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Controladores Lógicos Programáveis

Araújo. Sérgio, Caetano. Tiago

Resumo - Os controladores lógicos programáveis, são componentes electrónicos utilizados para a automação. É uma ferramenta
de trabalho para sistemas de accionamento e controle utilizado em ambientes industriais. Esta ferramenta poderosa permite
através de uma(as) entrada(as) produzir saída(as) com a função de accionar actuadores que produzem uma funcionalidade
dentro de um determinado ambiente, tornando esse ambiente autómato.

Palavras-Chave — controladores lógicos programáveis, automação, controle.

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1 INTRODUÇÃO

N o âmbito da disciplina de Sistemas Informáticos Industriais do 3º Ano do Curso de


Engenharia Informática da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, foi-nos
proposta a elaboração de um trabalho de pesquisa sobre os controladores lógicos
programáveis, com o principal objectivo de realçar a importância do aparecimento dos CLP no
mundo industrial, apresentar suas vantagens actuais e desvantagens,e uma visão geral dos
principais constituintes como um todo de seu funcionamento.

2 BREVE HISTÓRIA

O CLP(Controlador Lógico Programável) foi construído pela mão da General Motors, na


época de 1968 sob o comando do engenheiro Richard Morley. Nasceu assim um versátil
equipamento de utilização fácil e que vem evoluindo constantemente diversificando a industria
e empregabilidade do componente, justificando no sector uma produção situada entre 4 biliões
de dólares anuais.
O motivo do aparecimento CLP foi devido à necessidade de se alterar uma linha de
montagem sem ter que realizar grandes alterações mecânicas e eléctricas.
Com o aparecimento CLP denotamos uma nova geração industrial com maior capacidade
de produção, melhor qualidade, mais rápida e fiável.

3 VISÃO GERAL DA INDUSTRIA ACTUAL – RÁPIDA E FLEXÍVEL

Com as variações do mercado actual as empresas necessitaram de mais produtividade e


eficácia de modo a responder ás necessidades actuais dos seus clientes, isto gerou uma
constante adaptação das empresas. A flexibilidade e versatilidade para atender às
necessidades actuais leva a que cada vez mais as empresas apostem na qualidade e
cumprimentos de prazos, em consequência de fornecer um melhor serviço mas satisfatório e
cada vez mais exigente, a junção destes factores é cada vez mais importante no ciclo de vida
de uma empresa. Foi necessário o conhecimento e especialização de profissionais na área de
modo a responder estas necessidades de exigência.
Com o avanço das tecnologias isto tornou-se uma realidade, levando assim empresas
apostarem na sua evolução e cada vez mais realizar um controlo maior na redução de custos e
uma produtividade mais rápida e flexível capaz de superar as tendências e variações do
mercado.

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- Sergio Araújo, com o nº . 11699 pertence à turma 1 do Curso Eng. Informática, da EST, Castelo Branco. E-mail: smfaraujo@hotmail.com

-Tiago Caetano, com o nº 20070020 pertence à turma 1 do Curso Eng. Informática, da EST, Castelo Branco. E-mail: tiagocaetano11@hotmail.com
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4 A AUTOMAÇÃO NOS PROCESSOS INDUSTRIAIS

No início do processo Industrial, existiam processos em que era imprescindível obter o


