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Dispensações Bentes PDF
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MINISTÉRIO
GOEL
l")oG l")oG
TEOIKONOMIA
DISPENSAÇÕES BÍBLICAS
“A SUA UNÇÃO VOS ENSINA A RESPEITO DE TODAS AS COISAS”
1 Jo 2.27
“A sabedoria é a coisa principal; adquire pois, a sabedoria; sim com tudo
o que possuis adquire o conhecimento” (Pv 4.7)
TEOIKONOMIA 1
INTRODUÇÃO 1
DISPENSACIONALISMO PROGRESSIVO 36
E O DISPENSACIONALISMO TRADICIONAL 36
1
TEOIKONOMIA
DISPENSAÇÕES BÍBLICAS
DISPENSACIONALISMO
DEUS
INTRODUÇÃO
A doutrina das Dispensações bíblicas é rejeitada por muitos e aceita pela maioria dos exegetas
cristãos. Nós militamos entre aqueles que a aceitam porque reconhecemos ser ela uma doutrina bíblica,
cujo conhecimento ajuda ao estudante da Bíblia a saber colocar os vários eventos da história bíblica em sua
ordem coerente, harmoniosa e lógica, evitando com isto a confusão que pode causar a mistura das várias
doutrinas e costumes havidos e em existência entre o povo de Deus.
Agostinho dizia: “Distinga os tempos e as Escrituras se harmonizarão”. É precisamente isto que
procura fazer a doutrina das dispensações.
2
Algumas fases do programa divino para as dispensações fazem parte adequada da
ESCATOLOGIA, porém a matéria extrapola os limites desta, sendo como é tão vasta deve ser
reconhecida como fundamental para a devida compreensão das obras de Deus em relação a este mundo.
O estudo dispensacional da Bíblia consiste na identificação de certos períodos de tempo bem
definidos que estão divinamente indicados, junto com o propósito revelado de Deus relativo a cada um.
Um reconhecimento quanto aos períodos de tempos e as mensagens pertencentes a cada um é o
fundamento da Teologia Sistemática, ciência esta que se propõe a descobrir e apresentar a verdade relativa
às obras de Deus. Não podemos aquilatar a extensão dos erros que prevalecem por causa da interpretação
descuidada de fatos que pertencem a uma dispensação ou época quando pertencem à outra.
Que Deus tem uma programação para as dispensações ficou claro e revelado em muitas passagens
(Dt 30.1-10; Dn 2.31-45; 7.1-28; 9.24-27; Is 61.1,2; Os 3.4,5; Mt 23.37-25.46; At 15.13-18; Rm 11.13-
29; 2Ts 2.1-12; Ap 2.1-22.2). Da mesma forma, existem períodos bem definidos de tempos relacionados
ao propósito divino:
1. Adão a Moisés (Rm 5.14: Todavia, a morte reinou desde o tempo de Adão até o de Moisés, mesmo
sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante à transgressão de Adão, o qual era um tipo
daquele que haveria de vir).
2. A Lei e a Graça - Moisés e Jesus (Jo 1.17: Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a
verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo).
3. Tempos dos Gentios: Lc 21.24: Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as
nações. Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos deles se cumpram.
Ap 11.2: Exclua, porém, o pátio exterior; não o meça, pois ele foi dado aos gentios. Eles pisarão a cidade
santa durante quarenta e dois meses.
Rm 11.25: Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel
experimentou um endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios.
4. Tempos e épocas dos Judeus: At 1.6,7: Então os que estavam reunidos lhe perguntaram: “Senhor, é
neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?”. Ele lhes respondeu: “Não lhes compete saber os tempos
ou as datas que o Pai estabeleceu pela sua própria autoridade.
5. Os dois Adventos.
6. Grande Tribulação Para Israel (Jr 30.7; Dn 9.24-27).
7. Os últimos dias para a Igreja (2Tm 3.1-5)
8. Milênio (Ap 20.1-6).
3
9. Jesus no Trono de Davi (Lc 1.31-33; Mt 19.28; 25.31-46).
10. Novo Céu e Nova Terra (Is 65.17; 66.22; 2Pe 3.13; Ap 21.1).
Há uma ordem nos dias da Criação. A dispensação dos Patriarcas é seguido pela dos juizes, e este
período, por sua vez, é seguido pela dispensação dos Reis. Os tempos dos Gentios, que pôs fim ao período
dos Reis, continua até o “Dia do Senhor”, cujo período é seguido pelo Estado Eterno caracterizado como
é pelo Novo Céu e Nova Terra, que permanecerão para sempre.
Em Hebreus 1.1,2 foi traçado um contraste nítido entre o “outrora” quando Deus falou aos pais
pelos profetas e “estes últimos dias” quando Ele nos falou pelo Seu Filho. Semelhante, ficou claramente
revelado que houve outras gerações (Ef 3.5; Cl 1.26), este “século” (Rm 12.2; Gl 1.4) e os séculos
vindouros (Ef 2.7; Hb 6.5). Podemos dividir os séculos em três:
1º) O Século Antediluviano;
2º) O Século Presente;
3º) O Século Vindouro.
Ex 3.14: Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a
vocês”.
Jo 8.58: Respondeu Jesus: “Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!”.
Is 57.15: Pois assim diz o Alto e Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo: “Habito num lugar alto
e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do
humilde e novo alento ao coração do contrito”.
No Antigo Testamento havia três ofícios ou funções fundamentais na vida do povo de Deus: o de
profeta, sacerdote e rei. Esses ofícios eram exercidos por homens escolhidos, ungidos e investidos na
função. As pessoas que ocupavam estas funções cumpriam um papel muito importante para a vida do
indivíduo e do povo na sua relação com Deus. De um modo geral, por estes ofícios, o povo ouvia a Deus
(através do profeta), fazia-se representar diante de Deus (pelo sacerdote) e tinha o governo político (do
rei). Em Cristo, os três ofícios foram reunidos e ele mesmo é o Profeta, o Sacerdote e o Rei. Assim ele é
um mediador completo e perfeito.
1. PROFETA, desde o Éden até a cruz (Dt 18.18; Gn 16.7-14; 22.11-18; 31.11, 13; Ex 3.2-5;
14.19; Jz 13.2-25).
O trabalho do profeta no Antigo Testamento era falar em nome de Deus. Ele interpretava os atos
e os planos de Deus para os homens e orientava o povo nos caminhos traçados por Deus. Desta forma
ele era um representante de Deus para o povo.
6
Cristo foi o verdadeiro profeta, anunciado desde Moisés, (Dt 18.15). Os que creram em Jesus
Cristo reconheceram ser ele o profeta que devia vir ao mundo (Jo 6.14; At 3.22). Ele revelou Deus e a
sua vontade, não apenas com palavras, mas também em pessoa e obras (Hb 1.3). Sua revelação do Pai é
final na história da humanidade (Hb 1.1ss).
Cristo realizou seu trabalho profético em diferentes épocas. De modo direto e pessoal, ele cumpriu
sua função profética no período da vida terrena. Mas na preexistência, de modo indireto, ele exerceu a
função de profeta, falando através de mensageiros, humanos ou angelicais (Jo 1.9; 1Pe 1.11). Também
depois da ascensão, ele falou pelo Espírito Santo aos apóstolos (Jo 16.12,13,25; 17.26). E parece que na
glória ele continuará revelando as coisas do Pai aos santos (1Co 13.12).
