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D iário de N otícias
Quarta-feira, 31 de Outubro de 2018 – Edição nº3708
i inguy
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MOÇAMBIQUE E BOA GOVERNAÇÃO

Analistas falam em muito

FARMÁCIA ALOE VERA, Rua do Mercado-Parc. 834/A1 Mahlazineç

discurso e pouca prática

Cell:823841566, Fazemos entrega de medicamentos ao domicílio

Moçambique desceu dois
lugares no Índice Ibrahim de
Boa Governação Africana 2018
em relação ao ano anterior,
ocupando a 25º. posição.
O documento indicou que
o país somou 51 pontos numa
escala de 100, contra 52,2 pon-
tos no ano passado, agravando a
tendência de “deterioração acel-
erada” registada desde 2008.
Os relatores indicam que
o único progresso foi registado
na categoria de Segurança e
Estado de Direito, enquanto há
retrocessos na avaliação às categorias
de Participação e Direitos Humanos, de
Desenvolvimento Humano e de Desen-
volvimento Económico Sustentável.
Analistas moçambicanos con-
sideram que o não esclarecimento da
questão das chamadas dívidas ocultas,
a ausência de progressos no combate
à corrupção e o branqueamento de
capitais contribuem para o facto de
Moçambique continuar a ser mal clas-
sificado no Índice Ibrahim.
Para o analista Francisco Mat-
sinhe, vários factores concorrem para
esta realidade, entre os quais o facto
de ainda não terem sido esclarecidas
as chamadas dívidas ocultas.
Na opinião daquele analista, o
outro aspecto que terá contribuído para
a fraca classificação de Moçambique
relaciona-se com a falta de progressos
na luta contra a corrupção.
Do ponto de vista económico,
Matshinhe realça que não houve
progressos.Por seu turno, o analista
Fernando Mbanze considera que no
que se refere ao combate à corrupção
e branqueamento de capitais, “Moçam-
bique continua com muito discurso e
pouca prática”. (Redacção)

TRATA-SE DE EDUARDO NHAMPOSSA E AGOSTINHO MANJEJE

Empossados novos membros da

comissão liquidatária do Nosso Banco
(Maputo) O Banco de membros da comissão liquidatária do faliu em Novembro de 2016.
Moçambique anunciou ontem Nosso Banco, instituição que perten- Os dois novos membros que
a entrada em funções de novos cia à Segurança Social nacional e que ⇒ Publicidade

