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PROTEÇÃO CONTRA

EXPLOSÃO

Engo Roberto Theobald, M.Sc.


rbtheobald@gmail.com

Aracaju - 2015

Tópicos
ACIDENTES INDUSTRIAIS AMPLIADOS
FUNDAMENTOS FÍSICO-QUÍMICOS
Explosão;
Árvore de Conseqüências;
Deflagração, Explosão e Detonação
Pressão de Explosão
Conseqüências da Explosão
PARÂMETROS TÉCNICOS DE SEGURANÇA
Ponto de Fulgor
Temperatura de Ignição
Limites de Inflamabilidade
FONTES DE IGNIÇÃO
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA EXPLOSÃO
Medidas Primárias
Medidas Secundárias
Medidas Terciárias

1
Paciente explode ao ser operado na Dinamarca

O intestino de um paciente explodiu numa sala de cirurgia do


hospital de Veile, em Copenhagem na Dinamarca, quando o médico
que o operava empregou um bisturi elétrico, denunciaram os
cirurgiões Niels Jentoet e Vagn Berg, no último número da revista
“Boletim Médico”, colocada à venda ontem.
O enfermo, de 39 anos, que devia ser submetido a uma operação
de oclusão intestinal, morreu pouco depois devido à infecção
sangüínea generalizada. A operação transcorria normalmente até
o momento em que os cirurgiões tentaram usar o bisturi elétrico
cuja faísca, em contato com o gases armazenados no intestino, o
fez explodir imediatamente. Depois de uma série de operações
secundárias, o paciente morreu.
A artigo de Jentoet e Berg adverte a classe médica sobre o
perigo da utilização do bisturi elétrico, que para muitos é cômodo
porque permite fechar imediatamente os vasos sangüíneos nas
operações de intestinos e do estômago.
Fonte: O GLOBO 01/08/78

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ACIDENTES INDUSTRIAIS AMPLIADOS

Evento Substância Local Ano Mortes Imagem


Explosão Refinaria Propano e Butano Feyzin – França 1966 21 (1) (2)
Explosão Planta Ciclohexano Filxborough – UK 1974 28 (3) (4)

Explosão Refinaria GLP México City – México 1984 550 (5) (6)
(7) (8)
Vazamento Químico Metil-Isocianato Bhopal – India 1984 > 2.500
Incêndio Plataforma Gás Natural North Sea – UK 1988 (9)

Explosão Planta Perclorato de Nevada – USA 1988 2 (10)


Amônia
Explosão Planta Passadena – USA 1989 (11) (12)

Incêndio Refinaria Petróleo Lousiana – USA 2001 ----- (13)

Incêndio Depósito Produtos Químicos S. Paulo – Brasil 2009 ----- (14)

Acidentes Industriais Ampliados

”Eventos agudos, como explosões,


incêndios e emissões nas atividades
de produção, isolados ou
combinados, envolvendo uma ou mais
substâncias perigosas com potencial
de causar simultaneamente múltiplos
danos, sociais, ambientais e a saúde
física e mental dos seres humanos
expostos”
Freitas, Porto & Gomes, 1995

3
Objetivo

Conhecer os fundamentos dos


fenômenos físicos, dos parâmetros
técnicos de segurança das substâncias
combustíveis e as medidas de proteção
eficazes de proteção contra explosão

Resumo

FUNDAMENTOS
FÍSICO-QUÍMICOS

PARÂMETROS TÉCNICOS
DE SEGURANÇA
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
EFICAZES
CARACTERÍSTICAS DAS
INSTALAÇÕES

CONDIÇÕES
ESPECÍFICAS DO LOCAL

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Fundamentos Físico Químicos

EXPLOSÃO

Explosão

Liberação de
Energia

Química Física Nuclear

Rompimento de um vaso Rompimento de um vaso Rompimento de um


devido a combustão de devido a alta pressão de reator devido a perda
um gás inflamável em gás no seu interior com a de controle da reação
seu interior ruptura por fratura frágil nuclear

