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CIVIL
CURSO BÁSICO – NÍVEL SUPERIOR
PROF. EMANUEL BECKER
DIREITO CIVIL
PROF. EMMANUEL BECKER TORRES
emanuelbecker@bol.com.br
Obs: considerando que interpretar significa buscar o sentido e o alcance da lei, conclui-se que a
interpretação é um procedimento anterior à integração, posto que o primeiro pressupõe a
existência da lei que deve ser interpretada e o segundo a inexistência de lei.
São métodos de interpretação da lei:
LITERAL – letra da lei (a menos aconselhável)
LÓGICA – sentido lógico da lei
HISTÓRICA – analisa o contexto histórico em que a lei foi elaborada
SISTEMÁTICA – analisa a lei em conjuntos com as demais normas do ordenamento.
TELEOLÓGICA – baseia-se na finalidade da lei (art. 5º da LICC)
Se a própria lei não dispuser quando entra em vigor, entrará em vigor 45 dias após a publicação
(em território nacional) ou três meses após a publicação no exterior (art.. 1º, caput e § 1º licc)
Nova publicação do texto para correção da lei antes de entrar em vigor: (durante o prazo da
vacatio legis) o prazo de vigência começa a contar da nova publicação (art. 1º, § 3º licc)
4.2 EXPRESSA OU TÁCITA . Expressa quando a lei nova declara que a lei anterior, ou parte
dela, fica revogada. Tácita, quando não traz a declaração nesse sentido, mas mostra-se
incompatível com a lei antiga ou regula inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior (art. 2º,
§ 1º licc)
Obs: se a lei nova estabelecer disposições compatíveis (a par) com a antiga, não haverá
revogação (art. 2º, § 2º licc)
4.3 REPRISTINAÇÃO: retorno da lei revogada por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Por exemplo, revogada a Lei nº 1 pela Lei nº 2, e, posteriormente, revogada a lei revogadora (nº 2)
pela Lei nº 3, não se restabelece a vigência da Lei nº 1, salvo se a Lei nº 3, ao revogar a
revogadora (nº 2), determinar a repristinação da nº 1.
Importante observar que a repristinação não se opera automaticamente. Esse retorno deve ser
expresso e explicitamente previsto na norma que revogar a lei revogadora, pois o nosso
ordenamento apenas aceita a repristinação expressa, não existindo repristinação tácita
6.EFICÁCIA NO ESPAÇO
CÓDIGO CIVIL
PARTE GERAL
DAS PESSOAS. Ente físico ou jurídico com aptidão para contrair direitos e deveres na órbita civil.
1. INÍCIO DA PESSOA NATURAL - personalidade inicia com o nascimento com vida. Nasceu
com vida transmite e recebe direitos, mesmo que morra logo depois.
3. CAPACIDADE.
3.1 CAPACIDADE DE DIREITO. Possibilidade de adquirir direitos e contrair deveres na ordem civil
(art.1º CC). Toda pessoa é capaz de direito.
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A) INCAPACIDADE ABSOLUTA
- menores de 16 anos.
- enfermidade e deficiência mental. Não possuem o necessário discernimento para prática dos
atos da vida civil.
- por causa permanente ou transitória não puderem exprimir sua vontade. Ex.Coma. Ex. pessoa
sob efeito de drogas.
Os incapazes absolutamente são REPRESENTADOS
B) INCAPACIDADE RELATIVA
- maior que 16 e menor que 18 anos
- ébrios habituais, viciados em tóxico e aquele que em razão de enfermidade mental tiverem o
discernimento reduzido (difere da “falta de discernimento da incapacidade absoluta”)
-excepcionais sem desenvolvimento mental completo (ex. síndrome de down)
- pródigo: aquele que dissipa o seu patrimônio positivo desordenadamente.
Os relativamente incapazes são ASSISTIDOS
C) EMANCIPAÇÃO
- Consiste na antecipação da capacidade.
- CASOS:
Emancipação voluntária: menor entre 16 e 18 anos por concessão dos pais ou de um deles na
falta do outro, mediante instrumento público.
Obs: a expressão falta se refere à morte, ausência, perda do poder familiar. O desacordo entre os
pais quanto à emancipação voluntária impossibilita o ato, devendo o interessado pleitear
judicialmente
Emancipação judicial: menor entre 16 e 18 anos por sentença judicial, no caso de ausência,
perda do poder familiar ou morte de ambos os pais, ouvido o tutor.
OBS – A emancipação é para efeitos da vida civil. Assim, se determinada lei específica exige
certa idade, a emancipação não supre essa exigência. Ex- 18 anos para ingresso em cargo
público, para tirar carteira de habilitação.
Obs2 – Uma vez legalmente emancipado, a extinção da situação que o emancipou não o
torna, novamente, incapaz. Ex - divórcio, demissão do emprego público efetivo.
4.1 COMORIÊNCIA (morrer com) morte simultâneas de pessoas não se podendo verificar qual
delas faleceu antes. Presume-se que morreram no mesmo momento.
5. DOS REGISTROS
Os atos praticados pelas pessoas e os fatos que a atingem, merecem ser objeto de catalogação
em um órgão próprio, para que o Estado e terceiros possam ter ciência da situação jurídica dessas
pessoas e das situações jurídicas que elas experimentaram durante a sua vida.
Além do registro (ato principal), tem-se a averbação (ato secundário), tratando-se de informações
adicionais ao registro, quando, de regra, há alteração da situação inicial. De acordo com o Código
Civil:
Obs: ressalte-se que há legislação especial que rege os registros públicos (Lei 6.015/73)
Os direitos da personalidade são inerentes à pessoa humana, estando a ela ligados de maneira
perpétua. Dentre os direitos da personalidade destacam-se, dentre outros, o direito à vida, à
liberdade, ao nome, ao próprio corpo, à imagem e à honra.