2. SACERDOTE. Desde a ascensão até a Segunda Vinda (Hb 7.24, 25; 8.1; 1 Jo 2.1).
O livro de Hebreus descreve bem o exercício do oficio sacerdotal de Cristo. No Antigo
Testamento o sacerdote era uma pessoa divinamente escolhida e consagrada para representar os homens
diante de Deus e oferecer dons e sacrifícios que assegurassem o favor divino, e ainda para interceder pelo
povo (Hb 5.4; 8.3). Mas o serviço era feito com imperfeição, quer pela fraqueza do sacerdote, quer pelo
tipo de sacrifício que era oferecido.
Cristo realizou um sacerdócio perfeito. As duas naturezas, humana e divina, unidas nele, o seu
caráter puro e o sacrifício de si mesmo tornam o seu sacerdócio ideal e perfeito diante de Deus. O seu
trabalho sacrificial foi consumado, historicamente, na cruz (Hb 10.12,14). Seu sacrifício foi único e de
valor eterno, portanto, suficiente para a redenção da humanidade, sem que haja necessidade de qualquer
outro sacrifício por parte dos homens (Hb 10.10). O trabalho de intercessão ele realizou, de alguma
forma, quando ele esteve na terra (Jo 17); porém, foi depois de oferecer o seu sacrifício que ele passou a
exercer, especificamente, esse ministério de intercessão (Hb 7.25; 9.24). A base da sua intercessão é o
seu sacrifício (1Jo 2.1,2).
3. REI. Durante o Milênio e o Estado Eterno (Ap 19.16; Lc 1.23; Zc 14.9; Ap 11.15).
Os profetas do Antigo Testamento falaram de um rei que viria da casa de Davi, para governar
Israel e as nações, com justiça, paz e prosperidade (Is 11.1-9). O anjo disse a Maria que Jesus seria esse
rei (Lc 1.32,33). Cristo mesmo afirmou que ele era o rei prometido (Jo 18.36,37). Depois da sua
ressurreição, ele declarou seu poder sobre todas as coisas (Mt 28.18). Na sua ascensão, ele foi coroado e
entronizado como Rei (Ef 1.20-22; Ap 3.21). Jesus Cristo é Rei, e já está reinando, porém, não ainda de
modo visível aos olhos humanos (Hb 2.8), nem de modo pleno (1 Co 15.25-28; Hb 10.13). Mas um dia
Cristo estará reinando à vista de todo o mundo (Ap 11.15).
7
O reino de Cristo no presente se mostra mais na vida das pessoas que a ele se entregam, e das
igrejas, que são as comunidades dos seus discípulos. Trata-se, no presente, de um reino espiritual, no
coração e na vida do crente. Porém, um dia o reino de Cristo se mostrará em toda a sua plenitude na vida
e no mundo, com “novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (2 Pe 3.13).
Cristo é todo suficiente para a relação do homem com Deus. Ele é o Profeta, o Sacerdote e o Rei
do mundo. Através dele podemos ouvir e aprender de Deus; por ele podemos chegar à presença do Pai e
ali permanecer; nele temos segura direção da vida, da nova sociedade e do novo mundo conquistados por
ele. Mas tudo isto em uma fase ainda preliminar, que avança para a perfeição, e há de consumar-se na
vinda gloriosa, no final dos tempos.
1. O Primeiro Período. De Adão a Abraão, caracteriza-se pela presença na terra de apenas uma raça
ou povo: os gentios.
2. O Segundo Período. De Abraão a Cristo, caracteriza-se pela presença na terra de duas divisões
da humanidade: os gentios e os judeus.
3. O Terceiro Período. Do primeiro ao segundo Advento de Cristo, caracteriza-se pela presença na
terra de três divisões da humanidade gentios, os judeus e os cristãos (1Co 10.32).
4. O Quarto Período. Milênio (Ap 20.1-9). Do segundo Advento de Cristo até o julgamento diante
do grande trono branco e a Criação de um novo céu e uma nova terra, caracteriza-se pela
presença de apenas duas categorias da humanidade sobre a terra: os judeus e os gentios. Cremos
que a Igreja já glorificada, também estará na terra, porém como co-regente de Jesus. E que após
o milênio irá residir na Nova Jerusalém.
1. A ALIANÇA EDÊNICA, que condicionou a vida do homem no estado da inocência (Gn 1.28).
2. A ALIANÇA ADÂMICA, que condicionou a vida do homem decaído, oferecendo a Promessa
dum Redentor (Gn 3.14-21).
3. A ALIANÇA COM NOÉ, que estabeleceu o princípio do governo humano e assegurou a
continuação da vida sobre o Planeta (Gn 9.1-17).
4. A ALIANÇA COM ABRAÃO, que daria início nação Israelita e concedeu-lhe a Terra de Israel
(Gn 12.1-3).
8
5. A ALIANÇA COM MOISÉS, que condena todos os homens (Rm 3.23; Ex 19.1-25).
6. A ALIANÇA PALESTÍNICA, que assegura a restauração e a conversão final de Israel (At
28.1-30.5; Zc 8.20-23; Is 60.4-12; 66.18-20; Mq 4.1-3).
7. A ALIANÇA COM DAVI, que promete o trono de Israel à posteridade de Davi, promessa que
se cumprirá em Cristo, o “Filho de Davi” (2Sm 7.4-16; 1Cr 17.7-15; Sl 89; Lc 1.32, 33; Zc 14.9;
Ef 1.10).
8. A NOVA ALIANÇA, que assegura a transformação espiritual de Israel e de todos que crêem
em Cristo, tornando-os aceitáveis a Deus (Is 55.3; Jr 31.31-34; Ez 37.24-28; Hb 8.10-13; 13.20).
1. Tempo antediluviano - Gn 1 a 6:
1.1. Dispensação da inocência.
1.2. Dispensação da consciência.
2. Tempo pós-diluviano - Gn 7 a Ap 19.
2.1. Dispensação do governo humano;
2.2. Dispensação patriarcal;
2.3. Dispensação da lei;
2.4. Dispensação eclesiástica.
3. Reino Milenial - Ap 20 a 22.
4. Séculos Vindouros - Ef 2.4-7.
DISPENSACIONALISMO
INOCÊNCIA MILÊNIO
Gn 1.3-3.6 Ap 20.1-15
CONSCIÊNCIA ETERNIDADE
Gn 3.7-8.14 Ap 21,22
GOVERNO HUMANO
Gn 8.14-11.9
PATRIARCAL
Gn 11.10-Êx 18.27
LEI
Êx 19.1-Jo 14.30
1
RYRIE, Charles C. DISPENSACIONALISMO, Ajuda ou Heresia? 1ª ed. Mogi das Cruzes, São Paulo: ABECAR, 2004.
2
TILLICH, Paul. História do Pensamento Cristão. 3ª Edição. São Paulo: Editora ASTE, 2004, p. 134.
11
Renovação de
Todas as coisas Milênio Milênio Milênio Reino ou
Milênio
Plenitude dos
Tempos
Estado Eterno
NOTA: Em nossa maneira de entender, devemos distinguir entre a batalha profetizada por Ez 38 e 39, que
será preliada por uma confederação de nações contra Israel, e esta que será preliada entre o diabo e todas
as nações do Universo contra o “arraial dos santos” Ap. 20.9.
