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CEEP.

DO CHOCOLATE NELSON SCHAUN

DIREITO DO TRABALHO

Nomes:

RODRIGUES, Celine Géssica Sá.

SILVA, Gabrielle Calixto da.

OLIVEIRA, Jonathan Andrade.

SANTOS, Larissa Assunção dos.

SANTOS, Letícia Farias dos.

SANTOS, Vinícius de Jesus.

ILHÉUS/BA

2018
CEEP. DO CHOCOLATE NELSON SCHAUN

TRABALHO SOBRE: DIREITO DO TRABALHO

Trabalho a ser entregue a Prof.


Marília Aleluia, da disciplina:
Filosofia com fins avaliativo do III
trimestre.

Alunos do 2° A, Logística

Mat.

ILHÉUS/BA

2018
SUMÁRIO

HISTÓRIA................................................................................................pág. 1

PRINCÍPIOS............................................................................................pág. 4

DIVISÕES DO DIREITO DO TRABALHO...............................................pág.5

LEIS TRABALHISTAS.............................................................................pág.6

HISTÓRICO DAS LEIS TRABALHISTAS NO BRASIL..........................pág.8

REFORMA...............................................................................................pág.10

BIBLIOGRAFIA.......................................................................................pág.11
HISTÓRIA

Direito do trabalho é o conjunto de normas jurídicas que regem as


relações entre empregados e empregadores, são os direitos resultantes da
condição jurídica dos trabalhadores.
Surge como autêntica expressão do humanismo jurídico e instrumento de
renovação social. Constitui atitude de intervenção jurídica em busca de um
melhor relacionamento entre o homem que trabalha e aqueles para os
quais o trabalho se destina. Visa também a estabelecer uma plataforma de
direitos básicos. Portanto, a definição de direito do trabalho é o conjunto
de normas e princípios que regulamentam o relacionamento entre
empregado e empregadores.
Com o surgimento da Revolução Industrial, houve a utilização de forças
motrizes distintas da força muscular do homem e dos animais, da máquina
a vapor. Isso permitiu com que na Inglaterra, bastante favorecida,
houvesse a instalação de indústrias onde tivesse carvão. Com a
industrialização, as relações trabalhistas mudaram: a máquina de fiar, por
exemplo, permitiu com que uma operação que antes era feita por um
homem com um torno, pudesse ser executada mais rapidamente. Isso fez
com que o tear doméstico fosse gradativamente substituído pelo tear
mecânico. Uma nova divisão do trabalho começa a surgir.
Surgia como classe o proletariado, com exigências de jornadas excessivas
de trabalho, exploração de mulheres e menores, que eram a mão de obra
mais barata, os acidentes com os trabalhadores no desempenho de suas
atividades, além de outros. O empregador era quem estabelecia as
condições de trabalho, por mais que o contrato de trabalho resultasse, em
teoria, da livre vontade entre as partes. às vezes, eram impostos contratos
verbais a longo prazo, até mesmo vitalícios.
Mulheres e menores de idade trabalhavam em ambientes com péssimas
condições sanitárias, onde não havia qualquer higiene.
Além disso, os empregadores definiam o número de horas de trabalho que
os empregados teriam que cumprir.

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Havia diversos acidentes de trabalho e enfermidades típicas ou agravadas
pelo ambiente profissional.
Durante o período de inatividade, o operário não recebia salário e portanto,
passou a sentir a insegurança em que se encontrava, visto que não havia
leis que o tutelasse.

Primeiras legislação

Com o objetivo de proteger os trabalhadores da indústria, foram criadas as


primeiras legislações do trabalho, as quais foram conhecidas a princípio
como legislação industrial. Predominava o propósito de proteger o
trabalho do menor e da mulher e limitar a duração da jornada de trabalho.
Uma das primeiras legislações neste sentido é a Lei de Peel, na Inglaterra,
no qual dava proteção a crianças, limitando a jornada de trabalho em 12
horas. No entanto, devido a ineficácia da lei, houve uma segunda lei no
mesmo sentido, ao proibir o trabalho de menores de nove anos, e
restringindo o horário de trabalho dos adolescentes de menos de 16 anos
a 12 horas diárias, nas prensas de algodão. No mesmo sentido, em 1833,
houve leis proibindo o trabalho de menores de nove anos, limitou a jornada
diária de menores de treze anos a nove horas, dos adolescentes de menos
de dezoito anos a doze horas, além de proibir o trabalho noturno.

