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DECRETA: DECRETA:
Art. 1o Fica aprovado o Estatuto do Conselho de Controle Art. 1o Fica aprovado, na forma do Anexo a
de Atividades Financeiras - Coaf, criado pela Lei no 9.613, de 3 este Decreto, o Estatuto do Conselho de Controle
de março de 1998, na forma do Anexo. de Atividades Financeiras – COAF, criado
pela Lei no 9.613, de 3 de março de 1998.
Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua Brasília, 8 de outubro de 1998; 177o da
publicação. Independência e 110o da República.
§ 1º O Coaf poderá manter núcleos descentralizados, com Parágrafo único. O COAF poderá manter
utilização da infraestrutura das unidades regionais dos órgãos a núcleos descentralizados, utilizando-se da infra-
que pertencem os Conselheiros, com vistas à cobertura adequada estrutura das unidades regionais dos órgãos a
do território nacional. que pertencem os Conselheiros, objetivando a
cobertura adequada de todo o território nacional.
§ 2º O Coaf poderá celebrar acordos de cooperação
técnica e convênios com entes públicos ou entidades privadas, Capítulo II
com vistas à execução das atribuições previstas na Lei nº 9.613,
de 1998. Da organização
CAPÍTULO II Seção I
Seção IV
Do Mandato de Conselheiro
Seção V Seção IV
Art. 7º Ao Presidente, aos Conselheiros e aos servidores Art. 6o Ao Presidente, aos Conselheiros e
em exercício no Coaf é vedado: aos servidores da Secretaria-Executiva do COAF,
ou à sua disposição, é vedado:
I - participar, na forma de controlador, administrador,
gerente preposto ou mandatário, de pessoas jurídicas com I - participar, na forma de controlador,
atividades relacionadas no caput e no parágrafo único do art. 9º administrador, gerente preposto ou mandatário,
da Lei nº 9.613, de 1998; das pessoas jurídicas com atividades
relacionadas no art. 9º, caput e parágrafo único
II- emitir parecer sobre matéria de sua especialização, fora da Lei nº 9.613, de 1998;
de suas atribuições funcionais, ainda que em tese ou atuar como
consultor das pessoas jurídicas a que se refere o inciso I do caput; II - emitir parecer sobre matéria de sua
especialização, fora de suas atribuições
funcionais, ainda que em tese, ou atuar como
III - manifestar, em qualquer meio de comunicação,
consultor de qualquer das pessoas jurídicas a
opinião sobre processo pendente de julgamento no Plenário; e
que se refere o inciso anterior;
Seção I Seção I
XIII - promover, em articulação com os demais dirigentes VII - solicitar investigações aos órgãos e
do Coaf, a integridade, o controle interno e a gestão dos riscos entidades da administração pública federal
institucionais; e quando houver indícios de operações
consideradas suspeitas, nas informações
XIV - zelar, em conjunto com os demais dirigentes e recebidas ou solicitadas ou em decorrência das
servidores, pela imagem institucional do Coaf. análises procedidas;
VI- compartilhar informações com autoridades I - emitir votos nos processos e questões
competentes de outros países e de organismos internacionais; submetidas ao Plenário;
Seção V
IV - desincumbir-se das demais tarefas que
lhes forem cometidas no Regimento Interno do
Da competência da Diretoria de Supervisão Conselho;
II - propor ao Plenário a edição de normas aplicáveis às Art. 11. O Banco Central do Brasil, a
pessoas de que trata o art. 9º da Lei nº 9.613, de 1998, para as Comissão de Valores Mobiliários, a
quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regulador; Superintendência de Seguros Privados, o
Departamento de Polícia Federal, a Subsecretaria
III - secretariar os trabalhos do Plenário, em caráter de Inteligência da Casa Militar da Presidência da
permanente, e atender a pedido de informações e documentos que República e os demais órgãos e entidades
interessem ao processo administrativo sancionador; públicas com atribuições de fiscalizar e regular
as pessoas sujeitas às obrigações referidas
nos arts. 10 e 11 da Lei nº 9.613, de 1998,
IV - decidir pelo arquivamento de averiguação preliminar prestarão as informações e a colaboração
ou pela instauração de processo administrativo sancionador; necessárias ao cumprimento das atribuições do
COAF e sua Secretaria-Executiva.
V - assinar intimações nos processos administrativos
sancionadores; § 1o A troca de informações sigilosas entre
o COAF e os órgãos referidos no caput, quando
VI - decidir sobre a concessão de dilação de prazo no autorizada judicialmente, implica transferência de
âmbito de processos administrativos sancionadores, exceto nas responsabilidade pela preservação do sigilo.
hipóteses de competência do Conselheiro Relator;
§ 2o Os pedidos de informação de que trata
VII - determinar a publicação de ato e decisão no âmbito o caput serão encaminhados mediante formulário
de processos administrativos sancionadores; específico, assinados por autoridade
administrativa competente, ou acessados os
dados armazenados em banco de dados
VIII - articular com os órgãos reguladores, com as
eletrônico, por servidor ou funcionário
instituições comunicantes e com as autoridades competentes,
devidamente cadastrado.
sobre medidas relacionadas à prevenção e ao combate à lavagem
de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; e
§ 3o As solicitações de informações dos
órgãos que compõem o COAF e deste aos
IX - requisitar informações e documentos às pessoas
referidos órgãos serão atendidas
obrigadas relacionadas no art. 9º da Lei nº 9.613, de 1998.
prioritariamente.