A Constituição Federal expressamente se refere aos direitos da personalidade, no art. 5°, X, que
proclama: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
O Código Civil de 2002 dedicou um capítulo novo aos direitos da personalidade (arts. 11 a 21), e
preceitua no art. 11: “com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”. Vale
ressaltar que são também, extra-patrimoniais (estão acima dos direitos patrimoniais, não
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possuindo conteúdo econômico, o que não significa que não se possa pleitear ressarcimento
patrimonial quando utilizados ou ofendidos) inalienáveis (não podem ser vendidos, doados,
trocados, em suma, transferidos a terceiros) e imprescritíveis (não há prazo para sua proteção ou
exercício) . Além do que, o Art. 12 informa que, pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a
direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em
lei.
Em vida: conforme artigo 13, salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do
próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons
costumes. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida
em lei especial.
Para depois da morte: segundo o art. 14, é válida, com objetivo científico, ou altruístico, a
disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. O ato de
disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. Trata-se do princípio do consenso
afirmativo, onde o desejo de doar os bens é inequívoco, não havendo forma de
manifestação no sentido de doar que seja irrevogável
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
O nome é formado pelo prenome (nome próprio) e sobrenome (nome de família)
Vale salientar que há situações em que o prenome pode ser alterado, como exposição ao
ridículo, apelido público notório, mudança de sexo, proteção a testemunhas.
O sobrenome pode ser alterado quando se altera o núcleo familiar, como por exemplo com a
adoção, casamento.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
DA PESSOA JURÍDICA
1. CONCEITO. Entidade com personalidade jurídica diversa da dos indivíduos que a compõem,
formada por um grupo de pessoas ou bens que visam certos fins, com aptidão para adquirir
direitos e deveres na órbita jurídica
2. CARACTERÍSITICAS.
2.1. personalidade distinta dos seus membros. Ex. pessoa jurídica pode firmar contrato em seu
próprio nome.
2.2 autonomia patrimonial: se distingue o patrimônio dos sócios. Assim, de regra, o débito de PJ
é pago com seu próprio patrimônio. Exceção: desconsideração da pessoa jurídica.
3. ESPÉCIES
pessoas jurídicas de direito público interno (União, Estados, Municípios, Distrito Federal,
autarquias e fundações públicas) e externo (nações estrangeiras), e de direito privado (fundações
particulares, associações, partidos políticos, sociedades e organizações religiosas, empresas
pública e sociedades de economia mista).
5.1 – ASSOCIAÇÃO. PJ de direito privado constituída pela união de pessoas que se organizam
para fins não econômicos (ex. institutos, clubes de futebol e campo, associação de moradores,
sindicatos etc.). A finalidade não econômica é que a distingue da sociedade civil.
5.3 SOCIEDADE. PJ de direito privado constituída pela união de pessoas que se organizam para
fins econômicos (ex. sociedades civis ou empresárias). A finalidade econômica é que a distingue
da associação.
DO DOMICÍLIO
1. DEFINIÇÃO.
É a sede jurídica da pessoa, o local onde exerce, habitualmente, seus atos e negócios jurídicos e
onde está presente para todos os efeitos legais. Segundo o Código Civil, o domicílio é
caracterizado pela residência (elemento objetivo) com ânimo definitivo, ou seja, vontade de
permanecer (elemento subjetivo) (art.70). Caracteriza-se, assim, o domicílio voluntário.
2. PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS.
Admite-se a pluralidade de domicílios. Se a pessoa residir alternadamente e trabalhar em lugares
diversos, cada um desses será considerado seu domicílio (art.71 e 72).
Obs: importa ressaltar que o fato de se adquirir domicílio necessário, nem sempre implica em
perda do domicílio voluntário, haja vista a possibilidade de pluralidade domiciliar. Ex: o servidor
público e o marítimo continuam com seu domicílio voluntário. O preso e o incapaz, porém, perdem
o seu domicílio voluntário ao adquirir o necessário.
5. DOMICÍLIO DE ELEIÇÃO.
As partes contratantes podem estabelecer um determinado domicílio para o cumprimento da
obrigação contraída no contrato e para a propositura de ação referente ao mesmo contrato. Este é
chamado domicílio de eleição e só será o domicílio dos contratantes para aquele contrato.
6.2 DE DIREITO PRIVADO Será o local que seus atos constitutivos designarem. Se não houver
designação, onde exerce sua administração.
DOS BENS
1 DEFINIÇÃO.
Todo objeto que por ser útil é passível de ser apropriado pelo Homem. Deve ter valor econômico.
São bens imóveis aqueles que não podem ser deslocados sem a destruição de sua substância ou
valor. Bens móveis são aqueles que podem se mover sozinhos (semoventes) ou podem ser
deslocados sem perda da substância ou valor.
Espécies de imóveis.
Por natureza: o solo e tudo que for a ele incorporado (acessão) natural (árvore) ou artificialmente
(casa, sementes lançadas ao solo).
Por definição legal: 1)direitos reais sobre imóveis e as ações que o assegurem (ex.hipoteca) ;
2)direito à sucessão aberta (direito de herança) ;
Por destinação: 1) edificações separadas do solo, mas conservando sua unidade são removidas
para outro local; 2)materiais provisoriamente separados do prédio para nele serem reempregados.
Espécies de móveis.
Por natureza: Semoventes: têm movimento próprio (ex.animais). Móveis propriamente ditos:
suscetíveis de movimento por força alheia, sem destruição da substância ou valor.
Móveis para efeitos legais: 1)energias que tenham valor econômico 2)direitos reais sobre
objetos móveis e as ações correspondentes (ex.penhor) 3)direito pessoal de caráter patrimonial e
respectivas ações.
Móveis por antecipação: são os incorporados ao solo, mas com intenção de separá-los e
convertê-los em móveis. Ex. compra de área que tenha árvores para corte.
Móveis por destinação: 1)materiais destinados ao solo que não foram ainda utilizados 2)
materiais resultantes de demolição de prédio).
obs1: bens destinados à alienação (venda, doação) são consumíveis. Ex. livro exposto a venda.
Uma vez alienado, torna-se inconsumível.
obs2: Todo bem imóvel é inconsumível, mesmo se destinado à alienação. Uma casa nunca
pode ser consumível, mesmo se posta à venda.
