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ECONOMIA&
DESENVOLVIMENTO
Ano XII - Nº 30 - Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013 - www.segplan.go.gov.br
GESTÃO
PAI
PÚBLICA
Eficiente
e com
resultados
O antídoto contra
escassez de recursos
RIQUEZA Plano de Ação Integrada de
Desenvolvimento criado pelo governo do
Um PIB Estado promete dar injeção de
acima de ânimo à economia goiana
R$ 112
bilhões
FAEG/SENAR E SEBRAE GOIÁS:
JUNTOS A GENTE CRESCE MAIS
E MELHOR.
O Sebrae Goiás e o Sistema FAEG/SENAR trabalham juntos pelo desenvolvimento
sustentável dos pequenos produtores rurais. Projetos como o PER (Programa
Empreendedor Rural) e o Negócio Certo Rural levam cada vez mais conhecimento e
tecnologia para as famílias diretamente em suas propriedades, promovendo a
autoconfiança do trabalhador rural e mais prosperidade para os negócios no campo.
Unindo forças e somando experiências, a gente realiza juntos os sonhos de cada um
e ajuda a construir um país cada vez melhor e mais justo a partir do nosso Estado.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Modernização da
gestão pública
MARCONI PERILLO
M
odernizar a máquina pública é um Hoje, a economia de Goiás não apenas
dos grandes desafios dos governos cresce num ritmo muito superior à média na-
em todo o mundo. Cada vez mais os cional, mas igualmente gera empregos em ve-
gestores públicos lançam mão de ferramentas locidade mais acelerada, melhorando a renda e
da tecnologia e de iniciativas inovadoras para a qualidade de vida de todas as famílias, com
maximizar os resultados na prestação dos servi- melhor distribuição das nossas riquezas. Entre
ços essenciais ao cidadão. Países como a Ingla- outros avanços, Goiás experimenta uma traje-
terra e os Estados Unidos promoveram reformas tória de êxitos na área educacional, com a im-
e mudanças profundas, incorporando a moder- plantação do Pacto pela Educação.
nização da gestão nesses processos. Na área da saúde, a mudança na gestão,
No Brasil, diferentes instâncias do governo com a transferência da administração de sete
federal e mais de uma dezena de unidades da hospitais de referência para organizações so-
Federação têm buscado uma melhor organiza- ciais, resultou no reequilíbrio do setor, com
ção, inovando na estrutura, no funcionamen- melhora de infraestrutura e a aquisição de
to e nos serviços. Deixam para trás a ideia de equipamentos com agilidade no atendimento.
que foco em resultados é exclusividade do se- Recebemos críticas porque mexemos com os
tor privado. Com as atuais iniciativas de mo- interesses de muitos. Sabíamos que a situação
dernização, Goiás também assumiu de vez sua seria desconfortável, mas apresentamos como
resultado maior eficiência no atendimento ao
“Goiás assumiu de vez sua vocação para a gestão público.
O Plano de Ação Integrada de Desenvol-
profissional, inteligente e focada no desenvolvimento vimento (PAI), baseado no estado da arte em
social, cultural e econômico do Estado” termos de gestão pública e planejamento, tem
permitido ao Estado maximizar recursos escas-
vocação para a gestão profissional, inteligente sos com sua destinação a programas com im-
e focada no desenvolvimento social, cultural e pacto direto na vida do cidadão. São R$ 46,98
econômico do Estado. bilhões em investimentos, dos quais R$ 27,81
A despeito das dificuldades enfrentadas des- bilhões virão do setor privado, R$ 16,58 bi-
de o ano passado para colocar a casa em ordem lhões serão providenciados pelo governo es-
e retomar o equilíbrio fiscal, o governo conse- tadual e R$ 2,58 bilhões a cargo do governo
guiu desenvolver um trabalho sólido, operando federal.
programas de largo alcance social e econômico Por fim, mas não menos importante, os in-
e investindo em áreas essenciais ao desenvolvi- vestimentos em infraestrutura ganham fôle-
mento sustentável, envolvendo ações e projetos go, reforçados pela contratação de operações
nos setores de educação, saúde, segurança pú- de crédito apenas tornadas possíveis em fun-
blica e infraestrutura de transportes. Se 2011 foi ção da recuperação das contas fiscais. Somen-
o ano da reorganização do Estado, 2012 foi um te nos últimos dois anos foram reconstruídos
ano de avanços e do início efetivo de grandes 2.081 quilômetros de rodovias e outros 2.119
transformações em todas as áreas. O severo ajus- quilômetros já estão licitados para 2013. Com
te fiscal implementado abriu espaço para a ace- a reconstrução de mais 1.230 quilômetros em
leração da agenda de obras e de investimentos 2014, somaremos 4.530 quilômetros. Podemos
nos programas essenciais para o desenvolvimen- dizer, agora, que estamos vivendo a fase da en-
to do Estado em bases duradouras, pavimentan- trega, da realização dos compromissos, da efe-
MARCONI PERILLO do o caminho para a captação de recursos aos tivação das promessas, da consumação dos so-
Governador do Estado quais o Estado não tinha acesso, até então, por nhos – o que será o escopo maior dos próximos
de Goiás conta do descumprimento de metas fiscais. dois anos de Governo.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Conteúdo
Expediente
Governador do Estado de Goiás: Marconi Perillo
Secretário da Segplan: Giuseppe Vecci
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GESTÃO PÚBLICA Superintendência de Patrimônio do Estado:
Orçamento chega a R$ 22,19 bilhões em 2013 Liliane Maria Cruvinel Siqueira Peu
Superintendência de Modernização Institucional:
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MERITOCRACIA Regina Simon Yasigi
A nova cara da gestão pública em Goiás Superintendência de Vapt Vupt e Atendimento ao Público:
Marco Antônio Ferreira
24
FÓRUM NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE PLANEJAMENTO Superintendência de Suprimentos e Logística:
Um novo pacto, urgente! Antônio Eurípedes de Lima
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EDUCAÇÃO Chefia de Advocacia Setorial: Andréia de Araújo Inácio Adourian
Goiás acima da meta Comunicação Setorial: Sônia Ferreira
Gabinete de Gestão de Serviços Públicos e Qualidade no
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MOVIMENTO GOIÁS COMPETITIVO Atendimento: Bruno Perillo
Gestão pública eficiente e com resultados
CONSELHOS
Conselho Estadual de Políticas Salariais e Relações Sindicais
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MISSÃO INTERNACIONAL PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
Secretária-executiva: Helena Almeida Barbosa
Negócios na Ásia e Oceania Livre acesso à informação Conselho Estadual de Investimentos, Parcerias e
Desestatização (Cipad)
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AEROPORTO DE CARGAS DE ANÁPOLIS Secretário-executivo: Wanderlino Teixeira de Carvalho
Investindo na competitividade Promotoria de Liquidação - Proliquidação
Presidente: Jailton Paulo Naves
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A RIQUEZA DE GOIÁS
Um PIB acima de R$ 112 bilhões ÓRGÃOS JURISDICIONADOS
Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de
53
AGROPECUÁRIA Serviços Públicos - AGR
19 milhões de toneladas Presidente: Humberto Tannús
58
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES Agência Goiana de Desenvolvimento Regional - AGDR
Rodovida muda Goiás Presidente: Liosório de Jesus Meireles
61
COMÉRCIO EXTERIOR Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado
Exportações recordes (de novo) de Goiás - Ipasgo
Presidente: Francisco Taveira Neto
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CENTROS DE CONVENÇÕES
Goiás Previdência - Goiasprev
Espaços para negócios Presidente: Marlene Alves de Carvalho Vieira
65
ESCOLA DE GOVERNO HENRIQUE SANTILLO
Agência de Fomento de Goiás S.A. - GoiásFomento
Capacitação acelerada Presidente: Luiz Maronezi
68
PROGRAMAS SOCIAIS
Inclusão social em todo o Estado
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GOIÁS INCLUSIVO
Chance a deficientes
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ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) Edição e Coordenação Editorial:
Mariza Santana e Revista Safra
O salto de qualidade Textos: Comunicação Setorial da Segplan
Redação: Ágata Couto, Cândida Mota, Carla Borges, José Carlos
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Araújo Gomes, Kátia Assunção, Leydiane Alves, Lúcia Monteiro,
Ampliando o crescimento Luiza Renovato, Mariza Santana, Paulo Lício e Ricardo Cézar
Fotografias: Paulo Machado, Carlos Costa e André Costa
78
GRUPO JOSÉ ALVES Projeto gráfico, diagramação e impressão: Revista Safra
Sede de crescimento
Tiragem: 15.000 exemplares
83
AGENDA MUNICIPAL
Muito otimismo no segundo mandato Pedidos e correspondência:
Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento
86
Palácio Pedro Ludovico Teixeira, nº 400, 7º Andar, Centro
Goiânia, Goiás, CEP: 74015-908 - Tel.: (62) 3201-5755 / 3201-5758
PAINEL DO DESENVOLVIMENTO E-mail: segplan@segplan.go.gov.br / www.segplan.go.gov.br
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Goiás em desenvolvimento
GIUSEPPE VECCI
A
diversificação de sua economia, im- tos e empresas, gerando empregos e renda em
pulsionada por um cardápio de estí- todo o Estado, com atenção especial para as
mulos fiscais e de crédito, levou Goiás regiões com menores índices de crescimento
a apresentar taxas de crescimento sempre su- econômico e de desenvolvimento social.
periores à média brasileira, com taxas positi- Esta edição renovada da revista ECONOMIA
vas mesmo em momentos de retração da ati- & DESENVOLVIMENTO retrata o crescimento re-
vidade econômica no Brasil e no restante do cente da economia goiana, com análise apro-
mundo. Nos últimos anos, o Produto Interno fundada dos dados disponíveis, e detalha o tra-
Bruto (PIB) do Estado tem avançado a taxas sus- balho que o governo tem desenvolvido para
tentadas, consolidando sua posição como a 9ª suplantar dificuldades, garantir os recursos ne-
maior economia regional no País. cessários para os setores prioritários e moderni-
As previsões para 2012, quando se espera zar sua gestão, reforçando a eficiência na pres-
uma variação modesta para o PIB brasileiro, tação de serviços ao contribuinte e reduzindo
algo entre 1% e 1,5% em relação ao ano an- os riscos de desperdícios, com doses equilibra-
terior, sugerem que a economia goiana deverá das de planejamento e transparência.
experimentar um incremento duas a três vezes Como destaque, a revista apresenta repor-
mais acelerado do que aquela média, atingin- tagem detalhando o Plano de Ação Integrada
do algo como R$ 112,32 bilhões e acumulan- de Desenvolvimento (PAI), coordenado pela
do uma variação nominal de quase 50% em Secretaria de Gestão e Planejamento do Go-
quatro anos, um feito marcante sob vários as- verno de Goiás (Segplan) com envolvimento
pectos, numa tendência de descentralização de todos os órgãos da administração direta e
do crescimento e de modificações profundas indireta do Estado e parceria com o setor pri-
vado, que responderá por uma parcela rele-
“A administração estadual (está) criando as bases para vante dos investimentos previstos. Trata-se de
um esforço conjugado para gerir com a máxi-
preservar taxas vigorosas de crescimento no longo ma eficiência os recursos alocados pelo setor
prazo, com redistribuição das riquezas e dos ganhos” público no processo econômico, em todas as
suas frentes, estabelecendo prioridades para
no perfil da indústria goiana, com o desem- projetos e obras estruturantes.
