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DECRETO N.* 2.155 - DE 13 DE OUTUBRO DE 1978 Disp6e sobre o Conselho de Militar & do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro e da outras Pro- vidéncias © Governador do Estado do Rio de Janeiro , no uso de suas atribuigdes legais decreta Art. 18 - © Conselho de Disciplina 6 destinado a julgar da incapacidade do Aspirante - a - Oficial PM ou BM das demais pragas PM ou BM da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro com estabi- lidade assegurada , para permanecerem na ativa , criando-Ihes, ao mesmo tempo, condigdes para se defenderem Pardgrafo Unico - © Conselho de Disciplina pode , também , ser aplicado ao Aspirante - a - Oficial PM ou BM e as demais pragas PM e BM da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro reforma- dos ou na reserva remunerada , presumivelmente incapazes de permanecerem na situagao de inatividade em que se encontram Art. 28 E submetida a Conselho de Disciplina , ‘ex - officio” , a praga PM ou BM referida no Art. 1° e seu pardgrafo tnico | - acusada oficialmente ou por qualquer meio licito de comunicagao social de ter: a) procedido incorretamente no desempenho do cargo ; b)tido conduta irregular ; ou ¢) praticado ato que afete a honra pessoal , o pundonor Policial - Militar ou de Bombeiro - Militar, ou decoro da classe Il afastada do cargo , na forma do Estatuto dos Policiais - Militares ou dos Bombeiros-Mililares, por se tornar incompativel com 0 mesmo ou demonstrar incapacidade no exercicio de fungdes Policiais - Miltares ou de Bombeiro-Miltar a ele inerentes , salvo se o afastamento é decorréncia de fatos que motivem sua submissao a pro- cesso ; Ill - condenada por crime de natureza dolosa , nao previsto na legislagao especial concernente & Seguranga Nacional em Tribunais Civil ou Militar , & pena restritiva de liberdade individual até 2 (dois) anos , t20 logo transite em julgado a sentenga ; ou IV - pertencente a Partido Poltico ou associagdo , suspensos ou dissolvidos por forga de disposigao legal ou decisao judicial , ou que exercam atividades prejudiciais ou perigosas & Seguranga Nacional Pardgrafo Unico - E considerada entre outros , para os efeitos deste Decreto , pertencente a Partido ou Associagao , a que se refere este Art. , a praca da Policia Militar ou do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro , que , ostensiva ou clandestinamente 2) estiver inscrita como seu membro b) prestar servigos ou angariar valores em seu beneficio ; 6) realizar propaganda de suas doutrinas ; ou 4) colaborar , por qualquer forma , mas sempre de modo inequivoco ou doloso , em suas atividades Art. 3° - A praga PM ou BM da ativa , da Policial Militar ou do Corpo de Bombeiros , ao ser submetida ao respective Conselho de Disciplina , é afastada do exercicio de suas fungées Art. 4° A nomeagao do Conselho de Disciplina , ¢ da competéncia dos Comandantes-Gerais da Policia Militar @ do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro , no ambito de suas Corporagées. ‘An. 5* - 0 Conselho de Disciplina & composto de 3 ( trés ) oficiais da Corporagao da praga a ser julgada . § 1 - © membro mais antigo do Conselho de Disciplina , no minimo um oficial intermediério, 6 o Presidente ; © gue Ihe segue em antiglidade é 0 interrogante e relator , ¢ 0 mais moderno , 0 escrivao § 2 - Nao podem fazer parte do Conselho de Disciplina a) 0 oficial PM ou BM que formulou a acusagao b) 08 oficiais PM ou BM que tenham entre si, com 0 acusador ou o acusado, parentesco consangilineo ou afim , na linha reta ou até quarto grau_de consangiinidade colateral ou de natureza civil ; 0) 08 oficiais PM ou BM que tenham particular interesse na decisdo do Conselho de Disciplina Art. 6 - O Conselho de Disciplina funciona sempre com a totalidade de seus membros , em local onde a autoridade nomeante julgue melhor indicado para a apuragao do fato Ant. 7° - Reunido 0 Conselho de Disciplina , convocado previamente por seu Presidente , em local, dia e hora designados com antecedéncia , presente 0 acusado , o Presidente manda proceder & leitura @ a autuagéo dos documentos que constituiram o ato de nomeagao do Conselho; em seguida , ordena a qualificagdo e o interrogatério do acusado , o que é reduzido a termo , assinado por todos os membros do Conselho e pelo acusado , fazendo - se a juntada de todos os documentos por este oferecidos Pardgrafo Unico - Quando o acusado é Praga PM ou BM da reserva remunerada ou reformada e nao é loca- lizado ou deixa de atender & intimagao por escrito para comparecer perante o Conselho de Disciplina a) a intimagao é publicada em drgao de divulgagao na area de domicilio do acusado ; € b) o processo corre a revelia , se o acusado néo atender & publicagdo Art. 8° - Aos membros do Conselho de Disciplina ¢ licito reperguntar ao justificante e as testemunhas sobre © objeto da acusagao e propor diligéncias para o esclarecimento dos fatos . Art. 9° Ao acusado é assegurada ampla defesa , tendo ele , apds 0 interrogatério , prazo de 5 (cinco) dias para oferecer suas razdes por escrito , devendo 0 Conselho de Disciplina fomecer- Ihe o libelo acusatério , onde se Contenham com mintcias o relato dos fatos e a discrigao dos alos que Ines sao imputados §1° - 0 acusado deve estar presente a todas as sessdes do Conselho de Disciplina , exceto a sessao secre- a de deliberagao do relatério §2- Em sua defesa , pode o acusado requerer a produgao , perante o Conselho de Disciplina , de todas as provas permitidas no Cédigo de Processo Penal Militar § 3° - As provas a serem realizadas mediante Carta Precatéria sao efetuadas por intermédio da autoridade Policial Militar , Bombeiro Militar , ou na falta destas , da autoridade judiciaria local § 4° 0 processo ¢ acompanhado por um oficial PM ou BM a) indicado pelo acusado , quando este o desejar para orientagdo de sua defesa ; ou b) designado pela autoridade que nomeou o Conselho de Disciplina , nos casos de revelia Art, 108 - 0 Conselho de Disciplina pode inquirir 0 acusador ou receber , por escrito , seus esclarecimentos , ouvindo , posteriormente , a respeito , 0 acusado Art. 118-0 Conselho de Disciplina dispée de um prazo de 30 (trita ) dias , a contar da data de suua nome- ago , para a conclusao de seus trabalhos , inclusive remessa do relatério Paragrafo Unico - A autoridade nomeante , por motivos excepcionais , pode prorrogar , até 20 (vinte ) dias , © prazo de conclusao dos trabalhos Art. 128 Realizadas todas as dligéncias , o Conselho de Disciplina passa a deliberar , em sessao secreta, sobre o relatério a ser redigido § 1° - 0 relatério elaborado pelo escrivao e assinado por todos os membros do Conselho de Disciplina, deve decidir se a praga PM ou BM a) 6 , ou nao , culpada da acusagao que Ihe foi feita ; ou ) no caso do inciso Il do Art. 2°, levados em consideragao os preceites de aplicagéo da pena previstos no Cédigo Penal Militar , esta ou nao incapaz de permanecer na Ativa ou na situagao em que se encontra na inativida- de. § 2% A decisdo do Conselho de Disciplina é tomada por maioria de votos de seus membros. § 3° - Quando houver voto vencido , 6 facultada sua justificagao por escrito . § 4° - Elaborado 0 relatério, com um termo de encerramento, 0 Conselho de Disciplina remete o processo & autoridade nomeante . Art, 138 - Recebidos os autos do proceso do Conselho de Disciplina , a autoridade nomeante , dentro do prazo de 20 ( vinte } dias aceitando, ou néo, seu julgamento e, neste ultimo caso, justificando os motivos de seu despacho, determina | - 0 arquivamento do processo , se nao julga a praca PM ou BM culpada ou incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade ; Il a aplicagao de pena disciplinar, se considerar transgressao disciplinar a razao pela qual a praga PM ou BM foi julgada culpada ; Ill a remessa do processo & Autoridade de Justica Militar do Estado do Rio de Janeiro , se considera crime a razao pela qual a praca foi julgada culpada ; ow IV- a reforma ou exclusdo a bem da disciplina se considera que a) a razdo pela qual a praga PM ou BM foi julgada culpada esta prevista nos incisos I, Il ou IV do Art. 2°; ou b) se pelo crime cometido , previsto no inciso Ill do Art. 2°, a praga PM ou BM foi julgada ineapaz de per- manecer na Ativa ou na Inatividade § 18 O despacho que determina o arquivamento do processo deve ser publicado no Boletim do Comando Geral das respectivas Corporagdes e transcrito nos assentamentos da praca , PM ou BM , se esta é da ativa . § 2° A reforma da praca PM ou BM é efetuada no grau hierérquico que possui na Ativa , com proventos proporcionais ao tempo de servigo Art. 148 - 0 acusado ou , no caso de revelia , o oficial PM ou BM que acompanhou o processo podem inter- por recurso da decisdo do Conselho de Disciplina ou da solugao posterior da autoridade nomeante Pardgrafo Unico - © prazo para interposigdo de recurso é de 10 ( dez ) dias , contados da data na qual 0 acusado tem ciéncia da deciséo do Conselho de Disciplina ou da publicagéo da solueo autoridade nome- ante. Art. 15*- Cabe ao Secretério de Estado de Seguranga Publica , em ultima insténcia , no prazo de 20 (dias) contados da data do recebimento do processo julgar os recursos que forem interpostos nos processes oriundos do Conselho de Disciplina . Ant, 168 - Aplicam - se a este Decreto , subsidiariamente , as normas do Cédigo de Processo Penal Militar Ant. 178 = Prescrevem em 6 ( dias ) anos , computados da data em que forem praticados , os casos previstos neste Decreto Pardgrafo Unico - Os casos também previstos no Cédigo Penal Militar como crime prescrevem nos prazos rele estabelecidos Art, 18° - O Secretério de Estado de Seguranga Publica baixard as instrugdes complementares necessérias a execugao deste Decreto Art. 198 - Este Decreto entrard em vigor na data de sua publicacao , revogadas as disposigdes em contrério Floriano Faria Lima - Governador do Estado

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