rendimento máximo do esforço da mão-de-obra.
A produção era composta por estágios e etapas, onde as funções a desenvolver eram
repetitivas, levando à especialização nas tarefas e etapas de produção. Nasce assim o
princípio da produção em série.
As máquinas eram também específicas e o seu uso não estava preparado para multi tarefas,
mas sim apenas uma tarefa por cada etapa de produção.
Com o avanço das tecnologias, e a importância da integridade do trabalhador foi necessário
alterar os equipamentos de produção de modo a proteger o trabalhador, mão-de-obra de
funções que exigia um grande esforço físico, às máquinas atribui-se a competência de fazer o
esforço do homem e ao invés de operar com elas, o homem passou a supervisioná-las.
Para monitorizar e garantir um sistema produtivo foi necessário equipar as máquinas de
modo a fornecer as condições ideais para produzir as tarefas nos processos de produção,
nomeadamente sensores, que a partir das informações do meio, recolhiam dados necessários
para realizar o controlo no sistema de produção ou na tarefa a ser executada.
Estes sistemas envolvem a existência de um conjunto de acções a serem executadas,
durante um espaço de tempo, as alterações de variáveis externas do sistema fazem com que
este reaja alterando o resultado final da variável pretendida.
A automação de um sistema, tornou-se versátil na medida em que a evolução tecnológica
permite efectuar operações lógico-aritméticas, isto tornou o processo de um sistema cada vez
mais automatizado, uma vez que os controladores, actuadores e sensores operam em
conjunto, o controlador toma as decisões em função dos sensores e os actuadores alteram-se
de acordo com os valores fornecido pelo controlador.
Com esta flexibilidade o sistema de produção , passou a produzir diferentes produtos dentro
do mesmo sistema ou equipamento.
A tecnologia surge cada vez mais compacta relativamente ao tamanho, as unidades de
memória aumentaram a sua capacidade de armazenamento de informação e velocidade de
acesso. A capacidade de processamento sofre também assim um aumento de operações por
unidade de tempo, devido a ganhar uma menor robustez, sendo capazes de embutir num
menor espaço a mesma quantidade de elementos, fornecendo características aos
controladores a nível de capacidade de resposta e manipulação de processos.
Consequentemente com maior espaço em relação aos componentes de um CPL, fez-se com
que se fosse capaz, de as frequências de resposta das saídas em relação ás entradas
crescesse em numero, ou seja capacitando o controlador de um maior numero de entradas e
saídas controladas logicamente.
Outro aspecto importante da evolução deste componente é que toda a lógica implementada
no sistema possa ser desenvolvida por software, em que o controlador e as suas sequências
de acções não sejam realizadas com programação de baixo nível, mas por uma linguagem
orientada ao objecto, uma linguagem em ladder. Este tipo de linguagem de programação é a
mais utilizada, semelhante a um esquema eléctrico funcional. Ladder que significa literalmente
"escada", já que visualmente o esquema apresenta uma escada, em que cada degrau é
chamado rung.
Sobre esta filosofia versátil estão inseridos os Controladores Lógicos Programáveis(CLP).

5 ESTRUTURA BÁSICA DE CLP


Apresentamos a estrutura geral de um CLP dividido em 3 partes.

Fig1. Estrutura Geral de um CLP

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As entradas e saídas de um CLP podem ser analógicas e assim bem como digitais. Para se
adequar ás necessidades do sistema a ser controlado existem módulos de entradas e saídas,
que são disponibilizados de acordo com o tipo de CPU.
Entradas analógicas utilizam o conversor A/D, convertendo o sinal de entrada de
analógico para digital. Em relação ás saídas existem conversores D/A que transformam o sinal
da saída de digital para analógico.

Fig2. Estrutura pormenorizada de um CLP

Os sinais de entrada aplicados aos controladores a cada ciclo de relógio são lidos e
colocados na unidade de memoria interna designada por memoria de imagem. Assim os sinais
são associados entre si assim como os sinais internos. No fim de cada ciclo, os sinais são
colocados para a imagem de memoria de saída sendo aplicados aos terminais de saída. O
processo está demonstrado na Fig.3.

Fig3. Funcionamento das Entradas e Saídas

6 LÓGICA E MATEMÁTICA

Para superar as dificuldades linguísticas devido ás palavras usadas e ao estilo metafórico,


confuso portanto, atrapalhando o raciocínio lógico, vem então auxiliar a matemática e a lógica

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- Sergio Araújo, com o nº . 11699 pertence à turma 1 do Curso Eng. Informática, da EST, Castelo Branco. E-mail: smfaraujo@hotmail.com

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simbólica para superar as dificuldades da abundância de significados, criando-se assim uma
linguagem lógica artificial.
O principio da lógica binária compõe-se por 0 e 1's. A partir desta concepção elabora-
se uma base numérica binária, com este conceito criou-se também portas lógicas, que operam
bits combinando níveis lógicos de formas especificas. Tal como demonstra a figura.

Fig4. Portas lógicas

Os CLP substituem componentes electrónicos de accionamento por uma linguagem


semelhante à de diagramas lógicos, o qual tem o nome de Ladder.
Este tipo de linguagem desenvolve a lógica combinacional, de sequência e circuitos,
envolvendo ambas. Utiliza como operadores : entradas, saídas, estados e registos. A tabela
seguinte mostra os símbolos da programação em Ladder.