barque de novos grupos industriais, principal- Como forma de assegurar o cumprimento
mente nos segmentos de produção de medi- das metas fixadas pelo PAI, o governo criou o
camentos, cosméticos e produtos de higiene Selo Prioridade, que deverá acelerar proces-
pessoal e montagem de veículos automotores. sos administrativos e eliminar etapas burocrá-
Há, com certeza, desafios a superar, para ticas, incluindo a modernização da máquina
assegurar níveis mais elevados de produtivida- pública, visando sua eficiência e agilidade em
de e, portanto, de competitividade para a eco- proveito do público em geral, do próprio ges-
nomia de uma forma geral, muito especial- tor público e da iniciativa privada, no que ela
mente no setor de infraestrutura de transporte depende da ação governamental. Com o PAI,
e de logística de distribuição e ainda nas áre- a administração estadual torna explícito o pla-
as da inovação e da educação, novos paradig- nejamento desenhado para dar ordenamento
mas que deverão funcionar como molas pro- ao processo de crescimento econômico e de
pulsoras do desenvolvimento desejado daqui promoção social no Estado, criando as bases
em diante. A administração pública estadual para preservar taxas vigorosas de crescimen-
tem dedicado todos os esforços para garantir to no longo prazo, com redistribuição das ri-
GIUSEPPE VECCI
Secretário de Gestão e que os avanços necessários ocorram em todas quezas e dos ganhos acumulados durante esse
Planejamento do Governo do aquelas áreas, de forma a pavimentar o cami- processo, revertendo em cidadania e qualida-
Estado de Goiás nho para continuarmos atraindo investimen- de de vida para todos.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
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PAI
Um plano com os pés no chão
PAI prevê investimentos
de R$ 46 bilhões até 2014
e concede Selo de Prioridade
a projetos com recursos
já assegurados
U
ma boa carteira de projetos,
com fontes definidas de re-
cursos, ações para eliminar
os entraves burocráticos e monito-
ramento intensivo. Essas são as pre-
missas do Plano de Ação Integrada
de Desenvolvimento (PAI), lançado
pelo governo do Estado em agosto,
durante solenidade no Oliveira’s Pla-
ce, em Goiânia, que reuniu perto de
1.300 pessoas. O plano visa nortear
as ações governamentais até dezem-
bro de 2014, dando preferência à
execução daquelas que têm impacto
na vida dos cidadãos goianos, con-
cedendo-lhes o Selo de Prioridade.
“Daqui em diante, o livro do PAI
será a cartilha de todos os gestores
estaduais, pois seus programas prio-
ritários serão a ‘pedra de toque’ de
todas as ações governamentais”,
anunciou, na ocasião, o governa-
dor Marconi Perillo. Ele se referiu
Lançado em setembro, no auditório da Asmego, Plano Estadual de Enfretamento às Drogas recebeu Selo de Prioridade do PAI e terá R$ 89,6
milhões para investir no tratamento e recuperação de 17,8 mil pessoas por ano
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Evaristo, da Fecomércio-GO: criação do Fundo de Aval responde à reivindicação do setor produtivo goiano
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
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GESTÃO PÚBLICA
Orçamento chega a
R$ 22,19 bilhões em 2013
Grande desafio será garantir o custeio da máquina pública, honrar dívidas e seus encargos e,
ainda, promover novos investimentos para assegurar o crescimento equilibrado da economia
E
m que pesem os esforços go- No exercício de 2013, o gover- cos, o crescimento é relevante, mas
vernamentais para melhorar no de Goiás terá a missão de gerir ainda assim não significa que haverá
o desempenho da administra- um orçamento que estima a receita folga na administração dos recursos.
ção pública, seja pelo aumento da e fixa as despesas em R$ 22,19 bi- Será preciso um grande esforço para
receita, seja pela redução e quali- lhões, valor que é 25% superior ao consolidar esses valores e fechar as
ficação das despesas ou ainda pela montante orçado para 2011, de R$ contas. É nesse ponto que entra a ca-
otimização dos processos de gestão, 17,75 bilhões. Em termos numéri- pacidade de gestão do governo de
a realidade mostra que os orçamen-
tos governamentais são insuficien-
tes para fazer frente a todas as ne- Saneamento básico: esforço para ampliar os
cessidades do poder público perante recursos orçamentários destinados ao setor
às crescentes demandas da popula-
ção. O grande desafio dos gestores
públicos se concentra basicamente
na necessidade de manter o funcio-
namento da máquina pública, no pa-
gamento da dívida e seus encargos e,
fundamentalmente, na destinação de
recursos para investimentos que pro-
movem o crescimento econômico e
social do Estado.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
modo a gerar meios suficientes para Ele destaca ainda que a proposta or- butos (14,22%), da entrada de re-
incrementar os investimentos em in- çamentária para o exercício de 2013 ceitas provenientes da alienação de
fraestrutura econômica e em progra- é “uma peça bem elaborada, fruto áreas públicas pertencentes ao go-
mas sociais capazes de impulsionar de um planejamento responsável”. verno, da captação de novos recur-
a melhoria da qualidade de vida da sos advindos do Programa de Acordo
população. A divisão dos de Resultados, cujo foco principal é
Segundo o superintendente exe- recursos por área o aumento das receitas próprias de
cutivo da Secretaria de Gestão e Pla- autarquias, fundação e fundos espe-
nejamento (Segplan), Otávio Ale- O valor global do orçamento do ciais. Finalmente, outra fonte alinha-
xandre da Silva, as vinculações Estado está distribuído entre o or- da na proposta orçamentária será a
constitucionais e legais das receitas çamento fiscal, que soma R$ 16,27 captação de recursos como emprés-
criam uma “rigidez orçamentária”, bilhões; seguridade social, com R$ timos, convênios e outros.
comprometendo quase integralmen- 4,74 bilhões e investimentos das Na proposta orçamentária do Es-
te os recursos do Tesouro. “Daí a ne- empresas, cuja soma atinge R$ 1,18 tado para 2013, a receita total está
cessidade de buscarmos fontes alter- bilhão. A expectativa de incremento distribuída em três grandes fontes,
nativas de receita para fazermos face da receita se baseia principalmente quais sejam: recursos do tesouro/
às demandas da população”, afirma. no aumento da arrecadação de tri- convênios, fixados em R$ 16,098
bilhões; recursos próprios das autar-
quias, fundação e fundos especiais,
Distribuição da Receita R$ 4,92 bilhões e investimentos
próprios das empresas estatais, R$
Receitas Valor %
1,178 bilhão, o que perfaz o mon-
tante de R$ 22,197 bilhões. Do to-
Recursos de Tesouro / Convênios 16.098.181.000 72,5% tal da receita bruta do Tesouro Esta-
dual será deduzido um montante de
Recursos Próprios (Autarquias / R$ 5,59 bilhões para a formação do
Fundações / Fundos Especiais) 4.920.953.000 22,2% Fundo de Desenvolvimento do Ensi-
no Básico e Valorização do Magisté-
rio (Fundeb) e transferências consti-
Investimento das Empresas Estatais 1.178.791.000 5,3%
tucionais para os municípios.
No detalhamento da receita tri-
Total 22.197.925.000 100% butária, é relevante observar o in-
cremento dos valores propostos,
Rigidez Orçamentária
Transferências para os municípios
Encargos Financeiros/Dívidas
Dívida EXTRALIMITE – 3%
Otávio Alexandre: “Peça orçamentária é Despesas com parcelamentos: INSS, PIS/PASEP, outros) 562.223.747
resultado de um planejamento responsável”
TOTAL - DÍVIDA 2.409.441.747
Assembleia recebe
fatia maior
As transferências de recursos de 32,51%. Desse total, a maior
do Tesouro Estadual para outros parte vai para a Assembleia, que
poderes terão aumento significa- terá R$ 354,44 milhões. Para o
tivo no próximo ano, conforme Poder Judiciário (Tribunal de Jus-
detalhado na proposta orçamen- tiça) serão repassados R$ 991,99
tária. Para o Poder Legislativo milhões, 16,20% a mais que os
(Assembleia Legislativa, Tribu- R$ 853,70 orçados para este ano.
nal de Contas do Estado e Tribu- O Ministério Público (Procura-
nal de Contas dos Municípios, o doria Geral de Justiça) terá R$
montante saltará de R$ 514,21 437,28 milhões, o que representa
milhões em 2012 para R$ 681,38 54,38% a mais que os R$ 283,24
milhões em 2013, um aumento milhões repassados este ano.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
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MERITOCRACIA
em Goiás
do Estado; 20% vão para o pagamen- compelidos a gerar bons projetos que profissionais. O recado foi dado
to da dívida; 6% a 7% para o custeio encontrem acolhida junto ao governo por Giuseppe Vecci, representan-
da máquina, restando muito pouco federal, aos municípios, a organismos do o governador Marconi Perillo,
para investimentos. A dedução a par- internacionais e mesmo na iniciativa na abertura do 1° Encontro Geral
tir desse quadro também é inequívo- privada. Investir na gestão profissiona- dos Gerentes, realizado no dia 29
ca: o servidor público é ‘caro’ para a lizada foi um dos caminhos escolhi- de outubro, no Oliveira’s Place. O
sociedade, portanto, “tem de ser efi- dos para a consecução dos objetivos secretário ratificou a necessidade
ciente para fazer a eficácia da máqui- propostos. Esses propósitos, segundo premente de aumento da produti-
na administrativa”. Vecci, devem contemplar não somen- vidade, fazendo mais com menos
Aí residem os desafios. Além da te este governo, mas se sedimentarem custos, ou melhor, gastando menos
competência para liderar equipes, le- como política de Estado. com o Estado e mais com o cidadão.
var os servidores ao comprometi- A expectativa do governo, por- “Há muito que fazer e não podemos
mento, os gerentes também se veem tanto, é grande em relação a esses perder tempo”, sentenciou.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
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e no exterior. Um dos cursos planeja- Competência, gestão de deve ser considerada a pluralidade
dos é o de Políticas Orçamentárias e resultados e liderança de visão, de habilidades e competên-
Gestão Pública por Resultados - que cias. Os principais ganhos são a con-
será realizado em Santiago do Chile, Durante o encontro de gerentes tinuidade das ações e a previsibilida-
ministrado pelo Instituto Latino Ame- foram ministradas duas palestras. A de, que confere maior segurança aos
ricano e do Caribe de Planejamen- psicóloga Magda de Paula falou so- processos. Ele também alertou para o
to Econômico e Social (Ilpes), vin- bre Habilidades e Competências Ge- fato de que a tarefa dos gerentes “não
culado à Comissão Econômica para renciais, com destaque para a impor- pode estar em desalinho com as me-
a América Latina e Caribe (Cepal). tância do planejamento, da reflexão, tas do governo”.
Outra visita prevista será na França, da autoavaliação, a tomada de deci- Os gerentes puderam ainda parti-
na escola de Negócios de Fontaine- são e liderança. cipar, no período da tarde, de ofici-
bleau. São iniciativas que o governo O cientista político e diretor pre- nas de estudos sobre os temas: Ges-
está tomando para a profissionaliza- sidente do Centro de Liderança Pú- tão de Planejamento, Orçamento e
ção contínua dos servidores púbicos blica, Luiz Felipe D’Ávila enfocou o Finanças; Tecnologia e Inovação na
do Estado. tema Liderança e Gestão de Resulta- Gestão Pública; Análise e Melhoria
dos. Sua orientação é no sentido de de Processos; Licitações, Contratos
que a liderança precisa ser exercitada, e Convênios; Gestão dos Programas
focada em meta coletiva, na valoriza- do PAI e Gestão de Pessoas e Quali-
ção da equipe, em cuja montagem dade no Atendimento.