DN 3708 - 1
se juntam à presidente do órgão são
Eduardo Nhampossa e Agostinho
Manjeje, em representação dos ac-
cionistas e dos credores, respectiv-
amente, escreve o banco central em
comunicado.
O Banco de Moçambique espera
que “os recém-empossados imprimam
maior celeridade, tendo em vista um
desfecho rápido do processo liqui-
datário”, acrescenta.
“A tarefa que vos espera não é
nada fácil dado as particularidades
do Nosso Banco, por isso o desfecho
deste poderá ser uma referência para
a banca no futuro”, referiu Rogério
Zandamela, governador do banco
central, citado no comunicado.
Para aquele responsável é
PARA LEVAR A ÁGUA E SANEAMENTO A TODA A POPULAÇÃO
Moçambique tem de gastar
3,3 mil milhões de dólares
(Maputo) Moçambique terá
de investir 3,3 mil milhões de
dólares para assegurar o acesso
universal à água e saneamento
imprescindível que haja “justiça” e
“soluções equilibradas”, uma vez que
“há muitos interesses em jogo que
precisam de soluções em que nenhum
dos actores seja prejudicado”.
Além dos dois novos membros,
faz parte da comissão liquidatária do
Nosso Banco Irene Maurício, presi-
dente do órgão, investida no cargo em
Agosto, depois de nomeada pelo gov-
ernador do Banco de Moçambique.
O Banco de Moçambique deter-
minou a liquidação do Nosso Banco, a
11 de Novembro de 2016, designando
a Deloitte & Touche como presidente
da comissão liquidatária.
Na altura, o banco central referiu
que “não foi possível a recuperação
da situação financeira e prudencial
até 2030, disse o vice-ministro da
Habitação e Obras Públicas, Victor
Tauacale.
Taucale assinalou o esforço
deficitária” da instituição, incapaz de
cumprir um plano de reestruturação
delineado em 2014, “pondo em risco
os interesses dos depositantes e de-
mais credores, bem como o normal
funcionamento do sistema bancário”.
Em Maio, o Banco de Moçam-
bique dissolveu a comissão liqui-
datária do Nosso Banco, evocando
incumprimento das obrigações decor-
rentes da lei.
No início de Outubro, o banco
central convocou Mariano Matsinhe,
um “histórico” da Frelimo, Francisco
Mazoio, presidente da Segurança
Social, e Mussa Tembe, antigo ad-
ministrador do Nosso Banco, para
responderem por contravenção na
insolvência. (Redacção)
financeiro necessário para fazer
chegar a água e o saneamento a
todos os moçambicanos, quando
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falava durante a assinatura de
um memorando de entendimento
entre a Administração de Infra-es-
truturas de Águas e Saneamento
(AIAS) e a Operations Water, uma
organização não-governamental
norte-americana.
Para o sector de saneamento
devem ser mobilizados 2,2 mil
milhões de dólares e para a área
da água 1,1 mil milhão de dólares.
CHIBUTO, PROVÍNCIA DE GAZA
Empresa chinesa inicia
exploração de areias pesadas
(Maputo) O início do projec-
to de exploração de areias pesadas
do Chibuto é um dado adquirido,
cujo impacto irá alterar de forma
radical a qualidade de vida da
população, disse o director pro-
vincial dos Recursos Minerais e
Energia.
Castro Elias disse ainda que
a empresa chinesa Dingsheng
Minerals já instalou a unidade
O vice-ministro da Habitação
e Obras Públicas declarou que o
alargamento do acesso à água e
ao saneamento a mais camadas da
população moçambicana só será
possível através de parcerias entre
o Estado e o sector privado.
Vi c t o r Ta u a c a l e a p o n t o u
os benefícios da parceria com a
Operations Water como um dos
exemplos da cooperação entre o
de processamento das areias com
capacidade para processar diari-
amente 10 mil toneladas.
O responsável adiantou que
a empresa chinesa está actual-
mente a preparar a instalação, até
meados de 2019, de mais nove
plataformas, a fim de permitir o
processamento diário de 100 mil
toneladas de areias.
Decorrem actualmente es-
sector público e privado.
O entendimento vai permitir
que 500 mil pessoas tenham acesso
à água e saneamento, através da
construção de sistemas de abaste-
cimento de água.
O acordo prevê investimentos
no valor de 50 milhões de dólares
para estudos e obras de infra-es-
truturas de abastecimento de água.
(Redacção)
tudos para determinar a melhor
maneira de proceder ao escoa-
mento dos minerais extraídos das
areias, estando a ser equacionada
a construção de um porto na
região de Chongoene, a cerca de
