal, faria parte desta chapa

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 38


| GERAL 8/8

de Arnaldo Machado,

ARQUIVO PESSOAL
mas foi impedido por
via de consequência
dessa norma que
“funciona como uma
verdadeira cláusula
de barreira, o que
contraria o apanágio da
democracia que deveria
ser o lema da OAB”,
desabafou Robert. Roberto Wagner denuncia
casuísmo na eleição
Continuando,
Roberto pontifica que “Essa matriz
reacionária vem desde a retirada do
acadêmico de dentro da OAB, providência
adotada para evitar ‘disseminação de
novas ideias’. Esta semana todos viram
em mídia nacional um advogado de 18
anos defendendo uma causa. Um homem
pode ser eleito vereador com 18 anos, para
fiscalizar o executivo e propor leis. Mas,
na OAB, surge essa malsinada cláusula de
barreira que impede a renovação de seus
quadros”, finalizou Robert.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 39


| GERAL 1/10
ASCOM/SAÚDE

Fachada do prédio histórico do Hospital


das Clínicas Dr. Augusto Leite - Cirurgia

O ESCÂNDALO
RECORRENTE
DO HOSPITAL DE
CIRURGIA
lConheça detalhes sórdidos da atuação
da equipe que atua no hospital, segundo
pesquisa efetuada por este semanário no
Processo nº 201810701344

DA REDAÇÃO| redacao@cinform.com.br

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 40


| GERAL 2/10

A ocupação da Bela Vista, hoje bairros


Cirurgia e Suíça, foi feita por escravos libertos,
nos fins do século XIX, que eram impedidos de
residir na região mais central de Aracaju. Para
atender aos primeiros moradores, foi feita uma
fonte no local onde hoje se encontra a Praça da
Bandeira, a chamada Fonte da Caatinga, e foi
por ali que surgiu o hospital onde se realizavam
cirurgias, o que gerou o seu nome e, depois, o
nome do bairro.

Erigido nos anos de 1920, estando a dois


anos, portanto, de comemorar seu primeiro
centenário, foi o maior hospital do estado até
1986, quando foi inaugurado o Hospital João
Alves Filho. O Dr. Augusto Leite, seu mentor e
primeiro gestor, deve sofrer horrores nestes
dias se puder, lá do outro plano, de alguma
forma, saber do antro de aleivosias por que
passa aquela organização.

Este ano, como nos 10 últimos, o Hospital


de Cirurgia esteve envolvido nos noticiários,
sempre através de notícias degradantes
para a história de um dos mais antigos e

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 41


| GERAL 3/10

renomados centros de

INFONET
saúde do estado de
Sergipe e do Brasil.

O agravamento
da crise ética ocorre
justamente quando
Gilberto dos Santos,
então presidente,
conforme ata de Gilberto dos Santos
2009, passa a ocupar,
paralelamente, o cargo de primeiro tesoureiro.

Depois, em procedimento investigativo, o


MPE aponta indícios de “prática criminosa,
de improbidade administrativa e desvio
de finalidade do objeto para o qual foi
constituída a fundação beneficente”. Através
de Procedimento Investigativo Criminal de
número 54.17.01.0064 o órgão ministerial
constatou que “os quadros societários
das pessoas jurídicas contratadas pela
fundação eram compostos por familiares
de membros presentes e ex-integrantes da
diretoria da instituição”.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 42


| GERAL 4/10

Com isso, continua

INFONET
o relatório, a ação
“resvalaria em conflito
de interesse, ocorrendo
enriquecimento ilícito
(dos familiares) às
custas do nosocômio”.
Mais à frente, a peça
processual continua,
desta feita dando nomes Thiago de Souza Santos
aos responsáveis: “Aduz
que o referido procedimento investigatório
identificou como beneficiários do suposto
esquema o srs. Gilberto dos Santos (então
Diretor, ora 1º Tesoureiro), Thiago de Souza
Santos (filho do Sr. Gilberto), Christian Oliveira
(outrora também Diretor), Milton Souza de
Santana (atual Presidente); André Santana
(outrora responsável pelo setor de compras
do hospital), Wagner José de Andrade Santos
(atual diretor técnico do hospital), Agnes Maria
Oliveira, João Francisco Barreto Chagas de
Araújo e Rossana Freire Marinho Sales”.

Fazendo qualquer um supor que os gestores

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 43


| GERAL 5/10

não temiam eventuais consequências, foi


criado o GAC – Grupo de Alta Complexidade,
prestadora de serviços ao hospital, sendo
seus representantes legais pessoas ligadas ao
hospital, “sócios, ex-sócios, ex-representantes
legais e até mesmo funcionários com vínculos
de parentesco, empresariais e estrita amizade”.

A prática de nepotismo e o descaso


administrativo, considerando-se que o hospital
recebe verbas públicas e delas precisa prestar
contas, chega a tal ponto de gravidade que
causa espanto pela ousadia, já que seus
gestores se supunham inatacáveis pelas
cortes superiores, submetendo seus relatórios
apenas a uma confraria travestida de conselho,
como aponta o MPE.

“ Verificou-se durante a investigação que


essa contratação da GAC pela FBHC se deu,
respectivamente, entre pai e filho, o primeiro
na condição de contratante, o segundo
como contratado. Destaca que apesar de a
fundação depender para funcionamento em
sua totalidade de verba pública, esta jamais se

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 44


| GERAL 6/10

submeteu ao controle

INFONET
do Tribunal de Contas
do Estado de Sergipe e
que, durante todos esses
anos de sua existência,
as contas têm sido
analisadas e aprovados
por um conselho próprio,
cujos integrantes se
alternam entre parentes Milton Eduardo Santana
e amigos...”.

Para ressaltar a benevolência do Conselho


com seus gestores, ao lado do descaso com
os servidores, que repetidamente estão com
seus salários atrasados, observem abaixo,
caro leitor ou querida leitora, como se dava a
ternura do Cirurgia.

“O próprio diretor-presidente, segundo o


órgão ministerial, teria recebido salário no
valor de R$ 51.798,60 (cinquenta e um mil,
setecentos e noventa e oito reais e sessenta
centavos), seu filho – Gerente Executivo de
Unidades Operacionais – GERUN – percebeu

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 45


| GERAL 7/10

o valor de R$ 30.147,40 (trinta mil, cento e


quarenta e sete reais e quarenta centavos).
Outro filho do presidente da fundação recebeu
o valor de R$ 15.947,00 (quinze mil, novecentos
e quarenta e sete reais); o que configuraria, em
suma, a prática nepotismo na instituição”.

Uma das tragédias recorrentes que


acometem o Hospital de Cirurgia é a constante
pane no acelerador linear, equipamento
imprescindível pata aplicação da radioterapia.
Os pacientes que dependem desse tratamento,
além da pontualidade no início e término não
podem interromper as aplicações, como tem
ocorrido frequentemente.

Isso é motivado pela deficiência na


manutenção preventiva, justamente porque
o hospital não honra com os compromissos
assumidos perante as empresas e/ou técnicos
responsáveis pelo serviço. Acerca desse
abalo, o MPE se manifestou: “O aparelho de
radioterapia, por exemplo, imprescindível
ao tratamento dos pacientes que dele
precisam, ficou sem funcionar durante meses,

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 46


| GERAL 8/10

interrompendo o serviço pelo hospital, em


virtude da falta de pagamento do especialista
contratado para reparo do equipamento”.

Depois de todo o processo, a Justiça tomou


decisões definitivas para estancar a sangria
desatada que acometia o hospital doente,
determinando o “afastamento dos membros
que compõe (sic) a Mesa Administrativa, bem
como a proibição de efetuarem quaisquer
funções administrativas na referida entidade
até o julgamento do feito; 2) nomeação
de interventor judicial ou administrador
provisório, custeado pela fundação ré,
tomando-se por base, durante o período de
12 (doze) meses, prorrogável por mais um
ano... sugerindo a indicação para a função da
Sra. Márcia de Oliveira Guimarães, servidora
pública estadual”.

A desfaçatez atinge o clímax da


inconsequência quando se vê a já mencionada
empresa GAC, que tem como um de seus sócios
o filho de Gilberto, Thiago de Souza Santos,
como também a empresa GREKO Construções

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 47


| GERAL 9/10

e Incorporações, que tem também como sócio


Thiago de Souza Santos, e a AGSM Serviços
Médicos Ltda – ME, cujo sócio é o senhor
Gilberto Santos, atual tesoureiro do hospital,
todas prestando serviço ao Cirurgia.

Anexo ao hospital paira, como um fantasma,


um prédio inacabado, cuja obra se arrasta
há anos, sendo atualmente de propriedade
da empresa MLP Construções Ltda, acerca
da qual o processo manifesta: “com sede em
Nossa Senhora das Dores há fortes indícios

RECEBA O SEU
JORNAL CINFORM DIGITAL
GRÁTIS
TODA SEMANA ATRAVÉS
DO WHATSAPP, ÀS SEGUNDAS
E QUINTAS-FEIRAS

TOQUE AQUI
E CADASTRE-SE

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 48


| GERAL 10/10

de sua ligação com o

DESTAQUE NOTÍCIAS
ex-diretor presidente,
ora tesoureiro o Sr.
Gilberto dos Santos,
porquanto uma ex-
sócia da empresa, a sra.
Rosivania Santos Rocha,
é atualmente servidora
da Prefeitura Municipal
de Nossa Senhora das Milton Souza Santana
Dores, município que
tem como prefeito justamente o Sr. Thiago de
Souza Santos, filho do Sr. Gilberto dos Santos.
Por sua vez, o sr. Andre Luis de Santana
Peixoto, administrador da HLIX Soluções
Ambientais é filho do atual diretor-presidente
do Hospital Cirurgia, o Sr. Milton Souza
Santana”.