O resgate do papel
do Estado
Giuseppe Vecci avalia que a im- Gerentes selecionados por in-
plantação do sistema de Meritocra- termédio da Meritocracia (veja
cia por si já provoca grande impacto box), que já estão no exercício da
na gestão pública estadual. “Desta- função, também dão testemunho
camos que menos de 1% dos 790 da legitimidade do processo. Re-
gerentes empossados por mérito não conhecem a existência de dificul-
mostrou a competência esperada, dades, mas demonstram disposi-
portanto, a grande maioria corres- ção para buscar ideias e apresentar
pondeu ao perfil desejado.” soluções compatíveis com a ex-
E os primeiros ganhos já podem pectativa da população.
ser verificados por meio da orien- A tarefa de resgate do papel do
tação dos novos auxiliares para a Estado junto ao cidadão é confia-
busca de resultados, com maior da ao servidor público, mas o go-
envolvimento de suas equipes. “Já verno aposta na competência dos
notamos diferença no trabalho de gestores para atingir os resultados,
articulação dos órgãos com outros lançando mão da criatividade,
poderes e com a sociedade, o que competência, iniciativa e proativi-
é muito importante para o nosso dade. São habilidades capazes de
objetivo de atuação em projetos influenciar na qualidade e na efici-
estruturantes, de efeito multiplica- ência dos serviços oferecidos à po-
dor”, revela o secretário. pulação.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Diário Oficial Edital DOE nº Edital DOE nº Edital nº 21177 Edital DOE nº 21316 −
21033 de 21070 de 28 de de 2 setembro de 29 de março
1° fevereiro de 2011 março de 2011 de 2011 de 2012
Método de seleção • Análise curricular • Análise Curricular • Análise Curricular • Análise Curricular
• Entrevista • Informação • Prova objetiva • Prova objetiva
psicológica Técnica de conhecimentos de conhecimentos
• Prova objetiva gerenciais gerenciais
de conhecimentos
gerenciais
• Comprovação da
documentação
• Entrevista Técnica
Obs: No projeto piloto (1º processo), foram selecionados 75 técnicos para projetos estruturantes
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
A
diminuição das dispari- de outubro, em Goiânia. A avalia- derativo mais solidário, como a ado-
dades regionais, para se ção dos conferencistas é de que a ção de novas regras de distribuição
alcançar um crescimen- continuação do atual sistema po- do Fundo de Participação dos Esta-
to sustentável dos Estados, só será derá inviabilizar as administrações dos (FPE), de concessão de benefí-
possível com a criação de um novo estaduais e deixar o País vulnerável cios ao Imposto Sobre Circulação de
pacto federativo no Brasil. A tese foi aos efeitos de crises econômicas in- Mercadorias e Serviços (ICMS), de
defendida durante o 51º Fórum Na- ternacionais. partilha dos royalties do petróleo e
cional de Secretários Estaduais de A discussão sobre esse tema pelo de mudança do indexador da dívida
Planejamento, que contou com a encontro ocorreu no momento em pública. Dessa forma, a expectativa
participação de representantes de que o Senado Federal dá início à ava- dos secretários é de que as discus-
23 governos, entre os dias 18 e 19 liação de uma proposta de pacto fe- sões sobre o novo pacto, que regula-
EDUCAÇÃO
GOIÁS
Acima da meta
Notas do sistema estadual de
ensino no Ideb foram as que mais
cresceram entre 2009 e 2011,
superando, na maioria dos casos, o
desempenho esperado
G
oiás foi o Estado brasileiro que teve o maior
crescimento no Índice de Desenvolvimen-
to da Educação Básica de 2011, realizado
pelo Ministério da Educação (MEC). O Estado avan-
çou 16% em relação ao seu desempenho no ano
de 2009. Mais de 80% das escolas da rede estadual
goiana apresentaram crescimento nas notas e 78%
delas superaram as metas fixadas pelo MEC. Mais
que isso: todas as metas traçadas foram atingidas ou
superadas. Nos anos iniciais (1º ao 5º ano do ensino
fundamental), as escolas estaduais obtiveram nota
5,3, superando a projeção para 2011 (4,7) e para
2013 (5,0), alcançando o que estava previsto apenas
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
para 2014. Nos anos finais, os alunos Esse desempenho, fruto do esfor-
do 6º ao 9º ano obtiveram nota 4,0, ul- ço dos profissionais da Educação e
trapassando a meta, de 3,7. de ações pontuais para atender situ-
No ensino médio, que é o nível ações emergenciais, melhorou a pro-
sob responsabilidade exclusiva do jeção de Goiás em relação a outros
governo estadual, as escolas supe- Estados. Nos anos iniciais do ensino
raram, de uma só vez, as projeções fundamental, Goiás saltou da 8ª po-
para 2011 (3,2) e 2013 (3,4), alcan- sição, em 2009, para a 5ª, em 2011.
çando nota 3,6. As escolas estadu- Nos anos finais do ensino fundamen-
ais goianas também superaram as tal, o crescimento foi ainda maior:
metas estabelecidas pelo Ministério do 15º para o 6º lugar. Mas o salto
da Educação para o ensino brasilei- mais significativo foi no ensino mé-
ro, que eram de 4,7 para os anos ini- dio: da 16ª posição para a 5ª colo-
ciais e de 3,8 para os anos finais do cação. “Os números revelaram uma
ensino fundamental e de 3,3 para o educação em crescimento, colocan-
ensino médio. Para o secretário esta- do Goiás em posição de destaque no
dual da Educação, Thiago Peixoto, o cenário brasileiro”, ressalta Thiago
resultado do Ideb é uma prova ine- Peixoto. “Esses indicadores não dei-
quívoca de que as primeiras ações xam dúvidas de que o trabalho fei-
do Pacto pela Educação – a reforma to pelo governo de Goiás para ele-
educacional que está sendo realiza- var a qualidade da educação na rede
da pelo governo de Goiás – já surti- pública começa a mudar a vida dos
ram efeitos significativos. nossos 600 mil estudantes.”
Goiás no Ideb
(Notas das escolas da rede
estadual em 2011)
Ensino médio
Nota obtida 3,6
Projeção para 2011 3,2
Projeção para 2013 3,4
30
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Gestão pública
eficiente e com resultados
Um conjunto de ações, financiadas pelo setor privado, deverá
modernizar o Estado e transformá-lo em polo de geração de
desenvolvimento econômico e social
33
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
G
oiás já começou a colher os Ambiente) e custeados pelas empre- Apesar de nem todas as consul-
primeiros frutos da parceria sas privadas, o conjunto de iniciati- torias terem sido concluídas, os re-
firmada com o Movimento vas vai transformar o Estado de Goiás sultados já começaram a aparecer.
Brasil Competitivo (MBC), que está num importante polo de desenvolvi- No caso específico da frente Educa-
implantando um conjunto de ações mento socioeconômico do Brasil. Os ção, os projetos já finalizados insti-
para tornar a gestão pública estadual projetos são implantados por consul- tuíram reforma educacional, através
mais eficiente e produtiva. Baseado torias que auxiliam o poder público de uma reforma pedagógica, otimi-
em seis frentes de projetos (Gestão a definir as principais necessidades zação da gestão e redução de despe-
e Planejamento, Fazenda, Seguran- de cada área e as ações a serem de- sas. Os pilares estratégicos foram va-
ça Pública, Saúde, Educação e Meio senvolvidas. lorizar e fortalecer o profissional de
educação, adotar práticas de ensino
de alto impacto na aprendizagem,
reduzir a desigualdade educacional,
estruturar o sistema de reconheci-
mento e remuneração por mérito e
realizar profunda reforma na gestão
e na infraestrutura da rede estadual
de ensino.
Um dos primeiros frutos do tra-
balho foi o excelente desempenho
de Goiás no Índice de Desenvolvi-
mento da Educação Básica (Ideb) em
2011. O Estado ficou em quinto lu-
gar no ranking dos primeiros anos
do ensino fundamental e no ensino
médio. Nestas últimas séries, consi-
deradas as mais críticas, Goiás viu
seu desempenho saltar da 16ª para
a 5ª posição. “A parceria desenhou o
chamado pacto pela educação, com
uma reforma educacional, cujos re-
sultados se refletiram no Ideb”, lem-
bra Maria Christina Reis, chefe do
Gabinete Adjunto de Gestão da Seg-
plan e responsável pela coordenação
e monitoramento do MBC Goiás.
Somente com a otimização dos
gastos, as oportunidades de econo-
mia previstas são de quase R$ 150
milhões anuais, através de redu-
ção de temporários, reordenamento
de rede e redistribuição de funções
administrativas. Segundo Christina
Reis, a expectativa é obter resultados
ainda melhores nos próximos anos.
Ela lembra que cada um dos pilares
conta com várias ações, como a edu-
cação em tempo integral, um novo
ensino médio, investimentos em TI,
Governador: projeto ataca várias frentes simultaneamente,
correção da distorção idade-série,
para apressar a modernização da máquina estatal
redução da evasão e reprovação, bô-
34
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Cleomar Nascimento
nus por desempenho dos servidores
e Prêmio Escola.
No caso da frente Gestão e Pla-
nejamento, os objetivos são alcan-
çar um modelo de gestão pública
por resultados, monitoramento e
avaliação de resultados e uma siste-
mática de avaliação de desempenho
Modelo de gestão
individual do servidor público e re- com foco em resultado
muneração por resultados. O proje- abre espaço para
to está 60% concluído e já consegue
estruturar um modelo de gestão para redução de custos”
resultados na Segplan. A gerente de
Articulação de Gestão e Coopera-
ção Técnica da Segplan, Roberta Ro-
drigues Costa, explica que as con- para todos os órgãos públicos esta-
Christina Reis: otimização de gastos deverá sultorias recebidas pelo órgão estão duais, resultando numa redução de
permitir ganhos anuais de R$ 150 milhões auxiliando nos contratos de gestão custos e até na captação de novos
recursos para investimento em pro-
Frentes e projetos desenvolvidos jetos prioritários estabelecidos no
Plano de Ação Integrada de Desen-
FRENTES PROJETOS volvimento (PAI).
Outra frente de grande relevân-
1) Gestão e Planejamento 1) Contratualização de resultados; cia na parceria é a de Segurança Pú-
2) Monitoramento e avaliação de Resultados; blica e Justiça, que visa prover essa
3) Sistemática de avaliação de desempenho secretaria de uma metodologia para
individual do servidor público e remuneração análise, planejamento e desenvolvi-
por resultados. mento de operações policiais coor-
denadas, por meio da concepção e
2) Fazenda 1) Controle e Aumento das receitas. modelagem do Observatório de Se-
gurança Pública, além da elabora-
3) Segurança Pública 1) Modelo de ação estratégica da segurança ção de diagnóstico e plano de ações
pública; Planejamento Estratégico do sistema de gestão prisional, com
2) Observatório da Segurança Pública; ações de curto e médio prazo. De
3) Melhoria da gestão do sistema prisional. acordo com Christina Reis, o obser-
vatório já está em fase de conclu-
4) Saúde 1) Capacitação institucional para gestão são. “É um planejamento de longo
de políticas públicas – regulação entre prazo que aglutina todos os órgãos
setor público / Organizações Sociais no envolvidos na segurança pública”,
Gerenciamento de Unidades Hospitalares; destaca.
2) Fortalecimento das Ações de Atenção a Até o momento, já foram feitos a
Saúde; entrega e a validação do diagnóstico
3) Sistema integrado de informações em saúde do Sistema Prisional, treinamentos,
elaboração de planos de ações, con-
5) Educação 1) Reforma educacional - Pacto pela Educação. cepção e modelagem do observató-
rio e a realização de visitas técnicas.
6) Meio Ambiente 1) Modelo de ação e capacitação da gestão Entre as medidas já sentidas pela so-
ambiental; ciedade, está a humanização na re-
2) Gestão para recuperação de recursos tirada de senhas pelos familiares dos
hídricos e nascentes de rios. reeducandos com a utilização da es-
trutura do Vapt Vupt.
