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FORMAÇÃO

Formação OCC
segmentada

Atualização fiscal em IVA


Aspetos práticos

Bloco Formativo 3
Seg 1118

Fernando Roriz

ABRIL de 2018
APURAMENTO DO IVA

ÂMBITO DO DIREITO À DEDUÇÃO

Atualização fiscal em IVA


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APURAMENTO DO IVA

Imposto apurado = Imposto a favor do Estado – Imposto a favor


do sujeito passivo (+) ou (–) Regularizações
de imposto

 Se imposto apurado > o       Imposto a pagar
 Se imposto apurado < o       Crédito de imposto

 Crédito de imposto dá origem a Reporte para o período


seguinte ou a Pedido de reembolso.

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APURAMENTO DO IVA

Imposto a favor do Estado:
 Liquidado aos clientes nas transmissões de bens e
prestações de serviços.
 Autoliquidado pelo sujeito passivo:
 Nos termos dos artigos 6.º e 30.º 
 Nas aquisições intracomunitárias de bens.
 Nas situações de inversão do sujeito passivo.
 Liquidado nos autoconsumos e operações gratuitas. 

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APURAMENTO DO IVA

Imposto a favor do sujeito passivo:
 Suportado nas aquisições de bens e prestações de serviços
(investimentos, inventários e outros bens e serviços).
 Pago nas importações.
 Autoliquidado pelo sujeito passivo:
 Nos termos dos artigos 6.º e 30.º 
 Nas aquisições intracomunitárias de bens.
 Nas situações de inversão do sujeito passivo.
 Pago nos adiantamentos a fornecedores. 

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APURAMENTO DO IVA

Regularizações de imposto:
 De imposto liquidado
 Erros ou omissões.
 Devoluções e descontos.
 Anulações de recebimentos antecipados.
 Créditos incobráveis.
 De imposto deduzido:
 Devoluções, descontos, erros e omissões, etc.
 Pagamentos antecipados

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APURAMENTO DO IVA

Três tipos de sujeitos passivos

1. Sujeitos passivos que não têm qualquer direito à


dedução

 Os que praticam exclusivamente operações


abrangidas pelo artigo 9.º do Código do IVA ou
operações fora do campo de incidência do
imposto.

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APURAMENTO DO IVA

2. Sujeitos passivos que têm direito integral à dedução do


IVA suportado (com exceção do relativo às despesas
referidas no artigo 21.º do CIVA)

• Os que praticam exclusivamente operações sujeitas a


IVA e dele não isentas;
– e/ou
• Os que praticam as operações previstas na alínea b) do
n.º 1 do artigo 20.º do CIVA (as designadas “operações
à taxa zero”)

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APURAMENTO DO IVA

3. Sujeitos passivos que apenas têm direito à dedução de


uma parte do IVA suportado

• Os que realizam simultaneamente operações que


conferem o direito à dedução (as operações referidas em
2) e operações que não conferem esse direito (as
referidas em 1)

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CONDIÇÕES OBJETIVAS DO DIREITO À


DEDUÇÃO

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• Para que seja possível o exercício do direito à dedução é


necessário, em consonância com o que dispõe o art. 20.º,
– que o imposto a deduzir tenha incidido sobre bens
adquiridos, importados ou utilizados pelo sujeito
passivo com vista à realização das operações referidas
no n.º 1 do mesmo preceito, ou seja, operações que
conferem o direito à dedução.

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• As operações que conferem direito à dedução são


as seguintes:

• Transmissões de bens e prestações de serviços


sujeitas a imposto e dele não isentas;
• Exportações e operações isentas nos termos do
artigo 14.º;
• Operações efetuadas no estrangeiro que seriam
tributáveis se fossem efetuadas no território
nacional;

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• Prestações de serviços isentas nos termos da alínea f) do


n.º 1 do artigo 13.º, cujo valor esteja incluído na base
tributável dos bens importados, nos termos da alínea b)
do n.º 2 do artigo 17.º;
• Transmissões de bens e prestações de serviços abrangidas
pelas alíneas b), c), d) e e) do n.º 1, e pelos n.os 8 e 10 do
artigo 15.º;
• Operações isentas nos termos dos n.os 27 e 28 do artigo
9.º, quando o destinatário esteja estabelecido ou
domiciliado fora da União Europeia ou que estejam
diretamente ligadas a bens que se destinam a ser
exportados para países terceiros.

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CONDIÇÕES FORMAIS DO DIREITO À DEDUÇÃO

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APURAMENTO DO IVA

• Nos termos do n.º 2 do artigo 19.º, para que haja


lugar à dedução é necessário que o imposto a
deduzir conste:
• de fatura ou recibo do pagamento do IVA que integra
as declarações de importação (IL),
• bem como em documentos emitidos por via
eletrónica pela AT, nos quais conste o número e data
do movimento de caixa.
• Quanto ao direito à dedução no Regime de IVA de caixa
ver a parte final do Bloco Formativo 4.

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APURAMENTO DO IVA

• Relativamente às faturas que permitem o exercício do


direito à dedução, apenas são consideradas as que
tenham sido emitidas sob forma legal, isto é, aquelas
que contenham os elementos mencionados no n.º 5 do
artigo 36.º.

• Por outro lado, a dedução do imposto só poderá ser


efetuada se o sujeito passivo tiver na sua posse os
documentos (originais) atrás referidos, nos quais seja
designado como destinatário dos bens ou serviços.

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CONDIÇÕES TEMPORAIS DO DIREITO À


DEDUÇÃO

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• O direito à dedução nasce no momento em que o


imposto dedutível se torna exigível tal como é definido
nos artigos 7.º e 8.º (1.ª parte do n.º 1 do art. 22.º).
• O exercício do direito à dedução só pode ser efetuado
até ao decurso do prazo a que se refere o n.º 2 do
artigo 98.º – prazo geral de 4 anos.
• No caso de terem ocorrido erros materiais ou de
cálculo na contabilização do IVA, o direito à dedução só
pode ser exercido do prazo de 2 anos (n.º 6 do artigo 78.º).

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• Não é dedutível o IVA suportado com a aquisição, fabrico ou


importação, locação, utilização, transformação e reparação
de viaturas de turismo, barcos de recreio, helicópteros,
aviões, motos e motociclos.

• Considera-se viatura de turismo qualquer veículo


automóvel, com inclusão do reboque, que, pelo seu tipo
de construção e equipamento, não seja destinado
unicamente ao transporte de mercadorias ou a uma
utilização com caráter agrícola, comercial ou industrial ou
que, sendo misto ou de transporte de passageiros, não
tenha mais de nove lugares, com inclusão do condutor.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• De conformidade com o ofício-circulado n.º


30152/2013, de 16/10/2013, do Gabinete do Subdiretor
Geral do IVA, para efeitos de exclusão do direito à
dedução prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 21.º do
CIVA,

– é considerada viatura de turismo, por não se


destinar unicamente ao transporte de mercadorias,

– qualquer viatura ligeira que possua mais de três


lugares, com inclusão do condutor.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• Assim, não confere direito à dedução

• O imposto contido nas despesas relativas à aquisição,


fabrico ou importação, à locação, à utilização, à
transformação, e reparação de viaturas ligeiras que
possuam mais de três lugares, com inclusão do
condutor, ainda que o “tipo de veículo” inscrito no
certificado de matrícula seja “mercadorias”.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• Não se verifica, contudo, a exclusão do direito à


dedução, quando o IVA suportado respeite a bens cuja
venda ou exploração constitua objeto da atividade do
sujeito passivo.