O processo está correndo, os envolvidos


foram afastados e agora a sociedade espera
que a justiça seja feita, torcendo para que o
Hospital de Cirurgia, de história tão rica, deixe
de ser mencionado na crônica policial e volte
aos seus dias de glória.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 49


| GERAL 1/9

OMISSÃO DO
ESTADO CONDENA
PACIENTES COM
CÂNCER EM
SERGIPE
l“Quanto maior o número de casos de câncer
de colo de útero, de boca, de pênis e câncer de
pele, mais aquela população é ignorante com
os cuidados que ela precisa ter consigo mesma.
E isso, geralmente, está ligado à educação e ao
acesso aos serviços de saúde”
(Dr. Márcio Botelho)

JULIA FREITAS | redacao@cinform.com.br

O câncer é uma doença onde, por inúmeros


fatores, as células do nosso corpo começam a
se multiplicar de uma forma anormal. E, assim,

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 50


| GERAL 2/9
VIEIRA NETO

Setor de oncologia do Huse não oferece


o isolamento necessário aos pacientes

estas células tendem a ser muito agressivas


e incontroláveis, determinando a formação
de tumores, que são o acúmulo de células
doentes. Segundo um levantamento feito pela
própria Secretaria de Estado da Saúde (SES),
são esperados para o ano de 2018, 5.030 novos
casos da doença.

Apesar disso, as redes de saúde do Estado


e dos municípios sergipanos parecem estar
aquém desse número. Além de todo tratamento
de quimio e radioterapia, e de as cirurgias

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 51


| GERAL 3/9
ARQUIVO CINFORM/JAYME MORAES

Máquina de radioterapia do Hospital de


Cirurgia está quebrada há mais de três meses

estarem concentrados na capital, muitos


pacientes do interior do Estado sofrem para
realizar exames que auxiliam no diagnóstico do
câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Moradora da cidade de Nossa Senhora da


Glória, a 126 quilômetros de Aracaju, dona
Erisvalda dos Santos começou o tratamento
contra o câncer de mama há pouco tempo.
Ela encara quatro horas de viagem para ir e
outras quatro horas para voltar do Hospital de
Cirurgia, onde faz sessões de quimioterapia.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 52


| GERAL 4/9

“Eu saio de casa às três horas da manhã


para ir para Aracaju fazer as sessões de
quimioterapia, porque lá no Hospital de
Cirurgia o atendimento é feito somente pela
manhã. Eu comecei o tratamento há pouco,
pouco mais de 20 dias, mas todos os exames
e consultas tive que fazer pelo particular, com
a ajuda de amigos e familiares, porque não
conseguia fazer pelo SUS”, comenta Erisvalda.

DESCASO COM O PACIENTES


Um dos locais de atendimento aos pacientes
oncológicos do Estado é o Hospital de Cirurgia.
Segundo a assessoria de comunicação do
hospital, em média, 270 pacientes receberam
atendimento oncológico em setembro, entre
consultas ambulatoriais, tratamento de
quimioterapia e hormonioterapia. No entanto,
50 pacientes que precisam de radioterapia
precisaram ser encaminhados para o Hospital
de Urgências de Sergipe (Huse), pois a
máquina, fabricada na década de 1970, está
quebrada há mais de três meses.

“Para não haver prejuízos aos pacientes,

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 53


| GERAL 5/9

fizemos parceria com o HUSE para oferecer


tratamento aos pacientes que atenderíamos no
serviço do Hospital de Cirurgia. Por isso, foi criado
o 3º turno de Radioterapia do HUSE e, para tanto,
cedemos nossos colaboradores para executarem
esse trabalho lá”, afirma a assessoria.

O Grupo de Apoio à Criança com Câncer


(GACC Sergipe) mostra preocupação com
a situação que os seus assistidos passam.
Segundo a assessoria de comunicação da
ONG, faltam medicamentos e os exames de
alta complexidade não são realizados em
tempo hábil. Fred Gomes denuncia ainda que a
estrutura física do setor de oncologia do Huse
não oferece qualquer conforto aos pacientes
e aos seus acompanhantes, além de não
oferecer o isolamento adequado aos pacientes.

“A realidade hoje do tratamento de câncer


infanto-juvenil no nosso Estado ainda é
totalmente diferente daquela que nós
gostaríamos que fosse. Onde todo o direito
do portador da doença fosse respeitado.
A estrutura física é precária. Você chega

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 54


| GERAL 6/9

hoje no setor de Oncologia e os quartos


não oferecem o mínimo de conforto para os
pacientes e para os seus acompanhantes.
Além disso, não existe restrição de acesso
à Oncologia, fazendo com que o risco de
bactérias e contaminação seja muito grande.
Inclusive, no mês passado alguns pacientes
contraíram uma bactéria e, infelizmente, uma
jovem de 17 anos veio a óbito”, afirma.

FALTA DE PREVENÇÃO
Segundo o Instituto Nacional do Câncer
(INCA), os cinco tipos de câncer com maior
incidência entre os homens, em 2018, são
o câncer de próstata, seguido do câncer de
pulmão, cólon e reto, estômago e de cavidade
oral. Enquanto que nas mulheres, são o de
mama, colo de útero, cólon e reto, e pulmão.
Excluindo o câncer de pele.

O cirurgião oncológico Márcio Botelho


chama a atenção para as atitudes que podem
prevenir a maioria deles. “Às vezes você tem
condutas que fazem com que alterações
sejam descobertas no início e tratadas antes

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 55


| GERAL 7/9

que possam se tornar


um câncer. Como,
por exemplo, a ida ao
dentista para evitar
o câncer de boca, a
realização de exames

VIEIRA NETO
ginecológicos anuais
para prevenir o câncer
de colo de útero”,
comenta.

Dr. Mário Botelho,


Ainda segundo cirurgião oncológico
o médico, existem
alguns tipos de câncer que são denominados
como “cânceres sociais” e estão diretamente
relacionados à cultura de uma população.
“Quanto maior o número de casos de câncer
de colo de útero, de boca, de pênis e câncer de
pele, mais aquela população é ignorante com
os cuidados que ela precisa ter consigo mesma.
E isso, geralmente, está ligado à educação e ao
acesso aos serviços de saúde”, explica.

DILEMA DO HOSPITAL DO CÂNCER


Quando o governo do Estado anunciou, em

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 56


| GERAL 8/9
VIEIRA NETO

Obras do Hospital do Câncer se arrastam desde 2013

novembro de 2013, que a terraplanagem do


terreno no bairro Capucho, onde o Hospital do
Câncer será construído iria começar no final
daquele ano havia R$ 47 milhões para iniciar a
construção, sendo R$ 15 milhões do Proinveste
e R$ 32 milhões de convênio com Ministério
da Saúde, incluindo os valores das emendas
parlamentares até 2012.

Pelo projeto inicial, o hospital teria 30 leitos


para internação infantil e 120 leitos para
internação de adultos, além de 10 leitos de UTI

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 57


| GERAL 9/9

para os adultos e 10 para crianças. Mas, até


hoje não se vê nenhuma parede levantada.

No dia 18 de julho deste ano, foi publicado no


Diário Oficial do Estado a rescisão do contrato
com as empresas Pórtico e WVG Construções,
que formavam o consórcio Honcose. A decisão,
tomada de forma unilateral, se deu “ante a
lentidão do seu cumprimento e execução,
levando a Administração Pública a comprovar
a impossibilidade da conclusão da obra, nos
prazos estipulados no contrato”.

Segundo a Secretaria de Saúde, eles


estão em fase de contratação de uma
nova empresa que irá elaborar o projeto
do hospital. Pelo novo projeto elaborado
pela SES, o novo prédio terá 17 mil metros
quadrados (10 mil metros quadrados a
menos que o projeto inicial) e contará com
50 leitos de quimioterapia. “Os demais
leitos serão mantidos: 120 para internação
adulta, 30 para internação infantil, 10 UTI
adulta, 10 UTI infantil, 20 para quimioterapia
infantil”, afirma a assessoria.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 58


| GERAL 1/3

ESCOLA
BABYLÂNDIA
PROMOVE
XII COPA DE
GINÁSTICA
ARTÍSTICA
A Escola Babylândia é uma das
instituições de ensino mais bem-
referenciadas de Sergipe, pontuando há
mais de 45 anos na zona sul da cidade, mais
especificamente no bairro Salgado Filho.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 59


| GERAL 2/3
ARQUIVO PESSOAL

Luíza e Isabele, alunas do 2º ano, na


expectativa de mais uma apresentação

Fundada em 1972, pela professora Tânia


Maria Cabral de Araújo, o Babylândia adota,
há 46 anos, a cor laranja, uma inovação

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 60


| GERAL 3/3

para a época, mas que tem um expressivo


significado: força, alegria, energia e vitalidade.

A escola imprime uma dinâmica de


ensino moderna, porém sem esquecer os
valores tradicionais de cultura, família e
religião. Com isso, o Babylândia conquista
a cada ano mais alunos, sendo uma das
instituições de ensino que menos perde
para a concorrência, ao longo da jornada do
ensino fundamental.

É como dizem as mães: “quem começa no


Babylândia, raramente sai de lá, a não ser por
motivos alheios ao ensino”. É que a escola
objetiva, entre outros valores, à formação
integral da criança, unindo a máxima filosófica
da mens sana in corpore sano.

Assim, como procede anualmente, a


escola promoveu a XII Copa Babylândia
de Ginástica Artística, evento realizado
em quadra própria, no último dia 7, com a
presença centenas de pessoas, entre alunos,
pais e convidados.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 61


| GERAL 1/7

Machado rompeu
FOTOS DIVULGAÇÂO

com gestão de
Henri Clay

CANDIDATO A
PRESIDENTE,
ARNALDO
MACHADO DEFENDE
‘OAB SEM PARTIDO’
lEleição será realizada no dia 19 de
novembro; 3 candidatos na disputa

FREDSON NAVARRO | redacao@cinform.com.br

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 62


| GERAL 2/7

O CINFORM inicia hoje uma série de


entrevistas com os candidatos à presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe. A
eleição será realizada no dia 19 de novembro
e três candidatos estão na disputa, são eles:
Carlos Augusto Monteiro Nascimento (Chapa
1), Arnaldo Machado (Chapa 2) e Inácio Kraus
(Chapa 3). Quem vencer vai assumir a cadeira
ocupada hoje por Henri Clay, de 2019 a 2021. O
primeiro entrevistado é Arnaldo Machado.

Arnaldo Machado é advogado militante


há 15 anos, especialista e mestre em Direito
Processual Civil, professor efetivo do Curso
de Direito da UFS há sete anos. Foi subchefe
do Departamento de Direito da UFS e é chefe
do Departamento de Direito da UFS. Idealizou
e hoje coordena o projeto de extensão do
Memorial do Departamento de Direito da
UFS. É autor de monografias premiadas em
concursos, diversos artigos e capítulos de
livros jurídicos.