D. O Conflito Permanente
a) A luz está brilhando nas trevas.
1. Através da Revelação Natural - Sl 19.1-6, Rm 1.19,20.
2. Através da Revelação Escrita - Sl 119.105.
3. Através da Revelação Pessoal - Jo 8.12; 1.18, Mt 5.14-16.
b) As trevas procuram apagar a luz - Mt 4.11-11
1. A teoria laplaciana da criação.
2. A teoria darwiniana da evolução, etc.
Uma dispensação é um período de tempo de duração definida, em que Deus revela ao homem a
Sua Vontade pessoal, motivo porque se torna um tempo probatório ao homem seu contemporâneo. No
grego dispensação é oikonomia (oi)konomi/a) que significa administração de uma casa. De certa forma
13
Deus tem apenas uma Dispensação da sua grande Casa que abarca o Universo, os seres angelicais e os
seres humanos, porém nesta administração divina há vários períodos e várias maneiras de tratar com eles.
Uma dispensação sempre se manifesta com quatro características distintas:
1. Mediante privilégios especiais outorgados por Deus ao homem;
2. Mediante a manifestação da graça e misericórdia de Deus para com o homem;
3. Mediante responsabilidades pessoais atribuídas por Deus ao homem, e
4. Mediante a manifestação da justiça de Deus sobre o homem culpado.
É óbvio que um esquema de sete dispensações não é inspirado, nem é imutável. Mas é
necessário algum esquema e parece difícil fugir do conceito de sete economias distintas no
desenrolar do propósito de Deus. Utilizando esse formato, portanto, examinemos algumas das
características dessas economias.
Esta dispensação foi uma época de duração desconhecida, embora saibamos quando ela começou
através dos textos de Gn 1.26; 2.7 e quando findou mediante o texto de Gn 3.23, 24: mas, quantos anos
durou esta dispensação ainda é algo em excogitação pelos exegetas que, segundo tudo indica, ainda estão
longe de defini-la.
Geralmente esta primeira dispensação é chamada de Inocência. Embora este termo não
seja boa descrição da condição de Adão antes da queda, talvez seja a melhor palavra única.
Mas a palavra inocente parece neutra demais. Adão não foi criado apenas inocente, mas com
uma santidade positiva que o capacitava a ter comunhão face a face com Deus. No entanto, sua
santidade não era a mesma do Criador, pois era limitada em virtude de Adão ser criatura.
Também, essa santidade não era confirmada até que ele pudesse passar com sucesso as provas
colocadas diante dele. Assim, parece que a condição moral de Adão diante de Deus naqueles
dias de “inocência” era de santidade não confirmada de “criatura”, Mas essa é uma frase
comprida demais para o nome de uma dispensação, portanto, voltamos a chamá-la de
dispensação da Inocência.
14
Nevin sugeriu que a chamasse de dispensação da Liberdade.3 A palavra liberdade
realmente caracteriza o homem antes que se tomasse escravo do pecado, e no que uma criatura
possa ter liberdade, Adão a possuía antes do pecado escravizar sua vontade.
Nessa economia, a pessoa chave era Adão; na verdade, Devemos chamá-la de
dispensação para Adão (como todas as dispensações são, do ponto de vista humano,
mordomia). Suas responsabilidades eram cuidar do jardim e não comer o fruto da árvore do
conhecimento do bem e do mal. Ele falhou a prova quanto a comer, e como resultado, juízos
de longo alcance foram pronunciados sobre ele, sua esposa, a humanidade, a serpente e a
criação. Ao mesmo tempo em que Deus pronunciou juízo, Ele também graciosamente
interveio, prometendo um redentor, e fez provisão imediata para aceitar Adão e Eva em sua
condição de pecadores diante de Deus.
De modo estranho, o dispensacionalismo progressivo não inclui esta dispensação em seu
esquema, mas inicia as dispensações com a entrada do pecado na raça humana.4
A. Privilégios especiais outorgados por Deus ao Homem:
1. O homem é a imagem e semelhança de Deus - Gn 1.26;
2. O homem é um indivíduo consciente e sábio - Gn 2.19;
3. O homem tem um intelecto vocacional capaz de selecionar o que lhe é próprio - Gn 2.20;
4. O homem é dotado duma natureza sensitiva capaz de se emocionar - Gn 2.23.
5. O homem é dotado do direito de exercer livre arbítrio - Gn 2.15-17.
NOTA: Isto implicava em responsabilidade pessoal, moral, de manter em plena evidência através do
exercício desses privilégios, a imagem e semelhança de Deus, e bem assim em permanecer em direta e íntima
comunhão com Seu Criador.
3
Paul David Nevin, "Some Major Problems in Dispensational Interpretation (dissertação de Doutorado em Teologia,
Seminário Teológico de Dallas, 1963), 111
15
4
Craig A Blaising e Darrell L. Bock, Progressive Dispensationalism.
16
E. Efeitos Colaterais:
1. Corrupção da imagem e semelhança de Deus (Ef 4.17, 18)
Ficou pervertida (Gn 6.3, 5 Is 55.8, 9, Mc 7.20-23, Rm 1.21, 22).
2. A imagem e semelhança de Deus vota a ser realidade no homem pela conversão (Jo 1.12, 13; Ef
2.1; 2Pe 1,3, 4; 1Jo 5.9-13).
Operando dentro do intelecto do homem, a consciência quer servir como governador da vida moral.
Introdução - Ciente da herança fatídica que lhe restou da dispensação da Inocência, conseqüente da
queda, e também ciente da grande promessa que infundia a esperança de redenção, o homem falhando no
viver inocente, passa agora a viver de acordo com a própria consciência, durante um período de 1.656
anos a contar de sua expulsão do Jardim do Éden até o dilúvio. Desde a Queda até o ano 600 da vida de
Noé ( Gn 3.22 à 8.14). A palavra chave, consciência, aparece 32 vezes nas Escrituras.
O dispensacionalista comum tem sido escolado a designar a segunda economia de
Dispensação da Consciência. O título vem de Romanos 2.15 e é uma designação correta
dessa economia. O titulo não implica que o homem não tivesse consciência anterior ou após
esse período, assim como a dispensação da Lei (que até mesmo os teólogos do pacto
reconhecem) implica que não houvesse lei antes ou após aquele período. Significa
simplesmente que era esse o modo principal com que Deus governava a humanidade durante
aquela economia, e a obediência aos ditames da consciência era a principal responsabilidade
de mordomia do homem.
Erich Sauer sugere que essa dispensação pudesse ser chamada de “dispensação de
autodeterminação”.5 Clarence Mason a chama de “Dispensação de Responsabilidade
Moral”.6 Essas designações têm muito a recomendá-las, mas talvez não sejam
suficientemente melhores do que “Consciência” para procurar reeducar a maioria dos
dispensacionalistas que foram ensinados pelas anotações de Scofield.
Durante essa mordomia, cabia ao homem responder a Deus, lembrado pela
consciência, e parte de uma resposta correta era trazer um sacrifício de sangue aceitável,
5
Erich Sauer. From Eterni1y to Eternity (Londres; Paternoster, 1954), 2l.