ESPÉCIES DE ACESSÓRIOS
a) Frutos. Bens acessórios periodicamente gerados pelo bem principal, sem dispêndio da sua
substância. Ex. frutas, cria dos animais, aluguéis de uma casa, rendimentos da caderneta de
poupança.
b) Produtos são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade, porque não se
reproduzem periodicamente, como as pedras e os metais que se extraem das pedreiras e das
minas
c) benfeitorias. Obras ou despesas feitas num bem móvel ou imóvel, a fim de conservá-lo,
melhorá-lo ou embelezá-lo.
Espécies de benfeitorias:
Necessárias: feitas com propósito de conservar a coisa, evitando sua destruição. Ex.
conserto do teto da casa que está prestes a cair.
Úteis: melhorar a utilização da coisa. Exemplo: modificação da fiação da casa para aumentar
a quantidade de tomadas para eletrodomésticos.
Voluptuária: para aformoseamento do bem ou proprorcionar mais o deleite. Ex. piscina,
sauna.
d) Pertenças: bens que, não constituindo parte integrante, destinam-se de modo duradouro ao
uso, serviço ou aformoseamento de outro. Bens acessórios que mantêm sua individualidade. Ex.
mobília de uma casa, máquinas de uma fábrica, equipamentos agrícolas de uma fazenda.
Regra: os negócios jurídicos que abrangem o principal não envolvem as pertenças, salvo, se o
contrário resultar da lei, da vontade das partes ou circunstâncias do caso. Assim, no caso de
pertenças, o acessório não segue o principal.
Regra 01: são inalienáveis os de uso comum do povo e o de uso especial enquanto
guardarem esta qualificação. Os dominicais podem ser alienados (vendidos, doados,
trocados) nos termos da lei. Se a pessoa jurídica de direito público quiser alienar bem de uso
comum ou especial terá que proceder à desafetação, transformando um bem de uso comum
do povo ou especial em dominical.
Regra 02: nenhum bem público pode sofrer usucapião. Usucapião é a perda do bem pelo
proprietário em razão do uso prolongado do bem por outra pessoa.
FATOS JURÍDICOS
Todo acontecimento, natural (fato jurídico em sentido estrito) ou humano (ato jurídico, ato ilícito,
negócio jurídico), susceptível de produzir efeitos jurídicos.
Atos jurídico Trata-se da simples manifestação de vontade, sem conteúdo negocial, que determina
a produção de efeitos legalmente previstos. O elemento caracterizador dessa categoria reside na
circunstância de que o agente não goza de ampla liberdade de escolha na determinação dos
efeitos resultantes de seu comportamento, como se dá no negócio jurídico. São acontecimentos de
simples atuação humana, baseada em uma vontade consciente, tendente a produzir efeitos
jurídicos previstos em lei (reconhecimento de filho, etc)
O negócio jurídico é todo ato decorrente de uma vontade auto-regulada, onde uma ou mais
pessoas se obrigam a efetuar determinada prestação jurídica colimando a consecução de
determinado objetivo. Nele, os efeitos do negócio jurídico são previamente instituídos pelas normas
de direito, porém, para a sua realização, os mesmos estão sujeitos à livre negociação das partes
interessadas, que estabelecem as cláusulas negociais de acordo com suas conveniências, claro
que sem ultrajar os limites legais. Classificam-se em:
a) Negócios unilaterais e bilaterais: Unilaterais são aqueles atos em que basta a declaração de
vontade de uma das partes para que o negócio jurídico se aperfeiçoe. Já os bilaterais são aqueles
em se requer a manifestação de vontade de ambas as partes, para que o negócio se complete.
b) Negócios onerosos e gratuitos: Negócios onerosos são aqueles em que as partes acordam uma
prestação e uma contra prestação pecuniária, produzindo, para ambas, vantagens e encargos
(negócios sinalagmáticos). Negócios gratuitos ou graciosos caracterizam-se pela presença de
vantagens para somente uma das partes, enquanto que para a outra há somente encargos.
c) Negócios solenes e não solenes: Solenes ou formais são aqueles que, por sua própria natureza
ou por disposição legal, exigem o cumprimento de determinadas formalidades para que se
configurem perfeitos (ex., o casamento, que exige as formalidades dispostas nos artigos 193, 194
e 195 do Código Civil para que se realize). Não solenes são aqueles que não dependem de forma
determinada para se constituírem, podendo as partes recorrerem a qualquer delas.
1.2 Objeto lícito, possível (física ou juridicamente), determinado ou determinável (negócio nulo).
1.3 Forma prescrita (exigida) ou não defesa (proibida) em lei (negócio nulo). Ex: a lei exige
escritura pública para a alienação de bens imóveis com valor superior a 30 salários mínimos (art.
108 cc). Porém, ressalte-se que, de regra, não se exige uma forma específica para todo e qualquer
negócio jurídico. Na verdade, regra geral, a manifestação de vontade em fazer certo negócio
jurídico é livre e não dependerá de forma especial, a menos que a lei exija (art.107 CC). Assim, de
regra, os NJ são não-solenes.
Obs: O SILÊNCIO É VONTADE? a manifestação de vontade, regra geral, é livre, podendo-se fazer
negócio jurídico de qualquer forma (gestos, palavras, escritos). Porém, de regra, o silêncio não é
vontade, a menos que as circunstâncias ou os usos permitam concluir que a parte quis fazer o
negócio jurídico. (art.111).
Obs2: a manifestação de vontade deve ser interpretada restritamente quando se tratar de Negócio
jurídico benéfico (ex: doação) e renúncia a algum direito.
2. ELEMENTOS ACIDENTAIS.
São aqueles introduzidos facultativamente pela vontade das partes, não necessários à sua
essência. Entretanto, uma vez convencionados, passam a integrá-lo, de forma indissociável.
São três os elementos acidentais no direito brasileiro: a condição, o termo e o encargo.
2.1 Condição. É a cláusula que subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
Condição suspensiva é aquela que enquanto não se verificar, o negócio jurídico não
produzirá efeitos.
Condição resolutiva é aquela em que o negócio jurídico já produz efeitos de imediato, mas
se extingue quando a condição se verifica.