Machado atuou como professor colaborador


na Escola Superior do Ministério Público

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 63


| GERAL 3/7

de Sergipe (ESMP)
e na Escola Superior
da Advocacia (ESA/
SE). Foi Conselheiro
Seccional suplente e
Conselheiro Seccional
titular da OAB. Desde
2016 está Conselheiro
Federal Titular da
Ordem dos Advogados
do Brasil-seccional
Sergipe. Na condição
Arnaldo concorre com Carlos
de representante da Augusto e Inácio Kraus
OAB/SE, participou da
comissão julgadora dos últimos concursos
para a Magistratura Estadual e Notários/
Registradores do TJSE.

Confira a entrevista na íntegra:


CINFORM – O senhor faz parte da
atual gestão da OAB, porque decidiu
deixar o grupo e se apresentar
como mais uma opção?
AM – A priori, importa esclarecer que
não faço parte da atual gestão. Fui eleito

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 64


| GERAL 4/7

pelos meus pares na


chapa da atual gestão,
contudo, a partir do
momento em que essa
gestão não foi fiel aos
valores e compromissos
assumidos inicialmente,
me opus ferrenhamente.
Esse foi o motivo que
me levou a deixar o
grupo, justamente,
o sentimento de
“Teremos uma gestão
indignação perante voltada aos interesses
dos advogados”
o descumprimento
do que foi proposto, face à ausência de
comprometimento com a advocacia, a
falta de transparência, a não defesa das
prerrogativas, o desamparo à advocacia no
interior e o uso da máquina para campanha
político-partidária. Não foram corretos
com aqueles que os elegeram. O nosso
compromisso é com a advocacia, com a
defesa da classe, por isso mesmo nós não
somos “mais uma opção”, mas a única
opção de mudança, de renovação.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 65


| GERAL 5/7

“Somos a
única opção de
mudança”

Como as prerrogativas dos advogados


serão defendidas na sua gestão? O nosso
compromisso é de atuarmos incansavelmente
na defesa das prerrogativas. Defendemos um
protocolo rígido de procedimento, em caso de
desrespeito às prerrogativas, além da atuação
de ofício da nossa entidade. Buscaremos,
primeiro, o diálogo com a autoridade violadora.
Não obtendo êxito, haverá deliberação no
conselho seccional, seguido de desagravo
público no local do fato e representação
junto aos órgãos competentes. Seremos
fiscalizadores das prerrogativas na capital e
no interior do estado. Além disso, propomos

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 66


| GERAL 6/7

a expedição de alvará em nome do advogado,


dentre tantas outras medidas concretas em
defesa das prerrogativas.

Quais são as suas principais propostas?


Teremos uma gestão voltada aos interesses
dos advogados e da sociedade. Uma OAB
sem partido; implantação de um portal da
transparência com informações analíticas, que
permitirá acesso dos advogados sergipanos
a todas as movimentações financeiras,
contratos, recibos, notas fiscais etc.;
contrataremos uma auditoria externa para
auditar as contas da seccional, bem como
apresentar o resultado em audiência pública;
todas as salas da OAB/SE do interior e capital
serão equipadas, no prazo de 06 meses;
as regionais terão sua sede no prazo de 03
anos; o cumprimento da tabela de honorários
da advocacia dativa; defesa inflexível das
prerrogativas; estimularemos a participação
das mulheres advogadas nos quadros da OAB.

O Forró da Advocacia e a Corrida dos


Advogados serão mantidos?

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 67


| GERAL 7/7

Arnaldo promete defender as prerrogativas dos advogados

As nossas propostas são voltadas


para defesa da classe e o bem estar
dos advogados e advogadas. Nessa
perspectiva, não só serão mantidos, como
serão aprimorados o Forró da Advocacia
e a Corrida dos Advogados. Inclusive,
com um calendário prévio de eventos
e de competições, além da criação do
Programa “CAASE em Alta Performance”
para assegurar aos advogados atletas um
programa específico acompanhado por
profissionais de medicina desportiva.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 68


| GERAL 1/5

FOTOS ASCOM SETRANSP

NÚMERO DE
GRATUIDADES SOBE
84% EM ARACAJU
E ENCARECE TARIFA
DE ÔNIBUS
lCartões falsificados: Crime
do uso irregular das gratuidades
também onera o serviço

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 69


| GERAL 2/5

Um em cada cinco passageiros anda de


graça atualmente no transporte público coletivo
no Brasil. Em média 21,1% das pessoas que
utilizam o serviço são beneficiados com isenções
tarifárias, e esse custo de passagem livre incide
no preço da tarifa para o usuário pagante. Ou
seja, os outros 79% dos passageiros rateiam a
conta dos 100% que usam o transporte coletivo,
e isso tende a encarecer ainda mais a tarifa,
principalmente diante da diminuição da demanda
de usuários, que de 2014 para 2018 caiu 25,9%
no país. Esse gargalo de menos pessoas pagando
o custo de um serviço cujos insumos para sua
operação só crescem, acaba pesando para os
passageiros e para as empresas prestadoras que
se limitam quanto aos investimentos para um
transporte coletivo melhor.

Acompanhando a realidade nacional, em


Aracaju, a perda média de passageiros pagantes
foi de 24% Foram 15,4 milhões de passageiros a
menos usando o transporte comparando os anos
de 2014 e 2018, entre janeiro e setembro. Em
contrapartida, no mesmo período, na capital e na
Região Metropolitana, o número de gratuidades

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 70


| GERAL 3/5

no transporte subiu 84%, e foram entregues


mais de 19,8 mil novos cartões gratuidade (novas
concessões). Os dados citados aqui retratam
uma estatística feita de acordo com o registro
do cartão de gratuidade no leitor da bilhetagem
eletrônica, mas o número de passageiros
gratuitos seria ainda maior se estivessem inclusas
as pessoas que fazem uso da gratuidade nos
ônibus sem passar pela catraca.

O benefício da isenção total de tarifa em


Aracaju atende pessoas com deficiência e
respectivos acompanhantes, pessoas com
mais de 65 anos, bombeiros, carteiros, agentes
penitenciários, policiais civis e militares, oficiais de
justiça, agentes da SMTT e da Guarda Municipal.
E sem nenhum subsídio governamental para
garantia das gratuidades (nem mesmo para
estudantes como acontece em outras capitais), o
passageiro pagante em Aracaju é quem fica com
todo o ônus da parcela daqueles que têm o direito
adquirido por lei ao uso da isenção da passagem.

Nesse ínterim, o transporte público coletivo


se depara também com o crime do uso indevido

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 71


| GERAL 4/5

da gratuidade por quem não tem o direito


ao benefício. De janeiro a março deste ano,
foram apreendidos 436 cartões falsos ou de
terceiros. Em recente ocorrência, um passageiro
apresentou no ônibus o cartão Mais Aracaju
Especial, de sua filha, que tem deficiência visual
e cognitiva, sem que a mesma estivesse com
ele. No entanto, o cartão só conferia a isenção, e
de forma restrita, à jovem e a um acompanhante
em viagem conjunta com ela. A evasão de
receita no transporte é desde entradas pela
porta traseira ou pulos da catraca, a situações
de pessoas usando o benefício de outros ou
portando cartões falsificados.

De acordo com estudos realizados pela


Associação Nacional de Transporte Urbanos

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 72


| GERAL 5/5

(NTU), o modelo tarifário brasileiro, centrado


unicamente no passageiro pagante, limita o
crescimento do setor e contribui diretamente
para afastar o passageiro do ônibus. Com o
custo de transporte das gratuidades sendo
repassado diretamente aos demais usuários
que pagam a tarifa integralmente, além do
valor unitário do transporte, que já engloba
impostos e taxas ao Poder Público, o cálculo
da tarifa inclui ainda o custo das gratuidades.
Para o presidente da Federação das Empresas
de Transporte de Passageiros de Sergipe e
Alagoas, Alberto Almeida, “o financiamento das
gratuidades com fontes exclusivas de custeio dos
Governos Municipal, Estadual ou Federal, reduz
o peso do custo do sistema sentido atualmente
exclusivamente pelo passageiro pagante”.

“Pensar no custeio das gratuidades é dar


garantia social ao direto de ir e vir não só
para aqueles que têm o benefício da isenção,
mas a todo cidadão. Além de ser uma das
formas de se valorizar o transporte coletivo
e, portanto, na mobilidade urbana”, enfatizou
o presidente da Fetralse.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 73


| GERAL 1/7
PIXABAY

A endometriose castiga inúmeras mulheres


e pode causar a infertilidade definitiva

ENDOMETRIOSE
PODE SER
ASSINTOMÁTICA
lEstima-se que o número de mulheres
com endometriose seja de seis milhões no
Brasil e aproximadamente 180 milhões de
mulheres no mundo

THAYNÁ FERREIRA | redacao@cinform.com.br

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 74


| GERAL 2/7

A endometriose é ARQUIVO PESSOAL

um mal que acomete


diversas mulheres, sendo
cerca de 10 a 15 % no
período reprodutivo e até
3% a 5% na fase pós-
menopausa. A doença
pode apresentar sintomas,
porém, 10% das mulheres
que possuem a doença
são assintomáticas. Kelso Passos é pós-graduado
em Endometriose e Ginecologia
De acordo com o Minimamente Invasiva
ginecologista especialista pelo Hospital Sírio Libanês (SP)
em endometriose, Kelso
Passos, é considerada uma doença enigmática,
de origem incerta, sem cura, portanto não foi
possível, ainda, identificar fatores de risco. Ele
explica que os sintomas causados mais comuns
são: cólica menstrual de forte intensidade,
incapacitante, dor pélvica crônica, dor durante
às relações sexuais, desconforto urinário, dor ao
evacuar e infertilidade.

“A endometriose é definida pelo implante de


estroma e/ou epitélio glandular endometrial

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 75


| GERAL 3/7

em localização fora da cavidade endometrial


(camada interna do útero), podendo
comprometer diversos locais, entre eles: o
miométrio (camada muscular do útero), ovários,
peritônio, ligamentos útero-sacro e redondo,
região retro-cervical, vagina, septo reto-vaginal,
reto, retossigmóide e sigmóide, íleo terminal,
ceco, apêndice, bexiga e ureteres, e localizações
extra-pélvicas já evidenciadas e publicadas
em artigos científicos como: diafragmática,
pulmonar, cerebral, cutânea etc”, explica.

