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Universidadefederalruraldosemirido2 131213081507 Phpapp01 PDF
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Mossoró
2013
APARECIDA BEZERRA DA SILVA
Mossoró
2013
LISTA DE SIGLAS
CC Corrente Contínua
CA Corrente Alternada
Sistemas Fotovoltaicos Conectados à
SFCR Rede
FV Fotovoltaico
PRS Previsão de Retorno Simples
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 (a) Anotações de Fuller para Chapin sugerindo um modelo para as células solares
(KAZMERSKI, 2006); (b) Foto do primeiro módulo solar do Bell Laboratory (KAZMERSKI,
2006); (c) Extrato da patente da primeira célula solar, registrada em 1954 por D. M. Chapin e
colaboradores, do Bell Laboratories (BRITO, 2005). ................................................................ 8
Figura 2 – Célula de Silício Monocristalino ............................................................................ 10
Figura 3 – Célula de Silício Policristalino ............................................................................... 10
Figura 4 – Módulo Fotovoltaico de c-Si .................................................................................. 11
Figura 5 - Representação de uma célula HIT ........................................................................... 11
Figura 6 – Módulo Fotovoltaico .............................................................................................. 12
Figura 7 – Painel Fotovoltaico ................................................................................................. 12
Figura 8 – Representação de um sistema de geração de energia elétrica a partir de um sistema
fotovoltaico isolado .................................................................................................................. 13
Figura 9 – Representação de um sistema fotovoltaico híbrido ................................................ 14
Figura 10 – Exemplificação de um sistema fotovoltaico conectado a rede ............................. 14
Figura 11 – Sistema Fotovoltaico Distribuído ......................................................................... 15
Figura 12 – Central Solar com capacidade de 42MW em Moura, Portugal. ........................... 16
Figura 13 – Célula, módulo, série e arranjo FV. ...................................................................... 16
Figura 14 – Número de sistemas fotovoltaicos conectados à rede: (a) dois e (b) apenas um. . 17
Figura 15 – Configuração de um sistema fotovoltaico com inversor central. ......................... 17
Figura 16 – Configuração de um subsistema fotovoltaico com inversores string. .................. 18
Figura 17 – Configuração de um subsistema fotovoltaico com inversor multi-string............. 18
Figura 18 – Configuração de um subsistema fotovoltaico com micro-inversor integrados aos
módulos fotovoltaicos (módulos ca). ....................................................................................... 18
Figura 19 .................................................................................................................................. 19
Figura 20 .................................................................................................................................. 20
Figura 21 .................................................................................................................................. 21
Figura 22 – Especificações Físicas do Módulo Fotovoltaico SM-83KSM. ............................. 24
Figura 23 – Ilustração do Módulo Fotovoltaico SM-83KSM. ................................................. 24
Figura 24 – Arranjo do SFCR .................................................................................................. 26
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO
Com a crise do petróleo foi necessário pensar em outras fornas de produção de energia, e
com isso a energia solar foi sendo desenvolvida por estudiosos que viram no Sol uma
forma limpa e inacabável de energia, com isso cada vem mais as técnicas foram sendo
estudadas e hoje se torna indispensável do uso da energia solar, sendo ela responsável pela
principal forma de abastecer eletricamente alguns países.
No Brasil este método de energia ainda vem sendo incrementada nos tipos de
abastecimento elétrico, mas devido a grande abundancia da irradiação solar neste país, é
possível que em breve ela torne-se uma das principais fontes de energia do mesmo. Para
que isso aconteça faz- se necessário a elaboração de novas técnicas para que a energia
solar torne-se acessível as famílias brasileiras que ainda não possuem este bem
indispensável e para que a mesma possa melhorar a qualidade da energia já existente no
pais.
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2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
3. BREVE HISTÓRICO
Em 1839 Edmond Becquerel verificou pela primeira vez que placas metálicas, de platina
ou prata, mergulhadas num eletrólito causavam uma pequena diferença de potencial
quando sujeitadas à luz, nascia assim o que hoje se conhece como efeito fotovoltaico. No
ano de 1877, dois pesquisadores norte americanos, W. G. Adams e R. E. Day usaram as
propriedades fotocondutoras do selênio para elaborar o primeiro dispositivo de produção
de eletricidade por exposição à luz.