A França tornou-se conhecida por ser o primeiro país a tutelar o trabalho


dos adultos. Em 1813, proibiu o trabalho dos menores em minas, em 1814,
o trabalho nos domingos e feriados, em 1841, foi proibido o emprego dos
menores de oito anos e fixado em oito horas diárias a jornada máxima de
trabalho para os menores de doze anos e em doze horas para o menores
de dezesseis anos e em 1848, foi estabelecida a jornada de trabalho
máxima geral de doze horas. A partir de então, muitas legislações foram
sendo criadas, quase todas sobre jornada diária, intervalos, mulheres e
menores.

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Ainda assim, as legislações eram incipientes e esparsas, não formando um
ramo jurídico especializado e dessa forma, não havendo um conjunto
sistemático de normas que tutelasse o trabalho. No entanto, reconhecia-se
as condições de trabalho e tinham por objetivo impedir a violência da
exploração excessiva sobre mulheres e menores de idade.

Institucionalização

Com a modificação da estrutura social pelo desenvolvimento da indústria,


das comunicações e com o surgimento de novas profissões, a legislação
trabalhista passava a se estender para as outras áreas, passando a se
tornar gradativamente "direito operário". A partir de então, o direito do
trabalho institucionalizou-se: diversos países criaram codificações, tais
como a França com o Code du Travail, cuja redação foi iniciada em
1901. Além disso, houve a constitucionalização do direito do trabalho,
iniciado pela Constituição mexicana de 1917e a Constituição alemã de
Weimar, de 1919
Estas normas constaram também do Tratado de Versalhes, de 1919, do
qual se originou a Organização Internacional do Trabalho (OIT), como
órgão da antiga Liga das Nações. O Tratado de Versalhes, em seu artigo
427, não admite que o trabalho seja tratado como mercadoria, determina
jornada de 8 horas, igualdade de salário, repouso semanal, salário mínimo,
dispensa tratamento especial ao trabalho feminino e do menor de idade,
além de dispor sobre direito sindical.

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PRINCÍPIOS

O maior princípio do direito do trabalho é o princípio protetor, no qual


afirma que o objetivo do direito do trabalho é proteger o trabalhador, devido
à inferioridade que se encontra no contrato de trabalho, pela sua posição
econômica de dependência ao empregador e de subordinação às suas
ordens de serviço. Dessa forma, o direito do trabalho dá equilíbrio entre os
sujeitos do contrato de trabalho. Ele pode ser subdividido em três: o in
dubio pro operario, a prevalência da norma mais favorável ao trabalhador
e a preservação da condição mais benéfica.
O princípio in dubio pro operario diz que diante de um texto jurídico que
pode oferecer dúvidas a respeito de seu sentido e alcance, o intérprete
deve pender para a interpretação mais favorável ao trabalhador. A
prevalência da norma mais favorável ao trabalhador significa que, em
uma hierarquia de normas, quando duas ou mais normas dispuserem
sobre o mesmo tipo de direito, prevalecerá a que favorecer o trabalhador.
Já o princípio da condição mais benéfica tem a função de solucionar o
problema da aplicação da norma no tempo, resguardando o trabalhador a
transformações prejudiciais que possam afetá-lo, resguardando o direito
adquirido.
Outros princípios do direito do trabalho são o princípio da realidade, da
razoabilidade e da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas.

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DIVISÕES DO DIREITO DO TRABALHO

Há, primeiramente, a distinção entre o ramo individual e o ramo coletivo do


direito do trabalho. Temos o direito individual do trabalho, que rege as
relações individuais, tendo como sujeitos o empregado e o empregador e
a prestação de trabalho subordinado, por pessoa física, de forma não-
eventual, remunerada e pessoal.
Já o direito coletivo do trabalho é conceituado como "o conjunto de
normas que consideram os empregados e empregadores coletivamente
reunidos, principalmente na forma de entidades sindicais". Versa,
portanto, sobre organizações sindicais, sua estrutura, suas relações
representando as categorias profissionais e econômicas, os conflitos
coletivos entre outros.
Como adverte manter a doutrina italiana, o direito individual pressupõe
uma relação entre sujeitos de direito, considerando os interesses
concretos de indivíduos determinados, contrariamente ao direito coletivo,
que pressupõe uma relação entre sujeitos de direito, em que a participação
do indivíduo também é considerada, mas como membro de determinada
coletividade. Neste último, consideram-se os interesses abstratos do
grupo.
Temos também o direito público do trabalho, que disciplina as relações
entre o trabalhador e o serviço público. Por sua vez, o direito internacional
do trabalho, versa sobre os tratados e convenções internacionais em
matéria trabalhista e notadamente a atuação da Organização Internacional
do Trabalho.