Obs: enquanto não se verifica a condição suspensiva, não se adquire o direito. Trata-se de
mera expectativa de direito ou direito eventual (art.125 CC). Por conseqüência, não se pode
exercitá-lo.
2.2 Termo. É a cláusula que subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e certo.
Termo inicial é aquele que enquanto não se verificar, o negócio jurídico não produzirá
efeitos.
Termo final é aquele em que o negócio jurídico já produz efeitos de imediato, mas se
extingue quando o termo se verifica.
Obs: enquanto não se verifica o termo inicial, se adquire o direito, porém não se pode
exercitá-lo (art.131 CC)
É cláusula pela qual se impõe um ônus ao beneficiário de uma liberalidade (ex: doação,
testamento).
Ex: O terreno é doado à Maria para que nele seja construída uma creche ou asilo.
A manifestação de vontade é essencial para o negócio jurídico, não importa a forma. Porém,
às vezes a vontade existe, mas está defeituosa, viciada, o que prejudica o negócio jurídico,
tornando-o, de regra, anulável.
a) ERRO - o autor da declaração de vontade a emite em razão da noção falsa ou por ignorância da
realidade.
Para anular o NJ deve ser substancial (grave).
Ex: pretende-se praticar um NJ, mas pratica-se outro. Ex.entende que está recebendo doação,
quando é venda; compra-se carro pensando ser 2005, mas é 2002; casamento desconhecendo a
qualidade da pessoa (erro quanto à pessoa).
Obs: o erro de cálculo não anula o NJ, possibilita a retificação.
b) DOLO - induzimento ao erro provocado pelo outro negociante ou por terceiro. Para anular,
precisa ser um dolo principal (substancial)
b1) Dolo acidental: causa prejuízo ao titular, mas não é causa determinante à realização do NJ-
não anula o negócio Jurídico, mas possibilita indenização por perdas e danos.
b2) Dolo bilateral: praticado por ambas as partes. Não anula o negócio jurídico (NJ VÁLIDO), nem
possibilita indenização por perdas e danos.
b3) dolo de terceiro: se o negociante que se beneficia sabia ou devia saber do dolo: o NJ é
anulável. Se o negociante que se beneficia não sabia nem deveria saber do dolo: o NJ subsiste,
respondendo por perdas e danos o terceiro que agiu com dolo.
b3) Dolo do representante: LEGAL – pais, tutor, curador (representado responde pelo proveito
que teve); CONVENCIONAL – por procuração (representado responde solidariamente com o
representante pelos danos causados à pessoa com quem o representante doloso negociou)
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A) FRAUDE CONTRA CREDORES - ato do devedor que para prejudicar seus credores
quirografários, diminui maliciosamente seu patrimônio (vendendo ou doando), estando ou tornado-
se insolvente.
- legitimidade para anular NJ: credores quirografários (credores sem garantias reais, apenas tem
como garantia do pagamento da dívida o patrimônio do devedor). É legitimado também os
credores cuja garantia real (penhor, hipoteca) se tornou insuficiente.
- casos de fraude:
* transimisão gratuita de bens (se for venda necessário provar que quem comprou sabia ou deveria
saber da fraude)
* remissão (perdão) de dívidas
- ação pauliana ou revocatória – ação utilizada para anular NJ realizado para fraudar os credores,
movida contra o devedor alienante e pessoa com quem o devedor celebrou o nj considerado
fraudulento.
Ex: João, casado, finge vender (NJ simulado) à Maria (sua amante) uma casa, quando na verdade
está doando (NJ dissimulado), pois sabe que é proibido doação à amante.
Ex2: João, solteiro, finge vender (NJ simulado) à Maria uma casa, quando na verdade está doando
(NJ dissimulado). A doação é válida, mas João quer pagar menos imposto (venda é 2% e
Municipal – ITBI. Doação é 5% e Estadual - ITCMD.
1. NULO (NULIDADE ABSOLUTA) (ART.166 CC). Afora outros casos estabelecidos em lei, são
nulos aqueles que não respeitam os requisitos de validade (art.104 CC – agente capaz, objeto
lícito, possível, determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa em lei ), com uma
exceção: os negócios praticados pelo relativamente incapaz é anulável.
3. DIFERENÇAS
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
Extinção de pretensão (art.189 CC) Extinção do direito subjetivo
Prazo estabelecido em lei. Não pode ser Prazo estabelecido em lei (decadência legal) ou
alterado pelas partes. (art.192 CC) por vontade das partes (decadência
convencional).
Há causas impeditivas, suspensivas De regra, as causas que impedem, suspendem e
(art.197/199 CC) e interruptivas (art.202
interrompem a prescrição não se aplicam à
CC) decadência (art.207 CC)
Exceção: não corre a prescrição nem a
decadência contra os absolutamente incapazes
(208 c/c 198,I do CC)
O juiz deve decretar de ofício (art.194 O juiz deve decretar de ofício a decadência legal
revogado pela lei 11.280/2006) (art.210 CC), mas não a convencional (art.211
CC)
Renúncia: só após a consumação da Renúncia: legal é nula (art.209 CC)
prescrição (art.191 CC) Convencional (sim)
OBS1: Prazo prescricional não estabelecido em lei, ocorrerá em 10 anos (art.205 CC).
OBS3: Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a
prescrição antes da respectiva sentença definitiva (art.200 CC).
OBS4: A prescrição iniciada contra uma pessoa, continua contra seu sucessor (art.196 CC)
OBS5: A prescrição e a decadência (legal ou convencional) podem ser alegadas pelo interessado
em qualquer grau de jurisdição (art.193 e 211 do CC).
RESPONSABILIDADE CIVIL
1.3 NEXO DE CAUSALIDADE – elo que liga a conduta ao resultado danoso. Sem a relação de
causalidade não existe a obrigação de indenizar. Se houve o dano, mas sua causa não está
relacionada com o comportamento do agente, inexiste a relação de causalidade e, também, a
obrigação de indenizar.
As excludentes da responsabilidade civil, como a culpa da vítima e o caso fortuito e a força
maior, rompem o nexo de causalidade, afastando a responsabilidade do agente, tanto objetiva
quanto subjetiva.
