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O urânio sai das minas na forma de dióxido de urânio (UO2), misturado a argila,

enxofre e outras impurezas. Uma tonelada desse metal na natureza contém


apenas 7 quilos de urânio-235 (U-235), o ideal para gerar energia nuclear. O
principal composto restante é o menos aproveitável urânio-238 (U-238)

2. O urânio bruto é limpo com elementos como ácido sulfúrico e transformado em


pó. Depois, é submetido a um gás à base de flúor sob uma temperatura de 550 ºC,
tornando-se uma substância gasosa também. Esse produto passa por um novo
banho de flúor, a 350 ºC, e vira um gás com moléculas compostas por um átomo
de urânio e seis de flúor (UF6)

3. O UF6 é direcionado contra uma espécie de peneira, uma barreira cheia de


poros microscópicos. O U-235 é menor que o U-238 e passa pelos poros mais
facilmente. A passagem pela "peneira" é repetida até a concentração de U-235
chegar ao nível desejado. Depois, outros processos separam o urânio enriquecido
do flúor e transformam o metal gasoso em tabletes sólidos

4A. O urânio pobre - o U-238 barrado na "peneira" — também tem utilidade. Ele é
aplicado na blindagem de tanques de guerra e na construção de projéteis
(munições), já que é 2,5 vezes mais pesado que o aço. Mas também há um uso
civil: denso, ele serve como contrapeso na carcaça de aviões

4B. O urânio pouco enriquecido, com 2% a 4% de U-235, é suficiente para as


usinas nucleares. Nelas, a energia criada pela fissão desses átomos é usada para
ferver água. E o vapor resultante move as turbinas, gerando eletricidade. Esse
mesmo urânio também é usado para impulsionar submarinos e porta-aviões
nucleares

4C. O metal altamente enriquecido tem entre 90% e 99% de U-235. Como essa
concentração é muito grande, o produto gera uma energia absurda em frações de
segundo. Por isso esse é o urânio enriquecido usado nas bombas atômicas. Alguns
gramas dele causam mais destruição do que a vista em Hiroshima, no Japão, em
1945

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