O diagnóstico atual, segundo o especialista,


é através da história clínica minuciosa,
exame físico, ultrassonografia para pesquisa
de endometriose, ressonância magnética.
A videolaparoscopia como método
diagnóstico está em desuso, isto deve-
se à alta especificidade dos métodos de
imagem, principalmente a ultrassonografia
feita por profissional habilitado. Segundo
Kelso, a ausência do tratamento pode levar à
infertilidade definitiva, limitações físicas cada
vez maiores e mais duradouras devido à dor
crônica de forte intensidade, inclusive passando

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 76


| GERAL 4/7

a ocorrer fora do período menstrual, sintomas


específicos e às vezes muito graves, de acordo
com o local que a doença se proliferou.

“Por exemplo, a obstrução intestinal


causando abdômen agudo e levando a cirurgias
emergenciais, perfuração intestinal causando
sangramento retal, na bexiga pode causar
sangramento urinários, infeções e inflamações
recorrentes, dentre outros. E a doença possui
classificações, sendo elas: leve, moderada,
grave e severa; superficial ou profunda, pélvica e
extra-pélvica, cutânea etc.”, informa.

TRATAMENTO
Kelso Passos fala que a base do Tratamento
clínico consiste na suspensão da menstruação,
com melhora significativa ou até mesmo
desaparecimento das cólicas e que por se tratar
de uma doença que até o momento não existe
cura, o tratamento consiste em proporcionar
uma melhor qualidade de vida para a paciente,
preservando sua fertilidade quando possível
e fazendo com que a paciente volte a ter uma
vida normal, conseguindo eliminar ou diminuir

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 77


| GERAL 5/7

significativamente os sintomas, tais como:


cólica menstrual incapacitante, dor durante as
relações e a dor ao evacuar.

“O tratamento cirúrgico é indicado na


maioria dos casos, o medicamentoso sempre
é associado. Todos estes tratamentos são
supressivos e não curativos pelo que a
recorrência da doença é a regra depois da sua
descontinuação. A terapêutica medicamentosa
da endometriose deve ser encarada como um
tratamento de longa duração tal como qualquer
outro utilizado em doenças inflamatórias
crônicas. Os analgésicos podem ser utilizados
no tratamento da dor, isoladamente ou em
associação a um tratamento hormonal”, diz.

DÚVIDAS FREQUENTES
Questionado se alimentos não saudáveis,
como fast food, causam a endometriose, o
especialista explica que não se tem evidências
em relação ao aparecimento da doença, mas na
evolução da doença interfere sim. Outras dúvidas
frequentes são se a endometriose interfere nas
relações sexuais e se podem causar câncer.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 78


| GERAL 6/7

“A endometriose não engorda. Já nas


relações sexuais, é importante frisar que
a depender da localização da lesão, além
de tornar o sexo doloroso, em casos mais
graves as pacientes não conseguem ter
relações de forma alguma. Cientificamente
não foi demonstrado nenhuma relação com
o câncer diretamente ligado à presença da
doença”, finaliza.

VIVENDO COM A DOENÇA


A estudante Larissa Porto possui
a endometriose. Quando está no
período menstrual sente fortes cólicas,
dores na cabeça e pernas, e o fluxo é
consideravelmente forte. A jovem usa dois
anticoncepcionais indicados pelo médico
para o tratamento, um serve para evitar a
gravidez e o outro para diminuir os sintomas,
as dores e o fluxo. Ela sente náuseas, falta de
apetite, inchaço pela retenção de líquidos e
evita comer alimentos ácidos, gordurosos, e,
principalmente, chocolates.

“As dores no meu caso são prolongadas.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 79


| GERAL 7/7

Eu passo três dias

ARQUIVO PESSOAL
menstruada, mas
no último mês fiquei
quase sete dias
sangrando e sentindo
muitas dores, meu
endométrio está
descamado. A gente
parte daquele princípio
que quanto mais
descamado, maior a
dor porque ele não Larissa Porto possui a
vai conseguir reter doença e é alvo de
discriminação por leigos
o líquido. Eu fico
impossibilitada de fazer inúmeras coisas
como trabalhar, estudar, sair. E o pior é que
nem todo mundo entende, acha que a gente
exagera e acabamos passando por situações
constrangedoras. As pessoas geralmente
acham que é só uma cólica simples, acham
que nós mulheres somos frágeis e não
aguentamos uma ‘dorzinha’, mas não é assim,
é uma dor extremamente intensa, nem
nós que temos a endometriose podemos
dimensionar o tamanho dela”, declara.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 80


| GERAL 1/5

PROJETO MINI
GENTILEZAS
PRECISA DE
DOAÇÕES EM
ARACAJU
lProjeto arrecada produtos de
higiene pessoal em miniatura para
distribuir para moradores de rua

JULIANA PAIXÃO | redacao@cinform.com.br

Com 200 pontos de coleta em 66 cidades,


o Projeto Mini Gentilezas junta itens de
higiene em pontos de coleta voluntários e
os encaminha para instituições e iniciativas
que atendem pessoas em situação de rua.
São aceitas doações de miniaturas que

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 81


| GERAL 2/5

FOTOS ARQUIVOPESSOAL

Karina Rocha, coordenadora do Projeto Mini Gentilezas

geralmente são oferecidas no hotel, além de


itens de higiene como pasta e escova de dente,
barbeador, absorvente e desodorante.

A coordenadora, Karina Rocha, explica um


pouco mais sobre como a iniciativa que colabora
com 81 grupos ou instituições começou. “Através
de uma ação de voluntariado no projeto 365
Dias de Agir da ONG Argilando, surgiu a ação

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 82


| GERAL 3/5

que veio a se tornar o projeto Mini Gentilezas.


Inicialmente, era apenas uma peça publicitária,
com o simples objetivo de divulgar o valor das
miniaturas de produtos de higiene para as
pessoas em situação de rua. A proposta ganhou
adeptos e se consolidou como um projeto com
foco na doação das miniaturas dos produtos
de higiene pessoal disponibilizados em viagens

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 83


| GERAL 4/5

de avião e nos hotéis,


juntamente com as
doações de outros itens
de higiene.”, conta.

Karina explica
como são escolhidas
as instituições para
receber as doações. “São
indicações de voluntários
e/ou os próprios projetos
que nos procuram.
Liliane Brito, voluntária
Vamos conversando, responsável pelo Projeto Mini
Gentilezas em Aracaju
vendo a convergência de
idéias e passamos a colaborar com eles. Todas
as cidades têm o Parceiro Mini fixo (que recebe
todo mês) e conforme crescem as doações,
abrimos pra mais grupos”.

ARACAJU
Liliane Brito, responsável pelo projeto
em Aracaju, que distribui para o projeto
Sementes do Bem, explica como a iniciativa
chegou à cidade. “Interessei-me muito pelo
projeto, aí entrei em contato e indiquei um

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 84


| GERAL 5/5

ponto de colega, onde minha amiga trabalha,


e daí começou. Um mês atrás outra moça
se interessou e é nosso ponto de coleta
também, a gente recolhe doações de produtos
de higiene pessoal (principalmente essas
miniaturas de hotel, mas qualquer um é bem
vindo) e distribui para pessoas em situação de
rua. O fato de ser mini é ideal pra eles, por não
terem onde guardar”, comenta.

Os pontos de coleta são no Box 23 da


Passarela do Artesão, na Coroa do Meio,
que funciona de segunda a domingo, exceto
feriados, das 18h às 22h e na Academia
Vidativa de segunda a sexta, das 06h às 11h e
das 14h às 22h. Sábado das 8h às 11h.

Porém, Liliane conta que o número de


doações na cidade é baixo, dificultando
as ações do projeto. “As doações vêm de
pouquinho em pouquinho, então não dá
para fazer as ações todo mês. Em média nós
recebemos cerca de vinte doações por mês,
com o novo ponto de coleta esperamos que o
número aumente”, destaca.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 85


| GERAL 1/6

TEMAS
ABORDADOS NO
PRIMEIRO DIA
DE ENEM GERAM
POLÊMICA NAS
REDES SOCIAIS
lPresidente do Inep é enfática:
“Não é o Governo que manda na prova”

JULIA FREITAS | redacao@cinform.com.br

No primeiro domingo de provas do Exame


Nacional do Ensino Médio (Enem) (4), algumas
questões chamaram a atenção e causaram
polêmica pelos assuntos que abordaram em
seus enunciados. Ao abordar temas como

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 86


| GERAL 2/6
DIVULGAÇÃO/ANDRÉ NERY/MEC

Primeiro dia de provas do Enem aconteceu no dia 4

racismo, nazismo, assédio, democracia e o


dialeto, pela primeira vez se viu tantos vídeos e
textos dos mais conservadores fazendo duras
críticas ao Exame.

Porém, segundo a professora de Português


e Interpretação de Texto Cláudia Fumiê, a
abordagem de temas atuais, como os que
são tratados em todas as edições do Enem,
“é mais que uma necessidade em uma prova
que, como a de Linguagens, exige criticidade e
observância da intenção do texto”.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 87


| GERAL 3/6

Até mesmo o presidente eleito Jair


Bolsonaro (PSL) criticou o Exame, que
é porta de entrada para os estudantes
em diversas universidades do Brasil e de
Portugal. Em um vídeo publicado em suas
redes sociais, Bolsonaro afirmou que em
seu governo “vai tomar conhecimento
da prova antes” da realização do Enem.
Segundo o presidente eleito, a antecipação
é para evitar questões como a que continha
um texto abordando o jargão utilizado por
gays e travestis, na prova deste ano.

A manifestação de Bolsonaro logo foi


respondida pela presidente do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável
pela aplicação do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem), a educadora Maria Inês Fini.
“Não é o Governo que manda na prova”.

Em entrevista ao jornal El País, Maria Inês


afirmou que a elaboração das questões é de
estrita responsabilidade da área técnica do
Inep, o que impede que o próprio Ministério da

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 88


| GERAL 4/6

Educação interfira na

DIVULGAÇÃO/ANDRÉ NERY/MEC
elaboração das provas. “O
Inep tem uma diretoria
específica de técnicos
consagrados que, com
a ajuda de uma série de
educadores e professores
universitários de todas as
regiões do país, elaboram
a prova”, acrescentou a
pesquisadora.