Mas a primeira célula solar só surgiu em Março de 1953 quando Calvin Fuller, um
químico dos Bell Laboratories (Bell Labs), em Murray Hill, New Jersey, nos Estados
Unidos da América, elaborou um processo de difusão que injetava impurezas em cristais
de silício, de modo a controlar as suas propriedades elétricas (um processo chamado
“dopagem”). Fuller construiu uma barra de silício dopado com uma pequena concentração
de gálio para que o mesmo pudesse tornar-se condutor, sendo conhecido como silício do
“tipo p” (por conter cargas móveis positivas). Baseando-se nas informações de Fuller, o
físico Gerald Pearson, experimentou mergulhar esta barra de silício dopado num banho
quente de lítio, criando na superfície dessa barra uma zona que continha elétrons livres em
excesso, este silício foi chamado de “tipo n” (por conter carga negativa). A junção entre as
regiões do silício “tipo n” fica em contato com o silício “tipo p” é denominada “junção p-
n”, esta região contem um campo elétrico constante. Quando analisou esta amostra
eletricamente, Pearson observou que era produzida uma corrente elétrica sempre que a
amostra entrava em contato com a luz, assim o físico acabará de inventar a primeira célula
de silício da história.
Ao observar sua descoberta, Pearson entrou em contato com um colega da Bell Labs, o
engenheiro Daryl Chapin que já estudava as células solares de selênio que já eram
bastante conhecidas, mas continham resultados insatisfatórios, sendo sua eficiência
máxima menor que 1 %. Ao avaliar as células de Pearson observou-se uma eficiência de
aproximadamente 4 %, o que a tornava mais vantajosa em relação à de selênio.
Os estudos de nova célula continuaram e Fuller usou uma difusão de fósforo para fazer
uma dopagem tipo n, e conseguiu uma junção p-n ainda mais eficaz que a antecedente.
Com isso o físico foi usando novas substâncias trocando o gálio por arsênio entre outras.
Os novos experimentos renderam para o estudioso, células com eficiência de 6 %.
Em 25 de abril de 1954 teve sua primeira publicação e pela primeira vez na história a
célula solar foi apresentada numa conferência de imprensa. Os resultados foram
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Figura 1 (a) Anotações de Fuller para Chapin sugerindo um modelo para as células solares
(KAZMERSKI, 2006); (b) Foto do primeiro módulo solar do Bell Laboratory
(KAZMERSKI, 2006); (c) Extrato da patente da primeira célula solar, registrada em 1954
por D. M. Chapin e colaboradores, do Bell Laboratories (BRITO, 2005).
Fonte: CÂMARA, 2011
Em 1955 foi o ano que se colocou em prática o uso das células solares, este procedimento
foi realizado em Americus, Georgia, sendo usado para alimentar uma rede telefônica da
região. Para tal efeito foram montados nove células de 30 mm de diâmetro cada.
Observou-se que mesmo sendo um método promissor os custos com as células era muito
alto, fazendo com que suas aplicações fossem limitadas a aplicações mais limitadas como
a produção de energia no espaço. O que logo ganhou o apoio da NASA, que em 1958
lançou ao espaço a primeira pilha convencional.
Daí em diante o governo espacial norte americano passou a usar as células solares como a
principal fonte de energia em seus satélites. Não custou para o governo soviético também
adotasse este método de energia e atualmente todos os veículos espaciais utilizam células
solares. Com todo o investimento vindo das empresas espaciais aumentou a tecnologia
desta fonte de energia nas décadas seguintes. Como por exemplo, a substituição do
contacto frontal único por uma rede de contactos cada vez mais fino, o que fez com que
diminuísse a resistência e aumentasse a eficiência.
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Somente na década de setenta que começou a utilização das células em energia terrestre,
usando a energia solar fotovoltaicos para os sistemas de telecomunicação em regiões
remotas e para boias de navegação.
Em 1973 com o aumento do petróleo foi que começou a cogitar a utilização da energia
solar o que aumentou ainda mais os investimentos para baratear esta tecnologia. A década
de oitenta e noventa foi o auge do incentivo para este desenvolvimento e todos os países
financiavam estudos para conseguir a redução de custo e aumentar a eficiência, as
universidades recebiam verbas dos governantes para financiar estudos na área.
4. DEFINIÇÕES E TECNOLOGIA
Através da energia solar foram desenvolvidos sistemas capazes de captar a radiação solar,
transformá-la em energia elétrica, consumi-la e armazena-la. Este tipo de sistema é
denominado de Sistema Fotovoltaico (FV). De maneira geral, um FV possui módulo
fotovoltaico, banco de baterias e controlador de carga, no caso de sistemas autônomos e
inversores. A seguir serão explicitadas algumas definições sobre as principais tecnologias
dos sistemas fotovoltaicos.