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Árvore de Conseqüências
NENHUM DANO SE NÃO FOR TÓXICA

Dispersão
sem Incêndio em
Ignição Poça

Ignição Incêndio em
Imediata Nuvem
Vazamento
Explosão não
de Líquido
Jato de Confinada
e/ou Gás
Fogo
Explosão
Formação Confinada
de Nuvem Ignição
com Retardada
Mistura Ar/
Combustível Bola de Fogo

BLEVE
(1) (2) (3)

DEFLAGRAÇÃO, EXPLOSÃO, DETONAÇÃO


Deflagração (NBR 13860): Explosão que se propaga à velocidade subsônica;
Na deflagração, a frente de chama e a onda de pressão se propagam quase com a
mesma rapidez, podendo atingir até 100 m/s com desenvolvimento de pressões de
até 3 bar.
Ex: Ignição de uma mistura ar-poeira em recipientes abertos ou em grandes áreas
fechadas.
Explosão (NBR 13860): Fenômeno acompanhado de rápida expansão de um sistema
de gases, seguida de uma rápida elevação na pressão;
Na explosão, a onda de pressão precede a frente de chama, cuja velocidade de
propagação pode chegar a cerca de 300 m/s, atingindo pressões de até 10 bar.
Ex: Ignição de uma mistura vapores de solvente com o ar em uma cabine de pintura
fechada.
Detonação (NBR 13860): Explosão que se propaga à velocidade supersônica,
caracterizada por uma onda de choque.
Na detonação, as ondas de pressão que se desenvolvem geram frentes de chama
adicionais e o que se tem é um fenômeno bastante característico. Com isso, resultam
velocidades de propagação muito altas, acima de 340 m/s, atingindo velocidades
entre 1.200 a 3.000 m/s e pressões acima de 12 bar.
Ex: Ignição de uma mistura gás-ar em tubulações longas.

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Frente de Chama

CHAMA Vp = 0, P =
0

Frente de Chama

DEFLAGRAÇÃO Vp = 100, P = 3
bar

Onda de Pressão

Frente de Chama

EXPLOSÃO Vp < 300, P = 10


bar
Onda de Pressão

Frentes de Chama

DETONAÇÃO Vp > 340, P > 20


bar
Ondas de Pressão

Ondas de Pressão / Choque (Blast)

Onda de Sobrepressão

Onda de Choque

(Imagem)

7
Teor do
Calor de Temperatura Sobrepressão
Fórmula Gás na
Gás Combustão de Explosão Calculada
Química Mistura
(Kcal/Mol) (0 C) (Bar)
(% V)

Metano CH4 9,50 18.200 2.610 9,25


Etano C2H6 5,64 19.300 2.680 9,68
Pentano C5H12 2,56 19.100 2.740 10,13
Hexano C6H14 2,17 19.900 2.630 9,70
Heptano C7H16 1,87 19.900 2.730 10,12
Ciclohexano C6H12 2,28 19.900 2.660 9,78
Etileno C2H4 6,53 20.700 2.980 10,44
Acetileno C2H2 7,75 23.400 3.370 11,32
Benzeno C6H6 2,72 20.600 2.880 10,23

Conseqüência do Fluxo Térmico para 30 s de Exposição

Fatalidade Ferimentos

Níveis de Fluxo Níveis de Fluxo


% %
Térmico Térmico

99% 52,5 kW/m2 99% 9,6 kW/m2

90% 38,6 kW/m2 90% 7,4 kW/m2

50% 26,6 kW/m2 50% 5,4 kW/m2

10% 18,3 kW/m2 10% 4,0 kW/m2

1% 13,4 kW/m2 1% 3,0 kW/m2


Fonte – TNO – Green Book

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Conseqüência da Onda de Pressão/Choque (Blast)