35
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Autoridades, gestores e técnicos assistem a apresentação do novo modelo de gestão pública implantado pelo governo do Estado
36
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
MISSÃO INTERNACIONAL
Investindo na
competitividade
N
o momento em que as prin- março de 2014 e estará integrado à no orçamento, segundo o secretá-
cipais economias mundiais futura Plataforma Logística Multimo- rio de Gestão e Planejamento do Es-
retraem os investimentos dal, tem investimento direto dos co- tado, Giuseppe Vecci. O dinheiro é
públicos, gerando um clima de in- fres públicos e é avaliado pelo setor oriundo do Plano de Ação Integra-
certeza entre o empresariado, em produtivo como um passo importan- da de Desenvolvimento (PAI). “Esta-
Goiás o cenário é outro. A retoma- te para o fortalecimento da compe- mos investindo na criação de uma
da pelo governo estadual das obras titividade e para a atração de novos infraestrutura que irá atrair muitas
do Aeroporto de Cargas de Anápo- investimentos. e grandes empresas para o Estado”,
lis, em agosto deste ano, mostra que As obras do aeroporto estão a diz. Até a sua conclusão, R$ 140 mi-
no Estado os voos econômicos se- todo vapor. Nesta fase inicial, o go- lhões serão destinados para dar vida
guem uma rota diferente. O proje- verno estadual investe R$ 30 mi- ao primeiro aeroporto projetado
to logístico, que será concluído em lhões de recursos já assegurados para o transporte de cargas do Cen-
39
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
A RIQUEZA DE GOIÁS
Um PIB acima de
R$ 112 bilhões
Fatores positivos como diversificação das atividades produtivas, riquezas naturais,
empreendedorismo e atuação integrada da iniciativa privada com o poder público favorecem o
crescimento econômico no Estado
46
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
D
iversificação das atividades
produtivas, ousadia e visão
empreendedora dos agentes
econômicos, potenciais naturais fa-
voráveis, localização geográfica es-
tratégica e políticas públicas capa-
zes de apoiar, fomentar e dinamizar
as atividades produtivas são ingre-
Nos últimos cinco
dientes determinantes para garantir anos, o crescimento do
o desenvolvimento econômico de PIB goiano tem sido
Goiás, Estado que apresenta cres-
cimento superior à média nacio- maior que o brasileiro”
nal. Um dos principais indicadores
que evidenciam essa realidade é o
Produto Interno Bruto (PIB) que, ao
longo dos últimos anos, vem regis-
trando índices mais robustos que os
apurados no País. As projeções in-
dicam que Goiás fechará 2012 com economia globalizada, as dificulda- vil e a produção agropecuária, in-
PIB de R$ 112,32 bilhões. des enfrentadas pelos diversos blo- cluindo-se neste segmento o eta-
Nos últimos cinco anos, o cres- cos econômicos mundiais não têm nol, geram produtos e riquezas
cimento do PIB goiano tem sido afetado de forma drástica a econo- destinados a um consumidor inter-
maior que o brasileiro. Conforme mia regional. no que vem a cada dia melhoran-
dados da Secretaria do Planeja- Essa espécie de ‘vacina’ vivida do sua renda e, consequentemen-
mento em parceria com o Instituto por Goiás é resultante principalmen- te, seu poder aquisitivo. Este novo
Brasileiro de Geografia e Estatísti- te do perfil econômico do Estado, cenário mantém o vigor das ativida-
ca e mais recentemente do Instituto cuja produção industrial e presta- des econômicas, com reflexos posi-
Mauro Borges de Estatísticas e Es- ção de serviços voltam-se mais for- tivos no PIB goiano.
tudos Socieconômicos (IMB) da Se- temente para o mercado local e
cretaria de Gestão e Planejamento nacional, mesmo com avanço consi- Sempre acima da
(IMB/Segplan), Goiás tem consegui- derável das exportações nos últimos média brasileira
do superar gargalos, mantendo em anos. Os setores mais dinâmicos da
maior ou menor grau, o seu cresci- economia goiana, como a indústria Conforme dados da Secretaria de
mento. Ressalte-se que, mesmo na de transformação, a construção ci- Gestão e Planejamento, em parce-
ria com o IBGE, e agora do IMB/Seg-
Desafios para sustentar avanço da economia plan, que passou a elaborar o cálcu-
lo trimestral do PIB goiano, em 2008
• Reforçar a política de atração de investimentos, ampliando e diversifi- Goiás registrou crescimento de 8%
cando o parque fabril goiano; em seu PIB, enquanto o Brasil ape-
• Realizar o Zoneamento Econômico-Ecológico do Estado para assegurar nas 5,2%. Em 2009, ano em que os
Estados Unidos e a Europa sofreram
maior sustentabilidade ao setor agropecuário goiano;
fortemente os impactos da crise, o
• Aumentar os investimentos em pesquisas e na formação do capital hu- PIB brasileiro teve decréscimo de –
mano em resposta aos novos desafios do segmento do agronegócio; 0,3%. No mesmo ano, Goiás ainda
• Apoiar a pecuária goiana no sentido de utilizar novas tecnologias capa- contabilizou resultado positivo de
0,9%, explica a Superintendente do
zes de melhorar o desempenho dos rebanhos;
IMB, Líllian Maria da Silva Prado.
• Ampliar os investimentos em infraestrutura, especialmente na logística Em 2010, já em processo de re-
de transporte e na oferta de energia elétrica; tomada da economia, Goiás cres-
ceu 8,8%, enquanto o Brasil alcan-
• Manter em crescimento o volume e o valor das exportações.
çou 7,5%. Em 2011, de acordo com
47
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Carlos Costa
Federação. acelerado.
Outro fator positivo da econo- Os destaques das exportações
mia goiana está evidenciado nos goianas são commodities agríco-
números referentes às exportações. las (soja e seus derivados, milho,
Em 2012, o valor total dos embar- carnes e couros) e minérios, como
ques deverá superar os US$ 7 bi- ferro-níquel, ferro-nióbio e sulfe-
lhões, conforme projeções da Se- to de cobre. As importações tam-
cretaria de Indústria e Comércio do bém avançam, em razão das com-
Estado de Goiás, com crescimento pras realizadas pelas montadoras
superior a 25% sobre os US$ 5,6 de veículos e matérias-primas
bilhões exportados em 2011. Essa para fabricação de medicamentos.
previsão baseia-se nos valores ex- Além disso, o real valorizado fren-
portados até outubro, que atingiram te ao dólar, conjugado com o cres-
US$ 6 bilhões. É relevante desta- cimento do mercado interno, são
car que desde 2010 as exportações fatores que elevam o aumento das
goianas vêm apresentando expres- importações. Ainda assim, Goiás
sivo crescimento, com elevação deverá fechar o ano com superávit
de 31,98% naquele ano, 26,81% superior a US$ 1,5 bilhão em sua
em 2011 e, neste ano, em torno de balança comercial, conforme pro-
25%. Esses índices mostram que, jeções da Secretaria de Indústria e
mesmo com as dificuldades econô- Comércio. Contudo, para continu-
micas dos países europeus e dos Es- ar crescendo em ritmo maior que
tados Unidos, o comércio exterior a economia nacional, Goiás tem
goiano continua avançando princi- alguns desafios que precisam ser Agroindústria: sólida base agropecuária
palmente pelas importações chine- vencidos. sustenta incremento da produção de carnes
O efeito multiplicador
Ao analisar os dados do PIB de
Goiás, o presidente da Federação
Produto Interno Bruto
das Indústrias do Estado de Goiás, Ranking por Unidade da Federação,
Pedro Alves de Oliveira, diz que os a preços correntes - 2010
resultados traduzem a pujança da
economia goiana, que já ocupa a Unidades da R$ Ran-
nona posição no ranking nacional, Federação milhão king
caminhando, celeremente, para o
A indústria é um
BRASIL 3 770 085 -
oitavo lugar. Segundo ele, a indús- dos setores que São Paulo 1 247 596 1º
tria é um dos setores que apresenta
dinamismo considerável, possibili-
apresentam dinamismo Rio de Janeiro 407 123 2º
Minas Gerais 351 381 3º
tando ao Estado sair de uma par- considerável” Rio Grande do Sul 252 483 4º
ticipação de 1,55% no PIB indus- Paraná 217 290 5º
trial brasileiro em 1995 para 2,75% Bahia 154 340 6º
em 2009, inserindo Goiás definiti- Santa Catarina 152 482 7º
Distrito Federal 149 906 8º
vamente no mapa da produção de da arrecadação de impostos”, argu-
Goiás 97 576 9º
bens industriais no Brasil. menta Pedro Alves. Ele observa que Pernambuco 95 187 10º
O líder empresarial lembra que esse dinamismo contribui fortemen- Espírito Santo 82 122 11º
de 2002 a 2011 a indústria gerou te para o aumento da arrecadação Ceará 77 865 12º
mais de 170 mil novos empregos de impostos que financiam a infra- Pará 77 848 13º
formais, o que representou cresci- estrutura e os serviços públicos e Amazonas 59 779 14º
mento de 113% no período. “A ge- elevam o PIB per capita, indispen- Mato Grosso 59 600 15º
ração de emprego e renda na in- sável para a melhoria da qualidade Maranhão 45 256 16º
dústria teve efeito multiplicador de vida da população. Mato Grosso do Sul 43 514 17º
enorme, beneficiando os setores O dirigente da Fieg aponta diver- Rio Grande do Norte 32 339 18º
Paraíba 31 947 19º
de agricultura, comércio e servi- sos fatores que contribuem para o
Alagoas 24 575 20º
ços, resultando, ainda, no aumento ritmo acelerado do desenvolvimen- Sergipe 23 932 21º
Rondônia 23 561 22º
Piauí 22 060 23º
Tocantins 17 240 24º
Acre 8 477 25º
Amapá 8 266 26º
Roraima 6 341 27º
Elaboração: Segplan-GO/Sepin/Gerência de
Contas Regionais e Indicadores – 2012
AGROPECUÁRIA
19 milhões de
toneladas
Goiás espera colher uma safra histórica no ciclo 2012/2013, impulsionada pela valorização dos
preços da soja e pela perspectiva de incremento da safrinha de milho
Divulgação
F
artura, muita fartura. É o que va da Federação da Agricultura e Pe- O bom resultado será puxado,
a população deve ver na co- cuária de Goiás (Faeg), em sua pri- principalmente, pelo desempenho
lheita da próxima safra agríco- meira previsão, é que o Estado colha das lavouras de soja, que atraíram os
la 2012/2013 em Goiás, que prome- quase 20 milhões de toneladas de produtores por causa dos bons preços
te resultados históricos. A chegada grãos, um incremento de 6% sobre a no mercado internacional. Os agri-
do período chuvoso deu início ao de safra 2011/2012, quando foram co- cultores devem colher 9,1 milhões
plantio da safra goiana e a expectati- lhidos 18,6 milhões de toneladas. de toneladas da oleaginosa, um vo-
54
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Colheita em dobro
(Produção, produtividade e área plantada em
Goiás nas últimas 12 safras)
Ano Produção Produtividade Área plantada
Safra (mil t) (kg/ha) (mil ha)
2000/01 9.132,3 3.108 2.938,2
2001/02 9.715,2 3.027 3.209,9
2002/03 11.219,2 3.201 3.505,1
2003/04 11.190,2 2.786 4.017,0
2004/05 11.329,6 2.825 4.015,5
2005/06 10.826,4 2.885 3.752,0
2006/07 11.288,8 3.155 3.577,6
2007/08 13.062,0 3.539 3.691,2
2008/09 13.255,7 3.465 3.816,4
2009/10 13.463,7 3.453 3.899,4
2010/11 16.126,0 3.864 4.173,4
2011/12 18.597,8 4.148 4.483,2
Fonte: Conab
Arquivo
Estimativas de produção de grãos
(Em mil toneladas)
Safra Previsão Faeg Previsão Conab
Produtos 2011/2012 (2012/2013) (2012/2013)
Algodão 128,70 127,50 109,50
Arroz 174,10 177,00 130,70
Feijão 308,20 303,65 274,40
Girassol 18,80 - 19,50
Milho 8.575,90 8.691,00 7.659,80
Soja 8.251,50 9.120,00 9.018,50
Sorgo 998,90 986,00 934,00
Fonte: Conab
Suinocultura e pecuária de corte: custos ficaram mais altos neste ano com o aumento dos preços do milho e do farelo de soja
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
O
programa rodoviário em
execução pelo governo es-
tadual, o Rodovida, foi con-
cebido com o propósito de alterar
radicalmente o cenário das rodovias
estaduais, dado as suas várias frentes
de atuação, envolvendo a recupera-
ção e o asfaltamento de vias urba-
São obras que
nas, a construção, a reconstrução e estabelecem
a conservação de rodovias em todo como prioridade o
o Estado. Em grandes números, são
13 milhões de metros quadrados de desenvolvimento
ruas e avenidas, 1,7 mil quilômetros dos municípios e a Jayme Rincón: “Infraestrutura logística goiana
de novas rodovias, 5,5 mil de rodo-
vias reconstruídas e toda a malha segurança dos usuários” terá capacidade para suportar a demanda”
estadual pavimentada, num total de
10 mil quilômetros de extensão, e a mente 9 mil quilômetros, recebendo
não pavimentada, com aproximada- rotineiramente os serviços de con-
servação. Estão no pacote 164 obras
que correspondem ao maior investi-
mento já feito na infraestrutura rodo-
viária da história de Goiás.