• Além disso e na sequência da reforma da chamada


Fiscalidade Verde, concretizada pela Lei n.º 82-
D/2014, de 31 de dezembro, foram aditadas ao n.º 2
do artigo 21.º do CIVA as alíneas f) e g), com a
seguinte redação:

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• A alínea f) do n.º 2 permite a dedução do IVA


suportado nas despesas relativas à aquisição, fabrico
ou importação, à locação e à transformação em
viaturas elétricas ou híbridas plug-in, de viaturas
ligeiras de passageiros ou mistas elétricas ou
híbridas plug-in, quando consideradas viaturas de
turismo, cujo custo de aquisição não exceda o
definido na portaria a que se refere a alínea e) do n.º
1 do artigo 34.º do Código do IRC.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• A alínea g) do n.º 2 permite o direito à dedução, na


proporção de 50 %, do IVA contido nas despesas
relativas à aquisição, fabrico ou importação, à
locação e à transformação em viaturas movidas a
GPL ou a GNV, de viaturas ligeiras de passageiros ou
mistas movidas a GPL ou a GNV, quando
consideradas viaturas de turismo, cujo custo de
aquisição não exceda o definido na portaria a que se
refere a alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do
IRC.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• Não é dedutível o IVA contido nas despesas com


combustíveis normalmente utilizáveis em viaturas
automóveis (gasolina);
• Exceto o IVA suportado com a aquisição de gasóleo, GPL, gás
natural ou biocombustíveis, que é dedutível em 50%, a
menos que seja utilizado nos bens a seguir indicados, caso
em que é dedutível na totalidade:
• Veículos pesados de passageiros;
• Veículos licenciados para transportes públicos,
excetuando-se o rent-a-car;

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• Máquinas consumidoras de gasóleo, GPL, gás natural


ou biocombustíveis, bem como as máquinas que
possuam matrícula atribuída pelas autoridades
competentes, desde que, em qualquer dos casos, não
sejam veículos matriculados;
• Tratores com emprego exclusivo ou predominante na
realização de operações culturais inerentes à
atividade agrícola;
• Veículos de transporte de mercadorias com peso
superior a 3500Kgs.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• Não é dedutível o IVA suportado em despesas de transportes


e viagens de negócios do sujeito passivo do imposto e do seu
pessoal, incluindo as portagens;

• Não é dedutível o IVA contido nas despesas respeitantes a


alojamento, alimentação, bebidas e tabacos e despesas de
receção, incluindo as relativas ao acolhimento de pessoas
estranhas à empresa e as despesas relativas a imóveis ou
parte de imóveis e seu equipamento, destinados
principalmente a tais receções;
• O IVA suportado nestas despesas, com exceção de
tabacos, será dedutível em 50%, quando:

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• Forem efetuadas para as necessidades dos


participantes;
• Estiverem relacionadas com a organização de
congressos, feiras, exposições, seminários,
conferências e similares;
• Quando resultem de contratos celebrados
diretamente com o prestador de serviços ou através
de entidades legalmente habilitadas para o efeito; e
• Comprovadamente contribuam para a realização de
operações tributáveis.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• O IVA suportado nas despesas de transportes e viagens


de negócios do sujeito passivo do imposto e do seu
pessoal, incluindo as portagens, e as despesas de
alojamento, alimentação, bebidas, será dedutível em
25%, quando:
• Forem relativas à participação em congressos, feiras,
exposições, seminários, conferências e similares;
• Resultem de contratos celebrados diretamente com as
entidades organizadores de eventos; e
• Comprovadamente contribuam para a realização de
operações tributáveis.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• Não é, ainda, dedutível o IVA contido nas despesas de


divertimento e de luxo, sendo consideradas como tais as
que, pela sua natureza ou pelo seu montante, não
constituam despesas normais de exploração.

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OUTRAS EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• O imposto que resulte de operação simulada ou em que seja


simulado o preço constante da fatura (faturas falsas) – n.º 3
do artigo 19.º.
• O imposto que resulte de operações em que o vendedor dos
bens ou prestador dos serviços não entregue nos cofres do
Estado o imposto liquidado, quando o sujeito passivo tenha
ou devesse ter conhecimento de que o vendedor dos bens ou
o prestador dos serviços não dispõe de adequada estrutura
empresarial suscetível de exercer a atividade declarada – n.º
4 do artigo 19.º.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

 O imposto relativo a bens imóveis afetos à empresa, na


parte em que esses bens sejam destinados a uso próprio do
titular da empresa, do seu pessoal ou, em geral, a fins
alheios à mesma – n.º 7 do artigo 19.º.
 Com esta disposição, que foi aditada pelo Decreto-Lei n.º
134/2010, de 27 de dezembro, que entrou em vigor em
01/01/2011, quando um bem imóvel é utilizado
simultaneamente em fins empresariais e fins privados, deixou de
ser possível ao seu proprietário optar pela dedução integral do
IVA suportado na sua aquisição ou construção e posterior
liquidação do IVA correspondente à sua utilização para fins
privados, passando, nestes casos, a poder deduzir unicamente o
IVA correspondente à parte destinada a fins empresariais.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• Nos casos em que a obrigação de liquidação e


pagamento do imposto compete ao adquirente dos bens
e serviços, apenas confere direito à dedução o imposto
que foi liquidado por força dessa obrigação – n.º 8 do
artigo 19.º (aditado pelo artigo 195.º da Lei n.º 66-
B/2012, de 31 de dezembro, que aprovou o OE/2013).

• O imposto pago em aquisições que sejam efetuadas em


nome e por conta do cliente e contabilizadas nas
respetivas contas de terceiros – n.º 2 do artigo 20.º.

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EXCLUSÕES DO DIREITO À DEDUÇÃO

• O IVA devido pelas aquisições de bens em segunda mão,


de objetos de arte, de coleção e antiguidades, sempre
que o valor tributável da transmissão posterior, de
acordo com o regime aplicado a estes bens, consista na
diferença entre o preço da venda e o preço de compra
(regime particular) – n.º 3 do artigo 21.º.

• O imposto suportado por revendedores, relativamente


às aquisições de combustíveis e de tabaco para revenda
(regimes particulares).

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DIREITO À DEDUÇÃO
APLICAÇÃO TEMPORAL

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DIREITO À DEDUÇÃO
APLICAÇÃO TEMPORAL

PRINCÍPIO DA DEDUÇÃO IMEDIATA (artigo 22.º)

• O direito à dedução nasce no momento em que o


imposto dedutível se torna exigível;
• A dedução deverá ser efetuada na declaração do
período ou de período posterior àquele em que se
tiver verificado a receção das faturas ou recibo de
pagamento de IVA que fizer parte das declarações
de importação.

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DIREITO À DEDUÇÃO
APLICAÇÃO TEMPORAL

CRÉDITO DE IMPOSTO (artigo 22.º)

• Sempre que a dedução do imposto a que haja


lugar supere o montante devido pelas operações
tributáveis, no período correspondente, o excesso
será deduzido nos períodos de imposto
seguintes.

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DIREITO À DEDUÇÃO
APLICAÇÃO TEMPORAL

PEDIDOS DE REEMBOLSO (artigo 22.º)

• Se, passados 12 meses relativos ao período em que se


iniciou o excesso, persistir crédito a favor do sujeito
passivo superior a € 250,00, este poderá solicitar o seu
reembolso.

• O sujeito passivo pode solicitar o reembolso antes do


fim do período de 12 meses, quando o crédito a seu
favor exceder 3.000,00 euros.

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DIREITO À DEDUÇÃO
APLICAÇÃO TEMPORAL

PEDIDOS DE REEMBOLSO (artigo 22.º)

• O sujeito passivo pode, ainda, solicitar o reembolso


antes do fim do período de 12 meses, quando:

• Se verifique a cessação da atividade;

• Passe a enquadrar-se no disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 29.º,


n.º 1 do artigo 54.º ou n.º 1 do artigo 61.º.

• desde que, em todos os casos, o valor do reembolso seja


igual ou superior a € 25,00.

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• Conceito de sujeitos passivos mistos – Sujeitos


passivos que realizam operações tributáveis que
conferem direito à dedução, simultaneamente com
operações que não conferem esse direito.