Hemorragia Tímpano Danos Quebra de vidros


Estruturais

Níveis de Níveis de Níveis de Níveis de


% % % %
Sobrepressão Sobrepressão Sobrepressão Sobrepressão

99 202,8 kPa 99 144,8 kPa 99 42,8 kPa 99 6,7 kPa

90 173,8 kPa 90 82,0 kPa 90 29,6 kPa 90 3,5 kPa

50 144,8 kPa 50 43,0 kPa 50 19,3 kPa 50 4,1 kPa

10 120,0 kPa 10 22,1 kPa 10 12,4 kPa 10 2,8 kPa

1 103,4 kPa 1 13,1 kPa 1 8,3 kPa 1 2,1 kPa


Fonte – TNO – Green Book

Conseqüências de uma Detonação

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10
PARÂMETROS TÉCNICOS DE SEGURANÇA
• Ponto de Fulgor (NBR-13860) “menor temperatura na qual um combustível
emite vapores em quantidade suficiente para formar uma mistura com o ar na
região imediatamente acima de sua superfície, capaz de entrar em ignição em
contato com uma chama, e não mantê-la após a retirada da chama”.
(NBR-17505)
Classificação Ponto de Fulgor Ponto de Ebulição
Líquido Inflamável
Classe I < 37,7 0 C
Classe I-A < 22,7 0 C < 37,7 0C
Classe I-B < 22,7 0 C > 37,7 0C
Classe I-C 22,7 0 C < PF < 37,7 0 C > 37,7 0C
Líquido Combustível
Classe II 37,7 0 C < PF < 60 0 C
Classe III A 60 0C < PF < 93,3 0C

Classe III A PF > 93,3 0C

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PARÂMETROS TÉCNICOS DE SEGURANÇA

• Temperatura de Ignição “É a temperatura mínima na qual os vapores


gerados pelo combustível são inflamados ao entrar em contato com o ar (oxigênio).
Nem sempre é necessário existir a chama para ocorrer o fenômeno da ignição,
como acontece, por exemplo, na queima de um pedaço de papel ou de madeira que
é provocada pela concentração de raios solares através de uma lente”

Temperatura de
Substância Fórmula Química
Ignição
Acetona CH3COCH3 535
Metanol CH3OH 455
Naftaleno C10H8 528
Tolueno C6H5CH3 535
Xileno C6H4(CH3)2 464

PARÂMETROS TÉCNICOS DE SEGURANÇA

• Limites de Inflamabilidade = Faixa da Reação de Queima

100 % Combustível

MISTURA “RICA”
Limite Superior de Inflamabilidade (L S I)

Faixa de
Explosividade

MISTURA “POBRE” Limite Inferior de Inflamabilidade (L I I)

0 % Combustível

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Limites de Inflamabilidade = Faixa da Reação de Queima

Limite Limite Mínima Temperatura


Inferior de Superior de Energia de
Gás / Vapor Inflamabilidade Inflamabilidad de Auto Ignição
(% V) e Ignição (0 C)
(% V) (mJ)

Acetona 2,5 13,0 1,15 535


Acetileno 2,3 100,0 0,02 305
Gasolina 1,4 7,60 - 280
Metano 5,0 15,0 0,26 595
Propano 2,0 9,5 0,25 470
Propileno 2,4 11,7 0,28 455
Tolueno 1,2 7,0 0,27 535

FONTES DE IGNIÇÃO

É a fonte de energia capaz de provocar a ignição de uma


determinada mistura explosiva. Podem ser de origem elétrica e
não elétrica e são apresentadas no quadro abaixo

Origem Elétrica Origem não Elétrica


Centelha ou arco voltaico Superfícies aquecidas
Correntes compensadoras Chamas e gases quentes
Eletricidade estática Centelhas de origem mecânica
Ondas eletromagnéticas Radiações no espectro visível
Descarga atmosféricas Ultra som
Radiações ionizantes Compressão adiabática
Reações químicas

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Visão geral

ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Processos químicos e
petroquímicos .

