Você está na página 1de 2

O Jardim dos Suplícios

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


O Jardim dos suplícios (em francês, Le jardin des supplices) é um romance do
escritor francês Octave Mirbeau, publicado em 1899, durante o Caso Dreyfus.

Octave Mirbeau : "Aos Padres, aos Soldados, aos Juízes, aos Homens, que educam,
dirigem, governam os homens, dedico estas páginas de Matança e de Sangue."

Índice
A novela
Comentários
Citações
Ligações externas

Auguste Rodin, Le Jardin des

A novela supplices, Ambroise Vollard, 1902

Esta novela, constituída de um patchwork de textos anteriores, concebidos


independentemente um do outro e tendo tonalidades extremamente diferentes, é um clássico da ficção decadente.

Divide-se em duas partes muito distintas. A primeira parte é uma caricatura do sistema político da Terceira República e uma crítica
mordaz e direta a sociedade francesa da "Belle Époque", época abundante em corrupção.

A segunda parte decorre na China, num contexto de selvajaria : o Jardim dos


Suplícios da penitenciária de Cantão. A descrição das torturas, obras de arte
executadas ao ar livre, no meio dum bosque e à vista dos turistas, contrasta com a
beleza das flores que crescem no jardim : "Aqui é no meio das flores que se
erguemos instrumentos de tortura e morte." Aquilo que inicialmente parece ser um
paraíso terrestre, é, na verdade, o inferno. O inferno das sociedades opressivas e
sanguinárias. O inferno da condição humana submissa à "lei do homicídio".

Comentários
O passeio pelo jardim dos suplícios serve de pretexto para Octave Mirbeau atacar
a hipocrisia e a crueldade da "civilização". A novela é uma denúncia em frente às
sociedades opressivas que se apoiam todas sobre o assassinato. Este livro muito
especial, onde se misturam as descrições de flores e de suplícios, o sexo e o
sangue, é considerado uma das melhores obras da literatura decadente.

O suplicio da carícia, La Bacchante, Citações


1928
"O assassinio é a major preocupação humana e todos os nossos actos
derivam dele. [...] É um instinto vital que nos habita, que está em todos os
seres organizados e os domina, como o instinto genésico."
seres organizados e os domina, como o instinto genésico."
"A questão Deyfus [...] nunca a paixão do assassínio e a alegria da caça ao
homem, se tinham exibido tão completa e cinicamente."
"A podridão é a eterna ressurreição da vida."
"A arte não consiste em matar muito, degolar , chacinar e extreminar, em
massa, os homens... Isso é muito fácil... A arte, milady
, consiste em saber
matar segundo o ritual da beleza de que só nós, os chineses, conhecemos os
segredos!... Saber matar!... Não há nada mais raro! Quer dizer trabalhar a
carne humana, como um escultor trabalha o barro ou o marfim... Extrair toda a
quantidade, todos os prodígios de sofrimento que ela encerra no fundo das
suas trevas e dos seus mistérios... Para isso é necessário ciência, variedade,
elegancia, invenção... génio, enfim..."
"Vejo o universo como um imenso, inexoráveljardim de torturas - paixões,
ganância, ódio e mentiras. As leis, as instituições sociais, a justiça, o amor
,a
glória, o heroísmo e a religião - estes são seus monstruosos ornamentos e os
terríveis instrumentos do eterno sofrimento humano."

Ligações externas O Jardim dos suplicios.


Le Jardin des supplices(fr.).
Pierre Michel, preâmbulo doJardim dos suplicios (fr.).
Glauco Mattoso, "Aulas de jaulas - O que a literatura e o cinema podem dizer sobre a prisão .?"

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=O_Jardim_dos_Suplícios&oldid=47878728
"

Esta página foi editada pela última vez à(s) 21h35min de 30 de janeiro de 2017.

Este texto é disponibilizado nos termos da licençaCreative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada
(CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as
condições de uso.

Você também pode gostar