O governador Marconi Perillo e
o presidente da Agência Goiana de
Transportes e Obras, Jayme Rincón,
idealizadores do Programa Rodovida,
acompanham de perto a execução
das obras, realizando visitas e inspe-
ções constantes aos trechos, certifi-
cando a qualidade dos serviços. “As
empresas aqui instaladas e com in-
tenção de virem para Goiás terão in-
fraestrutura logística capaz de supor-
tar a atual demanda e o crescimento
da economia, que bate recordes su-
cessivos”, revela Jayme Rincón.
São obras que estabelecem como
prioridade o desenvolvimento dos
municípios e a segurança dos usu-
ários, que dependem fundamental-
mente da qualidade das rodovias.
Os investimentos, assegurados pelo
Banco Nacional de Desenvolvimen-
to Econômico e Social (BNDES) para
construção e pelo Fundo de Trans-
portes, para a reconstrução e con-
servação da malha rodoviária, totali-
zam cerca de R$ 3 bilhões que serão
direcionados ainda para reforma,
ampliação e construção de aeródro-
mos, pontes, viadutos e duplicações.
60
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Os programas Rodovida
Rodovida Construção lha rodoviária pavimentada do Estado. Rodovida Urbano
A prioridade foi dada às rodovias com
Setenta e seis obras fazem parte piores condições e com maior impor- Investimentos da ordem de R$ 114
desse programa de R$ 1,5 bilhão finan- tância social e econômica para o Es- milhões assegurados pelo Tesouro Es-
ciado pelo BNDES, que se inicia após tado. O Grupo I, que conclui a re- tadual permitiram a revitalização e o
o período chuvoso. Ele contemplará construção de 2.081 quilômetros de asfaltamento de ruas e avenidas de
obras em todos os rincões goianos, in- 42 trechos em novembro, foi orçado 124 sedes municipais. Foram refor-
terligando as principais regiões produ- em cerca de R$ 500 milhões e con- mados o pavimento de 13 milhões de
toras, concluindo trechos paralisados tratado por R$ 386, devido aos desá- metros quadrados das cidades incluí-
ao longo dos anos e construindo novas gios médios concedidos da ordem de das no programa.
rodovias, dotando Goiás de infraestru- 22,33%, representando economia de
tura moderna e revitalizada para aten- mais de R$ 110 milhões. As obras de Rodovida Conservação
der a crescente demanda da economia. reconstrução aumentarão a vida útil
Receberão obras 29 aeródromos, do pavimento por mais dez anos. Conceituado para ser um progra-
nas principais cidades do Estado, e As obras do Grupo II, onde es- ma diferenciado dos demais destina-
serão construídas pontes sobre o Rio tão incluídos 59 trechos, num total dos à manutenção de rodovias, o Ro-
Verdão, em Maurilândia, e o Rio São de 2.119 quilômetros, serão inicia- dovida Conservação foi idealizado
Marcos, ligando Cristalina a Unaí, em das após o período chuvoso. Orça- para realizar todas as intervenções ne-
Minas Gerais. Quanto à duplicação, do em R$ 646 milhões, foi contratado cessárias para que as rodovias estejam
o programa contempla a rodovia GO- por R$ 539, com deságio médio de sempre em boas condições de tráfego.
403, de Goiânia a Senador Canedo, e 16,56%. A exemplo do primeiro pro- Serão R$ 587 milhões que permitirão
a GO-020, entre Goiânia e Bela Vista, grama, contemplará obras de recons- a execução de serviços na malha pavi-
com construção de ciclovia e instala- trução de rodovias localizadas em mentada e não pavimentada.
ção de iluminação. todas as regiões, que apesar dos ser- Esse novo conceito abrange ser-
A implantação de três viadutos viços emergenciais, ainda se encon- viços de execução e reparos em si-
mudarão completamente o tráfego tram com o pavimento comprometi- nalização, tapa-buracos, defensas,
no perímetro urbano de Goiânia. Se- do. Para o Grupo III estão previstos 37 encabeçamento de pontes, bueiros,
rão edificadas passagens em desníveis trechos, num total de 1.230 quilôme- drenagens, roçagem, selagem de trin-
nos cruzamentos da Avenida Perime- tros, a um custo estimado de R$ 228 ca, recomposição de taludes e re-
tral Norte com as GOs 060, de saída milhões. construção de segmentos, quando ne-
para Trindade, 070, saída para Inhu- As obras definidas no Rodovida cessário. A marca é impedir pontos
mas, e 080, para Nerópolis. A conclu- Reconstrução recebem profundas in- críticos e obstrução do tráfego. Como
são das obras e o seu pleno funcio- tervenções no pavimento, como re- as empresas que irão trabalhar nas ro-
namento evitarão estrangulamentos ciclagem de base, retirada de capa e dovias pavimentadas não atuarão na
existentes nesses cruzamentos, que colocação de material betuminoso re- malha não pavimentada, elas terão
tanto transtornam o tráfego na cidade. sistente, de qualidade, e adaptado às agilidade para corrigir problemas.
condições socioeconômicas e ao tipo Para facilitar a execução dos servi-
Rodovida Reconstrução e volume de tráfego da rodovia. Até ços o Estado foi dividido em 34 regi-
2014 serão reconstruídos 5.430 qui- ões, sendo 20 de rodovias pavimenta-
Dividido em três grupos, é um pro- lômetros, dando toda a infraestrutura das e 14 de não pavimentadas. Todos
grama que executa a maior interven- rodoviária necessária ao crescimento com empresas diferentes para atua-
ção realizada até o momento na ma- industrial registrado em Goiás. ção exclusiva nos lotes.
61
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
COMÉRCIO EXTERIOR
Carlos Costa
Exportações recordes
(de novo)
Impulsionadas por grãos e carnes, vendas externas de Goiás já superam o resultado do ano
passado, acumulando mais de US$ 6,5 bilhões em 11 meses
I
gnorando todos os efeitos da cri- dutos agrícolas no mercado, além da sempenho das exportações goianas.
se internacional, as exportações alta do dólar, e o forte crescimento da Além disso, a demanda por carnes
goianas bateram recorde em ou- demanda mundial por carnes. Com a encontra-se muito aquecida nos pa-
tubro e já superaram o bom resulta- menor oferta no mercado internacio- íses em desenvolvimento, como a
do obtido ao longo de todo ano de nal, somente as exportações de mi- China e Rússia. Os países que mais
2011. Somente em novembro, Goi- lho alcançaram US$ 166,95 milhões compraram os produtos goianos fo-
ás exportou US$ 572,83 milhões, em novembro, um incremento de ram a China, Coreia do Sul, Países
o melhor desempenho da história 494% em relação ao mesmo mês do Baixos (Holanda), Espanha, Ira, Rús-
para o mês e um volume 40,4% ano passado. Mais uma vez, o grão sia, Taiwan, Japão e México.
maior que no mesmo período do superou as vendas de soja e apare- O Estado também continua se
ano passado. Com isso, nos 11 pri- ceu na liderança da pauta de expor- destacando nas exportações de mi-
meiros meses do ano, o Estado já tações, com 29,1% do total. Goiás nérios, com destaque para ferroligas
exportou US$ 6,574 bilhões, um também exportou 5% mais carnes. e sulfeto de cobre, que responderam
aumento de 26,5% em relação ao O grande destaque foi para o cresci- por 14,7% do total, seguidos pelo
mesmo período do ano passado e mento de 62,6% nas exportações de açúcar, com 9,2%. Uma das gran-
acima dos US$ 5,5 bilhões exporta- carne suína. des novidades da balança comercial
dos pelas empresas goianas durante Para o secretário de Indústria e goiana foi a inclusão do etanol na
todo ano passado. Comércio, Alexandre Baldy, a boa pauta de exportações goianas para
O bom desempenho pode ser safra de grãos colhida pelo Estado os Estados Unidos pelo segundo mês
atribuído a fatores como o grande este ano, com recordes de produ- consecutivo. Assim como no caso do
crescimento nas exportações de mi- ção por conta de condições climá- milho, isso aconteceu por causa da
lho, a melhora dos preços dos pro- ticas favoráveis, ajudou no bom de- queda na safra americana de grãos.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
CENTROS DE CONVENÇÕES
G
oiás ganhará dois novos cen-
tros de convenções que de-
vem ajudar a impulsionar a
realização de negócios e toda a eco-
nomia regional, num total de R$ 160
milhões em investimentos. O Cen-
tro de Convenções de Anápolis, que
deve ser licitado nos próximos 30
dias, e o Centro de Convenções da
Cidade de Goiás, que está em fase de
projetos, devem ser concluídos até
dezembro de 2014, segundo previ-
são do secretário de Indústria e Co-
mércio do Estado, Alexandre Baldy.
Ele lembra que a obra de Aná-
polis será muito importante porque
a cidade, que tem experimentado
um grande crescimento econômi-
co nos últimos anos, com a chegada Cidade de Goiás: obra do Centro
de muitas empresas, passará a ativar de Convenções deverá dar
mais um eixo econômico: o turismo impulso ao turismo de negócios Para ele, o centro de convenções
de negócios. “Uma cidade que abri- será o terceiro ciclo de business para
ga o maior distrito industrial do Cen- o completo desenvolvimento eco-
tro-Oeste e importantes indústrias nômico de Anápolis. O secretário
exportadoras, precisa muito de uma informa que o espaço também abri-
obra como essa para receber gran- gará um importante teatro e um ho-
Maquete do Centro de Convenções
des eventos”, justifica o secretário. tel, que ocuparão área total de 32
de Anápolis: obra aguardada há
mil metros quadrados.
muito tempo pela população
O Centro de Convenções da Ci-
dade de Goiás, para o secretário,
dará ao município, que tem eco-
nomia praticamente estagnada, um
novo ciclo de desenvolvimento eco-
nômico, aliando o já conhecido po-
tencial turístico da região ao turis-
mo de eventos e negócios, podendo
ser utilizado por empresas de todo o
País. “A instalação dará impulso ao
turismo de negócios que a cidade
precisa para colocar sua economia
em expansão”, prevê Baldy.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Capacitação acelerada
Em 2013, a Escola de Governo abrirá quatro opções para cursos de pós-graduação, além de
graduação tecnológica em gestão pública
A
Escola de Governo Henri- para oferecer serviços com nível de Apoio à Agenda Municipal e Parce-
que Santillo, da Secretaria excelência. São eles: Capacitação da ria com Fornecedores. Reformula-
Estadual de Gestão e Pla- Alta Administração Pública, Progra- da, a Escola de Governo conta hoje
nejamento (Segplan), atua em seis ma de Melhoria do Planejamento e com toda a estrutura necessária, com
grandes eixos visando capacitar ser- da Gestão Pública, Formação de Ge- nove salas de aula, dois laboratórios
vidores em todos os níveis da hie- rentes, Captação de Recursos e In- de informática e uma sala de multi-
rarquia organizacional do governo, cremento de Receitas nos Órgãos, mídia, entre outros.
