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-ORIGEM E EVOLUÇÃO
Os anfíbios foram os primeiros seres vertebrados a conquistar a terra firme, pois
todas as outras formas de vida dependiam do meio aquático para sobrevivência. De
acordo com evidências de fósseis encontrados há 400 milhões de anos (Período
Devoniano), os anfíbios evoluíram a partir dos peixes. Tal constatação revela que nós,
seres humanos, somos descendentes dessas fascinantes criaturas chamadas
anfíbios.
.O que são anfíbios, afinal? A palavra anfíbio, de origem grega, significa "vida
dupla", porque esses animais são capazes de viver no ambiente terrestre na
fase adulta, mas dependem da água para a reprodução.
-PRINCIPAIS GRUPOS
Das cerca de 3.500 espécies de sapos, rãs e pererecas catalogadas no mundo, mais
de 600 ocorrem no Brasil. De acordo com a forma do corpo, os animais classificados
como os anfíbios estão ordenados da seguinte maneira.
Ápodes
Cecílias
As cecílias são anfíbios, vermiformes, que não têm membros e que vivem enterradas.
Em decorrência, seus olhos são muito pequenos e usam receptores químicos para
detectar suas presas. Podem ser aquáticas ou terrestres, mas todas respiram através
de pulmões.
Anuros
Sapos
Os anuros são um grupo de anfíbios que não possuem cauda e possuem estrutura de
esqueleto adaptada para locomoção aos saltos. A diversidade de anuros é enorme e
este grupo está presente em todos os continentes. Existem anuros adaptados à vida
aquática e terrestre.
Todos são carnívoros, em geral utilizam a visão para a detecção da presa, portanto é
importante que haja movimento. Esses animais possuem uma grande variedade de
estratégias reprodutivas, que vão desde o desenvolvimento direto dos girinos, que
nascem após dez dias, e que depois de uma série de metamorfoses transformam-se
em sapinhos.
O sapo captura suas presas com a língua ágil. Ele fecha os olhos para engolir o
alimento. Atitude que é uma necessidade fisiológica: os grandes olhos são forçados
para cavidade bucal a assim ajudam a empurrar os alimentos para a garganta abaixo.
Os sapos são muito úteis ao homem porque com seu grande apetite comem muitos
vermes, lagartas e insetos nocivos de várias espécies. A parte mais fascinante da
reprodução dos anuros é, entretanto a vocalização do macho para atrair a fêmea.
Cada espécie produz um som diferente originando grande variedade de sons emitidos.
São capazes de emitir também sons de agonia e de defesa de território.
Rãs
As rãs são popularmente conhecidas como anuros. São bastante ligadas à água e
bons nadadores. No Brasil, ocorre apenas uma espécie de rã verdadeira que é
encontrada na Amazônia. Seus membros posteriores são longos e adaptados à
natação e aos saltos.
Pererecas
A perereca pertence à família das Racoforídeas. Existem cerca de 150 espécies. Sua
pele é mais lisa que as dos sapos. A perereca possui nas extremidades de cada
dedo pequenas almofadas adesivas que servem para se prender aos galhos. Ela
é dotada de membranas elásticas estendidas entre os dedos, que formam uma
espécie de pipa.
Quando nascem os girinos, fabricam uma substância que os livra desta massa
pegajosa caindo então no pântano e só assim começa sua vida aquática.
Urodelos
Salamandras-de-fogo
FISIOLOGIA:
Respiração
No estágio da vida aquática, quando são larvas, os anfíbios respiram por
brânquias, como os peixes. Quando adultos, vivem em ambiente terrestre e
realizam a respiração pulmonar. Como os seus pulmões são simples e têm
pouca superfície de contato para as trocas gasosas, a respiração pulmonar é
pouco eficiente, sendo importante a respiração cutânea - processo de trocas de
gases com o meio ambiente através da pele.
Os anfíbios fazem a sua excreção através dos rins, e sua urina é abundante e
bem diluída, isto é, há bastante água na urina, em relação às outras
substâncias que a formam.
Circulação
Os anfíbios têm circulação fechada (o sangue circula dentro dos vasos).
Como ocorre mistura de sangue venoso (rico em gás carbônico) e arterial (rico
em oxigênio) a circulação neste grupo de animais é do tipo incompleta. O
coração dos anfíbios é dividido em três cavidades: dois átrios ou aurículas e
um ventrículo.
Reprodução
O lugar para a reprodução dos anfíbios varia entre as espécies. Pode ser uma
poça transitória formada após uma chuva , um rio, lago ou um açude. Há
também os que procriam na terra, desde que seja bem úmida.
Esse canto varia de acordo com a espécie. A maioria das espécies possuem
dois ou três tipos de cantos diferentes. Além do canto nupcial (que atrai as
parceiras), há os cantos de advertência com os quais o macho defende seu
território da aproximação de outros machos.
A fêmea com o corpo cheio de óvulos é agarrada pelo macho com um forte
"abraço". Esse "abraço" pode levar dias, até que a fêmea lance os seus
gametas (isto é, os seus óvulos) na água. Então o macho também lança os
seus espermatozoides, que fecundam os óvulos, cujo desenvolvimento ocorre
na água.
Metamorfose
-IMPORTANCIA ECONOMICA
Os anfíbios são itens importantes na cadeia alimentar, sendo consumidos por aves,
répteis, mamíferos e muitos invertebrados, graças a seu tamanho pequeno e poucos
mecanismos de defesa agressiva contra seus predadores. Como predadores, são
importantes reguladores das populações de invertebrados, já que sua dieta é baseada
nestes animais. Assim, consumem presas e evitam que se tornem prejudiciais ao
ecossistema como um todo.
A pele dos anfíbios possui uma grande quantidade de glândulas que liberam
secreções para se manter úmida e protegida dos micro-organismos do ambiente.
Nesse sentido, possuem um verdadeiro arsenal químico que pode ser uma grande
fonte de matéria prima para produção de fármacos que ajudem a tratar doenças, servir
com anestésicos, cicatrizantes e compor fórmulas de produtos cosméticos. Essas
substâncias já vêm sendo pesquisadas há anos pela indústria farmacêutica. Por
exemplo, recentemente foi descoberto que na pele da rã Pseudis paradoxa (uma
espécie encontrada no Pantanal Sul-Mato-Grossense) existe uma substância capaz de
ajudar no combate à diabetes. Entre as famílias de maior interesse farmacêutico, está
a Dendrobatidae, que compreende animais pequenos e muito coloridos.
Os anfíbios também foram e ainda são muito utilizados como cobaias de pesquisas
desenvolvidas em anatomia, fisiologia muscular, neurologia e embriologia, esta última
graças ao desenvolvimento dos indivíduos em ovos transparentes. Muito do que se
sabe hoje sobre o hormônio da tireoide, por exemplo, veio de estudos com anfíbios.