Presente também em outras industrias, tais


como têxteis, de moagem, etc. através das
fibras e poeiras de fácil combustão.
Explosão em Pó: (1) (2)

Atmosferas Explosivas

Resultado da mistura de substâncias


inflamáveis na forma de gás, vapor,
névoa ou poeira com o ar, numa
determinada proporção em que uma
elevação de temperatura causada por
uma fonte de ignição produz uma
explosão.
Adauto Milanez Neto

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Medidas de Prevenção e Proteção Contra Explosão

Medidas Primárias de Prevenção: são aquelas que visam


impedir ou reduzir a possibilidade de surgimento de uma
atmosfera explosiva perigosa;

Medidas Secundárias de Prevenção: são aquelas que visam


impedir ou reduzir a possibilidade da ignição de uma
atmosfera explosiva perigosa;

Medidas Terciárias de Proteção: são aquelas que visam


limitar os efeitos de uma explosão a um grau não crítico ou
aceitável.

Medidas Primárias
de Prevenção

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Medidas Primárias de Proteção

•Evitar ou restringir o emprego de substâncias que possam


formar compostos explosivos;
SUBSTITUIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS OU REDUÇÃO DO VOLUME

• Evitar ou restringir a formação de mistura explosiva nas


proximidades dos equipamentos ou instalações ;
PROCESSOS CONTÍNUOS, CIRCUITO FECHADO, REDUÇÃO DOS PONTOS DE
VAZAMENTO, VENTILAÇÃO, BARREIRAS FÍSICAS

• Evitar ou restringir a formação de misturas explosivas no


interior de equipamentos ;
INERTIZAÇÃO PARCIAL - %O2 < 10%

INERTIZAÇÃO TOTAL – V INERTE > 25


V INFLAMÁVEL

• Monitorar a concentração de mistura explosiva


DETECTORES FIXOS, DETECTORES PORTÁTEIS

Medidas Secundárias
de Prevenção

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Medidas Secundárias de Proteção

Classificação de Áreas

O que é ?

Classificação de Áreas

Identifica as
FONTES DE RISCO

DESENHO

Delimita as
ÁREAS DE INFLUÊNCIA

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Classificação de Áreas

Internacionais/Brasileiras
IEC – ISO: TC-31
ABNT : CB-03 – Eletricidade
NORMAS SC-31
http://cobei-sc-31-atmosferas-explosivas.blogspot.com

Americanas :
NEC / API / NFPA

Simbologia “Ex”

Símbolo "Ex" para IDENTIFICAÇÃO Símbolo de REPARO em equipamentos


de equipamentos certificados para "Ex" em conformidade com a
certificação e/ou especificações.
uso em atmosferas explosivas.

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Classificação de Áreas
Classificação de Graus das FONTES DE RISCO
Fontes de Risco de Grau CONTÍNUO
Fonte onde a liberação de substâncias inflamáveis ocorre continuamente
por longos períodos ou frequêntemente por curtos períodos

Fontes de Risco de Grau PRIMÁRIO


Fonte onde a liberação de substâncias inflamáveis ocorre periodicamente
ou ocasionalmente, em condições normais de operação, ou são causadas pela
execução frequente de procedimentos de operação ou de manutenção.

Fontes de Risco de Grau SECUNDÁRIO


Fonte onde a liberação de substâncias inflamáveis ocorre em condições
anormais de operação ocasionadas por rompimento ou falhas de
equipamento de processo.

Normas Americanas (NEC/API/NFPA)

I - gases/vapores
CLASSES: Tipos de Substâncias II - poeiras
III - fibras

GRUPOS: Grau de Risco da Substância


A, B, C, D, E, F e G

ZONAS: Probabilidade de ocorrência da mistura


ZONA 0, ZONA 1 ou ZONA 2

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Classe Grupo Substância
A Acetileno
I B Hidrogênio, etc.
Gases e C Monóxido de Carbono, etc.
Vapores
Acetona, Amônia, Benzeno, Butano, Gasolina,
D
Nafta, Metano, Gas Natural
Poeiras metálicas combustíveis ou outras
E
com resistividade < 10 5 W.cm

II Poeiras carbonáceas, com resistividade


F
entre 10 2 e 10 8 W.cm (Ex. Carvão Mineral)
Poeiras Poeiras combustíveis, com resistividade
G entre > 10 5 W.cm (Ex. Farinha de Trigo, Ovo
em Pó, etc.
III Fibras combustíveis
Fibras (Ex.: Rayon, sisal, juta, fibras de madeiras, etc.)