17
conforme Deus lhe ensinara (Gn 3.21; 4.4). Possuímos relato apenas de alguns que
responderam e Abel, Enoque e Noé são citados especialmente como heróis da fé. Temos
também o relato dos que não responderam em fé, cujas obras más trouxeram juízo ao
mundo. Caim recusou reconhecer a si como pecador mesmo quando Deus continuou a
admoestá-lo (Gn 4.3,7). Assim, o assassinato veio ao cenário da história humana. Afetos
desnaturais eram amplamente difundidos (Gn 6.2). Finalmente, havia violência e corrupção
abertas e desejos e propósitos malignos do coração eram o mais comum (Gn 6.5). A
longanimidade de Deus (1 Pe 3.20) chegou ao seu fim e Ele trouxe ao mundo o Dilúvio
como julgamento sobre a maldade universal do homem. Mas ao mesmo tempo, Deus, em
sua graça, interveio; Noé achou graça (o primeiro uso desta palavra na Bíblia) a seus olhos
(Gn 6.8), e ele e sua família foram salvos. A revelação dessa economia é preservada em
Gênesis 4.1-8-8.14.
1. Era consciente do bem e do mal, com capacidade para escolher o que lhe conviesse - Gn 3.22.
2. Era consciente do meio estabelecido por Deus para a expiação do próprio pecado - Gn 3.21.
3. Ciente de que era alvo da promessa fundamental da plena redenção - Gn 3.15.
4. Estava isento de qualquer mandamento - EM PLENA GRAÇA DE DEUS...
6
Mason. “Eschatology”, 45. A Nova Scofield chama esta dispensação de “Consciência ou Responsabilidade Moral” .
18
b. Abel ofereceu a oferta da piedade - Gn 4.4 - de acordo com o modelo - Gn 3.21, Hb 11.4, Rm
10.17. Evangélica, penitente, triunitária.
2. Resultado da impiedade - Gn 4.5
3. Advertência oportuna - Gn 4.6, 7 - HATAT - Tanto significa pecado como oferta pelo pecado -
poderás lançar mãos da oferta legítima conforme o modelo estabelecido - “Jaz à porta” - como
pecado, qual fera pronta a se lançar à presa, e como oferta, estava à porta do redil, pronta a ser
oferecida.
4. “Sobre ele dominarás” - sobre o seu irmão, como primogênito que era, para exercer autoridade e
adquirir a vítima para a oferta - sobre o pecado, pelo conhecimento da possibilidade que tinha para
dominá-lo.
5. Deus não aceita o homem de qualquer maneira: Ele tem o direito de estabelecer as condições que
Lhe parecem convenientes - Mt 7.13, 14, etc.
D. A Civilização Ímpia originária de Caim.
1. Caim não se humilhou para aceitar as condições de Deus Gn 4.8-16...
2. Então já era casado - Gn 4.17;
3. Persistiu no erro - Gn 1.28 - 4.17 - Com isto, tornou-se o fundador da primeira civilização deste
tipo.
3.1. Jabal - foi pecuarista - Gn 4.20;
3.2. Jubal - foi artista - música - Gn 4.21;
3.3. Tubal - Caim - foi metalúrgico - Gn 4.22;
3.4. Lameque - Bigamia;
3.5. O espírito dominante naquela civilização:
a. Bigamia - Gn 4.19
b. Vingança - Gn 4.23
c. Cinismo - Gn 4.24
E. A Civilização Piedosa descendente de Sete
1. SETE - substituto de Abel - Gn 4.25 - palavra que vem de XIT que significa “colocar em
substituição de, em lugar de...”
2. ENOS - Gn 4.26 - Aqui começou-se a invocar o senhor temos um ótimo princípio - Rm 10.13.
3. ENOQUE - Gn 5.21-24 - “Dizes-me com que andas, e eu te direi quem és” - Um dos tipos da
Igreja que será arrebatada antes da Grande Tribulação - Ap 3.10.
19
4. NOÉ - Gn 5.28-29; 6.8, 9, 22; 7.1 - Tipo de Israel que será preservado durante a Grande
Tribulação - Jr 30.7.
F. A medida cheia....
1. Mistura indesejável - Gn 6.1, 2.
2. Cúmulo da iniquidade - Gn 6.5
3. Tristeza de Deus - Gn 6.6
4. Resolução divina - Gn 6.7
5. A misericórdia divina - Gn 6.3, 13-22; 7.1-10
NOTA: Durante esses 1.656 anos o homem viveu sob a orientação da própria consciência, que se provou
incapaz de levá-lo à vitória sobre si mesmo.
Introdução - Esta dispensação teve a duração de 427 anos; a saber: do dilúvio universal a dispersão dos
rebeldes quando da confusão das línguas pela construção da Torre de Babel; porém, de certo modo, houve
um longo período intermediário, ou suspensão de suas atividades, pois ela só findará definitivamente com
“os tempos dos gentios” Lc 21.24... Dn 2.31-45; Rm 11.25; Ap 11.2.
A personagem principal durante esta economia foi Noé. A nova revelação desse tempo
inclui o temor dos homens pelos animais, os animais dados ao homem como alimento, a
promessa de não ser o mundo destruído outra vez pelas águas e a instituição da pena de
morte. Este último é que oferece base distinta para essa dispensação como sendo de governo
humano, ou governo civil. Deus deu ao homem o direito de tirar a vida do homem, que, em
sua própria natureza dá ao homem o direito de governar outros. A não ser que o governo
20
tenha direito da mais séria punição, sua autoridade básica é questionável e insuficiente para
proteger corretamente aqueles a quem ele governa.
O fracasso em governar com sucesso surgiu quase imediatamente em cena, pois Noé
se embebedou e se tomou incapaz de governar. O povo, em vez de obedecer a ordem de
Deus de se espalhar e encher a terra, teve a idéia de se juntar e construir a torre de BabeI para
alcançar seu alvo. A comunhão com os homens substituiu a comunhão com Deus. Como
resultado, Deus enviou o juízo da torre de Babel e a Confusão das línguas. Também
interveio graciosamente com Abraão e seus descendentes. A revelação dessa mordomia nas
Escrituras se encontra em Gênesis 8.15-11.9.
C. A DESCENDÊNCIA PIEDOSA
NOTA: At 17.26 é perfeita realidade, mas desde que o pecado entrou no mundo os homens se dividiram
em diferentes grupos étinos, os que se evidencia, neste caso, logo de início com CAIM e SETE e se
perpetuou com os descendentes de SEM, CÃO e JAFÉ - Gn 9.18, 19 e todo o capítulo 10 do mesmo
livro. E, enquanto os descendentes de CÃO e JAFÉ seguiram seus próprios caminhos de degenerescência,
os descendentes de SEM, que foi o primogênito de NOÉ - Gn 9.18, Lc 3.34-36, foram separados por
21
Deus para deles surgir na 10ª geração, o grande servo de Deus que foi o Patriarca Abraão - Gn 11.10-26,
que deu origem através de Isaque e Jacó, à família escolhida - Gn 11.10-26.
NOTA: Ninguém peca isoladamente - ao contrário, sempre o pecado de um homem atinge também os
outros em suas conseqüências - Rm 5.12. De acordo com este relato, parece-nos que Noé perdeu o
governo, que passou a ser exercido:
1. Civilmente por Jafé Gn 10.1-5
2. Espiritualmente por Sem Gn 11.10-32
Introdução - Encontramos dois verbos bíblicos que de modo especial aludem ao início desta dispensação.