• Direito à dedução dos sujeitos passivos mistos – A


dedução do imposto suportado na aquisição de bens e
serviços que sejam utilizados na realização de ambos os
tipos de operações é apenas parcial.

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• Determinação do direito à dedução – Mediante a


utilização dos seguintes métodos:

– Método da percentagem de dedução ou pro


rata;

– Método da afetação real.

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• O método da percentagem de dedução ou pro rata


aplica-se exclusivamente a bens e serviços que sejam
objeto de utilização mista, ou seja, aos bens e/ou
serviços utilizados conjuntamente em atividades que
conferem o direito a dedução e em atividades que não
conferem esse direito.

• Excluem-se do cálculo do imposto dedutível outras


atividades prosseguidas pelo sujeito passivo que não
sejam atividades económicas.

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• Operações que, segundo a jurisprudência do TJUE, se


encontram fora do conceito de atividade económica
– Dividendos de participações sociais;
– Mais-valias da venda de ações e de outros títulos
negociáveis;
– Juros de obrigações;
– Rendimentos de aplicações em fundos de investimento;
– Juros pela concessão ocasional de crédito pelas holding
com recurso aos dividendos distribuídos pelas
participadas;
– Entrada para o capital de uma sociedade civil;
– Emissão de ações representativas do capital de uma
sociedade comercial.
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Aspetos práticos
DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• A disciplina do artigo 23.º do CIVA é de aplicação


exclusiva aos bens e serviços de utilização mista.

• Consequências:
a) Bens ou serviços exclusivamente afetos a operações
tributadas ou isentas com direito à dedução – dedução
integral;
b) Bens ou serviços exclusivamente afetos a operações sem
direito à dedução – não dedução;
c) Bens ou serviços exclusivamente afetos a operações fora
do conceito de atividade económica – não dedução.

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• Métodos de dedução relativa aos bens e serviços


de utilização mista em:

- Operações fora do conceito de atividade


económica – afetação real.

- Operações decorrentes do exercício de uma


atividade económica, parte das quais não confere
direito à dedução – afetação real ou pro rata

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• Métodos de dedução relativa aos bens e serviços de


utilização mista:

1.ª situação: Bem ou serviço utilizado


simultaneamente em:

Operações tributadas ou
isentas que conferem
direito à dedução
AFETAÇÃO 
e
Operações fora do  REAL
conceito de atividade 
económica

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• Métodos de dedução relativa aos bens e serviços de


utilização mista:

2.ª situação: Bem ou serviço utilizado simultaneamente em:

Operações tributadas e
isentas que conferem
direito à dedução AFETAÇÃO 
e REAL 
OU 
Operações isentas que  PRO RATA
não conferem direito à 
dedução
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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• Métodos de dedução relativa aos bens e serviços de


utilização mista:

3.ª situação: Bem ou serviço utilizado simultaneamente em:

a) Operações tributadas ou isentas AFETAÇÃO 


que conferem direito à dedução REAL para distinguir  
b) Operações isentas que não  a c) das restantes
conferem direito à dedução
e
PRO RATA ou 
AFETAÇÃO 
c) Operações fora do conceito de  REAL para distinguir  
atividade económica a) e b)
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Aspetos práticos
DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

• EXEMPLO: Sujeito passivo A, Lda., realiza as seguintes


operações:

(a) Tributadas – 100 000


(b) Isentas sem direito à dedução – 30 000
(c) Fora do conceito de atividade económica – 20 000

Adquiriu um computador (com IVA suportado de 100) que


utiliza nas três atividades:
- 70% em (a),
- 10% em (b) e
- 20% em (c).

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

Cálculo do direito à dedução:

- Efetiva utilização nas operações (c) – IVA não dedutível


à partida – 20% de 100 = 20

- IVA restante (80).

2.1) Se usar pro rata –


100 000/130 000 = 77%, deduz 80 x 77% = 61,6

2.2) Se usar afetação real deduz 70 (70% x 100).

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DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

MÉTODO DA PERCENTAGEM DE DEDUÇÃO


OU PRO RATA

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MÉTODO DA PERCENTAGEM DE DEDUÇÃO
OU PRO RATA

• Determinação do IVA dedutível

• O IVA suportado nas aquisições é apenas dedutível


em percentagem correspondente ao montante
anual das operações que conferem direito a
dedução.

• Ou seja: Se as operações que conferem direito à


dedução representam, por hipótese, 60% do total
das operações realizadas, então o IVA dedutível será
60% do IVA suportado.

Atualização fiscal em IVA


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Aspetos práticos
MÉTODO DA PERCENTAGEM DE DEDUÇÃO
OU PRO RATA

• Cálculo da proporção – É dado por uma fração em


que:
– O numerador é constituído pelo montante anual,
imposto excluído, das operações que dão direito à
dedução.

– O denominador é constituído pelo montante anual,


imposto excluído, de todas as operações decorrentes
do exercício de uma atividade económica, bem como as
subvenções não tributadas que não sejam subsídios ao
equipamento.

Atualização fiscal em IVA


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Aspetos práticos
MÉTODO DA PERCENTAGEM DE DEDUÇÃO
OU PRO RATA

• Cálculo da percentagem de dedução ou pro rata (1):

operações sujeitas a IVA e dele não isentas + operações


isentas com direito à dedução (2)
__________________________________________________
todas as operações efetuadas pelo sujeito passivo no
quadro de uma atividade económica, incluindo
subvenções não tributadas que não sejam subsídios de
equipamento (2)

(1) No cálculo do pro rata não são tidas em conta as operações não
decorrentes do exercício de uma atividade económica, pois estas são
previamente sujeitas à afetação real.
(2) Excluem-se as transmissões de bens de investimento e operações
imobiliárias ou financeiras que tenham caráter acessório.

Atualização fiscal em IVA


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Aspetos práticos
MÉTODO DA PERCENTAGEM DE DEDUÇÃO OU
PRO RATA

Arredondamento
 O resultado da fração será arredondado para a centésima
imediatamente superior (n.º 8 do artigo 23.º do CIVA)
 Se o resultado for, por exemplo, 0,2021, o pro rata a utilizar será 21%
(utilizam‐se sempre percentagens sem casas decimais)

Valores não considerados no cálculo do pro rata
 Subsídios de equipamento (n.º 4 do artigo 23.º do CIVA);
 Transmissões de bens de investimento (n.º 5 do artigo 23.º do CIVA);
 Operações imobiliárias e financeiras que tenham caráter acessório
(n.º 5 do artigo 23.º do CIVA)

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Aspetos práticos
MÉTODO DA PERCENTAGEM DE DEDUÇÃO OU
PRO RATA

Exemplo (dados respeitantes a 2017)  – valores em euros

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Aspetos práticos
MÉTODO DA PERCENTAGEM DE DEDUÇÃO
OU PRO RATA

Exemplo

 Cálculo do pro rata de 2017

(1 000 000 + 40 000) : (1 400 000 + 400 000 + 100 000 + 1 000 000 + +
40 000) =
= 1 040 000 : 2 940 000 = 0,3537 ...

 De conformidade com o n.º 8 do artigo 23.º do CIVA, o pro


rata de 2016 é de 36%

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Aspetos práticos
MÉTODO DA PERCENTAGEM DE DEDUÇÃO
OU PRO RATA

Cálculo do IVA dedutível ao longo de determinado ano
 Efetuado com base no pro rata definitivo do ano anterior;
 Ou, no caso de início de atividade ou de alteração substancial das
condições de exercício da mesma, com base numa percentagem
estimada, a indicar na declaração de início de atividade ou de
alterações.

IVA não dedutível
 A percentagem de dedução (pro rata) apenas deve ser aplicada ao
IVA suscetível de poder ser deduzido, face aos condicionalismos dos
artigos 19.º a 22.º do CIVA;
 Não deverá, obviamente, ser aplicada ao IVA não dedutível, face ao
que dispõem os artigos 19.º e 21.º do CIVA.

