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EDUCANDÁRIO NOVA GERAÇÃO 2000

Regionalização brasileira

RECIFE, PE
2018
Fillipe Victor e João Pedro

Regionalização Brasileira

Trabalho apresentado ao Prof. Álvaro


Augusto das M. Farias, como pré-requisito
à obtenção de nota na disciplina de
Geografia.

RECIFE, PE
2018
 De que maneira o Brasil foi regionalizado?

O território do Brasil já passou por diversas divisões regionais. A primeira proposta de


regionalização foi realizada em 1913 e depois dela outras propostas surgiram, tentando
adaptar a divisão regional às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos
estados. A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações
da Constituição de 1988. O órgão responsável pela divisão regional do Brasil é o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 1913
A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913, para ser utilizada
no ensino de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas
aspectos físicos – clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões:
Setentrional, Norte Oriental, Oriental, Meridional.

 1940
Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos
aspectos físicos, levou em consideração aspectos socioeconômicos. A região Norte
era composta pelos estados de Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e o território do
Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas Gerais a região Centro. Bahia,
Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era composto por
Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul.

 1945
Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste
Ocidental, Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e
Sul. Na porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual
estado de Roraima; no norte do Pará foi criado o estado do Amapá. Mato Grosso
perdeu uma porção a noroeste (batizado como território de Guaporé) e outra ao sul
(chamado território de Ponta Porã). No Sul, Paraná e Santa Catariana foram cortados
a oeste e o território de Iguaçu foi criado.

 1950
Os territórios de Ponta Porã e Iguaçu foram extintos e os estados do Maranhão e do
Piauí passaram a integrar a região Nordeste. Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo,
Rio de Janeiro formavam a região Leste. Em 1960, Brasília foi criada e o Distrito
Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para o Centro-Oeste. Em 1962, o
Acre tornou-se estado autônomo e o território de Rio Branco ganhou o nome de
Roraima.
 1970
Em 1970, o Brasil ganhou o desenho regional atual. Nasceu o Sudeste, com São
Paulo e Rio de Janeiro sendo agrupados a Minas Gerais e Espírito Santo. O
Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás, ainda não dividido,
pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido alguns anos depois, dando
origem ao estado de Mato Grosso do Sul.

 1990
Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que
permanece até os dias atuais. O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de
Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se
estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a
Pernambuco.

 Modelo atual
O Brasil é dividido em Estados e Regiões. A regionalização, proposta em 1969, foi
elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e sua
implantação efetiva vigorou a partir de 1° de janeiro de 1970. Para consolidar a
divisão do país, o IBGE tomou como base os aspectos naturais, embora tenha levado
em conta os fatores humanos ao formar o Sudeste. Foram criadas as seguintes
Regiões:

 Norte
 Nordeste
 Sul
 Sudeste
 Centro-Oeste

 Qual a necessidade de regionalizar o Brasil?


Os critérios utilizados para fazê-la foram físicos, já que a natureza era considerada
duradoura e as atividades humanas, mutáveis. A divisão regional deveria ser baseada em
critérios que resistissem por bastante tempo. Tal divisão demonstra uma preocupação
muito grande em fortalecer a imagem do Brasil como uma nação, uma vez que a
República havia sido proclamada há poucos anos, em 15 de novembro de 1889. A
divisão em grandes regiões proposta em 1913 influenciou estudos e pesquisas até a
década de 1930. Nesse período, surgiram muitas divisões do território do Brasil, cada
uma usando um critério diferente. Porém, em 1938, foi preciso escolher uma delas para
fazer o Anuário Estatístico do Brasil, um documento que contém informações sobre a
população, o território e o desenvolvimento da economia que é atualizado todos os anos.
Mas, para organizar as informações, era necessário adotar uma divisão regional para o
país. Então, a divisão usada pelo Ministério da Agricultura foi a escolhida.
Região Centro-oeste

A Região Centro-Oeste é uma das cinco regiões do Brasil definidas pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969. É formada por três
estados: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mais o Distrito Federal, onde se
localiza Brasília, a capital do país e a cidade mais populosa da região.
Com uma área de 1 606 403,506 km², o Centro-Oeste é a segunda maior região do
Brasil em superfície territorial, superada apenas pela Região Norte, sendo um pouco
maior que a área do estado do Amazonas ou da Região Nordeste. Por outro lado, é a
região menos populosa e possui a segunda menor densidade populacional. Por esse
motivo, apresenta algumas concentrações urbanas e grandes vazios demográficos.
Das regiões brasileiras, o Centro-Oeste é a única que faz limite com todas as demais e,
ao mesmo tempo, a mais interiorana do país, sendo a única que não possui litoral.