III - requisitar à Diretoria de Supervisão informações e Art. 12. O COAF poderá compartilhar
documentos que interessem ao processo administrativo informações com autoridades pertinentes de
sancionador de que seja relator, observado o sigilo legal, bem outros países e de organismos internacionais,
como determinar as diligências que se fizerem necessárias ao com base na reciprocidade ou em acordos.
exercício de suas funções;
Art. 13. Recebida solicitação de
IV - cumprir as demais tarefas que lhes forem cometidas informação referente aos crimes previstos no art.
no Regimento Interno do Coaf; e 1o da Lei nº 9.613, de 1998, procedente de
autoridade ou órgão competente de outro país, o
V - exercer outras atribuições cometidas pelo Plenário ou COAF atenderá ou encaminhará, se for o caso, a
pelo Presidente. solicitação aos órgãos competentes, para que
sejam tomadas as providências cabíveis
Seção VII objetivando o atendimento da solicitação.
Art. 17. Recebida a solicitação de informação referente às § 2o A intimação do acusado será feita pelo
infrações penais previstas no art. 1º da Lei nº 9.613, de 1998, correio, com aviso de recebimento, ou, não tendo
procedente de autoridade ou órgão competente de outro país, o êxito a intimação postal, por edital publicado
Coaf atenderá a solicitação ou a encaminhará, caso necessário, uma única vez no Diário Oficial da União,
aos órgãos competentes, a fim de que sejam tomadas as contando-se os prazos do recebimento da
providências cabíveis para o atendimento da solicitação. intimação, ou da publicação, conforme o caso.
Art. 19. O Coaf poderá promover averiguações Art. 20. Decorrido o prazo de apresentação
preliminares, em caráter reservado. da defesa, a autoridade responsável pela
condução do processo poderá determinar a
Art. 20. Concluídas as averiguações preliminares, o Coaf, realização de diligências e a produção de provas
por meio da Diretoria de Supervisão, proporá a instauração do de interesse do processo, sendo-lhe facultado
processo administrativo sancionador ou determinará o seu requisitar do acusado novas informações,
arquivamento e, nesta hipótese, submeterá a decisão à revisão esclarecimentos ou documentos, a serem
superior. apresentados no prazo fixado pela autoridade
requisitante, mantendo-se o sigilo legal, quando
Art. 21. O processo administrativo sancionador será for o caso.
instaurado no prazo de trinta dias úteis, contado da data de
conhecimento da infração, do recebimento das comunicações a Art. 21. A decisão será proferida no prazo
que se refere o inciso II do caput do art. 11 da Lei nº 9.613, de máximo de sessenta dias após o termino da
1998, ou do conhecimento das conclusões das averiguações instrução.
preliminares, por ato fundamentado do Diretor de Supervisão do
Coaf. Art. 22. Os órgãos e entidades
responsáveis pela aplicação das penas
Art. 22. O acusado será intimado para apresentar defesa administrativas previstas na Lei nº 9.613, de
no prazo de quinze dias, contado da data de recebimento da 1998 fiscalizarão o cumprimento de suas
intimação, e deverá apresentar as provas de seu interesse, decisões.
facultada a apresentação de novos documentos a qualquer
momento, antes do encerramento da instrução processual. § 1o Descumprida a decisão, no todo ou
em parte, será o fato comunicado à autoridade
§ 1º A intimação conterá inteiro teor do ato de competente, que determinará providências para
instauração do processo administrativo sancionador. sua execução judicial.
§ 2º A intimação do acusado será feita por via postal ou § 2o Quando se tratar de decisão do COAF
por outra forma eletrônica de comunicação, com aviso de a representação judicial será feita por advogado
recebimento, ou, não tendo êxito a intimação por estas formas, da Advocacia-Geral da União.
por edital publicado somente uma vez no Diário Oficial da União,
contado o prazo de que trata o caput da data de recebimento da Art. 23. Das decisões do COAF caberá
intimação ou da publicação do edital, conforme o caso. recurso para o Ministro de Estado da Fazenda no
prazo de quinze dias da ciência da decisão.
§ 3º O acusado poderá acompanhar o processo
administrativo presencialmente ou por via eletrônica, Art. 23. Das decisões do COAF caberá
pessoalmente ou por seu representante legal, na hipótese de se recurso para o Conselho de Recursos do Sistema
tratar de pessoa jurídica, ou por advogado legalmente habilitado, Financeiro Nacional no prazo de quinze dias,
assegurado amplo acesso ao processo. contado da data de ciência da
decisão. (Redação dada pelo Decreto
Art. 23. Será considerado revel o acusado que, após nº 7.835, de 2012)
intimação, não apresentar defesa no prazo a que se refere o art.
22, incorrendo em confissão quanto à matéria de fato, contra ele CAPÍTULO VI
correndo os demais prazos, independentemente de nova
intimação. Disposições Finais e Transitórias
Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo, em Art. 24. As despesas com a instalação e
qualquer fase, sem direito à repetição de ato já praticado. funcionamento do COAF e da Secretaria-
Executiva correrão por conta do orçamento do
Art. 24. Encerrado o prazo de apresentação da defesa, a Ministério da Fazenda.
autoridade responsável pela condução do processo poderá
determinar a realização de diligências e a produção de provas de Art. 25. O Advogado-Geral da União
interesse do processo, facultada a requisição de novas designará advogado da Advocacia-Geral da
informações do acusado, esclarecimentos ou documentos, a serem União, que atuará junto ao COAF.
apresentados no prazo fixado pela autoridade requisitante,
mantendo-se o sigilo legal, quando for o caso. Art. 26. O Regimento Interno do COAF será
aprovado mediante ato do Ministro de Estado da
Art. 25. A decisão será proferida no prazo de sessenta Fazenda.
dias, contado da data do término da instrução.
CAPÍTULO VI