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Aspetos práticos
DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

MÉTODO DA AFETAÇÃO REAL

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Aspetos práticos
MÉTODO DA AFETAÇÃO REAL

Em que consiste
 Na possibilidade de deduzir a totalidade do IVA suportado na aquisição
de bens e serviços destinados às atividades que conferem o direito à
dedução e no impedimento de dedução do imposto suportado nas
operações que não conferem esse direito.

Em termos práticos
 O método da afetação real consiste numa fragmentação da atividade da
empresa em dois setores:
 Um correspondente às operações tributáveis e às que, embora
isentas, conferem direito à dedução;
 Outro respeitante às operações isentas que não conferem direito à
dedução e às operações não sujeitas.

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Aspetos práticos
MÉTODO DA AFETAÇÃO REAL

Direito à dedução
 Relativamente ao 1.º dos setores antes indicados o direito à dedução é
integral, apenas com a ressalva do IVA contido nas despesas enumeradas
no artigo 21.º do CIVA;
 Quanto ao 2.º dos setores, não pode ser deduzida qualquer parcela do
IVA suportado nas aquisições de bens e serviços a ele destinados.

A afetação real não é obrigatória
 Depende de opção do sujeito passivo; 
 Tem de ser comunicada (ou na declaração de início ou em declaração de
alterações)

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Aspetos práticos
MÉTODO DA AFETAÇÃO REAL

A Administração Fiscal tem a possibilidade de tornar obrigatório o método da


afetação real
 Quando o sujeito passivo exerça atividades económicas distintas;
 Quando a aplicação do método do pro rata conduza a distorções
significativas na tributação.

Casos em que a Administração Fiscal impôs a afetação real
 Nas operações imobiliárias (Ofício circulado n.º 79713, de 18/07/89, da
DSIVA).
 Nas empresas que forneçam refeições e bebidas aos seus empregados
(Ofício circulado n.º 53598, de 11/05/89, da DSIVA).
 Nas instituições de crédito quando desenvolvam simultaneamente as
atividades de leasing ou de ALD (Ofício circulado n.º 30108, de 30/11/2008,
do Gabinete do Subdiretor‐Geral do IVA).
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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 65
Aspetos práticos
MÉTODO DA AFETAÇÃO REAL

• A determinação do uso efetivo dos bens e serviços de


utilização mista deve ter por base critérios objetivos
de imputação:
– Por exemplo:
• área ocupada pelo setor,
• horas/homem,
• horas/máquina,
• número de empregados afeto a cada tipo de
operações,
• outros
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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 66
Aspetos práticos
MÉTODO DA AFETAÇÃO REAL

• Na definição desses critérios deve ter-se em conta a


natureza dos bens ou serviços, o tipo de atividade
exercida, a forma como a empresa se encontra
organizada e o género de utilização que é dada pela
empresa aos bens e serviços em causa.

• Cabe à AT avaliar a idoneidade desses critérios e, se


necessário, impor fundamentadamente, a adoção de
critérios diferentes.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 67
Aspetos práticos
MÉTODO DA AFETAÇÃO REAL

• Em princípio, o critério para medir o grau de utilização


relevante deve ser determinado caso a caso, o mesmo é
dizer, bem a bem ou serviço a serviço, em função da
sua própria utilização. No entanto, pode admitir-se o
recurso de uma chave de repartição ou critério objetivo
comum a um conjunto de bens ou serviços.

• Os critérios adotados pelo sujeito passivo no início de


cada ano civil devem ser utilizados consistentemente
nesse período, podendo ser efetuados os devidos
ajustamentos no final de cada ano.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 68
Aspetos práticos
MÉTODO DA AFETAÇÃO REAL

• Exemplificando:

• Um sujeito passivo adquiriu um computador, no qual


suportou € 360 de IVA.

• A efetiva utilização do mesmo foi de 70% nas operações


que constituem atividades económicas para efeitos de IVA
e 30% nas operações que não se enquadram nesse
conceito.

• O IVA dedutível é, neste caso, de € 360 x 70% = € 252

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 69
Aspetos práticos
DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

REGULARIZAÇÕES ANUAIS
POR CÁLCULO DO PRO RATA DEFINITIVO

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 70
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR CÁLCULO DO
PRO RATA DEFINITIVO

• No final de cada ano ...


• após o cálculo do pro rata com base nas operações
realizadas ao longo desse ano ...
• deve proceder-se, em conformidade com o n.º 6 do
artigo 23.º do CIVA, à regularização do IVA que, ao
longo de cada um dos meses (ou trimestres) do ano,
foi sendo provisoriamente deduzido com base no pro
rata do ano anterior.
• O pro rata assim determinado será utilizado
provisoriamente no ano seguinte.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 71
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR CÁLCULO DO
PRO RATA DEFINITIVO

• Essa regularização será a favor do Estado se o pro rata


provisório for superior ao pro rata definitivo – campo 41
da última declaração periódica do ano.
• Será a favor do sujeito passivo se o pro rata provisório
for inferior ao pro rata definitivo – campo 40 da última
declaração periódica do ano.
• Contabilisticamente estas regularizações são relevadas na
conta
» 2434 – IVA – Regularizações
» 24343 – Anuais por cálculo do pro rata definitivo

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 72
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR CÁLCULO DO
PRO RATA DEFINITIVO

• Conta essa que:


• Se debita, no fim do ano, pelas regularizações que
determinem diferenças a favor da empresa, por crédito das
contas onde foram anteriormente debitadas as aquisições
cujo imposto dedutível é objeto de retificação;
• Se credita pelas regularizações que determinem diferenças
a favor do Estado, por débito das contas onde foram
anteriormente debitadas as aquisições cujo imposto
dedutível é objeto de retificação.
• Não se tratando de bens de investimento, quando se
mostrar difícil a imputação específica da referida
contrapartida, esta poderá ser registada como custo ou
proveito extraordinário.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 73
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR CÁLCULO DO
PRO RATA DEFINITIVO

 Exemplo 
 Pro rata definitivo de 2016 ‐ 40%
 Pro rata definitivo de 2017  ‐ 36%

 IVA deduzido em 2017 (com base no pro rata de 2018) – valores em euros

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 74
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR CÁLCULO DO
PRO RATA DEFINITIVO

 Exemplo

 Prp – Pro rata provisório (corresponde ao definitivo do ano anterior)
 Prd – Pro rata definitivo (será o provisório do ano seguinte)

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 75
Aspetos práticos
DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

REGULARIZAÇÕES ANUAIS
POR VARIAÇÃO DA AFETAÇÃO

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 76
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS
POR VARIAÇÃO DA AFETAÇÃO

• À semelhança do que acontece com a utilização do pro


rata, também a dedução com recurso à afetação real
é calculada provisoriamente, devendo ser corrigida de
acordo com os valores tornados definitivos no final de
cada ano, na última declaração do ano a que respeita.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 77
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS
POR VARIAÇÃO DA AFETAÇÃO

• Exemplo
– O sujeito passivo A, que utiliza o método da afetação
real, adquiriu uma máquina industrial, na qual suportou
IVA no valor de € 2 000.
– A máquina é utilizada para a realização de operações que
conferem direito a dedução e para outras que não
conferem aquele direito.
– No momento da aquisição o sujeito passivo admitiu que a
referida máquina iria ser utilizada em igual proporção em
ambos os tipos de atividade, pelo que deduziu 50% do
imposto suportado, ou seja: € 2 000 x 50% = € 1 000

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 78
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS
POR VARIAÇÃO DA AFETAÇÃO

– No final do ano, e de acordo com os elementos


existentes e de base demonstrável, concluiu-se que
o grau de utilização efetiva da máquina em
operações sujeitas a IVA e dele não isentas foi
apenas de 30%

