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8ºF Teste de avaliação escrita 17 de outubro de 2018

Nome: __________________________________________________________________ Nº: ____

Avaliação: _____________________________________ Professor: ________________________________


Encarregado de educação: _________________________________________
Grupo I (50 pontos)
VERSÃO 1
Lê atentamente os textos.
Texto 1

SÓNIA CALHEIROS
Ainda se lembra da primeira vez que foi para a escola? Fizemos essa pergunta a várias figuras públicas. Aqui ficam as
suas memórias.

ANA SOFIA MARTINS, 29 ANOS, MODELO E ATRIZ


Dever cumprido
“Com seis anos, em 1992, fui para a 1ª classe no Externato Santa Maria de Belém, no Restelo, em Lisboa, onde já tinha
feito a pré-primária, no ano anterior, com a professora Palmira. Mudar para a sala da professora Adelaide, que embora
fosse assertiva era muito querida, era uma grande responsabilidade. Fui a pé desde Algés, acompanhada pela minha
mãe. Lembro-me da mala, que pesava mais, que os livros cheiravam a novo, os cadernos tinham etiquetas com o meu
nome e o meu afia em forma de carrossel ia fazer sucesso. Entrei na sala de aula e vi algumas caras novas. Isso fascinou-
-me. Nesse primeiro dia, a dona Hilda, diretora do colégio, deu-nos as boas-vindas e desejou-nos boa sorte. De pé,
agradecemos-lhe. Assim começava a minha vida de estudante. Aprendemos a fazer símbolos, que mais tarde se
tornariam letras, brincámos muito e fui para casa com o sentido de dever cumprido, sabendo que no dia seguinte tudo
começaria de novo.”

