Ensino da Língua Materna: do objecto aos objectivos
Aula de Português como aula de língua (não de discussão de
“temas”);
Noção de competência comunicativa e sobrevalorização
(errada) da função comunicativa da linguagem;
Competências da área cognitiva (função interna da
linguagem, Herculano de Carvalho) e lúdico-afetiva;
Sobrevalorização da competência comunicativa –> conceção
instrumental da linguagem;
Necessidade de o professor ter uma conceção correta e
problematizadora da língua e da sua relação com o sujeito falante –> só assim compreende os objetivos da LM;
Inseparabilidade entre o sujeito e a língua (cf. Benveniste);
Instituir pedagogicamente a língua como objeto de ensino-
aprendizagem;
A língua como objeto (está em frente do SUJEITO) -> esforço
de construção problematizante Transparência VERSUS Opacidade, fazer ver a língua como uma realidade e uma forma de criar realidade;
Funções da linguagem (malefícios da banalização pedagógica
e da pedagogização); modelo de Bühler, de Jakobson e de Halliday;
Necessidade de o professor saber mais e mais profundamente
do que aquilo que ensina;
Encarar a linguagem na totalidade das suas funções;
Especificidades do ensino do português e capacidade de
flexão da língua sobre si própria.
Língua materna.
Relação do falante com a língua: virtualidades lúdico-estéticas
e cognitivas;
Autorreferencialidade da linguagem -> funções
metalinguística, poética e fática. A linguagem não relaciona apenas o locutor com o mundo e consigo, MAS também com a própria linguagem. Narrar, uma atividade linguística fundamental;
Inserção na práxis social e desinserção fictiva dessa
realidade, das coordenadas enunciativas -> explorar no ensino da LM
Privilegiar textos e discursos mais complexos (escritos,
literários e não orais informaisnão imediatamente utilitários) -> virtualidades heurísticas, cognitivas e de fruição.
Mistério: sentidos metafóricos -> pacto pedagógico com a