São eles: Js 24.2 e At 15.14. Esses textos falam da eleição de um gentio - ABRÃO - para ser o pai da
nação escolhida; foi a ele e a “seu descendente” Gn 12.1-3, GL 3.16, que Deus fez a PROMESSA BASE
desta dispensação, que nada mais é do que a repetição noutros termos, da PROMESSA BASE DA
REDENÇÃO - Gn 3.15, de que dependem todas as demais promessas de Deus à humanidade.
O título Promessa vem de Hebreus 6.15 e 11.9, onde diz que Abraão obteve a
promessa e viveu na terra prometida. O título enfatiza a revelação da economia, O fator
governamental da economia é mais bem enfatizado pela designação de Dispensação de
Regência Patriarcal. Até essa dispensação, toda a humanidade havia estado diretamente
relacionada com os princípios de governo de Deus. Agora, Deus marcava uma família e uma
nação e neles fez representantes de todos.A responsabilidade dos patriarcas era
simplesmente crer em Deus e servi-lo, e Deus lhes deu toda provisão material e espiritual
para que pudessem fazê-lo A Terra Prometida era deles, e a bênção lhes pertencia desde que
permanecessem na Terra. Mas, é claro, logo e freqüentemente houve falhas. Finalmente,
Jacó conduziu o povo ao Egito e logo o juízo da escravidão lhes sobreveio. Mas Deus
novamente providenciou graciosamente um libertador e no processo da libertação, matou
seus opressores. A Escritura envolvida nessa dispensação é Gênesis 11.10 até Êxodo 18.27.
Será que esta dispensação é distinta da Lei Mosaica, ou apenas um período
preparatório? Parece clara a resposta em Gálatas 3.15-29. Embora seja verdade que Deus
estava tratando com o mesmo povo durante as dispensações Patriarcal e Mosaica, não era
esse o fator determinante. Afinal de contas, até a chamada de Abraão, Deus havia lidado de
modos diferentes com o mesmo grupo - toda a população da terra. Na primeira e na segunda
dispensação, Deus lidava com o mesmo povo - Adão e Eva. Assim sendo, o fato dele estar
lidando com Israel durante ambos, a era patriarcal e a era da lei, não é determinante. O que
determina a distinção das duas dispensações é simplesmente a base diferente em que Ele
lidou com eles. Promessa e lei são claramente distintos por Paulo em Gálatas 3, ainda que
ele insista que a lei não tenha anulado a promessa. E a Lei Mosaica é mantida tão
distintamente da promessa que é difícil não reconhecer uma dispensação diferente. Esta é a
23
essência da definição, e se algo é mantido distinto nesse capítulo, é a lei. Portanto, a
dispensação separada de Promessa, ou dos Patriarcas, é justificada.
Embora reconheçam que o longo período desde a criação até a lei possa ser dividido
em diversas dispensações, os dispensacionalistas progressivos os colocam juntos em um
lugar, rotulando todo o período de dispensação patriarcal, enquanto em outro lugar eles
agrupam tudo até o tempo da Vinda de Cristo (incluindo a lei)7 sob o rótulo “dispensações
passadas”.
7
Blaising e Bock, Progressive Dispensationalism. 122,5l.
24
3. Tornou-se mentiroso - Gn 12.11-13; 18-12-15; 20.2.
D. CONSEQUÊNCIAS TRISTES
1. Isaque o imitou - Gn 26.7.
2. Rebeca e Jacó o imitaram - Gn 27.6-25, 41.
3. Esaú tornou-se um profano - Gn 25.24-34, Hb 12.16, 17.
4. Labão tinha igual caráter - Gn 29.21-31; 31.37-41, etc.
Introdução. Abraão, o homem escolhido, gerou a Família Escolhida através de Isaque, Jacó
(Israel) e dos doze patriarcas de que descendeu a nação israelita. Após os sofrimentos conseqüentes da
descida ao Egito, Gn 15.13, 14 Ex 1.8, 13, 14, Deus iniciou para nação israelita um novo estado de coisas,
Ex 3.1-10, com sua libertação do cativeiro, e desde então, Deus passa a tratar diretamente com o referido
povo - Ex 19,12; 20.1,2 etc. Dissemos na introdução à 3ª Dispensação - a do Governo Humano, que ela se
perpetua no tempo e só findará com o juízo de Deus sobre a 6ª Dispensação. Queremos também afirmar
que a 4ª Dispensação e bem assim a 5ª, pelo mesmo motivo são uma espécie de parêntese, pois nelas Deus
trata com um povo especial ficando o resto da população do universo de então - humanidade gentílica
posta à margem dos acontecimentos espirituais, devido o propósito que Deus tinha para com os elementos
compreendidos na 4ª e 5ª Dispensações, Dt 4.7, 8 etc.
25
Para os filhos de Israel, através de Moisés foi dado o grande código que denominamos de Lei
Mosaica. Consistia em 613 mandamentos que cobriam todas as fases e atividades da Vida. Revelava com
detalhes específicos a vontade de Deus dentro daquela economia. O período coberto foi desde Moisés até a
morte de Cristo, ou desde Êxodo 19.1 até Atos 1.26.
O povo era responsável por cumprir toda a lei (Tg 2.10), mas falharam (Rm 10.1-3). Como
resultado, houve muitos juízos durante este longo período. As dez tribos foram levadas cativas à Assíria;
as duas tribos foram levadas cativas à Babilônia e mais tarde, porque rejeitaram a Jesus de Nazaré, o povo
foi disperso por todo o mundo (Mt 23.37-39). Durante todos esses muitos períodos de desvio e
desobediência, Deus lidou graciosamente com eles, desde a primeira apostasia do bezerro de Ouro, quando
a lei estava sendo entregue a Moisés, até as promessas de graça de ajuntamento final e restauração na era
do milênio que ainda está por Vir. Essas promessas de um futuro glorioso são garantidas seguras pelas
promessas a Abraão, que de modo nenhum foram ab-rogadas pela lei (Gl 3.3-25). É-nos dito claramente
no Novo Testamento (Rm 3.20) que a lei não era meio de justificação, mas sim, de condenação. Sua
relação com a salvação e a Visão de salvação do dispensacionalista sob a lei serão discutidos mais adiante.
A. PROPÓSITO DE GRAÇA
A Mensagem de Deus e Israel - Ex 19.3-6
NOTA: Deus libertou Israel do cativeiro egípcio inteiramente por GRAÇA, mediante o preço pago pelos
egípcios - Is 43.1, 2 Pv 11.8; 21.18 e o sangue do cordeiro pascal - Ex 12.5-7, 12, 13- A palavra hebraica
PESAR significa passar por cima sem ofender - devido o valor que o sangue tem na economia do Velho
Testamento e se transferiu para o Novo Testamento sob os vocábulos gregos AGORAZO - Comprar no
mercado; EXAGORAZO - comprar do mercado e LUTROO - libertar mediante pagamento - sem a
intervenção de qualquer LEI. E, mesmo punindo-o por suas desobediências e murmurações, Deus os
conduziu e os alimentou desde o Egito até o Sinai sem lhe falar em qualquer LEI, inteiramente por
GRAÇA...
a. Seu povo peculiar - Ex 19.5
b. Um reino de sacerdotes - Ex 19.6, para interceder e transmitir ML 2.6,7.
c. Uma nação santa - Ex 19.6; 15.25
B. Responsabilidades Especiais
a. Ouvir atentamente a Deus - Ex 19.5.
b. Guardar o concerto - Ex 19.5.