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LEIS TRABALHISTAS

As leis trabalhistas no Brasil, embora tenham origem anterior, nasceram


no governo de Getúlio Vargas. A partir do ano de 1930, Vargas uniu um
grupo de juristas e legisladores para elaborar a Consolidação das Leis
Trabalhistas – a CLT.

As leis trabalhistas da Era Vargas, como também são chamadas, levaram


treze anos de desenvolvimento, e buscavam garantir uma série de
seguranças e regulamentações na relação entre empregadores e
empregados.
Há uma série de temas tratados na CLT, mas alguns se destacam, em
função dos avanços que representaram para as condições de vida de
classes trabalhadoras e para a sistematização do mercado de trabalho
brasileiro. Segui abaixo as leis:

 Carteira de Trabalho devidamente assinada e anotada desde o 1º dia


de trabalho;
 Salário mensal nunca inferior ao piso salarial da categoria fixado na
Convenção Coletiva (Sindicato) da Categoria;
 Um dia de repouso por semana, de preferência aos domingos;
 Décimo Terceiro Salário, pago da seguinte forma: metade até o dia
30 de novembro de cada ano, e a outra metade até 20 de dezembro;
 Vale transporte para deslocamento casa/trabalho e vice-versa;
 Férias de 30 dias. Nos primeiros 12 meses de trabalho, o empregado
adquire o direito às férias. Nos 12 meses seguintes o empregador
deve, obrigatoriamente, conceder os 30 dias de férias do empregado.
Quem escolhe quando o empregado tira férias, é o empregador.
 Adicional de férias: este adicional, é pago toda vez que o empregado
entra em férias, e consiste em 1/3 do salário do empregado. O salário
das férias e o adicional de 1/3 devem ser pagos até 2 (dois) dias antes
do início das férias.
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 Licença maternidade de 120 (cento e vinte) dias (por conta da
previdência – sendo este período contado considerando-se o tempo
para requerer e 90 dias após o parto). O salário maternidade poderá
ser requerido no período de 28 (vinte e oito) dias antes até
92(noventa e dois) dias após o parto, independente de carência;
 Licença paternidade de 5 (cinco) dias corridos, contados da data de
nascimento do filho;
 Auxílio doença e aposentadoria por invalidez, respeitada a carência
pelo INSS.
 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS;
 PIS, que consiste no 14º salário, para os empregados que receberam
em média até dois salários mínimos no ano anterior, tiveram pelo
menos um mês de Carteira assinada e estão cadastrados no PIS –
Programa de Integração Social – há pelo menos cinco anos;
 Seguro Desemprego;
 Salário família;
 Jornada de trabalho fixada em lei, de oito horas diárias ou quarenta
e quatro semanais;
 Horas extras (são os excedentes às 44 horas semanais) com
adicional de 50% (se a Convenção Coletiva não fixar percentual
superior);
 Adicional noturno de 20% no período compreendido entre as 22:00
de um dia e 5:00 do outro, sendo a hora noturna de 52 minutos;
 Estabilidade nos casos de gestante, dirigente sindical, representante
da CIPA e empregado que tenha sofrido acidente de trabalho.

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HISTÓRICO DAS LEIS TRABALHISTA NO BRASIL

A história do direito trabalhista no Brasil ocorre a partir do término da


escravidão, no final do século XIX. Embora no final do período da utilização
da mão de obra escrava houvesse uma série de leis que regulassem
algumas relações de servidão, não se pode confundir estas normas com
leis trabalhistas: a escravidão não é uma forma de trabalho, mas de
servidão. Ao fim deste período, com a maior necessidade de mão de obra
assalariada e um processo global de consolidação das relações de trabalho
(principalmente na Europa), começaram a surgir as demandas por normas
que definissem as regras destas relações.

A primeira definição brasileira do trabalho nos moldes atuais aconteceu


na Constituição de 1891, que definiu a existência de todo trabalho como
uma prática livre e remunerada, com a possibilidade de um trabalhador a
vincular-se e desvincular-se de uma atividade de acordo com sua própria
vontade. Além disso, ficou estabelecido que nenhuma criança abaixo de 12
anos poderia trabalhar em fábricas, e que sua jornada de trabalho diária
deveria ser de, no máximo, 7 horas.