Ainda segundo Maria Inês Fini,


presidente do Inep
ela, “em momento
algum houve qualquer perspectiva de
doutrinação, de valorização de uma posição
em detrimento da outra. Eu só lamento que
algumas leituras tenham sido equivocadas,
mas cada pessoa, cada leitor do mundo faz
uma interpretação do texto da maneira como
quer, não é? Com a sua cultura, com seus
valores e com as suas ideologias”

A QUESTÃO POLÊMICA
Um usuário do Twitter afirmou em uma

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 89


| GERAL 5/6
REPRODUDÇÃO

Usuário do Twitter afirma que Enem deveria ser anulado

postagem que era hétero e que, por isso, não


tinha a obrigação de saber o dialeto de gays
e travestis, e, marcando o presidente eleito
na postagem, pedia ainda que o Enem fosse
anulado. No entanto, ao ler a questão que
causou polêmica (número 31, do caderno
azul), percebe-se que não é necessário
saber sobre o citado dialeto para respondê-

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 90


| GERAL 6/6

la. Também, não era necessária uma aula


acerca de um pretenso dialeto, absorvido
exclusivamente por um público específico,
para elaborar a referida questão. A intenção
isenta de críticas fica prejudicada porque
suscita, pelo menos, uma dúvida: por que
levar essa questão para conhecimento
dirigido a mais de cinco milhões de
candidatos ao ensino superior?

“O texto que cita ‘gays’ está enfocando


‘patrimônio linguístico’. Observe-se o
enunciado da questão para que se verifique
a intenção dela. Ao lado desse texto há
uma diversidade de textos e só se fala
a respeito desse enfoque. As questões
estão sim bem elaboradas e não há
discurso preconceituoso nelas”, comenta a
professora Cláudia Fumiê.

Ainda segundo a professora, “os discursos


que aconteceram nos últimos meses,
incluindo-se o período das eleições, podem
ter favorecido essa análise do Exame por
parte da população”.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 91


| GERAL 1/7

PRÉDIO EM
CONSTRUÇÃO SEM
IDENTIDADE EM
ZONA NOBRE DE
ARACAJU
lResponsáveis pela EMURB defendem que
não é mais necessária a colocação de placas
de localização/identificação.

DA REDAÇÃO | redacao@cinform.com.br

Quem passa pela rua Terêncio Sampaio,


ali, bem próxima à confluência com avenida
Francisco Porto, espanta-se com a rapidez

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 92


| GERAL 2/7
FOTOS VIEIRA NETO

Prédio está sendo construído sem


nenhuma sinalização ou identificação

com que um edifício está sendo construído,


já alcançando o 7º pavimento.

Se houver interesse em identificar de


que se trata, qual a construtora, quem é o
responsável, ou qualquer outra informação,
não existe ali qualquer placa de identificação,
como é costume em edificações do tipo.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 93


| GERAL 3/7

As pessoas físicas existem a partir do seu


registro, que ocorre por ocasião do nascimento
com vida. As pessoas jurídicas, por seu lado,
existem a partir de sua inscrição na Junta
Comercial do Estado.

Uma obra, para ser edificada, necessita


de registro no CREA - Conselho Regional
de Engenharia e Arquitetura, além da
imprescindível autorização fornecida pela
Prefeitura Municipal, mais outras eventuais
certidões de órgãos fiscalizadores.

De acordo com norma do Conselho Federal


de Engenharia e Arquitetura, pelo menos, a
obra deve possuir e exibir, através de placas
de dimensões padronizadas, afixadas em local
visível, informações contendo: Registro de
imóvel; Cadastro do imóvel na prefeitura; Alvará
de construção emitido pela prefeitura; ART
(Anotação de Responsabilidade Técnica); Habite-
se da obra e ainda, por lei, todo proprietário de
uma construção civil particular é obrigado a
efetuar matrícula da obra junto ao INSS, em até
30 dias a contar do início da mesma.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 94


| GERAL 4/7

A obra tomou toda a calçada e até a rua e impede


o trânsito de pedestres e de veículos no local

Ainda de acordo com o Conselho,


“Enquanto durarem as construções ou
instalações de serviços de engenharia
ou arquitetura, de qualquer natureza, é
obrigatória a afixação de placas em lugar bem
visível ao público, contendo, perfeitamente
legíveis, os nomes dos profissionais
responsáveis pelo projeto, construção ou
instalação, e a indicação dos seus títulos de
formatura, bem como a de seus escritórios”.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 95


| GERAL 5/7

Não é somente a falta de sinalização que preocupa. A própria


estrutura do prédio assusta porque não há segurança

Para imposição de responsabilidade, está


ainda exarado no documento que “Serão
considerados infratores do art. 7º e seu
parágrafo, do Decreto n.º 23.569, e sujeitos
às penalidades do art. 38, letra “a”: inciso a)
Os profissionais e as firmas que deixarem
de colocar placa em obra cujo projeto,
construção ou instalação tenham sob sua
responsabilidade ou que as colocarem em

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 96


| GERAL 6/7

De acordo com os trabalhadores locais, ali serão construídas duas


torres de 12 andares cada. Mas será que há estrutura?

desacordo com a presente Resolução; (...).


Confirmando a exigência da legislação, a Lei
6.138, de 26 de abril de 2018, estabelece,
no artigo 15, inciso 4º, o seguinte: “Constitui
responsabilidade do proprietário, instalar
e manter atualizada placa informativa de
dados técnicos do projeto e da obra, de
forma visível”.Portanto, fica o alerta já que,
ouvida pela reportagem deste semanário,

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 97


| GERAL 7/7

a assessoria de comunicação da Emurb


declarou que não é necessária colocação de
placas nas obras, como segue:

RESPOSTAS DA EMURB
No local serão construídos dois edifícios
residenciais. A obra está devidamente
licenciada na Emurb, uma vez que toda a
documentação necessária para obter o
licenciamento foi apresentada, obedecendo
a legislação em vigor. A autorização foi
expedida sob o número 12/2018. O código
de obras não obriga a colocação de plana na
obra. O que é exigido é que os projetos e a
autorização da obra estejam disponíveis no
canteiro para serem apresentados aos fiscais
durante as fiscalizações de rotina. Quanto
à calçada, é permitido ocupar até 1/3 da
calçada com tapume. Como foi dito que todo
o passeio está ocupado, a Emurb vai fazer
uma fiscalização no local.

ACESSE MAIS NOTÍCIAS EM WWW.CINFORM.COM.BR

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 98


1/3

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 99


2/3

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 100


3/3

TOQUE E ACESSE

WWW.LOJASGUANABARA.COM.BR

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 101


EDIÇÃO 1857

ITABAIANA
SEM PREFEITO
A população
merece saber
quem irá
assumir a
Prefeitura
NE NOTÍCIAS
|

ÍNDICE
TOQUE E ACESSE

INTERIOR | A festa é com o seu dinheiro 104

POLÍTICA
Prefeito de Itabaiana e mais quatro são
presos por desvio de R$ 6 milhões 112

GERAL
Propriá sedia mais uma
audiência do MPEduc 118

TAC melhora Saúde em Estância 123

ANUNCIE
AQUI

CONTATE SUA AGÊNCIA DE PUBLICIDADE OU


TOQUE u E FALE COM A GENTE AGORA
uÁurea Cristina (79) 99833-2123
uAlexandre Carvalho (79) 99973-7808
uCláudio Sousa (79) 99971-9179
ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 103
| | OPINIÃO 1/8

Paula Coutinho
INTERIOR

A FESTA É COM O
SEU DINHEIRO
Todos nós gostamos de uma boa festa. Faz
bem à alma – e ao corpo – o ato de alegrar-
se, de comemorar, de divertir-se. E festas de
todos os tipos e para todos os gostos; em
casa, na rua, nas praças, com familiares, com
desconhecidos. Somos brasileiros, latinos, é da
nossa cultura enaltecer a alegria. E onde quer
que se vá, em todo o Brasil, as festividades
estão presentes; micaretas, carnavais
populares, quadrilhas, shows sertanejos, bailes
funks, shows de rock.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 104


| | OPINIÃO | INTERIOR 2/8

Aqui, estamos acostumados – e aculturados


– à sensação de que todos os ritmos, datas e
locais são propícios para uma festa. Fazemos
festa com tudo, com quase tudo. Só não
deveríamos, como bons cidadãos pagadores
de impostos e cumpridores dos nossos
serviços diários, permitir que os políticos que
aí estão continuem “fazendo festa” com o
nosso dinheiro, e consequentemente, “fazendo
festa” com a nossa cara, tirando sarro da nossa
cara, enquanto nós, brasileiros, sergipanos,
continuamos “pagando a conta”.

Digo isso porque a população de Sergipe


desconhece a quantidade de dinheiro que sai
dos cofres públicos, das mais diversas fontes
financiadoras (município, Estado, instituições
como a Petrobras, Ministério da Cultura,
Ministério do Turismo) para realizar, por
exemplo, um carnaval popular, um São João.

Acha que estou falando do preço real


daquele show do artista em nível nacional que
vai cantar em uma cidadezinha? Ou estou
me referindo ao valor para montar um palco

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 105


| | OPINIÃO | INTERIOR 3/8

no interior sergipano? Não, não é disso que


estou falando. Acha que sou contra a diversão?
Também não. Que a sociedade de Sergipe fique
ciente, todos merecem shows e eventos de
qualidade, todos nós temos direito ao lazer.

Estou falando é dos atravessadores, daquele


povo que está ali, “comendo por fora”, nos
bastidores ilícitos, negociando nota, fazendo
tratativas, burlando cartas de exclusividade,
aliciando prefeitos, prejudicando artistas locais,
tratando forrozeiros e quadrilheiros quase como
mendigos; literalmente “fazendo a festa” com o
dinheiro público, com o seu dinheiro, leitor.

Em Sergipe, nos últimos anos, após várias


ações do MPE e do TCE, vez ou outra, um
prefeito cai, vez ou outra, um empresário passa
uma noite em claro, de medo da polícia bater
à porta. Mas é pouco, é muito pouco para a
quantidade de desperdício do erário. É muito
pouco para o tanto de dinheiro do povo, nosso
dinheiro, gasto a bel prazer de quem – em
nenhum momento – está pensando em nosso
bem-estar.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 106


| | OPINIÃO | INTERIOR 4/8

Há, nas varas judiciais e criminais, nos


órgãos fiscalizatórios, na polícia, uma gama
de inquéritos que envolvem a realização
de festa em todo o Estado prontinhos para
serem divulgados à sociedade, um verdadeiro
vespeiro marimbondo; mas que ninguém ousa
“meter a mão na cumbuca”.

