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EXERCÍCIO AVALIATIVO
Neste contexto, Rogério Greco (2017, p. 894) aponta que as expressões “gado” e
“rebanho” constantes do tipo penal em comento devem ser consideradas sinônimas, vez que
ambas dizem respeito às reses em geral. Segundo ele, o “gado pode ser dividido em grosso
(equinos ou bovinos) e miúdo (suínos, caprinos e os ovinos ou ovelhus)”. Não obstante, vale
ressaltar que, ao comentar o crime de furto, Greco indica, sob a égide de Bento de Faria:
Por outro lado, Nelson Hungria (1955, p. 95) traz uma classificação pouco similar
às retrocitadas, sendo que, para ele:
[...] por gado ou rebanho se entende toda pluralidade gregária de quadrúpedes que
costumam ser criados ou mantidos em pastos, campos, retiros ou currais. Quando os
animais são de grande porte (bois, cavalos, muares), fala-se em gado; quando de
pequeno porte (carneiros, cabritos, porcos, etc.), prefere-se o termo rebanho.
Por outro lado, o Superior Tribunal de Justiça nomeia o conjunto de bois como
“gado bovino”, indo de encontro ao que ensina Hungria.
à outra e que podem, em alguns contextos, serem usadas em seu lugar sem alterar o significado
da sentença. É, pois, o que ocorre nos julgamentos acima mencionados, em que, apesar de se
introduzirem termos diferentes, promulgam o mesmo significado: conjunto de animais
quadrúpedes, de grande ou pequeno porte, lanígeros ou não, possivelmente empregados em
serviços de lavoura, para fins industriais, comerciais ou de consumo doméstico.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso ordinário em habeas corpus: RHC 80074
MG 2017/0004997-4. Min. Relator: PALHEIRO, Antônio Saldanha. Publicado no DJe em
01/08/2017. In:
<https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/inteiroteor/?num_registro=201700049974&dt_publica
cao=01/08/2017>. Acesso em 06/05/2018.
_______. Vade Mecum Saraiva. 22. ed. São Paulo (SP): Saraiva, 2016.
GRECO, Rogério. Código Penal: comentado. 11. ed. Niterói (RJ): Impetus, 2017.
HUNGRIA, Nélson. Comentários ao código penal. V. VII. Rio de Janeiro: Revista Forense,
1955.