2.1 A CULPA COMO REQUISITO ESSENCIAL (Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito ). É a infração ao dever de não lesar outrem ou violar
direito alheio. Assim, para a configuração do ato ilícito é necessário, além dos requisitos essenciais
acima citados, o elemento culpa, que inclui a culpa em sentido estrito e o dolo (intenção de causar
dano).
A culpa em sentido estrito consiste na falta de diligência que se exige do homem médio, e se
apresenta nas formas de imprudência (É uma conduta positiva que causa um resultado lesivo que
era previsível. Citem-se os casos de direção com excesso de velocidade, não respeitar a rua
preferencial, limpar arma carregada.), negligência (é um não fazer quando deveria agir, deixar de
tomar o cuidado devido, omitir-se. Como deixar de fazer revisão dos freios do carro, deixar de olhar
para trás quando trafega em marcha a ré ou deixar arma ao alcance de crianças. A negligência dá-
se antes do início da conduta) e imperícia (é a inaptidão ou falta de capacidade para o exercício
de arte ou profissão. Para se qualificar como conduta imperita, fundamental que ocorra no
exercício de arte ou ofício, que exija habilitação para tal, pois está ligada à atividade profissional do
agente.
2.2 ABUSO DO DIREITO (Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-
fé ou pelos bons costumes.)
Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por
quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente
incapaz. (art.934 cc)
1. OBRIGAÇÃO DE DAR
Regra principal: o credor não será obrigado a receber prestação diversa, ainda que mais valiosa.
obs1: se a coisa se perde sem culpa do devedor, a obrigação se resolve, voltando-se ao status
quo ante.
obs2: se a coisa se perde com culpa do devedor, deve esta restituir o equivalente a coisa
perdida, com perdas e danos.
Obs3: na obrigação de restituir coisa certa, o dono é o credor, sofrendo ele o prejuízo se a coisa
se perder antes da tradição (devolução) sem culpa do devedor.
A coisa incerta é determinada apenas pelo gênero e quantidade. Por exemplo feijão (gênero) 04
sacas de 60 KG (quantidade).
Assim, fica na pendência de escolher a coisa, tornando a obrigação de dar coisa certa.
A escolha (concentração) cabe, de regra, ao devedor. Todavia, não será obrigado a escolher o
de melhor qualidade, mas também não será obrigado a dar o de pior qualidade.
O gênero não perece (art.246). Assim, se não houve a concentração, não pode o devedor se
eximir da obrigação, ainda que alegue caso fortuito ou de força maior.
2 OBRIGAÇÃO DE FAZER
Qualquer pessoa pode fazer. Assim, se o devedor se recusa, poderá ser feito pelo credor ou por
terceiros, sem prejuízo das perdas e danos cabíveis.
São as obrigações de fazer que só o devedor pode cumprir. Por exemplo a pintura de um quadro.
São realizadas intuito personae. Assim, na hipótese de recusa do devedor, resta ao credor pleitear
perdas e danos.
Se o devedor faz e recusa a desfazer, poderá ser desfeito pelo credor ou por terceiros, sem
prejuízo das perdas e danos cabíveis.
Se porventura não puder ser desfeito por ninguém, resta pleitear perdas e danos.
4. OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
Obs2: o credor não é obrigado a receber parte de uma, parte da outra prestação.
5. OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
Ocorre quando há mais de um devedor obrigado pela dívida inteira (solidariedade passiva) ou mais
de um credor que pode cobrá-la por inteiro (solidariedade ativa).
Obs2: na solidariedade ativa qualquer credor pode exigir do devedor a dívida integral e o
pagamento feito a qualquer dos credores extingue a obrigação. Se um dos credores perdoa ou
recebe a dívida por inteiro, responderá perante os outros credores pela quota de cada um deles.
Obs3: na solidariedade passiva, todos os devedores o são pela dívida inteira, podendo o credor
cobrar a totalidade da dívida de qualquer deles.
Porém, se a coisa devida se perde por culpa de um dos devedores, todos continuarão obrigados
pelo equivalente à coisa perdida, porém, responderá unicamente pelas perdas e danos o devedor
culpado.
Obs4: se um dos devedores paga a dívida por inteiro, a solidariedade se extingue. Assim, o
devedor que pagou terá direito de regresso contra os outros, porém só poderá cobrar de cada um
a quota devida. Ex: José, João e Carlos são devedores solidários de R$ 90,00. José paga toda
dívida se sub-rogando no direito do antigo credor. Porém, só poderá exigir de João e Carlos R$
30,00 de cada.
A) CESSÃO DE CRÉDITO
1. definição. Ocorre quando o credor (cedente) transfere o crédito que tem para com o devedor
(cedido) a outrem (cessionário), de forme gratuita ou onerosa.
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B) ASSUNÇÃO DE DÍVIDA.
Também denominada cessão de débito, ocorre quando o devedor transfere sua dívida para
outrem, que assume o pólo passivo da obrigação.
A) DO PAGAMENTO
2.1 PAGAMENTO PELO INTERESSADO (aquele que pode ser cobrado pela dívida ou sofrerá
ônus pelo inadimplemento. Ex. devedor solidário, avalista, fiador, adquirente de imóvel
hipotecado). Uma vez havendo o pagamento, o solvente se sub-roga nos direitos do credor
originário.
3.2 PAGAMENTO A CREDOR PUTATIVO aquele que aparenta ser credor. O pagamento é válido
mesmo que posteriormente se descubra que não era. p.ex. na cessão de crédito sem notificação
ao devedor.
4.1 REGRA GERAL: OBJETO DEVIDO E INTEGRAL (O credor não e obrigado a receber
prestação diversa mesmo que mais valiosa nem recebê-la de forma parcelada, se não foi
convencionado).
6.1 QUERABLE (quesível)– Regra Geral- na ausência de convenção, lei, natureza da obrigação, o
pagamento deve ser feito no domicílio do devedor.
7. DO TEMPO DO PAGAMENTO.
7.2 OBRIGAÇÃO SEM VENCIMENTO (vencimento imediato- interpelação pelo credor para
constituição em mora do devedor).