– Impõe-se assim uma correção ao IVA previamente


deduzido, geradora de uma regularização a favor do
Estado de
€ 1000 – 30% x € 2000 = € 400

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 79
Aspetos práticos
DIREITO À DEDUÇÃO
DOS SUJEITOS PASSIVOS MISTOS

REGULARIZAÇÕES ANUAIS
POR VARIAÇÃO DOS PRO RATAS DEFINITIVOS

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 80
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR VARIAÇÃO
DOS PRO RATA DEFINITIVOS

Estas regularizações apenas se aplicam aos bens de


investimento.
• Os bens de investimento estão, assim, sujeitos às seguintes
regularizações:
• À do n.º 6 do artigo 23.º do CIVA, por cálculo do pro rata definitivo;
• Às do artigo 24.º do CIVA, por variações posteriores dos pro rata
definitivos.
• Não há lugar a estas regularizações relativamente a bens:
• De valor unitário inferior a € 2.500,00;
• Que, nos termos do Decreto‐Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de
setembro, tenham um período de vida útil inferior a 5 anos.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 81
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR VARIAÇÃO
DOS PRO RATA DEFINITIVOS

Sendo utilizado o método da percentagem de dedução ou pro rata

• Nos termos do artigo 24.º, as deduções efetuadas quanto a bens de


investimento serão regularizadas anualmente se for igual ou
superior a 5 pontos percentuais a diferença:

• entre o pro rata definitivo do ano de aquisição dos bens e o verificado


no ano de início da utilização e em cada um dos quatro anos civis
posteriores, tratando‐se de bens móveis;
• entre o pro rata definitivo do ano de aquisição ou da conclusão das
obras e o aplicável no ano de ocupação do bem e em cada um dos
nove ou dezanove anos civis posteriores (consoante a aquisição ou
conclusão das obras tenha ocorrido antes ou depois da entrada em
vigor do Decreto‐Lei n.º 31/2001, de 8 de fevereiro, que ocorreu em
13/02/2001), quanto às despesas de investimento em bens imóveis.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 82
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR VARIAÇÃO
DOS PRO RATA DEFINITIVOS

• Prazo durante o qual devem ser efetuadas as regularizações


relativas aos bens de investimento:

• Bens móveis – o prazo começa no ano de início de utilização e


prolonga‐se pelos quatro anos seguintes;

• Bens imóveis – o prazo inicia‐se no ano de ocupação do imóvel e


prolonga‐se durante os nove ou dezanove anos posteriores,
consoante a aquisição ou conclusão das obras tenha ocorrido antes
ou depois da entrada em vigor do Decreto‐Lei n.º 31/2001, de 8 de
fevereiro, que ocorreu em 13/02/2001.

• Tratando‐se de despesas de investimento em bens imóveis,


designadamente grandes reparações, o ponto de referência para o
início do prazo de regularização será o ano da conclusão das obras.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 83
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR VARIAÇÃO
DOS PRO RATA DEFINITIVOS

Em caso de utilização do método da afetação real

• Terá, igualmente, de proceder‐se ao ajustamento anual das


deduções relativas a bens de investimento, quando nos anos
seguintes ocorram alterações relevantes na sua proporção de
utilização,

• Considerando‐se haver alterações relevantes quando existir


uma alteração do IVA dedutível, para mais ou para menos,
igual ou superior a € 250.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 84
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR VARIAÇÃO
DOS PRO RATA DEFINITIVOS

Exemplo
• Um sujeito passivo adquiriu em fevereiro de 2013 uma
máquina industrial na qual suportou IVA no montante de
21.000 euros, que entrou em funcionamento de imediato,

• Os níveis de utilização em operações que conferem direito a


dedução são os seguintes:

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 85
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR VARIAÇÃO
DOS PRO RATA DEFINITIVOS

– Provisório em fevereiro de 2013 … 79%


– Definitivo de 2013………………………. 80%
– Definitivo de 2014………………………. 85%
– Definitivo de 2015………………………. 90%
– Definitivo de 2016………………………. 79%
– Definitivo de 2017………………………. 76%

• Nestas condições, em fevereiro de 2013 deduziu


€ 16 590 (€ 21 000 x 79%)
• Em dezembro de 2013 deduziu mais
80% x € 21 000 - € 16 590 = € 210
• Total do IVA deduzido em 2013 - € 16 800
Atualização fiscal em IVA
Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 86
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES ANUAIS POR VARIAÇÃO
DOS PRO RATA DEFINITIVOS

Só em 2016 não houve lugar a regularização, uma vez que o 
valor da diferença do IVA dedutível é inferior a € 250 
Atualização fiscal em IVA
Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 87
Aspetos práticos
APURAMENTO DO IVA

TRANSMISSÃO DE BENS DE INVESTIMENTO


DURANTE O PERÍODO DE REGULARIZAÇÃO

Atualização fiscal em IVA


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Aspetos práticos
TRANSMISSÃO DE BENS DE INVESTIMENTO
DURANTE O PERÍODO DE REGULARIZAÇÃO

• As transmissões de bens de investimento constituem


operações sujeitas a IVA
• Podem beneficiar da isenção prevista no n.º 32 do art. 9.º do
CIVA, que abrange:
• As transmissões de bens afetos exclusivamente a uma atividade
isenta, quando não tenham sido objeto do direito à dedução;
• As transmissões cuja aquisição ou afetação tenha sido feita com
exclusão do direito à dedução nos termos do n.º 1 do art. 21.º do
CIVA.
• Não lhes é aplicável o “Regime Especial dos Bens em Segunda
Mão”, já que este regime apenas aproveita a bens adquiridos
para revenda.
Atualização fiscal em IVA
Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 89
Aspetos práticos
TRANSMISSÃO DE BENS DE INVESTIMENTO
DURANTE O PERÍODO DE REGULARIZAÇÃO

• Podem não constituir transmissões de bens ou prestações de


serviços nos termos do n.º 4 do artigo 3.º e do n.º 5 do art.
4.º do CIVA,

• quando integrados numa cessão, a título oneroso ou gratuito


de estabelecimento comercial, da totalidade de um património
ou de uma parte dele, que seja suscetível de constituir um
ramo de atividade independente.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 90
Aspetos práticos
TRANSMISSÃO DE BENS DE INVESTIMENTO
DURANTE O PERÍODO DE REGULARIZAÇÃO

• Podem originar uma correção das deduções efetuadas, para


mais ou para menos (n.º 5 do artigo 24.º do CIVA).
• Se a transmissão for sujeita
• a regularização terá de ser feita por uma só vez,
ficcionando‐se a afetação do bem a uma atividade
totalmente tributável até ao fim do período de
regularização.
• Se no ano de aquisição o IVA suportado foi deduzido na totalidade,
não há qualquer regularização a efetuar
• Se a dedução tiver sido efetuada com base num pro rata inferior a
100%, o vendedor terá direito a uma regularização a seu favor.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 91
Aspetos práticos
TRANSMISSÃO DE BENS DE INVESTIMENTO
DURANTE O PERÍODO DE REGULARIZAÇÃO

• Se a transmissão for isenta:
• Nos termos do n.º 32 do artigo 9.º do CIVA – neste caso não
haverá lugar a qualquer regularização, uma vez que se supõe que, até
final do período de regularização, os bens continuarão afetos a uma
atividade isenta;

• Nos termos do n.º 30 do artigo 9.º do CIVA – neste caso,


tendo havido dedução do IVA suportado, há que regularizar as
deduções efetuadas, considerando‐se que o imóvel estará afeto a uma
atividade isenta até final do período de regularização.
• Estão sujeitos a estas regularizações todos os sujeitos
passivos do regime normal e não apenas os sujeitos passivos
mistos.
Atualização fiscal em IVA
Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 92
Aspetos práticos
APURAMENTO DO IVA

OUTRAS REGULARIZAÇÕES

Atualização fiscal em IVA


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Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• Haverá ainda lugar a regularização quando os bens imóveis,


relativamente aos quais tenha havido dedução de imposto
(total ou integral), sejam afetos a fins alheios à atividade da
empresa, bem como quando ocorra a cessação da atividade
durante o período de regularização.

