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Marighella foi um dos sete filhos de uma família pobre, cursou engenharia civil na Escola
Politécnica da Bahia, mas não concluiu o curso, e após isso se tornou militante
profissional do partido comunista brasileiro. Foi preso pela primeira vez em 1932 depois
de escrever um poema que continha críticas ao inventor Juracy Magalhães. Em 1 de maio
de 1936 foi preso por subversão e torturado pela polícia de Filinto Müller durante a
ditadura na Era Vargas (Estado Novo), permaneceu encarcerado por um ano e ao sair da
prisão entrou para a clandestinidade, e foi recapturado em 1939, sendo novamente
torturado e preso até 1945, quando foi beneficiado pela anistia do processo de
redemocratização do Brasil. No ano de 1964, em que o golpe militar efetuou-se ele foi
baleado e preso por agentes do DOPS dentro de um cinema no Rio de Janeiro. Marighella
foi liberto em 1965, mesmo ano em que escreveu seu livro “A crise brasileira”. Em 1967
Marighella participou da I Conferência da OLAS (Organização Latino-Americana de
Solidariedade), em Havana Cuba. Durante sua estadia em Havana ele escreveu “Algumas
questões sobre a guerrilha no Brasil” dedicado a memória do guerrilheiro Che Guevara.
Foi expulso do PCB em 1967 e em fevereiro de 1968 fundou o grupo armado Ação
Libertadora Nacional. Em setembro de 1969, a ALN participou do sequestro do
embaixador norte-americano Charles Elbrick, em uma ação conjunta com o Movimento
Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Os agentes do DOPS concentraram esforços em
capturar Carlos Marighella quem foi surpreendido em uma emboscada, sendo morto por
agentes do DOPS, em uma ação coordenada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury. A
ALN continuou em atividade até o ano de 1974 e o sucessor de Marighella no comando
da ALN foi Joaquim Câmara Ferreira, que também foi morto no ano seguinte.