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Alguns me perguntam por que apresentei meus quatro filhos para serem
batizados, quando cada um ainda não tinha mais que dois meses. Minha
resposta é que acredito estar seguindo a tradição bíblica, que remonta ao
tempo do Antigo Testamento, e que não foi abolida no Novo, de incluir os
filhos dos fiéis na aliança de Deus com o seu povo. Batizei meus filhos
crendo que, através desse rito iniciatório, eles passaram a fazer parte da
Igreja visível de Cristo aqui na terra. Minha crença sé baseia no fato de
que, quando Deus fez um pacto com Abraão, incluiu seus filhos na
aliança, e determinou que fossem todos circuncidados (Gn. 17.1-14). A
circuncisão, na verdade, era o selo da fé que Abraão tinha (ver Rm 4-3,11
com Gn 15.6), mas, mesmo assim, Deus determinou-lhe que
circuncidasse Ismael e, mais tarde, Isaque, antes de completar duas
semanas (Gn. 21.4). Abraão creu e o sinal da sua fé foi aplicado à Isaque,
mesmo quando este ainda não podia crer como seu pai. Mais tarde,
quando Moisés aspergiu com o sangue da aliança as tábuas da Lei dada
por Deus, aspergiu também todo o povo presente no monte Sinai,
incluindo obviamente as mães e seus filhos de colo (Hb 9.19-20).
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Foi uma grande alegria ter meus filhos batizados e vê-los, assim, receber
o selo da fé que minha esposa e eu temos no Senhor Jesus. Deus sempre
tratou com famílias (Dt 29.9-12), embora nunca em detrimento da
responsabilidade individual. Assim, Deus mandou que Noé e sua família
entrassem na arca (Gn. 7.1), chamou Abraão e sua família (Gn 12.1-3) e
castigou Acã, Coré e suas famílias juntamente. Paulo, ao refletir sobre a
história de Israel e ao mencionar a passagem dos israelitas pelo Mar
Morto, diz que todo o povo foi batizado com Moisés, na nuvem e no mar
inclusive as crianças, é claro, pois havia milhares delas (1 Co 10.1-4). Não
é de se admirar, portanto, que Pedro, no dia de Pentecostes, ao chamar os
ouvintes ao arrependimento, à fé em Cristo e ao batismo, disse-lhes que a
promessa do Espírito Santo era para eles e para seus filhos (At 2.38-39).
E não é de admirar que os apóstolos batizavam casas inteiras em suas
viagens missionárias: Paulo batizou Lídia e toda sua casa (,At. 16.15), o
carcereiro e todos os seus (At 16.3233), a casa de Estéfanas (1 Co 1.16). É
verdade que não se mencionam crianças nessas passagens, mas o
entendimento mais natural de "casa" e "todos os seus" é que se refira à
família do que creu e fica difícil imaginar que, se houvesse crianças, elas
teriam sido excluídas. Pois, para Paulo, os filhos dos crentes eram
"santos" (1 Co 7.14), ao contrário dos filhos dos incrédulos. Talvez ele
estivesse seguindo o que o Senhor Jesus havia dito, que não impedissem
as crianças de virem a Ele (Mc 10.13-16).
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expressão de fé e de arrependimento por parte daqueles que se convertem
a Cristo - coisas que uma criança em tenra idade não pode fazer. Por
outro lado, lembremos que passagens assim não tinham em vista os
filhos dos fiéis, mas toda uma primeira geração de adultos que se
converteram pela pregação do Evangelho.
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