• Relativamente ao primeiro caso, a regularização anual


corresponderá a 1/20 (1/10 para os bens imóveis adquiridos antes de
13/02/2001) do IVA deduzido por cada ano civil completo em
que se verificar a afetação (n.º 1 do artigo 26.º).

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 94
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• Este procedimento deverá manter‐se por cada ano em que se


mantiver a afetação do imóvel a fins habitacionais, até ao final
dos 20 anos do período de regularização.

NOTA: Esta regularização só é obrigatória quando a afetação


se verifique durante um ano civil completo, conforme
resulta da redação do artigo 26.º (“durante 1 ou mais
anos civis completos”), o que poderá originar que,
quando se verifiquem afetações temporárias, por
períodos inferiores a um ano, esta regularização não
tenha de ser efetuada.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 95
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• Ocorrendo a cessação de atividade durante o período de


regularização, a regularização deverá ser efetuada nos termos
do n.º 5 do artigo 24.º, já referido anteriormente (n.º 3 do artigo
26.º).

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 96
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• No caso de sujeitos passivos mistos:


• Se houver liquidação de IVA na venda (bens móveis e
imóveis) – considera‐se que os bens foram afetos a uma
atividade totalmente tributada, pelo período por decorrer
até ao termo do período de regularização).

• Se a venda for isenta (bens imóveis) – considera‐se que o


imóvel foi afeto a uma atividade totalmente não tributada
pelo período restante, até que se esgote o período de
regularização.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 97
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• No caso de sujeitos passivos do regime normal que cessem a


atividade, o problema só se coloca no caso de vendas,
efetuadas com isenção de IVA, de imóveis que conferiram o
direito à dedução no momento da aquisição – neste caso
considera‐se que o imóvel é afeto a uma atividade totalmente
não tributada pelo período restante.
• As regularizações do n.º 5 do artigo 24.º, referidas
anteriormente, são também aplicáveis aos bens de
investimento, no caso de passagem do regime normal a
regimes de isenção incompleta, nos termos da alínea b) do n.º
3 do artigo 12.º e do n.º 4 do artigo 54.º.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 98
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• As regularizações do n.º 5 do artigo 24.º são também


aplicáveis pelos sujeitos passivos que não têm restrições ao
nível do direito à dedução, no caso de alienação, com isenção
de IVA, de bens imóveis que conferiram o direito à dedução,
caso em que terão de efetuar uma regularização a favor do
Estado.
• No caso de haver liquidação de IVA na venda do imóvel, por
ter havido renúncia à isenção do n.º 30 do artigo 9.º do CIVA,
não haverá regularizações a fazer. No caso de alienação por
estes sujeitos passivos de bens móveis, também não haverá
quaisquer regularizações a fazer.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 99
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• O Decreto‐Lei n.º 21/2007, que aprovou o Regime de


renúncia à isenção do IVA nas operações relativas a bens
imóveis, introduziu também alterações às regularizações
previstas nos artigos 24.º, 25.º e 26.º do CIVA.

• Face a essas alterações, passaram a ter de ser


efetuadas também as seguintes regularizações:

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 100
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• Nos termos do n.º 6 do artigo 24.º, a regularização do n.º 5


do artigo 24.º tem ainda aplicação, considerando‐se que os
bens estão afetos a uma atividade não tributada,

• no caso de bens imóveis relativamente aos quais houve,


aquando da compra/construção/realização de outras
despesas de investimento com eles relacionadas, dedução
total ou parcial do IVA suportado, quando ocorra uma das
seguintes situações:

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 101
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

a) O sujeito passivo, devido a alteração da atividade exercida


ou por imposição legal, passe a realizar exclusivamente
operações isentas sem direito à dedução;
b) O sujeito passivo passe a realizar exclusivamente
operações isentas sem direito à dedução, em virtude do
disposto no n.º 3 do artigo 12.º ou nos n.os 3 e 4 do
artigo 55.º;
c) O imóvel passe a ser objeto de uma locação isenta nos
termos do n.º 29 do artigo 9.º.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 102
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• Nestes casos, no momento em que aconteça algum dos


factos previstos, regulariza‐se, a favor do Estado, o IVA,
proporcionalmente ao período ainda não decorrido, até que
se esgote o período de regularização.

• Claro está que só haverá regularizações relativamente aos


bens que ainda estão dentro do período de regularização
(5/20 anos).

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 103
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• Nos termos do n.º 2 do artigo 26.º, a regularização prevista


no n.º 1 do mesmo artigo será também de efetuar no caso de
bens imóveis relativamente aos quais houve lugar à dedução
total ou parcial do IVA suportado na
compra/construção/realização de outras despesas de
investimento com elas relacionadas, quando os mesmos
sejam afetos a uma das utilizações previstas na alínea d) do
n.º 1 do artigo 21.º (despesas relativas a imóveis ou parte de
imóveis destinados principalmente a alojamento, receção,
acolhimento de pessoas estranhas à empresa).
• A regularização anual corresponderá a 1/20 do IVA deduzido
por cada ano em que se verificar a afetação.
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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 104
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• O artigo 10.º do “Regime de renúncia”, aprovado e publicado


em anexo ao Decreto‐Lei n.º 21/2007, estabelece a obrigação
de efetuar regularizações aos sujeitos passivos que tenham
renunciado à isenção nos termos daquele diploma, nas
situações nele indicadas.

• Assim, os sujeitos passivos que utilizem bens imóveis


relativamente aos quais houve direito à dedução total ou
parcial do IVA suportado na respetiva aquisição, devem
efetuar a regularização do n.º 5 do artigo 24.º, considerando‐
se que os bens estão afetos a uma atividade não tributada,
sempre que o imóvel:

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 105
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

a) Seja afeto a fins alheios à atividade exercida pelo


sujeito passivo

ou

b) Deixe de ser efetivamente utilizado na realização de


operações tributáveis por um período superior a cinco
anos

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 106
Aspetos práticos
OUTRAS REGULARIZAÇÕES

• A regularização, a favor do Estado, deve constar do campo 41


do quadro 06 da última declaração do ano em que ocorreu a
situação que lhe dá origem.

• O previsto na alínea b) não prejudica o dever de efetuar a


regularização prevista no n.º 1 do artigo 26.º do CIVA, até ao
decurso do referido prazo de cinco anos.

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Aspetos práticos
APURAMENTO DO IVA

REGULARIZAÇÕES NO CASO DE
MUDANÇA DE REGIME

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 108
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES NO CASO DE
MUDANÇA DE REGIME

• Possível nos casos de passagem a um regime de tributação,


seja por alteração da atividade, seja por imposição legal, ou
de transferência de bens de um setor isento para um setor
tributado, os bens de investimento antes adquiridos se
encontrem agravados com imposto.
• Nos termos do artigo 25.º o direito à dedução do imposto
suportado em bens de investimento mantém‐se quando uma
atividade, até então isenta, passe a ser tributada, ou haja
transferência de bens de um setor de atividade isento para um
setor de atividade tributado.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 109
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES NO CASO DE
MUDANÇA DE REGIME

• A disposição não contempla a dedução de imposto suportado


em bens de investimento adquiridos por sujeitos passivos
enquadrados no Regime Especial de Isenção (n.º 5 do artigo 25.º).
• Nestes casos a regularização a favor da empresa será
proporcional ao número de anos que faltem para completar o
período de regularização (5 ou 20 anos).
• Nestes termos, tratando‐se de bens móveis, estes terão que
ter sido adquiridos, no máximo, nos 4 anos anteriores.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 110
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES NO CASO DE
MUDANÇA DE REGIME