A eficiência das células de a-Si, filmes delgados, é menor que a eficiência das
células de silício policristalino. Os processos de produção de produção de a-Si
ocorrem em temperaturas menores que 300°C, em processos de plasma, o que
possibilita que estes filmes finos sejam depositados sobre substratos de baixo
custo, como vidro, aço inox e alguns plásticos. Desta forma foram desenvolvidos
painéis solares mais flexíveis, inquebráveis, mais leves, semitransparentes, com
superfícies curvas, que estão ampliando o mercado fotovoltaico por sua maior
versatilidade. Eficiência estabilizada de 13% tem sido demonstrada para células
de pequena área (SHAH et al, 1999, apud CÂMARA).
Este tipo de sistema é mais complexo que os demais, pois possui mais formas de
geração de energia agregadas. Desta forma, a unidade de controle e
condicionamento de potência, irá maximizar a eficiência na entrega da energia
para o consumo. Estes sistemas são bastante utilizados em locais com consumo
de médio e grande porte. Além da unidade de controle há também inversores
para converter CC em CA. Uma simples representação deste tipo de sistema pode
ser visualizada através da Figura 9.
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Os inversores no módulo ca (Figura 18), são assim chamados pois são micro-
inversores integrados e sua utilização implica na inexistência de perdas devido as
associações dos módulos fotovoltaicos.
5. IMPACTOS
A utilização de Energia Solar como um todo implica em impactos socioeconômicos,
socioambientais, socioculturais e socioeducativos. Os socioeconômicos estão relacionados
com a baixa eficiência dos sistemas de conversão de energia, tornando necessária a
utilização de grandes áreas para a maior eficiência na captação de energia, os
socioambientais referem-se à energia limpa que ela produz, os impactos socioculturais e
socioeducativos estão ligados aos avanços tecnológicos, proporcionados às comunidades e
as redes de ensinos locais e as mudanças de hábitos de determinadas populações.
Impactos positivos: Gera energia mesmo em dias nublados; Gera energia de 12 volts
(corrente contínua); Sistema Modular levíssimo; simples instalação, com fácil
manuseio e transporte, podendo ser ampliado conforme sua necessidade; Grande vida
útil, acima de 25 anos; Compatível com qualquer bateria; funcionamento silencioso;
Manutenção quase inexistente; Não possui partes móveis que possam se desgastar;
Não produzem contaminação ambiental; Redução de perdas por transmissão e
distribuição de energia, já que a eletricidade é consumida onde é produzida; Redução
de investimentos em linhas de transmissão e distribuição; Baixo impacto ambiental; A
não exigência de área física dedicada; Fornecimento de maiores quantidades de
eletricidade nos momentos de maior demanda (ex.: o uso de ar-condicionado é maior
ao meio-dia no Brasil, quando há maior incidência solar e, consequentemente, maior
geração elétrica solar); Rápida instalação, devido à sua grande modularidade e curtos
prazos de instalação, aumentando assim a geração elétrica necessária em determinado
ponto ou edificação.
De acordo com a figura1 observa-se que a energia solar vem aumentando a cada ano,
tornando-se responsável por aproximadamente 8000 MW de potencia em todo mundo,
sendo está energia conectada a rede ou isolada.
A metodologia utilizada será baseada nos seguintes autores: Joaquim Carneiro (2009),
Valderi Silva (2013) e Marcelo Almeida (2012).
O consumo mensal foi tomado com base nos dados do ano de 2012 (ANEXO). A Tabela
2 apresenta os valores de consumo da residência no ano de 2012. O custo com o consumo
de energia anual da residência foi igual a R$ 1.047,27 (Dado obtido a partir dos valores
cobrados nas faturas pela concessionária, ver ANEXO).
Tabela 2 – Consumo de Energia Mensal
CONSUMO DE ENERGIA DA
RESIDÊNCIA
Mês Consumo (kWh)
Janeiro 263,00
Fevereiro 225,00
Março 274,00
Abril 256,00
Maio 275,00
Junho 266,00
Julho 249,00
Agosto 286,00
Setembro 292,00
Outubro 299,00
Novembro 250,00
Dezembro 250,00
ANUAL 3.185,00
A residência possui 6,80 m de comprimento e 5,90 m de largura com uma área total de
40,12 m².
Em primeiro lugar deve ser escolhido o local de instalação do sistema. Deve ser livre
de sombra de árvores e edifícios vizinhos para que o sol seja aproveitado durante todo
o dia. Para este dimensionamento será levado em conta à instalação do sistema no
telhado da residência, ocupando entre 15 m² e 16 m².