26
C. A escolha insensata de Israel - Ex 19.8
1. Queremos uma lei definida a que nos submeteremos - Ex 20.25.
2. Assim procedendo desprezou a GRAÇA e pediu um jugo - Gl 5.1.
3. Foi-lhe dado um jugo insuportável - At 15.10, Ez 20.25...
NOTA: Nesta Dispensação houve milhares de homens e mulheres piedosos que foram salvos e foram por
muitos anos os verdadeiros pára-raios da ira de Deus contra os dois reinos de Israel.
INTRODUÇÃO - Esta Dispensação teve início, praticamente, no Dia de Pentecostes do ano 33 A.D. e se
propaga ainda atualmente e tem sido o maior prazo de graça mantido por Deus em favor da humanidade
universal - Tt 2.11, Hb 4.16 - cremos, porque é esta a última oportunidade - Mt 21.33-39, Hb 10.4-18, 26-
31, etc. At 2.1-4, 37-41
O apóstolo Paulo foi principal, embora não exclusivamente, o agente da revelação da
graça de Deus para esta dispensação. O próprio Cristo trouxe a graça de Deus à humanidade
por meio de sua encarnação (Tt 2.11), mas foi Paulo que fez a exposição da mesma.
Certamente, o dispensacionalista não diz que não havia graça demonstrada antes da vinda de
Cristo (assim como não pode dizer que não existe mais lei depois de Sua vinda), mas as
Escrituras dizem que sua vinda demonstrou a graça de Deus com tamanha magnitude que
todas as demonstrações anteriores eram como se nada fossem.
Debaixo da Graça a responsabilidade do homem é aceitar o dom de justiça dado
livremente por Deus a todos (Rm 5.15-18). Há dois aspectos da graça de Deus nessa
economia: (1) a bênção é totalmente pela graça e (2) a graça é para todos. Deus não está
mais lidando apenas com uma nação como exemplo, mas com toda a humanidade. A grande
maioria O tem rejeitado e como resultado disso, será julgada. A dispensação terminará com
28
a segunda vinda de Cristo, porque, conforme já foi sugerido, o próprio período da tribulação
não é uma dispensação separada, mas o julgamento sobre as pessoas vivas que rejeitam a
Cristo no final da presente dispensação. Os textos bíblicos referentes são Atos 2.1 até
Apocalipse 19.21.
C. PARA OS GENTIOS - povo ímpio, ainda sob o governo humano separado de Deus - Ef 2.11, 12,
considerado imundo - At 10. 14, 28
1. Mortos em pecados - Ef 2.1-3
29
2. Perdidos - Rm 3.23
3. Agora alvo do amor - Jo 3.16
4. Com possibilidade de libertação - Lc 19.10, Ef 2.10-13.
5. Em Cristo está a sua única possibilidade - At 4.12, Jo 10.9; 14.6
NOTA: A Dispensação da Graça findará com o julgamento das nações gentílicas reunidas sob o comando
do Anticristo no final da Grande Tribulação (Ap 19.17-21; Zc 14.1-9). O reino de que nos fala este texto é
o milênio que será então instalado - Ap. 20.4, 1Co 6.2. Reino que será habitado por seres de duas
categorias:
a) Santos glorificados Jd 14, 15, Zc 14.5;
b) As nações sobreviventes do juízo de Deus no final da Grande Tribulação (Zc 14.16), não
necessariamente salvas, gerando filhos, Is 11.8, que terão vida muita longa sobre a terra - Is 65.19-20, em
perfeita paz e com conhecimento de Deus - Is 2.4, Mq 4.1-4 Is 11.1-10. Hc 2.14, Fp 2.9-11.
31
7ª) DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO OU DO REINO - O REINO DO FILHO - 1Co 15.24-28
INTRODUÇÃO - Finda a Dispensação da Graça com o juízo das nações, Cristo manifesto em pessoa -
Ap 1.7, At 1.11, “com todos os seus santos” Zc 14.5, estabelecerá a sétima dispensação que terá a duração
definida de 1.000 anos - Ap 20.4, e que será o tempo áureo da humanidade então existente sobre a terra.
Dessa dispensação muito se ocupa o Velho Testamento!
Após o segundo advento de Cristo, o reino milenar será estabelecido em cumprimento de todas as
promessas dadas em ambos os Testamentos, e especialmente aquelas contidas nas alianças de Abraão e de
Davi. O Senhor Jesus Cristo, que tomará conta pessoalmente dos acontecimentos do mundo durante essa
era, será personagem principal da dispensação. Ela continuará durante mil anos e o homem será
responsável por obedecer ao Rei e suas leis. Satanás será preso, Cristo estará reinando, a justiça
prevalecerá, a desobediência frontal será rapidamente punida. Contudo, no final desse período, haverá
rebeldes suficientes para formar um exército terrível que ousará atacar a fonte do governo . (Ap 20.7-9). A
revolta não terá sucesso, e os rebeldes serão lançados para o castigo eterno.
Este é um resumo das dispensações. Mas há mais uma consideração importante e
muitas vezes negligenciada em resposta à pergunta feita pelo título deste capítulo. É
provável que sejam em número de sete as dispensações; elas podem ser designadas
conforme sugerimos; elas exibem determinadas características, mas, acima de tudo, as
dispensações são mordomias, e cada mordomia possui os seus mordomos. Um homem
geralmente se destaca, especialmente no início de cada dispensação, e com a exceção da
primeira e da última, esse personagem principal não vive durante todo o período coberto. A
responsabilidade de mordomia, portanto, não se restringe a um homem, mas em certo
sentido, é colocada sobre todos os que vivem sob essa economia.
Vamos relacionar essa idéia com a dispensação da graça. Embora Paulo fosse um dos
principais agentes da revelação da graça de Deus, muitos outros são mordomos sob essa
economia. Os demais apóstolos e profetas (Ef 3.5) e todos os crentes (1 Pe 4.10) são também
mordomos desta graça. Isso significa um envolvimento pessoal na graça de Deus para todo
cristão. Não é como se fôssemos espectadores sentados no auditório assistindo a graça de
Deus no palco. Somos participantes do drama, e mais que isso, temos papel chave no
testemunho e na demonstração da graça de Deus sob essa mordomia. Uma responsabilidade
dispensacional significa envolvimento para aqueles que atendem os princípios da
32
administração. A mesma responsabilidade significa juízo para aqueles que rejeitam os seus
princípios.
Da mesma forma como Deus precisou de um tempo incalculável para a Graça, assim precisará de mil
anos. Mas por que precisou de um Tempo de Graça? Para introduzir a Igreja no Reino. E precisará de mil
anos para julgar as nações, para então inseri-las no Reino (Mt 25.31-46). Ele saberá quais as nações que
zelaram e nutriram os filhos de Israel, separará as ovelhas dos bodes. Durante a Grande Tribulação, a Terra
sofrerá juízo de fogo (2 Pe 3.10-12), mas durante o Milênio ela será regenerada (Mt 19.28). Em mil anos o
Senhor reconstituirá a Terra e a aperfeiçoará, como durante todo o Tempo da Graça. Ele tem nos
aperfeiçoado, e com isso somos regenerados e santificados.