RUI REININHO, 61 ANOS, CANTOR


Dias traumáticos
“Sendo filho único, com um círculo restrito de primos e de vizinhos da Baixa do Porto, o primeiro dia de aulas foi um
pouco perturbante, porque não conhecia a maior parte dos colegas. Ainda tenho alguns flashbacks com o recreio, que
era muito confuso. Tive dificuldade em adaptar-me. A formatura, antes de entrar na sala de aula, também me
perturbava. Fazer uma fila, dois a dois de mãos dadas, perturbava-me. Era um misto de campo de concentração, que
depois se tornou muito simpático, porque de certa maneira a escola era risonha e franca. Para a época, tinha uns pais
muito modernos, e cheguei a ter lousa de plástico com um apagador acoplado, safa [borracha] e aguça [afia-lápis]. A
minha professora, Dona Adelaide, era uma senhora já de 80 e poucos anos que tinha sido professora do meu pai, uma
coincidência cósmica. Era uma santa, fingia que dava umas palmadas, mas era só a humilhação. Foi um tempo
traumático, porque no mês seguinte ao início das aulas a minha avó morreu em casa, subitamente, e pensei 'que mais
me irá acontecer?”
In Visão Júnior de setembro de 2016 (texto adaptado)
1. Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as afirmações falsas (F). (15 pontos)
A. As duas figuras públicas entrevistadas recordam o primeiro dia de aulas com entusiasmo.
B. Ana Sofia Martins recorda esse dia com pormenor.
C. Ver algumas caras novas na sala desagradou a Ana.
D. Foi a professora Adelaide que deu as boas-vindas aos novos alunos.
E. Rui Reininho, que vivia na Baixa do Porto, integrou-se facilmente desde o primeiro dia.
F. Rui Reininho gostava da sua professora.
G. A Dona Adelaide tinha sido também professora do pai de Rui Reininho.
H. A professora do cantor dava umas palmadas, o que o perturbava.
I. A avó de Rui Reininho faleceu em casa na época do Natal.
Texto 2
DOMINAR O POP1 E SALTAR A ONDA
Deslizar na água em cima de uma prancha, sendo puxado por um barco, já parece bastante
emocionante. Agora imagina-te a fazer saltos e acrobacias aproveitando as ondas deixadas pelo
barco! É assim o wakeboard!
Desde o ano passado que André Fonte Santa, 9 anos, não põe os pés na prancha de wakeboard.
Está cheio de vontade, mas ao mesmo tempo um bocadinho nervoso. "Acho que ainda me lembro de tudo. Para me
equilibrar tenho de agarrar no cabo com uma mão e esticar o outro braço para trás. As pernas não podem estar tensas
e tenho de fazer força igual numa e noutra."
Chegou a hora, André já está dentro de água! Com os pés nas botas que fazem parte da prancha, põe-se em posição,
pernas fletidas, corpo inclinado para trás, como se estivesse sentado. O barco arranca, esticando o cabo que André
segura e fazendo-o sair da água. Equilibra-se em cima da prancha, primeiro hesitante, depois mais confiante.
No wakeboard, é preciso em primeiro lugar aprender a manter o equilíbrio enquanto somos puxados pelo barco.
Depois aprender algumas proezas que incluem saltos mais ou menos espetaculares nas ondas que o rasto do barco
cria na água. Nas primeiras duas tentativas, André acaba por soltar o cabo e cai em pouco tempo. Levanta sempre o
braço, indicando que está tudo bem, e volta a pôr-se em posição. À terceira, o seu corpo parece já ter recordado tudo
o que treinou no verão passado. Bateu o seu recorde de tempo sem cair e também de tempo dentro de água - mais
de um quarto de hora. "O fato resultou", afirma ao voltar ao barco. "É que o meu problema no wakeboard é o frio.
Não aguento muito tempo na água. Mas com o fato, foi mais fácil, não arrefeci tão depressa", revela, contente. E o
medo? "Já me aconteceu cair de cara na água e magoar-me. Mas não desisti, continuei, só assim podemos melhorar".
João Reis, da Maven Wakeboard School, conduz o barco. Através de um grande espelho retrovisor esteve sempre a
controlar o que se passava com André, lá atrás. "Para quem está a começar, o mais difícil é mesmo perderem o medo
e continuarem a agarrar o cabo", confirma. "A tendência é largá-lo logo, à primeira insegurança." "Mas aprende-se a
cair e outras técnicas que nos fazem perder o medo", diz Pedro Fonte Santa, 12 anos, irmão mais velho de André. É a
vez dele de entrar na água. Também se estreou no wakeboard no verão passado e está desejoso de voltar a pôr os pés
na prancha. "Já fazia esqui e snowboard e pedi à minha mãe para experimentar o wakeboard. Ela e o meu padrasto
fazem há dois anos. Adoro os saltos!" conta. "O mais difícil foi aprender a sair da água e arrancar." Mas à primeira
tentativa, Pedro saiu da água e manteve-se a agarrar o cabo. Passado pouco tempo, já está a saltar a onda.
CAMPEONATO DO MUNDO DE WAKEBOARD EM PORTUGAL: O PRIMEIRO FORA DOS EUA!
De 16 a 19 de setembro vai realizar-se na praia fluvial do Lago Azul, em Ferreira do Zêzere, o primeiro campeonato do
mundo de Wakeboard que acontece fora dos EUA. É um grande acontecimento que vai promover a modalidade no
nosso país e na Europa e também promover a região centro de Portugal como um ótimo destino para a prática deste
desporto. Ainda por cima vai ser transmitido pela NBC, um dos principais canais televisivos americanos. A organização
conta receber mais de 600 atletas de todo o mundo. Vão ser instalados cinco Cable Parks na Barragem de Castelo de
Bode, onde se pretende criar o primeiro Wakeboard Resort do mundo!
A campeã nacional
Inês Segadães, 16 anos, pratica wakeboard desde os 6, nas águas calmas da Barragem de Castelo de Bode. "O meu pai
praticava e foi ele que me incentivou. Adorei", conta entusiasmada.
Aos 13 anos, Inês participou no Campeonato Nacional - teve de competir com os rapazes, pois havia poucas raparigas.
No ano passado, com 15 anos, já havia mais atletas e por isso foi possível um Open Feminino no Campeonato Nacional.
Inês ficou em primeiro lugar! "Estava muito nervosa, mas correu bem e fiquei muito feliz."
Vocabulário: 1- no momento do salto na onda.
In Visão Júnior, agosto 2015
2. O título desta reportagem é apelativo. Justifica. (5 pontos)
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3. André já não praticava Wakeboard há um ano. Porquê? (5 pontos)
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4. André equilibra-se na prancha com confiança desde o início? Justifica. (5 pontos)


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5. Qual é a importância da realização do Campeonato do mundo de wakeboard em Portugal? (5 pontos)


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6. "Já me aconteceu cair de cara na água e magoar-me. Mas não desisti, continuei, só assim podemos melhorar".
Caracteriza André com dois adjetivos com base na frase acima transcrita. (5 pontos)
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7. Que proeza realizou Inês Segadães neste desporto? (5 pontos)


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8. Ao longo do texto, são várias as marcas da subjetividade do repórter. Regista duas passagens em que
essas marcas sejam mais evidentes. (5 pontos)

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