18 notícias do dia Grande Florianópolis quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Economia
TJLP 1.
O CMN (Conselho Monetário Nacional)
manteve a TJLP (Taxa de Juros de Longo
Prazo) inalterada em 6% ao ano. Essa taxa vai
vigorar de outubro a dezembro de 2010.
tjlp 2.
A fórmula para estabelecer a TJLP - que serve
de referência para os empréstimos do BNDES
- leva em conta a expectativa de inflação para
os próximos 12 meses e o risco-país do Brasil.

Recursos. Cresce a procura por empréstimos no BRDE e Badesc voltados ao aumento da produção

Embalo extra

para a economia
Danilo Duarte
danilo@noticiasdodia.com.
Florianópolis – O bom momen-
to vivido pela economia do País já
se reflete até na procura de finan-
ciamentos junto aos chamados
bancos de fomento à produção. Pe-
los levantamentos do BRDE (Banco
Regional de Desenvolvimento do
Extremo Sul) e do Badesc (Agência
de Fomento de Santa Catarina S/A),
o montante de dinheiro público
liberado em 2010 será o maior dos
últimos anos.
No caso do BRDE, o total já li-
berado este ano é próximo do total
disponibilizado antes da crise eco-
nômica global, há dois anos. A pers-
pectiva é que o valor final até 31 de
dezembro seja 30% superior ao apu-
rado em 2008. É com este dinheiro
que o setor produtivo catarinense
investe em ampliação de estoque,
novas estruturas e equipamentos ou
no aumento da produtividade.
alexandro albornoz/nd
No caso do Badesc, o montante anterior.
liberado no ano passado foi de R$ O valor só foi maior no ano
140 milhões para os setores públi- passado porque houve uma alte-
co e privado. E a previsão para este ração na forma de ofertar o crédi-
exercício é ainda mais animadora to ao empresário, explica o diretor
do que a do BRDE. O presidente da de planejamento, Rogério Penetra.
instituição, Cromácio José da Rosa, “Há dois anos, o BRDE passou a
estima que em 2010, o total seja oferecer linha de crédito para ca-
150% maior do que em 2009, alcan- pital de giro puro, já que os bancos
çando o recorde de R$ 350 milhões privados recuaram neste segmen-
disponibilizados. to, durante a crise. Por isso, o valor
Em 2009, o BRDE liberou R$ do ano passado foi maior do que o
2,242 bilhões para toda a Região habitual”, explica.
Sul, sendo que aproximadamente Para solicitar financiamento do
33% deste total foi apli- BRDE, o empresário
cado em projetos de precisa apresentar ao
empresas de Santa Ca- banco uma proposta
tarina. Este ano, o mon- que passará por análi-
tante para a área de se de crédito e de via-
abrangência do BRDE bilidade de execução.
já passou de R$ 1,338 O diretor lembra que
bilhão até agosto. Nes- o banco oferece apoio
te ritmo, o órgão deve técnico para estrutura-
liberar R$ 2 bilhões em ção de cada operação
2010, o que é 89,5% do apresentada.
disponibilizado no ano Cromácio da Rosa. Otimismo. Rogério prevê que boa fase da economia terá continuidade

Valores liberados Dinheiro também para pequenas empresas

BRDE Badesc Se analisado apenas o volume
de recursos que é emprestado para
o setor privado, mais da metade do
2010 – 2010 – que os dois bancos emprestam é para
empresas com porte variando entre
R$ 2.007.000* R$ 350 milhões** micro, pequenas e médio porte. No
caso do Badesc, 54% do total e, no
2009 – R$ 2.242.000 2009 – R$ 140 BRDE, 76% se enquadram à esta fai-
xa. Segundo o presidente do Badesc,
2008 – R$ 1.582.000 milhões Cromácio José da Rosa, grande parte
destes recursos é voltado à expansão
* até agosto e modernização da atividade produti-
** previsão va, o que aponta uma ampliação das
empresas já existentes. No BRDE, este
grupo pode solicitar valores acima de
R$ 120 mil.
No BRDE, as taxas de juros vão
de 5,5% ao ano (para compra de má-
quinas e equipamentos) a 7% + TJLP
(Taxa de Juros de Longo Prazo), que
está em 0,5% ao mês (para obras civis),
de acordo com o porte da empresa.
A menor taxa de juros praticada
pelo Badesc também é de 5,5% e pode
variar até 20,8% ao ano, dependendo
da destinação e do programa de fi-
nanciamento do recurso.
Para o diretor do BRDE, Rogério
Penetra, há uma demonstração de
melhora da economia, com perspec-
tivas de continuidade. Rosa concorda
e afirma que o ano é, de fato, o da re-
cuperação. “A demanda por recursos
financeiros para investimento tem
crescido mais do que a procura por
capital de giro”. Segundo ele, isto sina-
liza a necessidade de financiamento
da expansão e modernização da es-
trutura empresarial.

Inflação.
Dados de setembro (%)
IGP-M sobe 7,77% em 12 meses
IGP-M

1,2
ACUMULADO
Ano 7,89
São Paulo - A inflação medida enquanto nos últimos 12 meses foi Em agosto, este grupo de produtos 1,15 12 meses 7,77
pelo IGP-M (Índice Geral de Pre- de 7,77%. O IGP-M é calculado com mostrou recuo de 0,15%. 0,42
ços - Mercado), usado como refe- base nos preços coletados entre os Já o IPC (Índice de Preços ao COMPONENTES
rência na maioria dos contratos de dias 21 do mês anterior e 20 do mês Consumidor) subiu 0,34%, em se- IPA* IPC** INCC***
aluguel, subiu 1,15% em setembro de referência. tembro. No mês anterior, a variação 1,60 0,34 0,20
na comparação com agosto, cujo o O IPA (Índice de Preços ao Pro- negativa de 0,27%. Também no mês 0,0
(*) Índice de Preços ao Produto Amplo
índice teve alta de 0,77%, de acordo dutor Amplo) apresentou variação passado, o INCC (Índice Nacional (**) Índice de Preços ao Consumidor
-0,4
com dados divulgados ontem, pela de 1,60%. No mês anterior, a taxa foi de Custo da Construção) registrou S O N D J F M A M J J A S (***) Índice Nacional do Custo da
Construção
FGV (Fundação Getúlio Vargas). de 1,24%. O índice relativo aos bens variação de 0,20%, abaixo do resul- 2009 2010
No ano, a variação foi de 7,89%, finais variou 1,14%, em setembro. tado do mês de agosto, de 0,22%. FONTE FGV ® GRAFFO