• Possível nos casos de passagem a um regime de tributação,


seja por alteração da atividade, seja por imposição legal, ou
de transferência de bens de um setor isento para um setor
tributado, os bens de investimento antes adquiridos se
encontrem agravados com imposto.
• Nos termos do artigo 25.º o direito à dedução do imposto
suportado em bens de investimento mantém‐se quando uma
atividade, até então isenta, passe a ser tributada, ou haja
transferência de bens de um setor de atividade isento para um
setor de atividade tributado.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 111
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES NO CASO DE
MUDANÇA DE REGIME

• O artigo 25.º prevê também, na alínea b) do n.º 1, a


possibilidade de regularização relativamente aos imóveis que,
após uma locação isenta (nos termos do n.º 29 do artigo 9.º)
abrangida pela alínea c) do n.º 6 do artigo 24.º, passem a ser
objeto de uma utilização pelo sujeito passivo, exclusivamente
no âmbito de operações que conferem direito à dedução.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 112
Aspetos práticos
APURAMENTO DO IVA

NÃO UTILIZAÇÃO DE BENS IMÓVEIS


EM FINS DA EMPRESA

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 113
Aspetos práticos
NÃO UTILIZAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
EM FINS DA EMPRESA

• A não utilização pura e simples, durante o período de


regularização, por um ou mais anos civis completos, de um
imóvel relativamente ao qual houve dedução do imposto nele
suportado, origina, nos termos do n.º 1 do artigo 26.º do CIVA,
a regularização de um vigésimo (ou de um décimo, se a
aquisição ou conclusão das obras tiver ocorrido antes de
13/02/2001) do IVA deduzido.

• Essa regularização deverá constar do campo 41 da declaração


do último período do ano a que respeita.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 114
Aspetos práticos
NÃO UTILIZAÇÃO DE BENS IMÓVEIS
EM FINS DA EMPRESA

• No caso de cessação da atividade, a regularização será


efetuada de uma só vez, pelo período ainda não decorrido.

• Estas regularizações terão de ser efetuadas por todos os


sujeitos passivos e não apenas pelos sujeitos passivos mistos.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 115
Aspetos práticos
APURAMENTO DO IVA

CONSEQUÊNCIAS NO DIREITO À DEDUÇÃO


DAS SUBVENÇÕES NÃO TRIBUTADAS

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 116
Aspetos práticos
CONSEQUÊNCIAS DO DIREITO À DEDUÇÃO
DAS SUBVENÇÕES NÃO TRIBUTADAS

• Subvenções não incluídas no valor tributável das operações e


que não sejam subsídios de equipamento:

– Incluídas no denominador para efeitos de cálculo do pro


rata (n.º 4 do artigo 23.º).

– O TJUE definiu que tal inclusão só pode abranger os


“sujeitos passivos mistos”, não se aplicando aos “sujeitos
passivos integrais” que recebam essas subvenções.

– Disposição do n.º 7 do artigo 16.º deixou de ter


justificação, por contrária ao direito comunitário.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 117
Aspetos práticos
CONSEQUÊNCIAS DO DIREITO À DEDUÇÃO
DAS SUBVENÇÕES NÃO TRIBUTADAS

• No que respeita às subvenções não tributadas:

– Caso a subvenção vise financiar operações decorrentes de


uma atividade económica sujeitas a IVA, o respetivo
montante :

• Deve integrar o denominador do pro rata previsto no


n.º 4 do artigo 23.º do CIVA, no caso de sujeitos
passivos mistos;
• Não tendo qualquer influência no montante do imposto
dedutível no caso de sujeitos passivos integrais.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 118
Aspetos práticos
CONSEQUÊNCIAS DO DIREITO À DEDUÇÃO
DAS SUBVENÇÕES NÃO TRIBUTADAS

• No que respeita às subvenções não tributadas:
– Se a subvenção visa financiar operações decorrentes de
uma atividade económica mas não sujeitas a IVA ou,
ainda, operações não decorrentes de uma atividade
económica, o respetivo montante :

• Não deve integrar o denominador do pro rata;


• Sendo aplicáveis as regras de afetação real para tais
operações.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 119
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES DO IMPOSTO

REGULARIZAÇÕES DO IMPOSTO
Análise dos artigos 78.º e 78.º-A a 78.º-D do
CIVA

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 120
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES DO IMPOSTO

REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA


OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR
TRIBUTÁVEL
(n.º 2 do artigo 78.º do CIVA)

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 121
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

• Por motivo de:

– Anulação;
– Rescisão do contrato;
– Concessão de abatimentos e bónus;
– Devolução de mercadorias.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 122
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

• A retificação é facultativa;

• O fornecedor poderá deduzir o imposto que liquidou


a mais, até ao final do período de imposto seguinte
ao da ocorrência desses factos;

• Não está estabelecido qualquer prazo para que


aquelas circunstâncias possam ser relevantes.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 123
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

Exemplo:

– Entre a data da fatura e a da devolução (da concessão do 
desconto ou abatimento, etc.) podem decorrer até 4 anos, 
sendo, mesmo assim, possível proceder à regularização do 
IVA.
– Mas ocorrida a devolução (ou concedido o desconto, etc.),
o fornecedor, caso pretenda efetuar a regularização, terá
de fazê‐la no mês (ou trimestre) em que esses factos
ocorrerem, ou o mais tardar, no mês (ou trimestre)
seguinte.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 124
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

• Haverá apenas que respeitar o prazo de 4 anos


estabelecido no n.º 2 do artigo 98.º do CIVA;

• O fornecedor ou o prestador de serviços deverá estar


habilitado a provar que reembolsou o seu
adquirente, ou que este tomou conhecimento da
retificação, sem o que se considerará indevida a
respetiva dedução (n.º 5 do artigo 78.º do CIVA).

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 125
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

• E como é que pode ser efetuada a prova?

– Qualquer um dos meios de comunicação escrita – carta,


ofício, telex, telefax, telegrama – com referência expressa
ao conhecimento da retificação do IVA;
– Nota de devolução ou nota de recebimento do cheque,
com menção à regularização do IVA;
– Fotocópia da nota de crédito, após assinatura e carimbo do
adquirente;

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 126
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

• Os sujeitos passivos que inscrevam valores nos campos 40 e


41 têm, para os períodos de tributação a partir de 01/10/2013,
de juntar às declarações periódicas os anexos aprovados pela
Portaria n.º 255/2013, de 12 de agosto, a saber:

 Anexo – REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 40;


 Anexo – REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 41.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 127
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

• Em relação a esta 1.ª situação:

• O fornecedor ou prestador de serviços regulariza o IVA a


seu favor no campo 40 da DP

• e preenche o quadro que se apresenta no diapositivo


seguinte

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 128
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 129
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

• Quanto ao cliente:

• Regulariza o IVA a favor do Estado no campo 41 da


declaração periódica;

• e preenche o quadro que se apresenta no diapositivo


seguinte.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 130
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA POR ANULAÇÃO DA
OPERAÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 131
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES DO IMPOSTO

REGULARIZAÇÃO DO IVA EM CONSEQUÊNCIA


DA EMISSÃO DE FATURAS INEXATAS
(n.º 3 do artigo 78.º do CIVA)

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 132
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA EM CONSEQUÊNCIA DA
EMISSÃO DE FATURAS INEXATAS

• Obrigatória quando houver imposto liquidado a menos

– Sem qualquer penalidade – Até ao fim do período


seguinte àquele a que respeita a fatura a retificar.

– Com penalidade – Findo aquele período.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 133
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA EM CONSEQUÊNCIA DA
EMISSÃO DE FATURAS INEXATAS

• Facultativa quando houver imposto liquidado a mais

– Terá de ser efetuada no prazo de dois anos.