Metrópole Nacional: Brasília (DF)

Metrópole Regional: Goiânia (GO)

Centros Regionais: Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS)

Recursos

 Extrativismo Vegetal: Após a mecanização da agricultura (Revolução Verde), nos


anos 1970, houve intenso aumento da produção agrícola no país e expansão da fronteira
agrícola do Sul para o Centro-Oeste, o que causou uma grande devastação do Cerrado.
Além disso, existe a extração de carvão vegetal nesse bioma. Os principais gêneros
agrícolas cultivados nessa região são milho, algodão, cana-de-açúcar e, em destaque, a
soja.
 Extrativismo Animal: Há criação de gado bovino para corte e presença de vários
frigoríficos e abatedouros, além da pecuária leiteira. No Pantanal matogrossense há
também presença maciça da pecuária, extremamente importante para a economia da
região. Além disso, deve-se ressaltar nesse local a pesca e a caça predatória, que
prejudicam o equilíbrio desse ecossistema.
 Extrativismo Mineral: Apesar de não serem intensamente exploradas devido à
dificuldade de acesso, as reservas minerais do Centro-Oeste são abundantes,
destacando-se o Maciço de Urucum (MS), considerada a maior reserva de manganês
do Brasil, possuindo também minério de ferro. No Mato Grosso ocorre extração de ouro
e diamantes por meio da atividade garimpeira.
Transportes

 Hidrovias: São voltadas principalmente para o transporte de carga. A hidrovia Tietê-


Paraná, que passa por Goiás e Mato Grosso do Sul, é uma importante via de
escoamento dos produtos agropecuários da região Centro-Oeste. A hidrovia do
Paraguai é um projeto que objetiva a integração do Paraguai, Argentina, Uruguai e
Mato Grosso no transporte de produtos agrícolas.
 Rodovias: Representam o tipo predominante de transporte, não apenas na região
Centro-Oeste como no Brasil. As principais rodovias do Centro-Oeste são as rodovias
radiais (que têm início em Brasília) Brasília-Belém e Brasília-Fortaleza
(Transnordestina).
 Ferrovias: São escassas e voltadas especialmente para o transporte de minérios e grãos,
como a Ferrovia Norte-Sul, que liga a região de Anápolis (GO) ao Porto de Itaqui, em
São Luís (MA), voltada para o escoamento da soja.

Energia

O Centro-Oeste é a região que apresenta o maior percentual de fontes renováveis em


sua matriz energética (cerca de 58%). Essa situação se deve à presença do setor
sucroalcooleiro, de hidrelétricas e da utilização de biomassa. Uma vez que o Centro-
Oeste é a região do Brasil que mais cresce economicamente, a demanda por energia é
cada vez maior, tornando necessário estudar formas alternativas de energia para a
região, como por exemplo a instalação de usinas eólicas.
Projetos Governamentais

 Construção de Brasília: No governo JK (1956-1961), inserida no Plano de Metas,


estava prevista a construção de uma nova capital para o país: Brasília. A construção da
cidade era denominada “meta-síntese” e visava integrar o território, empregar mão de
obra (em especial a nordestina) e fomentar o desenvolvimento do interior do Brasil.
Dentro do contexto da Guerra Fria, pode-se citar outra motivação para a construção da
cidade, como a menor vulnerabilidade da capital em caso de guerra.
 Sudeco: A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste foi criada em
1967, com a função de implementar programas especiais para a vegetação do Cerrado e
do Complexo do Pantanal, além de incentivar a integração territorial por meio da
criação de rodovias. Ela também estabelece diretrizes para o manejo sustentável dos
recursos naturais, afim de garantir o desenvolvimento sustentável da região Centro-
Oeste.

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