2. HIPÓTESES
2.1 RECUSA PELO CREDOR DE RECERBER OU DAR QUITAÇÃO
2.2 MORA DO CREDOR (não vem receber no lugar e tempo convencionados)
2.3 INCAPACIDADE, AUSÊNCIA, LUGAR PERIGOSO OU DE DIFÍCIL ACESSO
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3. EFEITO. (se a ação for procedente, exclui o devedor da mora e do risco de perda ou
deteriorização da coisa).
1. CONCEITO. pagamento da dívida por terceiro, que substitui o credor originário na relação
obrigacional.
2. ESPÉCIES.
C) DA IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO
1. CONCEITO. dá-se quando o devedor de duas ou mais dívidas da mesma natureza, líquidas e
vencidas, em relação a um mesmo credor, indica qual quer ver quitada.
2. REQUISITOS.
2.1 DUAS OU MAIS DÍVIDAS
2.2 UM CREDOR
2.3 DÍVIDAS DA MESMA NATUREZA, LÍQUIDAS E VENCIDAS.
3. AUSÊNCIA DE IMPUTAÇÃO
3.1 IMPUTA-SE NA MAIS ANTIGA
3.2 DEPOIS NA MAIS ONEROSA
3.3 PRIMEIRO NOS JUROS E DEPOIS NO CAPITAL
D) DAÇÃO EM PAGAMENTO
CONCEITO. Dação em pagamento é o acordo feito entre as partes no qual o credor aceita em
receber prestação diversa da que lhe é devida, liberando assim o devedor. As prestações devem
ter natureza diferente.
devedor não era o dono da coisa dada. Nesse caso, o objeto retorna ao seu verdadeiro dono e a
obrigação volta a existir.
E) NOVAÇÃO:
1.CONCEITO:Novação é a criação de obrigação nova para extinguir uma anterior. A novação não
produz satisfação imediata do crédito. É, na verdade, modo extintivo não satisfatório, pois o credor
não recebe a prestação devida, mas sim adquire outro direito de crédito. Por isso, novação =
NOVA OBRIGAÇÃO
2. REQUISITOS:
2.1 Existência de obrigação anterior. "Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser
objeto de novação obrigações nulas ou extintas" (art. 367). As obrigações nulas ou extintas não
podem ser novadas porque não se pode novar o que não existe.
2.2 Constituição de nova dívida. A inovação pode recair tanto sobre o objeto quanto sobre o sujeito
passivo ou ativo.
2.3 Intenção de novar (animus novandi). O credor deve ter a intenção de novar, pois renuncia o
crédito e todos os seus acessórios. "Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito, mas
inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira" (art. 361). Sem intenção, não
há novação.
3. ESPÉCIES:
a) Novação objetiva: Ocorre "quando o devedor contrai com o credor nova dívida para substituir a
anterior" (art. 360, I). A mudança incide sobre a dívida. .
b) Novação subjetiva ou pessoal: Ocorre "quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este
quite com o credor" (art. 360, II).
OBS1: "Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens
do que contrair a nova obrigação subsistem as preferência e garantias do crédito novado. Os
outros devedores solidários ficam por este fato exonerados" (art. 365). Como a novação extingue a
obrigação anterior, todos os co-devedores são exonerados.
OBS2: A extinção da obrigação antiga, com a novação, salvo disposição em contrário, atinge suas
garantias e seus acessórios (ao contrário da sub-rogação). Assim, a nova obrigação não terá as
mesmas garantias (hipoteca, penhor, aval, fiança) que a anterior possuía. Por isso, gera
exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.
F) COMPENSÇÃO
Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações
extinguem-se, até onde se compensarem (art. 368). A compensação acontece quando duas
pessoas são credoras e devedoras entre si de obrigações diferentes. Uma obrigação é paga pela
outra, e as duas são então extintas.
b) Liquidez das dívidas: "A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas
fungíveis" (art. 369).
c) Exigibilidade das prestações: Todas as obrigações devem ser exigíveis, ou seja, devem estar
vencidas. Isto porque só assim pode o credor impor a realização coativa do contracrédito.
d) Fungibilidade dos débitos: Os débitos devem ser fungíveis entre si, ou seja, devem ser coisas
fungíveis de mesma espécie. Exemplo: dívida de sacas de café não se compensa com de sacas
de milho.
OBS: "A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:" (art. 373, caput).
a) Inciso I: "Se provier de esbulho, furto ou roubo". Como constituem atos ilícitos, não podem ser
objeto de compensação. Exemplo: aquele que empresta dinheiro a terceiro não compensa seu
crédito roubando a mesma quantia deste. .
b) Inciso II: "Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos". O comodato e o depósito
representam a confiança mútua. Manter o objeto não é compensar o pagamento, pois o dever de
restituir permanece. A dívida de alimento não pode ser compensada porque seu pagamento
presume a sobrevivência da outra parte.
c) Inciso III: "Se uma for coisa não suscetível de penhora". A impossibilidade de se penhorar
significa que o objeto não pode ser alienado. A compensação de tal objeto resultaria justamente na
sua alienação à outra parte.
G) CONFUSÃO:
“A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela" (art. 392). Pode
ocorrer confusão parcialmente ou de modo total. Se for parcial, só libera o devedor no montante da
quota, como na compensação.
H) REMISSÃO DE DÍVIDA:
OBS: A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não
a extinção da dívida" (art. 387). A entrega do objeto em empenhado ao devedor não faz com que
este fique desobrigado a pagar a dívida, apenas transforma a garantia real do credor em pessoal.
8.3 MORA:
8.3.1. Conceito. “Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que
não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer" (art. 394).
Assim, tem-se a mora solvendi (devedor) e accipiendi (credor).