Aperfeiçoamento: servidores participam de curso de Políticas Públicas por Resultados realizado no Chile pelo Ilpes-Cepal
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
PROGRAMAS SOCIAIS
Inclusão social em
todo o Estado
Trabalho da OVG cobre os 246 municípios goianos, envolvendo ações e projetos com foco na
inclusão socioeconômica da população de baixa renda
Cristina Cabral
A
Organização das Voluntárias tado na mensalidade. É um prêmio
de Goiás (OVG) desenvol- ao bom aluno, a quem encara o es-
ve ações e programas de in- tudo com seriedade. A avaliação da
clusão social e resgate da cidadania instituição de nível superior pelo Mi-
em todos os 246 municípios goianos. nistério da Educação (MEC) também
Milhares de pessoas de baixa ren- é um critério legal para a concessão
da, idosos, jovens, crianças, portado-
res de deficiência e famílias inteiras
Capacitação gratuita do benefício.
Ao ser selecionado no Bolsa Uni-
se beneficiam das iniciativas realiza- ajuda a preparar versitária por critérios socioeco-
das pela OVG, criada por Ambrosina jovens para enfrentar nômicos o aluno se compromete
Coimbra Bueno, ex-primeira-dama a fazer a contrapartida, que é uma
do Estado (esposa de Jeronymo Coim- o mercado de trabalho” prestação de serviço em instituições
bra Bueno). Sob o comando da presi- previamente cadastradas na OVG.
dente Valéria Perillo, que cumpre sua Dessa forma, pode atuar em escolas,
terceira gestão à frente da entidade, em 1999, já beneficiou mais de 118 delegacias, asilos, creches, hospitais
tem como principal parceiro o gover- mil estudantes. Outros 10 mil alunos e outras entidades.
no estadual, além de instituições da vão começar a receber o benefício A presidente da OVG, Valéria Pe-
sociedade organizada, que apoiam os no primeiro semestre de 2013, sendo rillo, destaca que o Bolsa Universi-
projetos sociais. 9 mil bolsas parciais e mil integrais, tária é executado sem paternalismo
Da confecção de uniformes para totalizando 128 mil beneficiários. e que o estudante faz a contraparti-
estudantes de baixa renda e enxo- O programa passou por mudan- da em instituições governamentais
vais para bebês, conduzida por um ças recentemente para alcançar mais e não-governamentais, sempre com
grupo de mulheres católicas na épo- eficiência e para que sua operacio- carga horária compatível com o cur-
ca da sua fundação, em 1947, à rea- nalização fosse também mais coe- so, de forma a não atrapalhar seus
lização de um conjunto de programas rente. Uma dessas modificações é a estudos. Segundo Valéria Perillo,
e ações voltadas às famílias desassis- implantação do sistema de merito- além de preparar para o mercado de
tidas, a OVG completou neste ano cracia. Como parte desse conceito, trabalho, o programa é um “agente
uma trajetória de 65 anos, consoli- o desempenho do estudante passou de cidadania”.
dando um trabalho focado nos con- a ser um fator decisivo para que ele Dessa forma, o Bolsa Universi-
ceitos de solidariedade humana, de consiga um benefício maior para es- tária oferece oportunidade para mi-
resgate da cidadania e de inclusão tudar. Se tiver boas notas, conquis- lhares de pessoas, principalmente
socioeconômica. ta um valor maior para ser descon- aos jovens, de fazer um curso supe-
A educação e a qualificação pro-
fissional são questões consideradas
prioritárias para fomentar o desen-
volvimento do Estado e a competiti-
vidade. Daí o apoio e os investimen-
Formação de voluntários
tos crescentes em iniciativas voltadas Fundado em 2001, o Centro outros, além de atuar em pro-
para elevar a produtividade, a moder- Goiano de Voluntários (CGV) é gramas e unidades da própria
nização do parque industrial e o des- uma das iniciativas da OVG na OVG. O centro ainda promove
taque de Goiás no ranking nacional. área do voluntariado. A unida- a cultura do voluntariado, visan-
Inserem-se neste contexto o Bolsa de recebe, capacita e encami- do difundir informações, multi-
Universitária, as Oficinas Educacio- nha para instituições pessoas in- plicar experiências de sucesso
nais Comunitárias (OECs) e o Centro teressadas no trabalho voluntário e potencializar parcerias para o
de Qualificação Profissional (CQP). e, também, orienta as entidades desenvolvimento de iniciativas
que querem recebê-las. na área. O objetivo é estimular
Bolsa Universitária Assim, as pessoas são capaci- a prática da atividade em Goi-
beneficia 128 mil alunos tadas e encaminhadas para o tra- ás. Anualmente, a OVG capacita
balho em asilos, delegacias, es- cerca de mil voluntários e mais
O Bolsa Universitária, um progra- colas, creches e hospitais, entre de cem entidades.
ma de grande alcance social criado
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Nádia Lima
e Montagem de Computador. Nas
OECs do Jardim Novo Mundo, Se-
tor Cândida de Morais e Setor Nor-
te Ferroviário são oferecidos cursos
de Informática, Modelagem, Corte
e Costura, Cabeleireiro, Manicure/
Pedicure, Arte Culinária, Garçom/
Garçonete e Panificação, nos turnos
matutino e vespertino. A meta para
2013 é a oferta de todas essas ca-
pacitações no período noturno e o
fortalecimento de parcerias que via-
bilizem o empreendedorismo dos
alunos.
Fórum de capacitação técnica: da informática à panificação, incluindo cursos de redação, O coordenador-geral da OVG,
línguas, corte e costura, manicure e cabeleireiro Afrêni Gonçalves, ressalta que existe
um mercado de trabalho carente de
rior e ter qualificação para ingressar sos de capacitação totalmente gra- mão de obra qualificada e um gran-
no mercado de trabalho. Por conse- tuitos voltados para jovens de 14 a de contingente de jovens desempre-
quência, essa formação acadêmica 29 anos. As OECs e o CQP forma- gados e sem perspectivas de futuro.
impulsiona o crescimento econô- ram mais de 2.075 alunos em 2011 “A OVG cumpre o importante papel
mico do Estado. e a estimativa é de que até o fim de social de preparar esses jovens para
As Oficinas Educacionais Co- 2012 mais de 3.800 recebam o cer- que consigam emprego e melhorem
munitárias e o Centro de Qualifica- tificado de capacitação. sua qualidade de vida por meio da
ção Profissional também são instru- O CQP oferece cursos de Reda- capacitação em cursos das Oficinas
mentos importantes para a inclusão ção, Português, Inglês, Espanhol, Educacionais Comunitárias”, reforça
social. As unidades realizam cur- Matemática, Informática, Depar- o coordenador-geral.
bólico, de apenas R$ 1.
As refeições servidas no Res-
taurante Cidadão são balancea-
das. O cardápio é nutritivo, varia-
do e saboroso, tudo acompanhado
por uma equipe de nutricionistas.
Todo o processo de preparo da co-
mida segue normas do Programa
de Alimentação do Trabalhador,
do Ministério do Trabalho. Restaurante Cidadão: seis unidades no
Estado e 2 milhões de refeições por ano
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Cristina Cabral
grada Família, localizado no Jardim
Bela Vista, em Goiânia, conta com
casas para acolher pessoas da ter-
ceira idade que têm autonomia e
podem morar sozinhas, e a Institui-
ção de Longa Permanência, na qual
estão abrigados idosos que depen-
dem de cuidados especiais. Há ain-
da o Centro Dia, um local que ofe-
rece várias atividades aos usuários,
como alfabetização, informática,
oficinas de artesanato, hidroginás-
tica e outras.
Eles passam o dia nesse local e
voltam para casa ao entardecer. É
um importante apoio àquela famí-
lia que sai para trabalhar cedo e
não tem condições de dar a aten-
ção que o idoso precisa. O Centro Centro de Convivência Vila Vida: piquenique faz parte das atividades realizadas pela instituição
de Convivência Vila Vida, situado
no Setor Coimbra, também atende e psicológica, cumprindo à risca o A Cigo oferece enfermeiras e am-
idosos. Alguns moram na unidade que determina o Estatuto do Idoso. bulância 24 horas, para o transporte
e outros só participam das ativida- A OVG oferece apoio às pesso- dessas pessoas ao consultório mé-
des recreativas como frequentado- as que vêm fazer tratamento de saú- dico e exames e as levam de volta
res da vila. de em Goiânia e não têm onde fi- à unidade da OVG, que fica no Se-
É mais um projeto da OVG que car. Na Casa do Interior de Goiás tor Oeste. Os usuários recebem re-
valoriza a pessoa da terceira idade, (Cigo), o paciente e o acompanhan- feições e lanches, participam de ati-
oferecendo-lhe atividades como hi- te, normalmente encaminhados pe- vidades de entretenimento e muitos
droginástica, bailes dançantes, pas- las prefeituras municipais e enti- conseguem se curar de doenças gra-
seios e outras formas de inserção dades, ficam hospedados de graça ves graças a esse importante apoio
social, além de assistência médica durante todo o tratamento. humanitário.
GOIÁS INCLUSIVO
Chance a deficientes
Governo lança programa em defesa dos direitos das pessoas com deficiência, prevendo ações
nas áreas de saúde, educação e inclusão social
N
uma data simbólica, o go- plano toma como base a Convenção
verno lançou, no dia 3 de da Organização das Nações Unidas
dezembro, quando se cele- (ONU) e foi motivado pelas ações do
bra o Dia Internacional da Pessoa Plano Nacional dos Direitos da Pes-
com Deficiência, o Plano Estadual soa com Deficiência – Viver sem Li-
dos Direitos das Pessoas com Defici- mite, lançado no ano passado pelo
ência – Goiás Inclusivo – Um Estado governo federal. A elaboração do Pro-
para Todos. A proposta é promover, grama Goiás Inclusivo envolveu as
por meio da integração e articulação entidades ligadas aos deficientes e to-
de políticas públicas, o acesso e o dos os setores do governo. Coordena-
exercício pleno e equitativo dos di- do pelo secretário-chefe da Casa Ci-
reitos das pessoas com deficiência, vil, Vilmar Rocha, o plano tem cinco
com segurança e autonomia, bene- eixos de atuação: Acesso à Educação;
ficiando quase 1,4 milhão de pes- Esporte e Lazer; Acessibilidade; Inclu-
soas com algum tipo de deficiência são Social; e Atenção à Saúde.
em Goiás, perto de 23,8% da popu- Na solenidade de lançamento,
lação total. Rocha destacou que “governo bom é
Lançado pelo governador Marco- governo que cuida das pessoas, que Secretária Gláucia Maria Teodoro Reis: visão
ni Perillo durante solenidade no Pa- dá oportunidades, que promove o ci- inclusiva das mulheres e das comunidades
lácio das Esmeraldas, em Goiânia, o dadão e que reconhece seus direitos. deixadas à margem da sociedade
O Goiás Inclusivo é uma manifesta-
ção dessa visão.” tado de Goiás, integrada por nove
centros de referência instalados em
Enfrentando a violência Anápolis, Cidade Ocidental, Goiâ-
contra as mulheres nia, Goiás, Iaciara, Itumbiara, Mor-
rinhos, Santa Helena e Uruaçu;
A Secretaria de Políticas para Mu- e seis Núcleos Especializados de
lheres e Promoção da Igualdade Ra- Atendimento à Mulher (Neam).