1917 e a primeira tentativa

Em 1917, Maurício Lacerda reuniu os primeiros esforços para a criação de


um código de leis do trabalho, que culminou no Departamento Nacional do
Trabalho. Mais tarde, este departamento foi responsável pelo planejamento
de leis como o reconhecimento e criação de um instituto da acidente do
trabalho, e o Conselho Nacional do Trabalho (que se tornaria, no futuro, a
Justiça do Trabalho no país).

Foi em 1925, fruto destas iniciativas, que surgiu o direito ampliado de férias
remuneradas de 15 dias para trabalhadores de comércio, indústria e

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bancos. As férias representam um fator determinante para se analisar o
direito trabalhista de um país, pois são um indicativo de que as leis buscam
beneficiar o lado mais fraco de uma relação trabalhista.

Getúlio Vargas e as leis trabalhistas

Apesar dos esforços anteriores, nenhum período do governo brasileiro


buscou estabelecer tantas leis trabalhistas quanto o período Vargas. Ao
tomar o governo em 1930 um período delicado da economia mundial e
preocupar-se com a nacionalização de diversas indústrias de base (como
a metalurgia e extração de recursos naturais), buscando gerar empregos,
Vargas precisava gerar uma solução que acalmasse os ânimos dos
trabalhadores insatisfeitos e dos empresários, também preocupados com
o cenário. Para lidar com isso, Vargas criou o Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio e, em 1934, colocou as leis trabalhistas com o nível
de importância constitucional.

1943: Vargas e a CLT

A CLT foi um esforço para reunir toda a legislação trabalhista, de forma


que o direito trabalhista fosse mais acessível. Junto à iniciativa, uma série
de garantias e benefícios foram criados: o salário mínimo, a jornada de
trabalho máxima de 8 horas diárias, o repouso semanal remunerado, o
direito à folga remunerada em feriados, as férias universais, a proibição do
trabalho para menores de 14 anos, e esforços como maior fiscalização
sobre acidentes de trabalho, e ocasiões de insalubridade. Após a criação
da CLT, muitas leis foram adicionadas – desde leis específicas para o
fortalecimento da mulher no mercado de trabalho, até as mais recentes
regulamentações para empregadas domésticas, por exemplo. Mas a CLT é
o marco definitivo do estabelecimento de uma lei trabalhista clara e
protetiva no Brasil.

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REFORMA

A Reforma Trabalhista no Brasil de 2017 foi uma mudança significativa


na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) instrumentalizada pela lei №
13.467 de 2017. Segundo o governo, o objetivo da reforma foi combater o
desemprego e a crise econômica no país.
O projeto de lei foi proposto pelo Presidente da República Michel
Temer e começou a tramitar na Câmara dos Deputados em 23 de dezembro
de 2016. Desde então, em sua tramitação, o projeto vinha passando por
sucessivas discussões e também aglutinando emendas, como por
exemplo, a proposta do fim da obrigatoriedade da contribuição sindical,
que foi incluída pelo relator Rogério Marinho, do PSDB.
O projeto foi aprovado na Câmara dos deputados em 26 de abril de 2017
por 296 votos favoráveis e 177 votos contrários. No Senado Federal, foi
aprovado em 11 de julho por 50 a 26 votos. Foi sancionado pelo Presidente
da República no dia 13 de julho sem vetos. A lei passou a valer no país a
partir de 11 de novembro do mesmo ano (120 dias após sua publicação
no diário oficial).
A reforma foi criticada pela Central Única dos Trabalhadores e outros
sindicatos, pelo Ministério Público do Trabalho, pela Organização
Internacional do Trabalho, entre outros. Foi defendida por economistas e
empresários, bem como pelo presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho.

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BIBLIOGRAFIA

CARRION, Valentin. Comentários a consolidação das leis do trabalho. 31.


ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

COSTA, Armando Casimiro. Consolidação da leis do trabalho. 34. ed. São


Paulo: LTr, 2007.

DONATO, Messias Pereira. Curso de Direito Individual do Trabalho, 6ª.


ed., São Paulo: LTr, 2008.

MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 23. ed. São Paulo: Atlas,
2007.

MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho: doutrina,


jurisprudência e questões de concursos. 3a edição. Editora Juspodivm,
2013.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação do direito do trabalho. 33. ed.


São Paulo: LTr, 2007.

Site: wikipédia/direito do trabalho.

Site: blo.software avaliação.com.br

~Leia trabalhistas-Fundento das leis nas relações empregaticias

Site: dirietosbrasil.com

Evolução do direito do trabalho.

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