Normas Brasileira/
Internacionais (ABNT/IEC)

GRUPOS: Utilização dos equipamentos


GRUPO I : Mineração Subterrânea com GRISÚ
(METANO)
GRUPO II: Industrias de Superfície. (A, B e C)

ZONAS : Existência da mistura


ZONA 0, ZONA 1 ou ZONA 2

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ABNT/IEC
Atmosferas explosivas de gás

ABNT/IEC
Atmosferas explosivas de poeiras
combustíveis

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Estatística sobre ocorrência de
atmosfera explosiva - gases

API RP-505 – American Petroleum Institute, Recommended practice for


classification of locations for electrical installations at petroleum facilities
classified as Class I, Zone 0, Zone 1 and Zone 2.

Normas Brasileira x Americanas

Comparação entre designações ABNT NBR IEC, API e NEC

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Área Não Classificada

Áreas onde a probabilidade de


ocorrência de mistura
inflamável/explosiva
é muito remota.

Bem ventiladas.
Substância em sistemas fechados.
Tubulações sem acessórios (flanges, válvulas, etc.)

Extensão das Áreas Classificadas

Até onde a área é perigosa ?

Qual o volume de risco ?

(Substâncias, Equipamentos, Processos e Ambiente.)

23
Classificação de Áreas

Classificação de Áreas

24
Classificação de Áreas

Classificação de Áreas

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Medidas Secundárias de Proteção
• Construção Adequada dos Equipamentos;
Equipamentos elétricos e de instrumentação, para serem instalados em
áreas classificadas contendo atmosferas explosivas necessitam possuir
características especiais de proteção

Tipo de Proteção “Ex” Série NBR IEC 60079 Simbologia

Invólucros à prova de explosão Ex-d


Invólucros pressurizados Ex-p
Imerso em óleo Ex-o
Imerso em areia Ex-q
Emcapsulamento Ex-m
Segurança aumentada Ex-e
Não acendíveis Ex-n
Segurança intrínseca Ex-i

PROVA DE EXPLOSÃO “Ex-d”


Equipamento, encerrado em um invólucro, capaz
de suportar uma pressão interna e não permitir
que a energia resultante dessa explosão se
propague para o meio externo, através de
qualquer junta ou abertura estrutural, evitando
a propagação dessa explosão

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PRESSURIZADO “Ex-p”

Tipo de proteção que consiste em


manter presente, no interior do
invólucro, uma pressão positiva superior
à pressão atmosférica

SEGURANÇA AUMENTADA “Ex-e”

Proteção aplicável aos equipamentos


elétricos, que por sua própria
natureza, não produzem arcos,
centelha ou alta temperatura em
condições normais de operação ou sob
algumas condições normais.

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SEGURANÇA INTRÍNSECA “Ex-i”

Um circuito é
intrinsecamente seguro
quando não é capaz de
libera energia elétrica ou
energia térmica
suficiente para, sob
condição normais ou
anormais de operação,
causar a ignição da
mistura explosiva.

Medidas Secundárias de Proteção


• Seleção e Instalação Adequada de Equipamentos
ABNT NBR IEC 60079-14 – Projeto, seleção e montagem de
instalações elétricas em atmosferas explosivas
Nível de Proteção do Equipamento (ELP)

28
Medidas Secundárias de Proteção
Seleção de 'EPL' de acordo com a Zona
do local da instalação M/G/D.

Medidas Secundárias de Proteção

Relação
"tradicional" entre
os tipos de
proteção "Ex" e
'EPL' para gases
inflamáveis.