cial (Semira) tem como objetivo estra- Além disso, 24 Delegacias Espe-
tégico tornar-se referência nacional cializadas de Atendimento à Mulher
em políticas de inclusão, promoção (Deam) já estão em funcionamento
de igualdade e garantia de direitos no Estado. O Centro de Referência
para mulheres, negros, índios, ciga- Estadual da Igualdade de Goiânia
nos e comunidades LGBTT, afirma a (Crei) oferece atendimento jurídi-
titular da pasta, Gláucia Maria Teodo- co, psicológico e social às mulhe-
ro Reis. res, vítimas de violência, preconcei-
Em articulação com o governo to racial e homofobia, num trabalho
federal, prefeituras e organizações fortemente impulsionado pela ins-
Secretário Vilmar Rocha: “Governo bom da sociedade civil, a Semira coman- talação de um posto da Defensoria
é governo que cuida das pessoas, que dá dou, entre outras ações, a implan- Pública, em mais um exemplo de
oportunidades, que promove o cidadão” tação da Rede de Atenção do Es- parceria bem sucedida.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
O salto de qualidade
Sob administração de organizações sociais, modelo já adotado por 14 Estados no País,
instituições do setor de saúde conquistam avaliação positiva em Goiás
A
saúde pública em Goiás nacional, adotando um modelo que Hospital de Urgências de Anápolis
experimentou um salto de já é utilizado em 14 Estados do País, (Huana) e Hospital de Urgências da
qualidade em 2012 depois entre eles, São Paulo, Rio de Janeiro, Região Sudoeste (Hurso), aponta ava-
que o governo estadual, por meio da Bahia e Pernambuco. Em Goiás, os liação positiva de 97%, 98% e 94%,
Secretaria de Estado da Saúde (SES), sete principais hospitais do Estado já respectivamente.
colocou em prática um novo e ágil estão sob administração das OS, com As organizações sociais assumi-
modelo de gerenciamento hospita- resultados visíveis. Uma pesquisa de ram a gestão das unidades de saúde
lar, ao repassar a gestão das unidades satisfação, realizada com pacientes em Goiás com a missão de promo-
de saúde para organizações sociais do Centro de Reabilitação e Readap- ver um atendimento mais humani-
(OS). Goiás segue uma tendência tação Dr. Henrique Santillo (Crer), zado e ágil, resultado da autonomia
o que fez com que conseguíssemos damental para uma boa gestão, pois de infecção hospitalar e da taxa de
superar nós críticos em curto espa- permite acompanhar, em tempo real, mortalidade”, observa o diretor da
ço de tempo”, analisa. Hoje, ele diz a situação de toda a unidade, como unidade, Paulo Bittencourt. Depois
que o hospital está abastecido de estoque de suprimentos, financia- de assumir a gestão, a OS promoveu
medicamentos, insumos e materiais, mentos, contratos e compras e, prin- as reformas mais urgentes e a manu-
com toda a sua estrutura funcionan- cipalmente, a assistência. “O pacien- tenção de equipamentos médicos,
do 100%. te chega ao hospital, é recepcionado além da compra de novos itens. A
O HGG conta com uma novida- e todos os seus passos são lançados preocupação com o bem-estar dos
de na rede pública de saúde: o servi- no sistema. Tudo é registrado, o que pacientes é percebida na reforma da
ço de hotelaria para tratamento das nos permite fazer um gasto racional”, recepção, na alimentação, na quali-
roupas. Os kits são embalados um a explica. “Onde há controle, não há dade das roupas e enxoval médico.
um, incluindo ataduras e bandagens desperdício.”
e até a roupa do paciente. HURSO
MATERNO-INFANTIL
HDT O Hospital de Urgências da Re-
Em pouco mais de 90 dias sob ad- gião Sudoeste (Hurso) tornou-se re-
Em 90 dias de administração pelo ministração da OS Instituto de Ges- ferência para atendimento de outros
Instituto Sócrates Guanaes, o Hospi- tão e Humanização (IGH), além das 25 municípios, num raio de 180 qui-
tal de Doenças Tropicais Dr. Anuar mudanças na forma de gestão e con- lômetros quadrados. Com 122 leitos,
Auad (HDT) passou por reparos pon- trole, medidas básicas, como boas dos quais 20 de UTI – 10 leitos para
tuais. Foi iniciada ainda uma reforma práticas de higiene, aquisição de pacientes adultos e 10 pediátricos –,
geral em todos os ambientes, que de- equipamentos e higienização já têm o Hurso passou a realizar ações de
verá ser concluída em 90 dias, esti- efeitos sentidos pelos usuários do promoção da saúde, como preven-
ma o diretor-geral da unidade, Ailton Hospital Materno-Infantil, em Goiâ- ção de acidentes de trânsito, contra
Ribeiro. Ele destaca o sistema infor- nia. “A troca de 100% do enxoval, o tabagismo e outros fatores de risco.
matizado que está sendo implantado dentro do processo de higienização, O hospital é gerido pela Associação
no hospital, que classifica como fun- refletiu na queda de 50% dos casos Beneficente de Assistência Social e
Hospitalar (Pró-Saúde).
HUANA
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Ampliando o crescimento
A Agência de Desenvolvimento Regional está envolvida na execução de diversas ações que
consideram as vocações municipais para combater as desigualdades
O
s números mais recentes Essa tarefa está traçada sobre o o Planejamento Estratégico da agên-
acerca da economia goiana mapa estratégico das regiões e po- cia para o período 2012-2015, en-
comprovam o crescimento los de desenvolvimento, com pro- globando infraestrutura, moderniza-
socioeconômico do Estado, regis- jetos objetivos que consideram as ção de gestão, sempre com foco na
trando salto significativo do Produ- vocações e a realidade de cada mu- inclusão social e nas soluções para
to Interno Bruto (PIB). O governo de nicípio. O Programa de Desenvolvi- reduzir as desigualdades regionais.
Goiás lançou o desafio de buscar a mento Regional do Plano de Gover- Na grade de projetos prioritários,
consolidação desse desenvolvimen- no Marconi Perillo está distribuído o presidente da AGDR, Liosório de
to, em bases sustentáveis, amparado em 14 polos e projetos prioritários, Jesus Meireles, destaca algumas das
em uma ampla carteira de projetos 11 deles sob a responsabilidade da ações do órgão que foram benefi-
inseridos no Plano de Ação Inte- AGDR. ciadas com recursos do PAI, e ou-
grada de Desenvolvimento (PAI). A tras com o apoio do governo federal.
Agência Goiana de Desenvolvimen- Trabalho leva em conta O Centro de Convenções da Cidade
to Regional (AGDR), jurisdicionada vocação de cada município de Goiás, cujo projeto se encontra
à Secretaria de Estado de Gestão e em elaboração, é uma das priorida-
Planejamento, é um dos braços na A atuação da AGDR está sedi- des do governo. A proposta é pro-
construção desse novo cenário que mentada em projetos e objetivos que porcionar à antiga capital goiana um
tem o objetivo de colocar Goiás en- consideram as vocações e a realidade espaço nobre e à altura do seu sta-
tre os mais importantes polos de de- de cada município, em eixos estraté- tus de Patrimônio Histórico da Hu-
senvolvimento do País. gicos. Todas as suas metas compõem manidade. Com recursos estimados
Infraestrutura e urbanização
Um dos cartões postais da Cidade
de Goiás, o Lago de Acácias, será am-
pliado e revitalizado. O projeto visa
prover o local de estrutura adequada
de recepção aos turistas, proporcio-
nando à população da cidade e aos
visitantes, uma opção saudável de la-
zer e bem-estar. As obras abrangerão
uma área de 40.308,67 metros qua- Balneário Cachoeira Grande: lazer e turismo, com recuperação e preservação ambiental
drados contendo lojas para comercia-
lização do artesanato local, pista para to de 10.500 metros quadrados de O Balneário Cachoeira Grande,
caminhada, lanchonetes, restauran- ruas com bloquete, revitalização, na área de influência da antiga ca-
tes, sanitários, playground, mirante urbanização e paisagismo do largo pital, será construído com o objetivo
de contemplação e estacionamento. (praça). Trata-se de um investimen- fomentar a economia local, centrada
O projeto de implantação de in- to para resgatar a memória histórica principalmente no turismo. Trará be-
fraestrutura na Colônia de Uvá con- do antigo Arraial da Barra, distrito nefícios ao meio ambiente uma vez
templa a construção de um cen- do município de Goiás-GO, funda- que prevê ações de recuperação da
tro comunitário com área total de do em 1726 pelo filho do bandei- vegetação e preservação do Rio Ver-
487,11 metros quadrados, contendo rante Bartolomeu Bueno da Silva. melho. Voltada para o turismo ecoló-
um salão multiuso, sanitários, cozi- Foi a primeira povoação estabeleci- gico, a construção terá de 130.657,41
nha, copa e serviço e o Salão Me- da em todo o Estado de Goiás. metros quadrados, abrigando vila co-
morial da Cultura Alemã. Além de Esses projetos visam beneficiar a mercial, centro de eventos multiuso,
atender à demanda dos moradores, população local e os turistas em ge- praia, mirante, lagos de contempla-
a obra visa promover o resgate à me- ral com infraestrutura adequada, na ção, bares, lanchonetes, restaurantes,
mória dos primeiros alemães que expectativa de contribuir para o de- playground, sanitários, estações eco-
fundaram o povoado, em 1924. senvolvimento socioeconômico e lógicas, estacionamento, e ainda es-
O Distrito de Buenolândia será promover o uso sustentável dos re- paços para pousadas e restaurantes a
beneficiado com obras de infraes- cursos naturais como opção saudá- serem explorados através de conces-
trutura básica, com o calçamen- vel de lazer e bem-estar. são pela iniciativa privada.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
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Sede de crescimento
Num investimento de R$ 300 milhões, um dos maiores grupos do Estado pretende expandir suas
operações em pelo menos 15% nos próximos dois anos
D
ono de um dos maiores anos, com aumento da força produ- de postos de trabalho deve crescer
complexos industriais em tiva de suas fábricas. 10%. A Refrescos Bandeirantes,
operação no Estado de Goiás, O investimento será de R$ 300 instalada às margens da Rodo-
o Grupo José Alves completou 50 anos milhões, afirma o presidente, José via dos Romeiros, em Trindade, é
de atividade comercial em outubro já Alves Filho. O aporte de recursos a maior geradora de vagas entre
de olho no futuro dos negócios. O em- deverá surtir efeito na geração de as nove empresas do grupo, que
preendimento, que tem como car- empregos. Segundo ele, o grupo além do ramo de bebidas atua na
ro-chefe a Refrescos Bandeirantes, conta com 3.527 colaboradores e área de educação, monitoramen-
empresa responsável pela fabrica- gera 10 mil empregos indiretos em to, tecnologia da informação, em-
ção, engarrafamento e distribuição suas nove empresas. Com a amplia- balagens, locação de veículos e
de bebidas da marca Coca-Co- ção da atividade até 2015, o número imóveis.
la no Estado, planeja expansão de
pelo menos 15% nos próximos dois
Divulgação
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
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Linha do tempo
1962 José Alves Imp. e Export. Ltda
Casas Alô Brasil (atacado) 1987 ABC Radiofusão
Transportadora Atlanta
Refrescos Bandeirantes Ind. e Com. Ltda
1966 1994
Casas Alô Brasil
José Alves S/A Imp. e Export. (antiga Ltda) Holding Rebic Comercial
1978 Boca Quente (atacado em Maringá-PR) 1999 Rebica Indústria e Comércio Ltda
1980
Indústria de arroz (São Paulo, Goiás,
Paranaguá, Cuiabá) 2000 Centro Educacional Alves e Faria (Alfa)
2006
Tecno 3T
1981
Fazenda Araguaia (Araguaia-PA)
Madeireira José Alves Atlanta Locadora de Veículos Ltda
OJA Publicidade e Propaganda José Alves
Mineração José Alves
2008 Red & White IT Solution
1986
Irmãos Alves (atacado de exportador e
de entrega)
Radiofusão e Comunicação Alô Brasil 2011 Alfa Concursos
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
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tembro de 1976, quando Seu Nen- áreas de atuação que têm sinergia
do sofreu grave acidente de auto- com suas empresas, como os seg-
móvel, vindo a falecer dois meses mentos de educação e tecnologia.