Por quê? Medo? Claro, se são políticos ou


empresários temem ser descobertos. Se são
artistas e escondem as articulações ilícitas,
nesse caso, eu até entendo esses artistas,
quaisquer que sejam, errados ou não.

Agora, quanto aos funcionários públicos do


mais alto escalão, em esferas estaduais e até
federais, responsáveis pelas fiscalizações, o
que temem? Esses eu não entendo, esses eu
jamais entenderei.

Silvany Suquita
A atual prefeita do município de Capela,
Silvany Suquita, ao assumir, precisou fazer
uma prestação de contas e estabelecer,
segundo ela, tudo o que era passível de

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 107


| | OPINIÃO | INTERIOR 5/8

suspeição de fraudes da gestão anterior.


Em meio a esse processo, a polícia acabou
mirando nas contratações irregulares para
shows e eventos realizadas pelo ex-prefeito
Equeziel Leite. Silvany diz que preferiu deixar
tudo nas mãos da Justiça.

Contratação direta
E recentemente, em outubro desse ano,
a Deotap descobriu que as contratações
de Ezequiel, à época feitas sem licitação,
na verdade, necessitavam sim dos pregões
licitatórios. Em Capela, atualmente, Silvany
Suquita diz preferir contratar todos os artistas
diretamente. Isso, segundo a prefeita, facilita
principalmente a prestação de serviços dos
artistas locais e sergipanos.

Preço de abate é R$ 130


O último escândalo nas cidades do interior
de Sergipe, desbaratado com uma operação
conjunta entre a Procuradoria do Ministério
Público Federal e a Polícia, mostrou a situação
escandalosa, de degradação, de sujeiras, dos
matadouros em Sergipe. Um dos aspectos

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 108


| | OPINIÃO | INTERIOR 6/8

pontuados também foi o preço pago para se


abater um boi, de, no máximo, R$ 30.

Matadouros em Riachão
Mas será mesmo que o valor para se abater
um boi no interior de Sergipe é este divulgado
pela Polícia para a imprensa? Parece que
não. Ao menos, em Riachão do Dantas, o
comentário unânime é o de que, para se
abater um boi, o valor mínimo é de R$ 130. E
pode chegar até mais do que isso.

MPF, fique de olho


E, de acordo com os moradores da cidade,
em Riachão do Dantas, a coisa é tão ou mais
escandalosa do que em Itabaianinha ou
em Tobias Barreto. Caso o MPF-SE esteja
interessado não faltará, em Riachão, moradores
dispostos a colaborar com as investigações.

Itabaiana, cuidado!
Recentemente a população de Itabaiana foi
tomada de surpresa com a prisão do prefeito
Valmir de Francisquinho, porque ninguém
esperava que tal fato acontecesse a quem

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 109


| | OPINIÃO | INTERIOR 7/8

se arvorava como o paladino da moral e da


honestidade. Mas, se a Prefeitura não vai
bem das pernas, a Câmara – salvo às devidas
proporções – também dá lá as suas balançadas.

Câmara lesando erário


Isso porque o presidente dessa Casa do
Legislativo municipal, José Teles de Mendonça,
compareceu recentemente ao MPE-SE com
o objetivo de assinar um TAC (Termo de
Ajustamento de Conduta) com a finalidade
de sanar as irregularidades nas contratações
feitas pela Câmara em 2017. No TAC, segundo o
MPE-SE, ficou estabelecido que o presidente se
compromete a sanar os danos no erário.

Câmara lesando erário II


José Teles de Mendonça e o escritório
de advocacia por ele contratado deverão
devolver a quantia de R$ 80 mil, 716 reais e
90 centavos. O ressarcimento será feito em
10 parcelas mensais e sucessivas, cada uma
no valor de R$ 8 mil, 71 reais e 69 centavos.
O pagamento deverá ser creditado na conta
da Câmara Municipal de Vereadores de

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 110


| | OPINIÃO | INTERIOR 8/8

Itabaiana e comprovado à Promotoria, até o


dia 05 de cada mês.

Arauá, pague a conta!


Semana passada, os funcionários públicos da
Prefeitura de Arauá, no Sul sergipano, se viram em
meio a uma complicação, não puderam trabalhar
direito porque faltou luz nos prédios municipais.
Isso porque a gestão atual, infelizmente não
conseguiu pagar a conta, que com juros e encargos
chegou ao valor de R$ 2.058.549,00, montante
deixado como dívida pela gestão municipal.

Palmas à Câmara de Estância


Parabéns à Câmara Municipal pela iniciativa
de ter reconhecido o valor cultural e histórico da
senhora Marluce Correia dos Santos, conhecida
por “Marluce das Bonecas”, uma das mais
famosas artesãs e produtoras de bonecas de
pano de Sergipe. Dona Marluce é natural de São
Cristóvão, mas reside em Estância há mais de
meio século. A homenagem teve direito a sessão
solene, no Palácio Prefeito Pascoal Nabuco, sede
da Câmara Municipal e com direito a título de
cidadã estanciana.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 111


| 1/6

POLÍTICA

PREFEITO DE
ITABAIANA E
MAIS QUATRO
SÃO PRESOS POR
DESVIO DE
R$ 6 MILHÕES
lOperação Abate Final foi desencadeada nas
primeiras horas da última quarta-feira

JULIA FREITAS E PAULA COUTINHO


| redacao@cinform.com.br

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 112


| | POLÍTICA 2/6

Já nas

PORTALFANFM
primeiras
horas da
manhã da
última quarta-
feira (7),
equipes do
Departamento
de Crimes
Contra a
Ordem
Tributária e
Administração
Pública
(Deotap), da
Polícia Civil, e
da Promotoria
Prefeito de Itabaiana Valmir de
do Patrimônio Francisquinho, preso na última
Público e o semana por suspeição de desvio
de dinheiro
Grupo de
Atuação
Especial de Repressão ao Crime Organizado
(Gaeco) cumpriam mandados de busca e
apreensão, e de prisão na cidade de Itabaiana,
no agreste sergipano.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 113


| | POLÍTICA 3/6

Durante a operação denominada “Abate


Final” o prefeito da cidade Valmir dos Santos
Costa, mais conhecido como Valmir de
Francisquinho (PR), foi preso. Além dele,
o secretário de Agricultura do município
Erotildes José de Jesus, Jamerson da Trindade
Mota, Breno Veríssimo Melo de Jesus e Manoel
Messias de Souza também foram presos.

Segundo os investigadores do Deotap, entre


os anos de 2015 a 2017 foram abatidos, por
ano, entre 2.500 e 3.900 animais, recolhendo
entre R$ 24 mil e R$ 39 mil. A investigação
preliminar mostra que era cobrada aos
boiadeiros uma taxa de R$ 50 sem observar
as formalidades legais, mas na prática apenas
R$ 10 eram recolhidos para os cofres da
Prefeitura. Somando um desvio anual de quase
R$ 2 milhões da Prefeitura de Itabaiana.

“O valor excedente não estava previsto


nos cofres municipais, mas eles deveriam
fazer ao menos a contabilidade, pontuar e
demonstrar claramente para qual finalidade
esses recursos estavam sendo revertidos.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 114


| | POLÍTICA 4/6
ASCOM/SSP

Agentes policiais em Itabaiana na


hora e local da operação deflagrada

Nós não temos a mínima comprovação


de para onde esse dinheiro foi revertido”,
comentou a delegada Thaís Lemos.

Os investigadores identificaram os crimes


de excesso de exação qualificada (cobrança
indevida de tributos), lavagem de dinheiro,
associação criminosa e crime de licitação,
todos comprovados no andamento do
inquérito policial.

PRISÃO PREVENTIVA
Os mandados de busca e apreensão

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 115


| | POLÍTICA 5/6

foram cumpridos nas residências dos cinco


alvos, na cidade de Itabaiana, com o objetivo
de apreender documentos e dispositivos,
dinheiro em espécie e objetos de valor.
Com base no inquérito que ainda não foi
concluído, os promotores de Justiça também
solicitaram a indisponibilidade de bens de
todos os investigados.

Encaminhados para a sede do


Departamento de Crimes Contra a Ordem
Tributária e Administração Pública, os presos
preferiram ficar calados e, após a realização do
exame de corpo de delito no Instituto Médico
Legal, Valmir de Francisquinho e o secretário
Erotildes José de Jesus foram encaminhados
ao Presídio Militar do Estado de Sergipe
(Presmil). Já os outros três presos foram
levados para o Complexo Penitenciário Antônio
Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa
Maria, em Aracaju.

PRIMEIRA PARTE DA OPERAÇÃO


No dia 28 de junho deste ano, policiais
do Deotap estiveram na cidade do agreste

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 116


| | POLÍTICA 6/6

sergipano cumprindo mandados de busca


e apreensão no matadouro e na sede da
Secretaria Municipal de Agricultura do
município de Itabaiana. O inquérito já havia
sido instaurado para apurar o suposto
desvio de recursos públicos provenientes da
arrecadação do tributo com o abate de animais
no matadouro.

Segundo a promotora de Justiça Luciana


Sobral, mesmo após a ação dos policiais do
Deotap na cidade, o prefeito permitiu que a
fraude continuasse a ser praticada. “Mesmo
após o cumprimento dos mandados de busca
e apreensão em relação ao caso, ele permitiu
que essa fraude continuasse a ser praticada
sem a contabilização correta e efetiva
desses valores, sem a transferência para os
cofres públicos de todo o valor arrecadado.
Caracterizando excesso de exação qualificada,
associação criminosa, dentre outros delitos”,
afirmou a promotora durante a coletiva de
imprensa. Até o fechamento dessa edição, a
assessoria jurídica de Valmir de Francisquinho,
procurada, não retornou as ligações.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 117


1/5

GERAL
F5NEWS

Escolas públicas, locais que podem ser


melhorados por meio do projeto MPEduc

PROPRIÁ SEDIA
MAIS UMA
AUDIÊNCIA DO
MPEDUC
lGestores, professores, estudantes e pais
de alunos das cidades de Canhoba, São
Francisco, Aquidabã, Malhada dos Bois,
Japoatã, Ilha das Flores, além da diretora
da DRE 06, participaram da reunião

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 118


| | GERAL 2/5

“Todos terão a oportunidade de mostrar


o antes e o agora, de compartilhar, de ver e
ser visto com suas boas práticas. É isso que
nós queremos”. Foi assim que o promotor
de Justiça Alexandro Sampaio, coordenador
do Projeto Ministério Público pela Educação
(MPEduc), iniciou a audiência com o segundo
grupo de municípios circunscritos na 6ª
Diretoria Regional de Educação – DRE 06.