Exceções:
a) obrigação com vencimento: "O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo,
constitui de pleno direito em mora o devedor" (art. 397, caput).
b) Obrigação sem vencimento: "Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação
judicial ou extrajudicial" (art. 297, parágrafo único). Assim, a mora do devedor depende de
providência do credor.
c) "Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o
praticou" (art. 398). É desnecessária a notificação, pois a indenização é evidente.
d) "Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o
ato de que se devia abster" (art. 390).:
"Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos
valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado" (art. 395). Caso a prestação torne-se inútil ao credor (Inadimplemento absoluto), o
credor pode exigir a rescisão do contrato, reclamando as perdas e danos.
"O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade
resulte de caso fortuito ou força maior, se estes ocorrerem durante o atraso, salvo se provar
isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente
desempenhada" (art. 399).
"A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da
coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e o sujeita a recebê-la
pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o
pagamento e o da sua efetivação" (art. 400). A lei exige que o devedor tenha o mínimo de cuidado
com a coisa que forçadamente deve reter. Se o devedor agir com dolo, responderá pela
deterioração desta.
8.4 JUROS
8.4.1 Conceito: Juros são os rendimentos do capital. São os frutos civis da coisa. Representam o
pagamento pela utilização do capital alheio.
8.4.2 Espécies:
Os juros são considerados convencionais quando são ajustados pelas partes, de comum acordo.
Quando os juros são previstos ou impostos pela lei, são chamados de legais.
8.5.1 Conceito: É uma obrigação acessória, na qual se estipula uma pena ou multa com o objetivo
de evitar o inadimplemento da obrigação principal. Representa reforço ao pacto obrigacional
através de uma sanção civil, caso a obrigação não seja cumprida. Chama-se também de pena
convencional ou multa contratual.
"Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a
obrigação ou se constitua em mora" (art. 408).
"Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo" (art. 416, caput).
Sem ter o ônus de provar o prejuízo sofrido, o credor apenas demonstra que houve o
inadimplemento da obrigação.
Por outro lado, "ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor
exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado”. Se o tiver feito, a pena vale como
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mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente" (art. 416, parágrafo
único). O parágrafo único do art. 416 fala dos casos em que a cláusula penal não é suficiente para
cobrir todos os prejuízos. Assim, cabe ao credor provar o valor excedente a ser indenizado.
"O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal" (art.
412). Caso haja excesso, o juiz determinará a redução do valor. "A penalidade deve ser reduzida
eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante
da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do
negócio" (art. 413). Quando a prestação foi cumprida em parte, reduz-se proporcionalmente o valor
da cláusula penal.
8.5.4 Espécies:
"A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode referir-se à
inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora" (art.
409).
B) Cláusula penal moratória, "quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em
segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação
da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal” (art. 411). A mora
pode ser tanto o atraso da prestação, como o cumprimento de forma diversa da estipulada.
Nos casos de cláusulas penais moratórias o valor da multa é geralmente pequeno, pois os
prejuízos são referentes a um pequeno atraso, não ao total inadimplemento. Por isso a aplicação
da multa conjuntamente com a exigência da prestação da obrigação não caracteriza
enriquecimento ilícito do credor. É, na verdade, o modo para ele não sair prejudicado dessa
relação obrigacional. Ex: 2% quando se atrasa o pagamento do condomínio
8.6.1 Conceito: É a quantia ou coisa entregue por uma parte a outra simbolizando a confirmação
do acordo entre as partes a fim de garantir o cumprimento da obrigação ou assegurando o não
prejuízo se uma das partes exercer o direito de arrependimento.
8.6.2 Espécies:
As arras são confirmatórias quando sua função é apenas confirmar o contrato pactuado. Nesses
casos, "se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito,
retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato
por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo
índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado" (art. 418).
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Caso a parte prejudicada não se contentar com o valor recebido, achando que não foi totalmente
ressarcido, pode "pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras
como taxa mínima", ou pode ainda "exigir a execução do contrato, com as perdas e danos,
valendo as arras como o mínimo de indenização" (art. 419).
As arras são penitenciais quando têm por função resguardar o direito de arrependimento das
partes. Pode a parte infratora decidir por liberar esse valor à outra ao invés do cumprimento da
obrigação. "Se nos contratos for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes,
as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á" em
benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os
casos não haverá direito a indenização complementar" (art. 420). Como a função das arras
penitencial não é de ressarcir os prejuízos, não é necessário a prova do prejuízo real para que
possam ser exigidos.
CONTRATOS
Contrato é acordo bilateral de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir direitos, levado
a efeito por duas ou mais pessoas situadas em pólos opostos com interesses diferentes, porém
harmonizados em prol de objetivo comum
1. CLASSIFICAÇÃO
2.VÍCIO REDIBITÓRIO.
2.1 Definição. Nos contratos comutativos o alienante responde pelos vícios redibitórios do bem
que alienou perante o adquirente. Vício redibitório é o vício oculto na coisa, que impossibilita seu
uso ou diminui seu valor.
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2.2 Opções do adquirente: O adquirente de bem com vício redibitório poderá: desfazer o
contrato com a devolução do valor pago (e perdas e danos se for o caso) ou a manutenção da
venda com abatimento do preço.
2.3 Alienante de má-fé (sabia do vício): além de devolver o valor recebido, deverá pagar ao
adquirente perdas e danos.
Alienante de boa-fé (desconhecia o defeito): devolve o valor recebido + despesas do
contrato.
2.4 Perda da coisa posterior à tradição (entrega do bem): Se a perda decorreu de vício
redibitório que existia antes da tradição, o alienante será responsável.
3. EVICÇÃO
3.1 Definição. Nos contratos onerosos o alienante responde pela evicção do bem que alienou
perante o adquirente, ainda que esta aquisição se tenha dado por hasta pública.
Evicção seria a perda do bem em razão de decisão judicial que atribui a um terceiro o direito sobre
o bem.
Ex: A vende a B um carro. Tempos depois B (adquirente e evicto) perde o carro em razão de uma
decisão judicial que atribui a propriedade do bem, por fato anterior ao contrato, a C (evictor). Nesse
caso, A (alienante) deverá responder pela evicção, ou seja, devolver o dinheiro recebido de B pela
venda.
4. CONTRATO PRELIMINAR.
É aquele em que as partes ou uma delas se comprometem a celebrar mais tarde outro contrato,
que será contrato principal. Ex: promessa de compra e venda de imóvel.