depois, aos 53 anos de idade. Tudo começa em 1993, depois das
Com a morte de Seu Nendo, sua mudanças na sua estrutura societá-
mulher, Dona Lia, garantiu a tran- ria. O grupo passa a ser comandado
sição do comando das empresas por José Alves Filho.
para o primogênito Antônio Carlos Nessa época, a operação se foca
Alves, ainda em 1976. Iniciava-se em produtos e serviços de valor agre-
uma nova fase, com a expansão e gado, com mudanças também na
a diversificação dos negócios. No área de gestão. Forma-se uma dire-
varejo, consolidou a rede de super- toria executiva, composta pelo pre-
mercados, inclusive com abertura sidente, superintendentes e diretores
de um especializado em brinque- de todas as empresas, que passam a
dos, o Alô Brasil Brinquedos. Além se reunir anualmente para elaborar o
dos setores tradicionais, levou o planejamento estratégico das empre-
grupo para os ramos de comunica- sas, definindo metas para a constru-
ção, pecuária, mineração e madei- ção dos Planos de Negócios e os ru-
reiro. mos que vão orientar os executivos
O Grupo José Alves estava pre- nos seus orçamentos depois de ava-
sente em todos os Estados na dé- liadas e aprovadas pelo Conselho de
cada de 1980 e já figurava entre as Administração, cujas decisões são
cem maiores organizações empresa- analisadas pelos acionistas. O pro-
riais do País. Essa atuação no merca- jeto tem por parâmetro a governan-
José Alves, o Seu Nendo: Casas Alô Brasil do atacadista e varejista foi decisiva ça corporativa, que solidifica as rela-
amplia atuação para quase todos os Estados para o grupo conquistar a franquia ções entre os sócios e a família.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
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Divulgação
dutivo em Goiás, o processo de di-
versificação dos negócios pelo Gru-
po José Alves marcou os 50 anos de
sua história. Ao longo de sua evolu-
ção, aquela característica empresa-
rial ganhou força. Depois de nove
anos de consolidação da Refrescos
Bandeirantes, por exemplo, o gru-
po fundou a Rembal, empresa res-
ponsável pela produção de garrafas
pets (polietileno tereftalato) des-
cartáveis. Em 1999, partem para o
mercado de água mineral, com a
Rebica Indústria e Comércio Ltda.,
responsável pela produção das mar- Faculdades Alves Faria: projeto arrojado alia
cas Acqua Lia e Paola. conceito de educação e negócios
Em 2000, passam a atuar num
ramo até então inédito em seu
portfólio: o da educação. As Fa-
culdades Alves Faria (Alfa) surgem a qualificação de suas equipes aten-
como fruto de um projeto arrojado tas à evolução dos mercados, foram
de ser pioneira regional em lançar suas referências maiores.”
o conceito de educação aliada aos O presidente da Associação Pró-
negócios em Goiás. Em São Paulo, -Desenvolvimento Industrial do Es-
lançam a Faculdade Autônoma em tado de Goiás, Cesar Helou, acre-
Direito (Fadisp) e a Alfa Concursos.
Em 2008, a Red & White Solution
Na era da dita que o Grupo José Alves deverá
continuar a diversificar seus inves-
- uma empresa focada em soluções profissionalização da timentos. “O grupo surgiu no seg-
de TI, consultoria e desenvolvimen- gestão há cinco décadas, mento atacadista. Quando esse mo-
to de sistemas – nasce. A aposta em mento foi ultrapassado, novamente
tecnologia continua com a 3T Sys- o Grupo José Alves já enxergou que era a hora do con-
tems, especializada em rastreamen- dava suas primeiras sumo de bebidas, depois o inves-
to. O grupo decide investir na lo- timento brasileiro em educação e
contribuições” finalmente em tecnologia. Conhe-
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CULTURA
Centro Cultural
Oscar Niemeyer
O Centro Cultural Oscar
Niemeyer realizou, entre ja-
neiro de 2011 e dezembro de
2012, 18 eventos governamen-
Teatro Mágico: grupo mistura música, teatro e arte circense em suas apresentações tais; 5 empresariais; 4 de cunho
social; 19 shows; 8 exposições;
N
de fim de ano, encontram-se
o encerramento de 2012, trabalho de estruturação do Siste- abertas ao público as exposi-
a Secretaria de Estado da ma Estadual de Cultura (SNC), reali- ções A Arte e os Ofícios de D.J.
Cultura (Secult Goiás) ace- zando reuniões de definição do Pla- Oliveira; Cleber Gouvêa - Olhar
lerou o ritmo de trabalho, fechando no Estadual de Cultura, com ampla Orgânico; e A Cidade é o Lugar
o ano com um balanço mais do que participação da sociedade e elabo- e Parede do Acervo, de Amaury
positivo. A secretaria recebeu, nos rado com uma perspectiva de dez Menezes. As exposições ocor-
dias 29 e 30 de novembro, o Fó- anos. rem nas galerias D.J. Oliveira
rum Nacional de Secretários e Di- e Cleber Gouvêa e também no
rigentes da Cultura, com a presença TeNpo 2012 - O festival chegou salão do Museu de Arte Con-
de secretários de todo o Brasil e da à sua 11ª edição com uma abertura temporânea – MAC. Todos os
ministra da Cultura, Marta Suplicy. há muito esperada: o show do Tea- eventos podem ser conferidos
Também no dia 29, o Centro Cul- tro Mágico, o grupo mistura música, no site www.ccon.go.gov.br.
tural Gustav Ritter realizou no Te- teatro e arte circense. Além disso, a Para 2013, estão confirma-
atro Goiânia o espetáculo “Nelson programação incluiu oficinas, apre- dos a realização do sarau lite-
Para Sempre”, em homenagem ao sentações teatrais de grupos goia- rário A Balada Literária, no se-
imortal Nelson Rodrigues. Alunos nos e nacionais e a primeira edição gundo sábado de cada mês, no
do centro participaram da progra- dos Debates Vivo EnCena, progra- auditório Lygia Rassi do Monu-
mação especial do Natal na Praça, ma cultural da empresa Vivo para as mento aos Direitos Humanos,
promovido pelo governo estadual. artes cênicas. As mesas-redondas ti- com artistas locais e nacionais;
O reinaugurado Teatro Goiânia veram a participação de diretores e Projeto GladiAtores, oficinas in-
seguiu com uma extensa programa- gestores da área do teatro dos gru- tensivas de teatro; Projeto Mú-
ção cultural no último mês do ano, pos GTI e Nu Escuro (GO), Cia Fian- sica no Ar, com apresentação
com espetáculos variados, incluin- deiros (PE), Phila 7 (SP) e do Palco de artistas locais e nacionais
do shows musicais, peças de teatro, Fora do Eixo (RS). na Esplanada JK, aos domingos;
mostra de dança, noite árabe e can- Uma das novidades desse TeN- novas conferências do Projeto
tada de Natal. E por falar em teatro, po foi a participação da cidade e da Café de Ideias, com convida-
a cidade de Porangatu recebeu de região na seleção dos grupos. Das dos nacionais e uma conferên-
5 a 9 de dezembro o TeNpo 2012 oito vagas, uma foi destinada ex- cia mensal com personalidades
– Mostra Nacional de Teatro. Para clusivamente à região Norte e outra do Estado.
fechar o ano, o órgão continuou o para a cidade sede, Porangatu.
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
AGENDA MUNICIPAL
Muito otimismo no
segundo mandato
Depois do esforço para colocar as contas em dia,
prefeitos antecipam quatro anos de crescimento
mais acelerado, com apoio do governo estadual Alberane Marques, de
Palmeiras de Goiás:
“As expectativas para
A
2013 são as melhores,
no novo, velhos desafios. pois vamos trazer obras
Essa é a perspectiva de importantes, em parceria
quem se reelegeu e assume, com o Estado”
em 1º de janeiro, novo mandato na
administração de alguns municípios.
Ainda que tenham vencido obstácu-
los, como dívidas de antecessores,
as demandas se repetem ou se am-
pliam, em áreas como saúde, edu-
cação, habitação e moradia. Mas o
otimismo é marcante entre prefeitos
ouvidos pela revista ECONOMIA & DE-
SENVOLVIMENTO.
Em Palmeiras de Goiás, Alberane
de Souza Marques (PSDB) acredita
que pôs as dívidas em dia e garantirá
ao município a mesma taxa de cres-
cimento esperada para o Estado, gra-
ças à força da indústria e do comér-
cio locais. Ele conta que a cidade já
ganhou empresas como uma usina
de biodiesel, a Pif Paf – que abate
cem mil aves por dia –, a Comigo e a
fábrica de tintas Resicolor. Em breve,
receberá a Usina Termoelétrica, pra-
ticamente pronta.
No primeiro mandato, Alberane
afirma ter feito o máximo. “Não con-
seguimos asfaltar 100% da cidade,
mas já estamos com os recursos ga-
rantidos, e a partir do ano que vem
vamos deixar a cidade toda asfalta-
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ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO
Goiânia, dezembro 2012 / janeiro 2013
Walter Alves
Doação de áreas
Sérgio Castro
Lailson Damásio
central da 1ª Conferência Macrorregio-
nal de Desenvolvimento Regional do
Centro-Oeste, realizada em novembro.
A solenidade de abertura contou com
a presença, entre outros, do governa-
dor Marconi Perillo, do secretário de
Gestão e Planejamento de Goiás, Giu-
seppe Vecci, do secretário de Desen-
volvimento Regional do Ministério da Cadeias produtivas Seminário de
Integração Nacional, Sérgio Duarte de
Castro (foto), e do superintendente da No âmbito do Projeto Construin- regulação - AGR
Sudeco, Marcelo Dourado. do Juntos o Futuro do Agronegócio em
Goiás, a Federação das Indústrias do Promovido em novembro pela
Prazos e condições Estado de Goiás (Fieg) lançou, no dia 23 Agência Goiana de Regulação (AGR),
de novembro, amplo estudo identifican- na sede da Câmara de Dirigentes Lo-
O contrato de concessão para ex- do as vantagens e os desafios da ativi- jistas (CDL), em Goiânia, o 2º Seminário
ploração do serviço de transporte in- dade, além de propor soluções para os Goiano de Regulação discutiu a rees-
termunicipal de passageiros em Goiás gargalos que emperram o crescimento truturação do sistema de transporte in-
terá prazo de 15 anos improrrogáveis. do setor. Dividido em cinco publicações termunicipal de passageiros em Goiás
Para definir o prazo, a AGR considerou - Milho e Soja, Aves e Suínos, Carnes e e no Distrito Federal. Entre outros te-
a estimativa dos investimentos que de- Couro Bovino, Lácteos e Sucroenergé- mas, foi debatido o edital de licitação
verão ser feitos pelas concessionárias tica -, o trabalho foi considerado pelo do transporte intermunicipal de passa-
ao longo do tempo, o período necessá- presidente do Conselho Temático de geiros de Goiás, envolvendo 214 linhas,
rio para a amortização desses investi- Agronegócios da Fieg, Igor Montenegro distribuídas em sete lotes ou eixos es-
mentos (payback) e a obtenção de lu- (foto), “um novo marco para o futuro do truturais, com capacidade para 15 mi-
cro a uma margem de 8,67% ao ano. agronegócio” no Estado. lhões de passageiros por ano.
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Este vai ser o ano de sua sorte!
Acredite nisto, faça seus sonhos virarem realidade
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