O inversor deve estar de acordo com as normas da ABNT NBR 5410/04 e normas da
concessionária local (frequência, tensão, aterramento etc.). O inversor é especificado de
acordo com a disponibilidade no mercado, preço por watt etc. (SILVA, 2013).
O Inversor utilizado na proposta será o Windy Boy 1200/1700 da SMA com o custo
aproximado de R$ 4.000,00 e potência máxima de 1850 W. As principais especificações
técnicas do inversor estão citadas na Tabela 5.
Segundo Silva (2013), a potência nominal total de módulos ligados em cada inversor
não pode ser maior que 110% da potência máxima de corrente contínua do inversor:
Cada painel tem potência de 83 W. Quando se divide a potência total de 1850 W pela
máxima potência máxima de cada módulo encontra-se a quantidade máxima de
módulos poderão ser ligados ao inversor, ou seja, de acordo com a área disponível
para a instalação do sistema e o gerador dimensionado, será ligados um inversor, 14
módulos.
Os painéis só podem ser ligados em série se a soma das tensões de curto circuito
aberto (19,7 V para o gerador Koycera proposto) não pode ser maior que 90% da
tensão de corrente contínua máxima do inversor. A tensão máxima de cada inversor é
igual a 480 V, então:
Assim, dividindo 432 V por 33,2 V concluímos que apenas 21 módulos podem ser
instalados, na forma string, no inversor.
De acordo com SOLENERG, apud SILVA (2013), a estimativa de produção pode ser
encontrada utilizando as seguintes expressões:
Geração anual (MWh/ano) = Potência de cada módulo (Wp) x número de
módulos x nível médio de radiação solar (h) x eficiência global x 365 dias x
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Nível médio de radiação solar (h): Nível médio anual de radiação solar do
local de instalação, plano inclinado igual à latitude, em horas de insolação
máxima ou kWh/m²/dia;
Eficiência global (pu): Performance ratio – Fator que leva em conta as perdas
nos módulos fotovoltaicos, no inversor, na instalação etc. e que poderá ser
otimizado e calculado pelo software. Valor típico: 0,7 a 0,8. Utilizamos para
cálculos preliminares o valor de 0,8.
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A estimativa de custos, segundo SOLENERG, apud, SILVA (2013), pode ser feita com
um cálculo simplificado do MWh gerado usando-se a expressão:
O custo estimado para os módulos foi R$ 1.000,00, portanto, como o SFCR será instalado
com 14 módulos temos um total de R$ 14.000,00 e o inversor custa, aproximadamente,
R$ 4.000,00.
Logo, o custo total para investimento do sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica,
acrescido de mais 20% da instalação é de R$ 21.600,00.
Para avaliação da viabilidade econômica, serão utilizados os dados fornecidos pela Aneel
e Cosern.
O objetivo é calcular o custo do MWh gerado pelo sistema FV e compará-lo com o valor
do MWh da concessionária Cosern. Calculando o custo do MWh do sistema FV temos:
Considerando os custos das tarifas praticadas pela Cosern, haverá uma economia de R$
691,09 por ano e calculando o PRS,
9. CONCLUSÃO
O Brasil possui ótimos índices de radiação por toda a sua extensão, mas os custos ainda
são vistos como desvantagens ante ao leque de recursos disponíveis para exploração de
outras fontes alternativas de energia. Daí, com a aprovação da Resolução normativa n°
482 (ANEEL, 2012) torna-se promissor o investimento SFCR.
10. REFERÊNCIAS
Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sergio da Silva Brito. Disponível em <
http://www.cresesb.cepel.br/sundata/index.php#sundata> Acesso em 29 de março de 2013.
COSERN. Disponível em < http://www.cosern.com.br/> Acesso em 31 de março de 2013.
31
GAZOLI, Jonas Rafael. VILLALVA, Marcelo Gradella. GUERRA, Juarez. Energia solar
fotovoltaica Acesso em 28 de março de 2013.
____________,. Disponível em
<http://www.kyocerasolar.com.br/site/arquivos/produtos/76.pdf> Acesso em 02 de abril de
2013.
XAVIER Gustavo A., OLIVEIRA FILHO Delly, CARLO Joyce C. Photovoltaic Solar
Energy in the World and in Brazil. Federal University of Viçosa, Viçosa –MG, 2012.
Disponível em < http://cigr.ageng2012.org/images/fotosg/tabla_137_C1926.pdf> Acesso em
29 de março de 2013.
ANEXOS
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