Níveis e Modalidades de Educação e de Ensino – Grupo 3
A própria CF 1988(Constituição Federal) visa o pleno desenvolvimento da pessoa,
no que diz respeito a cidadania e a qualificação profissional do indivíduo. É dever do Estado maior, oferecer condições necessárias para o cidadão se manter estudando e tendo acesso a seus direitos. Segundo a LDB, o Brasil possui dois níveis de educação, a educação Básica(Ensino infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) e Ensino superior. Começando pela Educação Básica, se faz necessário entender qual a função da mesma. A função da escola básica é a de formar um cidadão pleno que tenha consciência de seus direitos e deveres e que seja capaz de progredir no trabalho e nos estudos posteriores. A educação infantil tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até 5 anos de idade em aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade. É dever do Estado maior desde a CF 1988 oferecer o serviço, onde ficou sob responsabilidade dos municípios tomar conta desse sub nível da Educação Básica. O município tem a opção de integrar-se ao sistema estadual e nele compor um sistema único de escola básica. Sabe-se da dificuldade dos municípios para manter esse sub nível da escola básica, pois faltam recursos financeiros. A educação infantil deve ser oferecida em creches(para crianças até 3 anos) e em pré-escolas, para crianças de 4 e 5 anos. Não há nessa etapa a obrigatoriedade de um cumprimento de carga horária de oitocentas horas distribuídas nos duzentos dias letivos, assim como a avaliação também, destina-se ao acompanhamento e ao registro do desenvolvimento da criança. A titulação necessária para atuar na educação infantil é a licenciatura ou o curso normal superior, sendo admitida a formação em nível médio, na modalidade normal. O Ensino Fundamental tem por objetivo principal a formação do cidadão. É obrigatório e deve ser oferecido pelo Estado maior par todos, faz-se necessário lembrar que o Ensino Fundamental não se estende só a crianças dos 7 a 14 anos como previa a lei anterior, agora se estende também a pessoas que não tiveram a oportunidade de cursar o mesmo. O mesmo, deve ser ministrado em Língua Portuguesa, assegurando as comunidades indígenas a utilização de suas Línguas maternas, como consta na Constituição Federal. Em alguns estados, o ensino fundamental é separado em ciclos, de 1° a 4° série é um e outro de 5° a 8° série, alguns estados não adotaram isso, mas os que adotaram passaram a responsabilidade do 1° ciclo(1° a 4° série) para os municípios. A jornada escolar no Ensino Fundamental deve ser de no mínimo quatro horas, podendo com o tempo se tornar escola de tempo integral. Em relação ao currículo tem-se: Linguagens(Língua Portuguesa, Língua materna para populações indígenas, Língua estrangeira moderna, Arte, Educação Física), Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas(História e Geografia) e Ensino Religioso. Em 1996 com a aprovação da LDB, o ensino médio passou a ser a última etapa do ensino básico. É no ensino médio que se vem a dúvida de saber qual o real foco do mesmo, é o trabalho ou a continuação dos estudos no Ensino Superior. O Brasil tinha problemas com a quantidade de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola, era um número de 1,8 milhões de jovens fora da mesma, chegando a mais de 50% dá totalidade de jovens. Depois que foi lançado o Ensino Médio Inovador a situação melhorou um pouco. Com as novas mudanças da LDB/1996, o ensino médio deixou de ter a obrigatoriedade de habilitar para o mercado de trabalho, algo que passou a ser facultativo, tendo agora uma duração de no mínimo três anos. Mas no PL do no PNE(2011 – 2020) há uma meta para fomentar a expansão das matrículas de ensino médio integrado a educação profissional. As finalidades do Ensino Médio são aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimentos de estudos, preparar para o trabalho e cidadania e aprimoramento como pessoa humana. A educação superior tem por finalidade formar profissionais nas diferentes áreas do saber, promovendo a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos e comunicando-os por meio do ensino. A educação superior abrange os seguintes cursos e programas: Cursos sequenciais, cursos de graduação, cursos pós- graduados(mestrados, doutorados, especializações, aperfeiçoamento entre outros) e cursos de extensão. A organização mudou diante do Decreto n° 5.773 de 9 de Maio de 2006. Os cursos podem ser ofertados por Universidades, centros Universitários e Faculdades. As Instituições de Ensino Superior(IES) classificam-se em públicas ou privadas. As públicas são criadas, mantidas e administradas pelo poder público e estão classificadas em Federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal. A educação superior deve ser gratuita nas IES públicas. As privadas são mantidas e administradas por pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado e dividem-se, organizam-se, em instituições privadas com fins lucrativos ou sem fins lucrativos. A educação de jovens e adultos destina-se aos que não tiveram, na idade própria, acesso ao ensino fundamental e médio ou continuidade de estudos nesses níveis de ensino. É dever do estado promover esse serviço e garantir acesso a essas pessoas. A educação profissional e tecnológica, integra-se em diferentes níveis e modalidades de educação e as dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. Os cursos de formação tecnológica podem ser de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; de educação profissional técnica de nível médio; de educação tecnológica de graduação e pós-graduação. Essa modalidade de ensino deve ser desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por educação continuada em instituições especializadas. A educação especial é a modalidade que é caracterizada pelos serviços educacionais a crianças ou jovens com necessidades especiais. Os fundamentos desse tipo de educação foi inscrito inicialmente na Declaração Universal dos Direitos Humanos(1948) e na Declaração Universal da Criança(1959) e depois foi consolidado na Declaração Mundial de Educação para Todos(1990). Os princípios fundamentais desse tipo de educação está inscrito na Declaração de Salamanca onde diz que a escola deve acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas entre outras, pois o termo necessidades educacionais especiais abrange muito mais do que o de deficiência, uma vez que se refere “a todas as crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua capacidade ou de suas dificuldades de aprendizagem”. A lei estabelece que as escolas devem assegurar currículos e forma de organização específicos para atenderem essas necessidades específicas.