29
Medidas Secundárias de Proteção
Relação "tradicional" entre os tipos de proteção "Ex" e 'EPL' para
poeiras combustíveis.

Medidas Secundárias de Proteção


Descrição da proteção proporcionada contra o risco de ignição em
função do ‘EPL’.

30
Medidas Secundárias de Proteção
Classe de Temperatura do Equipamento: Máxima temperatura de
superfície do equipamento em condições NORMAIS ou
ANORMAIS de operação

Marcação de Equipamentos Elétricos


NBR ABNT IEC 60079-0

Norma Proteção Grupo Temperatura ELP Certificação

d Número
I T1 Ga Certificado
e T2 Gb
p IIA T3 Gc
o +
IIB T4
i IIC T5 Da
m Nome
BR Ex T6 Db do OCP
n IIIA Dc
q IIIB
s IIIC
op

(Marcação)

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Marcação de Equipamentos Elétricos
NBR ABNT IEC 60079-0

Certificação de Equipamentos

- É obrigatória a Certificação de Equipamentos “Ex” no Brasil


- Documento emitido por órgão independente que assegura que o
produto está conforme com as exigências especificadas em
Norma
- Emitido pelos OCP (Organismos de Certificação de Produtos):
BVC, CEPEL, CERTUSP, NCC, UL do Brasil, etc.

32
Certificado de Conformidade

Medidas Terciárias de
Proteção

33
Medidas Terciárias de Proteção
Proteção Contra Ignição
• Detecção de gás inflamável;
• Detecção de nuvens de poeira explosiva;
• Detecção e extinção de materiais incandescentes e
faíscas de fricção;
• Sistema de dilúvio e “water spray”;
• Inertização avançada.

Controle de Explosão
• Detecção de explosão e parada de unidade;
• Válvulas de isolamento contra explosão de alta
velocidade;
• Barreiras de extinção;
• Sistema de alívio e bloqueio;
• Vents com atuação automática;
• Extinção de incêndio após explosão.

Vents para Alívio de Explosão


• Sistema de alívio e bloqueio;
• Vents com atuação automática.

Supressão de Explosão
• Supressores;
• Agentes supressores (água + aditivos, fluocarbonos).

Isolamento da Explosão
• Barreiras de deflagração e detonação;
• Barreiras automáticas de extinção;
• Válvulas automáticas de isolamento.

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• Aliviar a Pressão de Explosão;
DISCOS DE RUPTURA (1) (2)
JANELAS DE ALÍVIO
(VÁLVULAS DE SEGURANÇA “PSV”– NÃO PODEM SER USADAS – BAIXA VELOCIDADE ABERTURA)

• Supressão de Explosão;
SUPRESSORES
DETEÇÃO IMEDIATA (DETECTORES ÓTICOS)
ACIONAMENTO DE AGENTE EXTINTOR

• Dispositivos Contra Passagem e Retorno de Chamas;


CORTA CHAMA

VÁLVULAS DE ISOLAMENTO

CONTAINER ISOLAÇÃO

INTERSTÍCIOS SEGUROS (MESG)

MERGULAMENTO

FIM

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INÊNDIO EM POÇA (FLASH FIRE)

Fonte: Riscos Industriais – Moacir Duarte

INCÊNDIO EM NUVEM NÃO CONFINADA

Fonte: Riscos Industriais – Moacir Duarte

36
JATO DE FOGO (JET FIRE)

Fonte: Riscos Industriais – Moacir Duarte

EXPLOSÃO EM NUVEM NÃO CONFINADA (UVCE)

Fonte: Riscos Industriais – Moacir Duarte

37
EXPLOSÃO EM NUVEM CONFINADA (VCE)

Fonte: Riscos Industriais – Moacir Duarte

BOLA DE FOGO (FIRE BALL)

Fonte: Riscos Industriais – Moacir Duarte

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BLEVE

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