I. CARACTERÍSTICAS
1. Será universal - Dn 2.34, 35, Sl 2.7, 8, Zc 9.10, etc.
2. Sua Capital será Jerusalém - Zc 14.16-19, Jr 3.17, Is 24.23, 35; Jr 31.17; 31.7, Dt 28.13; Zc 8.20-
23; Mq 4.1-3; Jl 3.20, 2; Is 4.1-6; 60.1-12; 66.18-23; 49.8-16, 22, 23.
3. Haverá justiça e paz sobre a terra - Is 9.6, 7, 11.4, 5; Zc 9.10; Sl 96.12, 13.
4. Será justiça inflexível - Ap 2.26, 27; 12.5; 19.15.
5. Haverá maior fertilidade - Is 53.1, 7, Am 9.13
6. As feras serão transformadas - Is 11.6-9; 65.25; Os 2.18
7. A vida humana será prolongada - Is 65.20-23; Zc 8.4, 5
8. Satanás estará preso para não tentar a humanidade - Ap 20.1-3.
9. Haverá universal conhecimento de Deus - Hc 2.14, Fp 2.9-11; Is 11.9
10. Durará 1.000 anos - Ap 20.4-6
II. A VONTADE DE DEUS
a. A proclamação do Evangelho eterno - Ap 14.6.7
b. Que haja abundante conhecimento de Deus - Is 11.9, Hc 2.14, Fp 2.9-11
c. Toda a humanidade O adorará - Fp 2.9-11; Zc 14.9, 16; Mq 4.1-3; Zc 8.20-23; Is 66.18-23; 1Co
15.24-28
33
d. O filho reinará e julgará as nações durante todo milênio separando os bodes das ovelhas (Mt
25.31-46); trigo do joio (Mt 13.24-30, 36-43); os peixes bons dos maus (Mt 13.47-50). A separa
final dar-se-á no final do Milênio.
Diversas são as passagens das Escrituras que nos chamam a atenção para eles (Ap 21.1,2; Is 65.17;
66.22; 2 Pe 3.10-13). São chamados novos, mas isto não quer dizer que sejam "novos" no sentido absoluto
da palavra, pois a Terra permanecerá para sempre (Ec 1.4; S1 104.5; 119.90; J1 3.20; Is 60.21; Am 9.15; Mt
5.5; Gn 9.12-16; Is 45.17,18; 35.1,2,7,10). Nas passagens que falam que a Terra e os céus passarão (Mt
5.18,24,34,35; Mc 13.30,31; Lc 16.17,21,23; 2 Pe 3.10; Ap 21.1), a palavra original nunca é uma que
indique o término da existência, mas, sim, parerkhomai - pare/rxomai, um verbo de significado muito
amplo e geral, tal como "ir ou vir" a uma pessoa, um lugar, ou a um ponto; "passar", como uma pessoa por
um banho, ou um navio pelo mar, passar de um lugar ou condição para outro, chegar a passar através de, ir
para de um a outro de, apresentar-se como quando se quer falar ou servir. Quanto ao tempo, significa ir até o
passado, como um acontecimento, ou um estado de coisas que já aconteceu antes, dando lugar a outros
eventos e a outro estado de coisas. A idéia principal é a de transição, não de aniquilação.
Nem o céu nem a Terra serão aniquilados. Da mesma forma que durante o Milênio, eles serão
"regenerados" (Mt 19.28), no Estado Eterno - Reino Eterno, serão "santificados" (2 Pe 3.10-13). Por que
causaria estranheza a idéia de a matéria existir para sempre? Se Deus desejar que ela continue, então toda a
opinião humana em contrário nada vale. Observemos que, da mesma forma que a justiça reinará na Terra
durante o Milênio, habitará também na nova Terra (2 Pe 3.13). Alguns dos redimidos, sem dúvida, estarão no
lar - na Nova Jerusalém, mas mesmo os que habitarem na Nova Terra terão contato com o Novo Céu (Ap
21.24).
Modelos da nova criação. 8
“O modelo da nova criação é tirado de textos bíblicos que falam de um Reino futuro e eterno, de uma
nova terra e da renovação da vida sobre ele, de uma ressurreição corporal (especialmente da natureza física
do corpo ressurreto de Cristo), de um ajuntamento social e político entre os redimidos. O modelo da nova
criação espera que a ordem ontológica e o escopo da vida eterna sejam essencialmente contínuos ao da
presente vida terrena, com exceção do pecado e da morte. A vida eterna para os seres humanos remidos será
uma existência corporal na terra (quer a terra presente quer uma terra completamente nova), colocada em
uma estrutura cósmica como a temos agora”.
8
BOCK, Darrell. O MILÊNIO: 3 PONTOS DE VISTAS. São Paulo: Editora VIDA, 2005, p. 145,146.
35
“Segundo a linguagem de Isaías 25, 65 e 66, de apocalipse 21 e de Romanos 8, o modelo da nova
criação defende a idéia de que a terra e a ordem cósmica serão renovadas e eternizadas pelo mesmo poder
criador que concede vida imortal e ressurreição aos santos. O modelo da nova criação rejeita a dicotomia
que é fundamental ao modelo da visão espiritual, assim como vê a vida eterna em sentido holístico
espiritual e material. O modelo da nova criação afirma uma criação futura e holística abençoada com a
perfeição da justiça e da vida eterna”.
36
DISPENSACIONALISMO PROGRESSIVO
E O DISPENSACIONALISMO TRADICIONAL
Oscar A. Campos R.
DISPENSACIONALISMO TRADICIONAL
Em primeiro lugar se deve reconhecer que o dispensacionalismo progressivo não se dá num vazio
histórico-teológico. Esta nova variante, como seu nome mesmo indica, está relacionado com o já conhecido
“dispensacionalismo". Mais adiante veremos em que consiste essa relação. É evidente que o
dispensacionalismo progressivo nasceu dentro de sua própria tradição teológica, o tradicional
dispensacionalismo.
Não existe um marco claro ou exato que marque o início do dispensacionalismo progressivo como
37
um novo esquema teológico, o certo é que é um desenvolvimento relativamente recente como produto de
diálogo e reflexão teológica que têm acontecido nos últimos tempos em alguns círculos dispensacionalistas.
O anterior demonstra que qualquer sistema teológico que se expõe ao escrutínio constante das Escrituras não
pode quedar-se dogmatizado nos livros de Teologia Sistemática. Pode-se dizer que nos últimos tempos de
maneira especial a teologia bíblica tem convidado as Teologias Sistemáticas a uma evolução. O
dispensacionalismo progressivo pode ser um resultado disto.