Fig5. Exemplos de programação em ladder

Para compreender esta linguagem adoptamos um exemplo que consiste em ligar e desligar
uma lâmpada a partir de um botão.
Na figura seguinte mostramos o esquema eléctrico , o programa em Ladder e as ligações
no CLP.

A lâmpada L está ligada a uma saída com designação Q0.0, o botão B1 está em estado
aberto ou seja não accionado e tem como entrada I0.0. Portanto ao querermos energitismo em
L, bastará colocar a entrada I0.0 que consequentemente permitirá uma saída positiva em Q0.0.
Para desligar Q0.0, que causará com que L apague, bastará por um valor nulo 0v em I0.0, abrir
contacto de B, isto implica uma operação de NOT com o estado do circuito.

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Fig6. Exemplo de ligar e desligar uma lâmpada

Em programação de diagramas ou de Ladder podemos utilizar a lógica baseada na


álgebra de Boole , OR, AND, NOT. Aqui mostramos a operação AND como demonstra a figura
7. Electricamente esta operação dispõe-se através de uma associação em série.

Fig. 7. Exemplo da operação And.

Outra operação que pertence à lógica booleana e a função OR e estabelece-se


electricamente como um paralelo na associação dos contactos. A possível utilização destas três
operações booleanas, leva-nos a concluir que todas as operações de lógica podem ser criadas uma
vez que derivam das três operações Booleanas básicas.

Fig. 8. Exemplo da operação OR.

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7 VANTAGENS E DESVANTAGENS

As vantagens da utilização dos CLP são :


-baixo custo em energia eléctrica
-flexibilidade
-reprogramáveis
-maior fiabilidade
-Maior rapidez na realização de projectos
-Comunicação com computadores e expansibilidade

8 CONCLUSÃO.
A versatilidade e flexibilidade dos CLP é neste momento percebida uma vez que as alterações
lógicas podem ocorrer com muita facilidade sem que por isso tenham de ocorrer transformações de
componentes electrotécnicos que estejam a interagir com os CLP, uma vez que as principais
características destes é readaptar-se ás variáveis exteriores produzindo respostas eficazes de
acordo com o que é pretendido
A isto chama-se automação dos processos e revoluciona qualquer sistematização, em que uma
série de ordens são dadas e uma outra série de respostas querem ser obtidas
Assim sendo o CLP(Controlador Lógico Programável) pode ser definido como um Computador
Industrial, com a característica de poder armazenar instruções de, temporização, sequências lógica
e contagem, para além de efectuar operações lógicas e aritméticas, de dados e comunicação em
rede.
Toda esta conjuntura de factores resume-se a um passo de enorme amplitude na automação de
processos uma vez que de vários componentes que podem interagir com um controlador existe um,
o controlador que se pode adaptar a todos os componentes sem que para isso tenha que ser
removido ou alterado, o esquema de um sistema engenhosamente e bem concebido.

9 REFERÊNCIAS

1. Automação CLP. [Online] [Citação: 5 de 10 de 2010.] Http://www.ebah.com.br/automacao-


clp-pdf-a14639.html.

2. jessecosta. slideshare. [Online] [Citação: 06 de 10 de 2010.]


http://www.slideshare.net/jessecosta/clp.

3. Programmable logic controller. Wikipédia. [Online] 08 de 08 de 2010. [Citação: 05 de 10 de


2010.] Http://en.wikipedia.org/wiki/Programmable_logic_controller.

4. claymore engineer. [Online] [Citação: 06 de 10 de 2010.]


Http://claymore.engineer.gvsu.edu/~jackh/books/plcs/powerpoint/ch01.ppt.

5. plc_intro. http://www.eod.gvsu.edu. [Online] [Citação: 06 de 10 de 2010.]


http://www.eod.gvsu.edu/~jackh/books/plcs/chapters/plc_intro.pdf.

6. what-is-a-programmable-logic-controller. wisegeek. [Online] [Citação: 06 de 10 de 2010.]


Http://www.wisegeek.com/what-is-a-programmable-logic-controller.htm.

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7. Lima, P. G. (s.d.). Aula1PLC2008_2.pdf. Obtido em 07 de 10 de 2010, de gilmario.pesqueira:
Http://gilmario.pesqueira.ifpe.edu.br/materialdeaula/ComandosEletroeletronicos/Aula1PLC2008
_2.pdf

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