Gestores, professores, estudantes e pais


de alunos das cidades de Canhoba, São
Francisco, Aquidabã, Malhada dos Bois,
Japoatã, Ilha das Flores, além da diretora
da DRE 06, participaram da reunião. Os
representantes de cada uma das redes de
ensino mostraram o que mudou desde 2015,
quando começou o MPEduc.

O diagnóstico foi baseado em oito


aspectos fundamentais: estrutura física,
projeto pedagógico, inclusão, alimentação
escolar, transporte escolar, programas do
governo federal e funcionamento dos dois
principais conselhos socais que atuam na

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 119


| | GERAL 3/5

análise de prestação de contas de verbas


direcionadas à educação.

“Eu queria dizer, mais uma vez, da nossa


grande satisfação, porque, se por um lado
a gente percebe gestores e municípios que
avançaram muito pouco; por outro lado, nós
nos deparamos com muitas lições de amor, de
carinho e dedicação à educação pública”, disse
o procurador da República Ramiro Rockenbach.
Ele explicou ainda que os gestores terão um
prazo de 120 dias para encaminhar soluções em
relação às pendências detectadas.

Ao final desse prazo, serão apresentados


relatórios sobre a situação de cada uma das
escolas, considerando os oito aspectos do
MPEduc, além de um cronograma detalhado
de execução das ações necessárias. A partir
do próximo ano, haverá a prestação de
contas em audiências públicas realizadas
nos municípios – não mais de forma
agrupada – com a presença do promotor
de Justiça local, para que haja uma
participação maior da comunidade.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 120


| | GERAL 4/5

Para a professora Juliane Bastos, diretora


da DRE 06, “os Ministérios Públicos estão
de parabéns por esse trabalho que busca
a realidade de cada unidade escolar, isso
tem um grande significado e é um presente
para a população”. Já o secretário municipal
da educação de Canhoba, Felippe Tavares,
declarou que “a parceria do MP é essencial
para transpor as dificuldades”.

PRESENÇAS
Na 13ª audiência do ciclo, também
estiveram presentes os seguintes secretários
municipais da Educação: Paulo Roberto
Nogueira (São Francisco), Jackson
Crisóstomo (Aquidabã), Mônica Almeida
(Malhada dos Bois), Marta Andréa (Japoatã),
Conceição Pereira (Ilha das Flores) e Emília
Santana (Santana do São Francisco).

PACTO PELA EDUCAÇÃO


O Pacto pela Educação foi firmado entre
o final de 2015 e o início de 2016 por todos
os municípios do Estado de Sergipe. Na
ocasião, gestores se comprometeram a adotar

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 121


| | GERAL 5/5

medidas efetivas para assegurar educação


de qualidade aos estudantes da rede pública,
abordando os oito aspectos do Projeto
MPEduc: estrutura física, projeto pedagógico,
inclusão, alimentação escolar, transporte
escolar, programas do governo federal e
funcionamento dos dois principais conselhos
socais que atuam na análise de prestação de
contas de verbas direcionadas à educação.

RECEBA O SEU
JORNAL CINFORM DIGITAL
GRÁTIS
TODA SEMANA ATRAVÉS
DO WHATSAPP, ÀS SEGUNDAS
E QUINTAS-FEIRAS

TOQUE AQUI
E CADASTRE-SE

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 122


| | GERAL 1/3

INFONET

Hospital de Estância que pode ser beneficiado com iniciativa do MP

TAC MELHORA
SAÚDE EM
ESTÂNCIA
lOs interventores do Hospital se
comprometeram a elaborar o projeto e,
para isso, apresentar, no prazo de 15 dias

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 123


| | GERAL 2/3

A infraestrutura de um dos maiores hospitais


públicos em Estância – do Hospital Regional
Amparo de Maria (HRAM) – pode melhorar nos
próximos dias, caso os interventores não fujam
ao comprometimento firmado com o Ministério
Público de Sergipe (MPE-SE), por meio de
um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC),
estabelecendo que a unidade de saúde elabore e
execute Projeto de Incêndio e Controle de Pânico.

Os interventores do Hospital se
comprometeram a elaborar o projeto e,
para isso, apresentar, no prazo de 15 dias, o
cronograma de execução, com detalhamento
dos itens e datas de finalização de cumprimento
de cada etapa, não excluindo a possibilidade de
correções que porventura sejam apontadas por
ocasião da aprovação do Projeto.

Além disso, se comprometeram a providenciar,


junto ao Corpo de Bombeiros Militar, através de
vistoria ou apresentação documental, o devido
cumprimento de cada etapa constante do
cronograma, bem como providenciar a execução
das obras exigidas pelo Corpo de Bombeiros.

ANOANO
35 -35
ED.- ED.
18571856 -5/11/2018
-12/11/2018 - 124
| | GERAL 3/3

O TAC foi assinado no dia 23 de outubro


e, a partir da data de assinatura, o Hospital
se comprometeu a realizar e cumprir o
cronograma de execução no prazo de 150
dias. Caso haja descumprimento de quaisquer
obrigações firmadas no TAC, o Hospital se
comprometeu, ainda, a pagar multa diária de
R$ 200 reais, por obrigação descumprida.
Para firmar o TAC, o MP considerou que era
imprescindível que o Hospital Regional Amparo
de Maria providenciasse com urgência o Projeto
de Incêndio e Pânico, tanto para cumprir a
legislação vigente, como para preservar a vida e
a integridade física de todos que ali frequentam.

Os interventores do Hospital reconheceram


que existe uma situação de desconformidade,
devido à não observância das normas de
prevenção e combate a incêndio e controle
de pânico, e estão cientes de que a ausência
de tal pressuposto é uma omissão que não
encontra respaldo na Constituição Federal ou
na legislação atinente.

ACESSE MAIS NOTÍCIAS EM WWW.CINFORM.COM.BR

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 125


|

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 126


Emprego
EDIÇÃO 1857

LOJAS
COLABORATIVAS
Em
tempos de
desemprego,
uma boa
opção
Emprego

ÍNDICE
TOQUE E ACESSE

Lojas colaborativas fomentam


economia criativa no estado 129

Desafio do primeiro emprego 141

ANUNCIE
AQUI

CONTATE SUA AGÊNCIA DE PUBLICIDADE OU


TOQUE u E FALE COM A GENTE AGORA
uÁurea Cristina (79) 99833-2123
uAlexandre Carvalho (79) 99973-7808
uCláudio Sousa (79) 99971-9179

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 128


Emprego 2/13

LOJAS
COLABORATIVAS
FOMENTAM
ECONOMIA
CRIATIVA NO
ESTADO
lPequenos expositores podem
vender seus itens junto aos outros

JULIANA PAIXÃO| redacao@cinform.com.br

O modo de consumir os produtos tem


mudado, o consumo consciente é a moda da
vez, saber de onde vem a produto, como é
feito, quem fez se tornou um atrativo na hora
das compras. Acompanhando essa tendência

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 129


Emprego 3/13
ISABELE RIBEIRO

Com 20 expositores é possível encontrar uma grande


diversidade de produtos na Gambiarra Loja Colaborativa

Aracaju começa a ter lojas colaborativas que


permitem que o micro empreendedor tenha um
espaço para a venda dos seus produtos.

GAMBIARRA LOJA COLABORATIVA


A Gambiarra Loja Colaborativa é quase um bebê,
com vinte expositores e fila de espera o espaço está
localizado no Shopping Rio Mar, local de alto fluxo
de compras. Isabele Ribeiro, uma das idealizadoras
da loja conta como o projeto começou. “A
loja surgiu a partir de um convite de duas

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 130


Emprego 4/13

expositoras da Feirinha

ARQUIVO PESSOAL
da Gambiarra. Elas já
participam de uma loja
no mesmo formato e
como o desejo de abrir
uma loja colaborativa
com o nosso nome já era
antigo, marcamos um
café e em praticamente
três semanas já
estávamos inaugurando
a loja no Riomar, foi uma
Isabele Ribeiro é uma
loucura”, disse. das idealizadoras da loja

Isabele defende a experiência de compra


das lojas colaborativas. “O formato de loja
colaborativa já existe no mundo todo, é
super comum em grandes cidades como
SP e consiste, basicamente, numa pequena
galeria formando um mix de várias marcas de
pequenos empreendedores criativos. Cada
estante/arara uma marca diferente. O bacana
disso é proporcionar uma experiência de
compra diferente do formato de loja comum:
o cliente tem uma gama gigante de produtos

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 131


Emprego 5/13

num lugar só, a maioria deles de um expositor


que faz todo o processo criativo de forma
independente”, explica.

Também idealizadora da Feirinha da


Gambiarra, Isabele destaca as vantagens da
loja colaborativa. “Enxerguei a oportunidade
como uma forma de levantar a bandeira que já
carrego há anos com a Feirinha da Gambiarra:
fomentar a Economia Criativa local e fortalecer
a cadeia produtiva desses empreendedores
que tem como principal insumo a criatividade.
A opção de levar as marcas ao público do
shopping, que muitas vezes é diferente do
que frequenta da feirinha faz parte do plano.
Muitos deles não teriam como abrir uma loja
com ponto fixo num shopping com custos
altíssimos, a loja proporciona isso: eles pagam

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 132


Emprego 6/13

uma taxa razoável e tem

ARQUIVO PESSOAL
seus produtos sendo
vendidos num ponto
de alto fluxo da cidade
com todo o suporte de
vendas, embalagem,
marketing, etc”, conta.

Proprietária de uma da
marca Filhote&Co que
produz laços exposta
na Gambiarra Loja
Vanessia começou sua marca
Colaborativa, Vanessia com a vontade de vestir
seu filho com assessórios
Neves, conheceu da idéia diferentes
de loja colaborativa em
uma viagem.