O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao
contrato a ser celebrado.
Obs: se no contrato preliminar não houver cláusula de arrependimento, poderá o contratante exigir
do outro a elaboração do contrato definitivo (p. ex: a escritura pública de compra e venda de
imóvel).
5. EXTINÇÃO DO CONTRATO.
O contrato poderá ser extinto, antes do cumprimento, por vontade das partes que o realizaram
(resilição) ou por descumprimento de uma das partes (resolução).
5.1 resilição.
a) a resilição por vontade de ambas as partes contratantes chama-se distrato. Para distratar é
necessária mesma forma exigida para contratar. Ex: resilir um contrato de compra e venda de
imóveis feito por escritura pública exigirá um distrato por escritura pública.
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b) a resilição por vontade de uma das partes (quando a lei ou contrato permitir) chama-se
resilição unilateral. Exige-se, apenas, que a oura parte seja comunicada da extinção (através de
denúncia/notificação).
5.2 resolução
Extinção por descumprimento do contrato (culposo ou não)
A cláusula resolutiva por ser expressa (opera de pleno direito) ou tácita (exige interpelação
judicial).
Obs: a parte prejudicada com o descumprimento culposo do contrato poderá:
a) Resolver o contrato e pedir indenização (perdas e danos).
b) Exigir o cumprimento do contrato e pedir indenização (perdas e danos).
ESPÉCIES DE CONTRATOS
1. COMPRA E VENDA.
1.1 Definição e classificação. Contrato através do qual uma pessoa (vendedor) se obriga a
transferir a propriedade de uma bem à outra (comprador) mediante recebimento de valor em
dinheiro (preço). É contrato bilateral, oneroso, comutativo ou aleatório, consensual, não solene (se
for móvel) ou solene (se for imóvel).
1.2 Perda da coisa vendida. Até a tradição, o risco corre por conta do vendedor, pois este é o
dono. O contrato de compra e venda não transfere a propriedade. Se o bem for móvel se transfere
com a tradição. Se o bem for imóvel, a transferência da propriedade se dá com a transcrição do
contrato (escritura pública) no Cartório de Registro de Imóveis.
1.3 Venda ad mensuram (o que importa é a medida de extensão do bem) ou ad corpus (o que
importa é o bem, como coisa certa e determinada, não propriamente seu tamanho).
Na venda ad mensuram o contrato pode ser resolvido se a coisa não tiver o tamanho informado.
P.ex: venda de terra por Hectare, de tecido por metro, etc.
Na venda ad corpus o contrato não será resolvido, ainda que a coisa não tenha o tamanho
informado no contrato, pois o que importa é a coisa. Ex: compro carro dirigi ou apartamento que
morei como locatário.
A) Retrovenda – Cláusula contratual pela qual o vendedor fica, no prazo máximo de 03 anos, com
o direito de recomprar o imóvel que vendeu. Esse direito de retrato é transmissível aos herdeiros.
Pode ser exigido perante terceiros que adquiriram do comprador, se o contrato estiver registrado
no Cartório Geral de Imóveis.
C) Venda com reserva de domínio – Cláusula contratual pela qual o vendedor, mesmo após a
tradição, fica como dono da coisa até o pagamento integral do bem móvel pelo comprador.
D) Venda a contento. Venda realizada sob condição do adquirente manifestar seu agrado.
2. LOCAÇÃO.
Contrato consensual (não real) através do qual o locador se obriga a transferir ao locatário o uso e
fruição de bem infungível mediante uma retribuição. (contrato oneroso).
Obs: Venda do bem locado – implica no fim da locação, não necessitando o adquirente respeitar o
contrato de locação se não houver, no contrato de locação, cláusula expressa afirmando a
manutenação deste no caso de venda do bem e regsito no Cartório de Imóveis (se imóvel) ou no
Cartório de títulos e documentos (se móvel).
Obs2: Direito de retenção do bem locado: o locatário tem direito a ficar com o bem até que o
locador o indenize pelas benfeitorias necessárias e as úteis (esta última se autorizada pelo
locador) realizadas no bem.
3. EMPRÉSTIMO.
3.1 Comodato é o empréstimo gratuito de bem infungível. A pessoa que pega emprestada
(comodatário) deve devolver o mesmo bem ao comodante. Por isso, conhecido como empréstimo
de uso.
3.2 Mútuo é o empréstimo, gratuito ou oneroso, de bem fungível, ficando a pessoa que pegou
emprestado (mutuário) obrigada a devolver coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade ao
mutuante, tornando-se o mutuário dono da coisa recebida. Por isso, conhecido como empréstimo
de consumo.
4.PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
Contrato através do qual uma parte se obriga a prestar um serviço em troca de determinada
remuneração. Neste contrato não há relação de subordinação, como ocorre nos contratos de
prestação de serviços regidos pela CLT.
5. SEGURO.
Contrato escrito e aleatório através do qual a seguradora assume o pagamento de uma cobertura
pela realização de um risco em relação a uma pessoa ou coisa (sinistro), em razão de uma
retribuição (prêmio) a ser pago pelo segurado.
DIREITO DE FAMÍLIA
RELAÇÕES DE PARENTESCO
1. CONSANGUÍNEO
LINHA RETA DESCENDENTE: FILHO (1º grau), NETO (2º grau)...
LINHA RETA ASCENDENTE: PAI (1º grau), AVÔ (2º grau)...
LINHA COLATERAL: IRMÃO (2º grau), TIO (3º grau), PRIMO (4º grau)
Obs: o parentesco consanguineo na linha colateral só vai até 4º grau.
1 - INSEMINAÇÃO: HOMÓLOGA (sêmem do marido), mesmo que este seja falecido e a qualquer
tempo, quando se trate de embriões excedentários
HETERÓLOGA (sêmem de terceiro). Esta última exige autorização do marido
para caracterização da paternidade.
Obs: a presunção de paternidade não se ilide, ainda que confessado o adultério da mulher
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o
objeto único e principal do ato que o contém.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu
falecimento, se ele deixar descendentes.