História
Distintivos
Ao identificar diferentes fases ou etapas dentro da tradição dispensacional, é evidente que existe um
desenvolvimento teológico dentro desta tradição. Os dispensacionalistas progressivos argumentam que o
desenvolvimento é normal e apropriado, sem dificuldades os dispensacionalistas de fases anteriores declaram
não estarem de acordo com esta postura e questionam a surgimento do dispensacionalismo progressivo. Sem
embaraço, desde uma perspectiva histórica, se podem encontrar alguns distintivos próprios da tradição
dispensacional que se tem mantido vigentes através das diferentes etapas:
É uma tradição que se focaliza na igreja universal como o esquema para a unidade e espiritualidade,
buscando sua manifestação prática de forma que não entre em conflito com o conceito de igreja local. Tem
defendido a autoridade das Escrituras e tem recalcado a relevância teológica da apocalíptica bíblica e a
profecia. É um Pré-milenismo futurista que tem sustentado firmemente o iminente retorno de Cristo e um
futuro nacional e político para Israel no plano divino da história. Está caracterizado por um envolvimento
canônico das Escrituras que interpreta descontinuidades entre o Antigo e o Novo Testamento como
39
mudanças históricas nas dispensações divino-humanas dando origem a diferentes propósitos no plano divino.
Como um elemento de mudança dispensacional se tem enfatizado os elementos singulares da graça para a
presente dispensação da igreja.
Desenvolvimento
DISPENSACIONALISMO PROGRESSIVO
À luz dos desenvolvimentos internos dentro da tradição dispensacional se fez necessário redefinir o
dispensacionalismo. Blasing e Bock têm sido uns dos teólogos que tem estado à frente desse movimento que
redefiniu e desenvolveu o dispensacionalismo como “dispensacionalismo progressivo”. Eles afirmaram que o
desenvolvimento dentro da tradição dispensacional... “Nos dirige a busca de uma definição do
dispensacionalismo, uma que inclua as diferentes manifestações históricas da tradição e que coloque em
perspectiva o surgimento desta forma pós-essencialista do dispensacionalismo”. Eles agregam:
... O que está tomando lugar agora é o surgimento de uma nova fase na história do
dispensacionalismo americano. A complexidade da situação é tal que um novo entendimento bíblico
de Israel e da Igreja, uma mudança no método para definir dispensacionalismo, e o surgimento de
um novo dispensacionalismo são todos elementos inter-relacionados de um mesmo fenômeno.
História
O movimento do passado ao presente e depois às futuras dispensações não se deve a um plano para
duas classes diferentes de povos, mas sim que em vez disso se deve à história de Cristo cumprindo o plano
de redenção integral em fases progressivas (dispensações).
42
Distintivos
1. Dispensações.
O termo “progressivo”, para este novo entendimento do dispensacionalismo, vem precisamente de
um dos seus distintivos. A relação progressiva entre as dispensações. Uma dispensação avança no plano
divino sobre a anterior. O dispensacionalismo progressivo aborda três dispensações bíblica claras: A
Passada, a Presente e a Futura.
O qualificativo Dispensacionalismo Progressivo foi sugerido devido à maneira pela qual este
dispensacionalismo vê a inter-relação das dispensações divinas na história, sua orientação geral para o
Reino Eterno de Deus (o qual é afinal, eterna dispensação abarcando Deus e a humanidade) e a reflexão
destas históricas e escatológicas relações dos elementos literários da Escritura.
Há três dispensações claramente definidas (Ainda que o número delas fosse aberto no princípio da
tradição, institucionalizou-se o reconhecimento de sete dispensações com Scofield). Estas três
dispensações que o dispensacionalismo progressivo tem sustentado estão centradas em Cristo (o
cristocentrismo já mencionado deste novo esquema de progresso).
A dispensação anterior antecipou Cristo e logo o presenciou. Depois de sua ascensão à direita do
Pai, Cristo inaugura a presente dispensação antecipando o Dom do Espírito Santo. A futura dispensação é
a dispensação de seu regresso e seu governo consumador.
Esse progresso entre dispensação e dispensação se vê primeiro na relação que continua desde a
passada até a presente. Há uma mudança de tratamento da dispensação passada para a presente entre Deus
e a humanidade que emerge do evento Cristo. Há um novo estado de coisas (Novo Testamento). Cristãos
gentios e remanescentes de Israel (judeus crentes) recebem juntos as bênçãos da Nova Aliança já
inaugurada. A teologia bíblica mostra que essas bênçãos são “novas” e que são um avanço da Antiga
Aliança.
43
Para o dispensacionalismo progressivo, a dispensação presente é a consumação das promessas
acerca de Israel dos gentios feitas durante a aliança mosaica. Há continuidade através do progresso, o
progresso no cumprimento das promessas e o progresso da nova revelação.
Em segundo lugar, também há uma relação progressiva que continua desde a presente até futura
dispensação. No Novo Testamento, a presente dispensação não se apresenta como a redenção final. Há
uma expectação de uma futura dispensação na qual se consumará na presente. Há continuidade entre a
dispensação presente da Igreja e a dispensação futura na qual todas as coisas nos céus e na terra estarão
unidas em Cristo (1Co 15.24-28).
Segundo os dispensacionalistas progressistas, a continuidade se expressa em termos da Nova
Aliança que une ambas dispensações (Chafer, um dispensacionalista clássico, ensinou que havia dois novos
pactos distintos). Esta unidade também é vista em alguns aspectos do reino messiânico que vão desde a
presente. As dispensações presente e futura são vistas no Novo Testamento como cumprimento do Pacto
Davídico.
A dispensação presente se entende como a inauguração do Reino de Deus no ministério, morte,
ressurreição e a vinda do Espírito Santo (a promessa do Pai na Nova Aliança). O “já” do reinado de
Cristo. A futura dispensação é vista como a consumação desse Reino que “todavia não” é a experiência da
presente realidade. A futura dispensação inclui os aspectos políticos e nacionais do Reino prometidos a
Israel. Nele o “já e todavia não” da teologia neotestamentária tem progresso e mudança dispensacional.
Considerando toda a anterior, a Igreja já não é considerada como um parêntese no Plano de Deus e o Pré-
milenismo continua se mantendo como outro dos elementos mais importante da tradição profética e
escatológica do dispensacionalismo.
A presente dispensação também integra todas as alianças (pactos) na redenção inaugurada nesta
dispensação e que será consumada na futura. Esta é a unidade da Nova Aliança e o cumprimento dos
pactos mosaico e abraâmico. O conceito de redenção é agora mais amplo que a da tradição
dispensacional, vem a ser um conceito mais integral. A redenção se concebe para o homem total, não só
para a alma como na visão dualista de tendências passadas. Neste conceito de redenção se incorporam
dimensões sociais e corporativas do ser humano.
O dispensacionalismo progressivo também assinala a continuidade entre o Milênio e o reino Eterno.
A diferença considerada é mais em grau que em classe (milênio e nova terra). Não se enfatiza a mudança
do material ao espiritual, mas sim, a consumação plena da redenção. Desta maneira, a futura dispensação é
vista como uma unidade, não como duas dispensações separadas, ainda que reconheça as diferenças.
2. Israel e a Igreja
44
CONCLUSÃO
ATIVIDADES
• Capitão do Comando da Aeronáutica.
• Professor dos seminários:
1. SEBEMGE: Seminário Batista do Estado de Minas Gerais
2. STEB: Seminário Teológico Evangélico do Brasil
3. Seminário Teológico Hosana
4. Escola Bíblica Central Do Brasil
• Pastor Auxiliar da Igreja Batista Getsemani
• Professor das disciplinas: Teologia Sistemática, Teologia Contemporânea, Apologética,
Escatologia, Pneumatologia, Teologia Bíblica do Velho e Novo Testamento, Hermenêutica,
Homilética.
• Conferencista
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