15 quilómetros da cidade de Xai-
Xai, capital provincial de Gaza.
O projecto inicial previa a
construção de uma linha férrea,
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de Chibuto a Lionde, no distrito
de Chókwè, de onde o minério
seria escoado para o terminal da
Matola, na província de Maputo.
“Depois de estudos mais
aprofundados conclui-se apresen-
tar maior viabilidade a construção
SÃO 800 MILHÕES DE DÓLARES
Grupo indiano aplica capital em
projecto de gás natural em Moçambique
(Maputo) O grupo estatal
indiano Bharat Petroleum Corpo-
ration Ltd (BPCL) vai aplicar 800
milhões de dólares num projecto
de gás natural em Moçambique no
qual detém uma participação de
10%, disse uma fonte do grupo.
Um administrador do gru-
po disse ao suplemento Busi-
nessLine do jornal indiano The
Hindu que o montante a ser
aplicado decorre do facto de os
investimentos necessários para
desenvolver o projecto estarem
estimados em cerca de 20 mil
milhões de dólares.
“Estimamos que uma parcela
entre 33% a 37% desse montante
seja representada por capital e
Nova data para a inauguração
(Maputo) A ponte Mapu-
to-Catembe vai ser inaugurada
dia 10 de Novembro, garantiu o
ministro das Obras Públicas, João
Machatine.
A última data anunciada para
a entrega do empreendimento
era este Outubro, tendo João
Machatine voltado a justificar o
adiamento com o facto de ter sido
mais demorado proceder à reti-
rada dos vendedores do mercado
Nwakakana.
A ponte Maputo-Catembe é
dos poucos grandes empreendi-
mentos a serem erguidos após a
independência de Moçambique,
em Junho de 1975, sendo a maior
ponte de África com vão suspenso
de um porto no Chongoene,
estando o processo de tramitação
processual para a obtenção de
espaço para a instalação desse
empreendimento num estágio
bastante avançado”, disse a fonte.
O projecto das areias pesadas
o restante por dívida, pelo que
a nossa participação de 10% irá
exigir uma aplicação de capital
estimada nos mencionados 800
milhões de dólares”, disse.
A fonte do grupo disse igual-
mente esperar que a decisão final
de investimento seja tomada em
2019, ou no primeiro ou no segun-
do semestre, tendo adiantado es-
tar o consórcio actualmente numa
fase avançada das negociações
com diversos compradores, in-
cluindo o próprio grupo indiano,
para garantir a comercialização
de nove milhões de toneladas de
gás por ano.
“Estas negociações deverão
ficar concluídas no final do ano
PONTE MAPUTO-CATEMBE
e uma das 60 maiores do mundo.
A Empresa de Desenvolvi-
mento Maputo Sul anunciou se-
gunda-feira que tanto a Estrada
Circular de Maputo como a ponte
Maputo-Catembe vão ser geridos
em regime de parceria públi-
co-privada, através de contratos
de concessão.
Além destas duas grandes
infra-estruturas, o Governo pre-
tende concessionar igualmente as
estradas de menor dimensão que
vão entroncar na Estrada Circular
de Maputo.
A construção tanto da Es-
trada Circular como da ponte
Maputo-Catembe foi adjudicada
de Chibuto ocupa, numa primeira
fase, uma área de 10 mil hectares
que de futuro, em função do
crescimento do empreendimento,
poderá estender-se para mais 15
mil hectares.
(Redacção)
ou no princípio de 2019”, disse
a fonte.
Integram o consórcio que
explora o bloco Área 1 a Anadarko
Moçambique Área 1, Ltd, uma
subsidiária controlada a 100%
pelo grupo Anadarko Petroleum,
com uma participação de 26,5%,
a ENH Rovuma Área Um, sub-
sidiária da estatal Empresa Na-
cional de Hidrocarbonetos, com
15%, Mitsui E&P Mozambique
Area1 Ltd. (20%), ONGC Videsh
Ltd. (10%), Beas Rovuma Ener-
gy Mozambique Limited (10%),
BPRL Ventures Mozambique B.V.
(10%), and PTTEP Mozambique
Area 1 Limited (8,5%).
(Redacção)
ao grupo chinês China Road and
Bridge Corporation (CRBC), ten-
do-se a construção iniciado em
Setembro de 2012.
A ponte, com um custo de
construção inicialmente estimado
em 315 milhões de dólares, atingiu
mais de 750 milhões de dólares,
montante concedido sob a forma
de empréstimos pelo Banco de
Exportações e Importações da
China até ao final de 2017.
A E s t r a d a C i r c u l a r, p o r
seu turno, já custou ao Estado
moçambicano mais de 300 mil-
hões de dólares, montante que foi
igualmente obtido através de em-
préstimos concedidos por aquele
mesmo banco chinês.(Redacção)
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