“Esse formato de loja nada mais é que um


espaço empresarial coletivo onde pequenos
empreendedores criativos dividem custos
fixos e têm a oportunidade de apresentarem
seus produtos ao público em uma loja física.
É uma grande loja com pequenas lojas
dentro. Esse modelo de negócio oferece aos
microempreendedores a oportunidade de

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 133


Emprego 7/13

ARQUIVO PESSOAL

Os laços chamam a
atenção da mamães

expor sua marca com menor investimento


financeiro. É uma solução para pessoas que
dedicam seu tempo para tornar sua idéia
uma realidade e precisam de um auxílio para
levá-la a publico”, destaca.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 134


Emprego 8/13
VIEIRA NETO

Rafael Benevides e Vinicius Benevides sócios da Vida Doca

VIDA DOCA
Mais do que uma loja colaborativa, um
espaço cultural, produtora de eventos com
um café que ao mesmo tempo é bar, ¬¬na
Rua Nossa Senhora do Socorro a Vida Doca
foi uma idéia dos irmãos Rafael e Vinicius
Benevides que queriam montar um negócio
que enaltecesse a cultura do estado.

Rafael explica como foi o processo criativo


para montar a Vida Doca. “A idéia era fazer
mais que uma loja colaborativa, porque a
gente sabe que a inserção desse modelo no

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 135


Emprego 9/13

mercado da gente seria

LUIZABONFIM
um pouco difícil de
digerir para os nossos
possíveis clientes. Então
a gente trabalha com a
idéia de centro cultural,
então a gente vende
conteúdo, idéia, então
hoje tem campanhas
de “compre de quem
faz”, “saiba quem faz
suas roupas”, a idéia
Naná Oliveira é proprietária
é partir na contramão de uma das marcas expostas
na Vida Doca
do consumismo.
Apesar de ter uma loja a gente não incentiva
o consumismo, e sim que você compre de
uma pessoa que faz para o fortalecimento de
cultura do mercado local”, explica.

Completamente mutável o espaço pode


receber diversos expositores. “A gente
procurou um espaço grande para comportar
o maior número de marcas possíveis,
ainda não chegamos ao nosso limite. Os
expositores têm rodinhas, aqui é tudo

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 136


Emprego 10/13

mutável, exatamente para atender o maior


número de expositores possível”.

A distribuição das marcas é realizada de


forma dinâmica, fazendo com que o cliente
conheça diversas marcas em uma visita. “Se
eu fizesse uma loja com espaços determinados
por marca, a pessoa vem atrás da marca A
compra e vai embora, então a gente pensou
em não separar por marcas, se você entra
pensa que é uma loja normal. Tem uma arara
com roupas femininas e aqui eu tenho cinco
marcas, então você vai atrás de uma marca
e acaba conhecendo outras marcas porque
estão juntas na arara, isso acaba criando uma
competição saudável e publicidade”, conta.

Proprietária marca de roupas e acessórios


@nanaoliveiraloja que está exposta no DOCA,
Naná Oliveira, destaca o benefício da loja
colaborativa. “Existe uma dificuldade de
expor nosso trabalho de maneira que se dê
seu devido valor. Antes da chegada de lojas
colaborativas em Aracaju, a única possibilidade
de trabalho era em feirinhas e o mercado

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 137


Emprego 11/13
ARQUIVO PESSOAL

Jamille possui uma marca de cosméticos artesanais e naturais

nas redes sociais. A possibilidade de ter um


espaço físico para vender nossos produtos
de uma forma circular, que nos dê um retorno
financeiro real, só veio a partir desse modelo
de comércio”, conta.

A farmacêutica e fitoterapeurta, Jamille


Souza, proprietária da Inaêmarca de
cosméticos artesanais e naturais que une a

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 138


Emprego 12/13
VIEIRANETO

A variedade de marcas na loja permite que o cliente descubra coisas novas

saboaria natural com os conhecimentos da


aromaterapia e os saberes ancestrais, comenta
como as lojas colaborativas podem ajudar
quem está começando a empreender.

“A decisão de participar de uma loja


colaborativa vem da necessidade/possibilidade
de disponibilizar os produtos e informações ao
meu público de forma mais fluida, que é o que

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 139


Emprego 13/13
VIEIRA NETO

A Vida Doca é um espaço para valorizar a cultura

uma loja física possibilita, a um custo viável


para o orçamento de um microempreendedor.
Sabendo que é esse é apenas um dos motivos
práticos para estar inserida no processo
colaborativo, porque se formos ampliar
o olhar, o espaço colaborativo possibilita
uma infinidade de vantagens para todos os
envolvidos como o aumento na visibilidade
das marcas (marcas mais jovens se ancoram
em marcas que já galgaram seu espaço no
cenário), organização do tempo do artesão que
fica mais “livre” para se dedicar às etapas de
criação dos produtos e outros”, explica Jamille.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 140


Emprego 1/6

DESAFIO
DO PRIMEIRO
EMPREGO
lCoach dá dicas para quem está querendo
entrar no mercado de trabalho

O início da vida profissional em tempos que


a taxa de desemprego está elevada amedronta
muitos que ficam na dúvida de como se
preparar para procurar o primeiro emprego ou
primeiro estágio.

A estudante de enfermagem, Mirella


Andrade, está em busca do seu primeiro
emprego há cerca de um ano, porém a falta de
experiência é a maior dificuldade. “Procurei
muito na minha área de estudo (saúde),
mas por conta de alguns requisitos como
alta experiência em determinadas funções,
ainda não consegui nenhum. Olho em outras

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 141


Emprego 2/6

áreas também, mas,

ARQUIVO PESSOAL
basicamente tudo
precisa de experiência...
sendo que precisamos
de experiência para ter
experiência, fica um
pouco difícil”, comenta.

A Coach Integral
Sistêmico nas áreas
de Vida, Carreira e
Inteligência Emocional,
com expertise de mais Mirella Andrade busca
o seu primeiro emprego
de 10 anos em Gestão
Estratégica de Pessoas, Taissa Amorim,
destaca a importância do tema.

“É o início de um novo ciclo na vida de tantas


pessoas. Um momento de conexão interior
porque perpassa pela Matriz de Crenças:
identidade, capacidade e merecimento.
Quem eu sou? O que sou capaz de fazer?
Sou merecedor de conquistar um excelente
emprego? Sou merecedor de uma excelente
oportunidade de desenvolvimento pessoal,

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 142


Emprego 3/6
ARQUIVO PESSOAL

Taissa Amorim, Coach Integral Sistêmico nas áreas de


Vida, Carreira e Inteligência Emocional, com expertise de
mais de 10 anos em Gestão Estratégica de Pessoas

profissional e financeiro? A busca pelo primeiro


emprego na verdade é um momento de decisão
que mexe com toda estrutura emocional. Antes
de preparar o currículo entenda exatamente
onde você quer chegar”, conta.

Taissa comenta que primeiro é necessário


saber qual é o objetivo profissional.
“Prepare seu currículo focado no que
você deseja alcançar profissionalmente.

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 143


Emprego 4/6

Um currículo claro, conciso e escrito com


muita sinceridade vai ajudar o recrutador
a entender o seu objetivo e irá facilitar a
conexão entre vocês. Atenção, ao elaborar
seu currículo destaque as competências
que desenvolveu ao longo da trajetória
acadêmica, a exemplo: liderança,
determinação, boa comunicação, pontual,
saber trabalhar em equipe”.

A coach também destaca que o


autoconhecimento é importante na hora de
entrar no mercado de trabalho. “Sinceridade
e transparência são qualidades de extrema
importância no ser humano. Mostre total
confiança ao expor suas qualidades e, claro,
seus pontos de melhoria. Todos nós estamos
‘sempre’ em processo de evolução, então,
não exija muito de você. Uma super técnica
vou compartilhar com você: escreva 30
características positivas suas, caso tenha
dificuldade pergunte as pessoas da família,
amigos, colegas da escola, faculdade, as
características que reconhecem em você.
Escreva quais comportamentos precisam

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 144


Emprego 5/6

melhorar e com certeza vai encontrar os


pontos de melhoria”, comenta.

Outra dica que Taissa dá para os iniciantes é


focar nas empresas do seu interesse. “Lembre-
se de preparar o currículo especialmente para
cada empresa. Você é singular, ou seja, suas
características de tornam uma pessoa especial
e diferente das demais. Assim é a empresa que
irá candidatar-se, é especial com sua missão,
visão e valores”, destaca.

Na hora da entrevista outro cuidado que


a coach chama atenção: é em relação à
imagem. “Cuide de sua imagem. Saiba que nos
comunicamos fortemente de forma não verbal”.

A roupa, o sapato, acessórios, cabelo,


maquiagem, unhas, barba precisam estar
adequados para o ambiente profissional. Todo
o visual precisa passar uma impressão de
cuidado, asseio, harmonia, conforto”, conta.

E para aqueles sem experiência, Taissa


comenta que é importante valorizar a

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 145


Emprego 6/6

experiência acadêmica. “Existem empresas


que gostam e até preferem candidatos sem
experiência para determinados cargos [e
isso] acaba sendo vantajoso para o futuro
do negócio. Os candidatos chegam sem
vícios comportamentais e desenvolvem seus
talentos de acordo com o perfil da empresa.
Explore seus resultados na escola/
faculdade, participações em congressos,
seminários, cursos de aperfeiçoamento,
trabalhos voluntários, intercâmbio,
trabalhos desenvolvidos como TCC e
Monografias”, explica.

Receba o seu jornal CINFORM digital


GRÁTIS toda semana através do
WhatsApp, às segundas e quintas-feiras

TOQUE AQUI
E CADASTRE-SE

ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 146


FUNDADO EM 2 DE DEZEMBRO DE 1982 PUBLICADO EM DIGITAL DESDE 17 DE JULHO DE 2017

EDITOR–CHEFE
Edvar Freire Caetano
DRT – 591/SE (79) 99988-1412

Jornalistas
Fredson Navarro – DRT – 1145/SE
Julia Freitas – DRT – 2286/SE
Juliana Paixão – DRT – 2236/SE
Paula Coutinho – DRT – 27825-RJ
Thayná Ferreira – DRT – 2287/SE

Editoração Eletrônica
Altemar Oliveira
oliveiraltemar@gmail.com

Fotos e Vídeos
Vieira Neto

Marketing
Alberto Costa
alcosa@cinform.com.br

Contatos comerciais
Alexandre Carvalho (79) 99973-7808
Áurea Cristina (79) 99833-2123
Cláudio Sousa (79) 99971-9179

ENTRE EM CONTATO
(79) 3304 - 5414

OUVIDORIA VOLTAR
1ª PÁGINA
ouvidoria@cinform.com.br
ANO 35 - ED. 1857 -12/11/2018 - 147

Você também pode gostar