– Se for efetuada, o fornecedor terá de reembolsar o seu


cliente, tendo este, por sua vez, de efetuar uma redução
da dedução inicial, ou, então, provar que o seu adquirente
tomou conhecimento da retificação.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 134
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES DO IMPOSTO

REGULARIZAÇÃO DO IVA PELA PRÁTICA DE


ERROS MATERIAIS OU DE CÁLCULO
(n.º 6 do artigo 78.º do CIVA)

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 135
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA PELA PRÁTICA DE ERROS
MATERIAIS OU DE CÁLCULO

• Obrigatória quando houver imposto entregue a


menos.

• Facultativa havendo imposto entregue a mais, mas


apenas poderá ser efetuada no prazo de 2 anos.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 136
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES DO IMPOSTO

REGULARIZAÇÃO DO IVA NÃO LIQUIDADO EM


SITUAÇÕES DE AUTOLIQUIDAÇÃO
(n.ºs 14 e 15 do artigo 78.º do CIVA)

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 137
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA NÃO LIQUIDADO EM
SITUAÇÕES DE AUTOLIQUIDAÇÃO

• A liquidação e a dedução são aceites sem quaisquer


consequências desde que o sujeito passivo entregue a
declaração de substituição, sem prejuízo da penalidade que
ao caso couber.

• No caso de sujeitos passivos mistos, a liquidação e a dedução


são igualmente aceites, sem prejuízo da liquidação adicional e
pagamento do imposto e dos juros compensatórios que se
mostrem devidos pela diferença.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 138
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÕES DO IMPOSTO

REGULARIZAÇÃO DO IVA DOS CRÉDITOS


INCOBRÁVEIS E DE COBRANÇA DUVIDOSA
(n.ºs 7 e 8 do artigo 78.º e artigos 78.º-A a
78.º-D do CIVA)

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 139
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA DOS CRÉDITOS
INCOBRÁVEIS E DE COBRANÇA DUVIDOSA

• O OE 2013 introduziu significativas alterações na


regularização do IVA dos créditos de cobrança duvidosa e
incobráveis, aditando os artigos 78.º-A a 78.º-D e
estabelecendo os procedimentos a observar pelos
intervenientes.

• Sublinha-se, porém, que as novas regras estabelecidas nos


artigos indicados apenas se aplicam aos créditos vencidos
após 01/01/2013.

• Para os créditos vencidos até essa data continuam a manter-


se as regras vigentes nos n.ºs 7 a 12, 16 e 17 do artigo 78.º do
CIVA.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 140
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA DOS CRÉDITOS
INCOBRÁVEIS E DE COBRANÇA DUVIDOSA

CRÉDITOS VENCIDOS  CRÉDITOS VENCIDOS    
ATÉ  A PARTIR DE 
31/12/2012 01/01/2013

ARTIGOS 78.º‐A               
ARTIGO 78.º
a 78.º‐D

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 141
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA DOS CRÉDITOS
INCOBRÁVEIS E DE COBRANÇA DUVIDOSA

CRÉDITOS VENCIDOS
ATÉ 31/12/2012

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 142
Aspetos práticos
REGULARIZAÇÃO DO IVA DOS CRÉDITOS
INCOBRÁVEIS E DE COBRANÇA DUVIDOSA

CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 143
Aspetos práticos
CRÉDITOS INCOBRÁVEIS – HIPÓTESES POSSÍVEIS

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 144
Aspetos práticos
CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

• De harmonia com o n.º 7 do artigo 78.º (para os créditos


vencidos até 31/12/2012), os sujeitos passivos podem
deduzir o imposto relativo a créditos considerados
incobráveis nas seguintes situações:

– em processo de execução;
– em processo de insolvência;
– em processo especial de revitalização (PER);
– nos termos previstos no Sistema de Recuperação
de Empresas por Via Extrajudicial (SIREVE).

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 145
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE EXECUÇÃO

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea a) do n.º 7 do artigo 78.º para os


créditos vencidos até 31/12/2012

• Nos processos de execução


a incobrabilidade
considera-se verificada na data do registo a que se
refere a alínea b) do n.º 2 do artigo 717.º do Código do
Processo Civil (registo informático de execuções), pelo que:

• O processo de execução deverá encontrar-se extinto


por não terem sido encontrados bens penhoráveis.
• A sua extinção deverá estar inscrita no registo
informático de execuções.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 146
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE EXECUÇÃO

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação da


regularização ao devedor, o credor deve estar na posse
de:

• Certidão comprovativa de que o crédito foi julgado


extinto por não terem sido encontrados bens
penhoráveis (ver diapositivo n.º 149);

• Documento extraído do CITIUS (ver diapositivo


seguinte), comprovativo de que a extinção do crédito
consta do registo informático de execuções.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 147
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE EXECUÇÃO

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 148
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE EXECUÇÃO

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 149
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS EM PROCESSO
DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER LIMITADO

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea b) do n.º 7 do artigo 78.º para os


créditos vencidos até 31/12/2012

• Quando a insolvência é decretada com caráter limitado, por


inexistência ou insuficiência da massa insolvente, os sujeitos
passivos que tenham créditos sobre o insolvente,
• independentemente de terem intervindo no processo ou
de terem reclamado os respetivos créditos,

• podem regularizar a seu favor o IVA correspondente ao


montante que tenha ficado por pagar, após o trânsito em
julgado da sentença que declarou a insolvência com
caráter limitado.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 150
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS EM PROCESSO
DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER LIMITADO

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação da


regularização ao devedor, o credor deve estar na posse
de:

• Certidão judicial de onde conste que a insolvência foi


declarada com caráter limitado, bem como a data do
trânsito em julgado da respetiva sentença.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 151
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS EM PROCESSO
DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER PLENO

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea b) do n.º 7 do artigo 78.º para os


créditos vencidos até 31/12/2012

• Quando a insolvência tiver caráter pleno, os credores


podem regularizar o IVA:
– após o trânsito em julgado da sentença de verificação e
graduação de créditos prevista no CIRE, no caso de
encerramento do(s) estabelecimento(s); ou
– após a homologação do plano objeto da deliberação
prevista no artigo 156.º do mesmo Código, em caso de
aprovação de plano de recuperação.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 152
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS EM PROCESSO
DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER PLENO

• Ter em atenção que:

– Existindo plano de insolvência, plano de recuperação


ou acordo homologados, envolvendo um plano de
pagamentos com perdão de dívida,

– só é possível regularizar o IVA incluído na parte


perdoada.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 153
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS EM PROCESSO
DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER PLENO

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação da


regularização ao devedor, o credor deve:

• Estar na posse de certidão judicial que certifique o


teor da sentença de verificação e graduação de
créditos ou o teor da homologação do plano de
regularização e, bem assim, a data do respetivo
trânsito em julgado

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 154
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS EM
PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea c) do n.º 7 do artigo 78.º para os


créditos vencidos até 31/12/2012

• Os credores podem regularizar o IVA incluído na parte


perdoada:

• Após homologação do plano de recuperação pelo


juiz, previsto no artigo 17.º-E do CIRE.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 155
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS EM
PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação


da regularização ao devedor, o credor deve estar na
posse de:

• Certidão demonstrativa da homologação do PER,


com indicação da data do trânsito em julgado
dessa homologação.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 156
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
NO SIREVE

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea d) do n.º 7 do artigo 78.º para os


créditos vencidos até 31/12/2012

• Os credores podem regularizar o IVA incluído na parte


perdoada após a celebração do acordo de recuperação.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 157
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
NO SIREVE

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação da


regularização ao devedor, o credor deve estar na posse
de:

• Certidão emitida pelo IAPMEI, comprovativa da data


da celebração do acordo.
• Tenha-se presente que, neste caso, o acordo terá de
ser assinado pela empresa, pelo IAPMEI e pelos
credores (que não poderão representar menos de 50% das
dívidas apuradas).

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 158
Aspetos práticos
CRÉDITOS VENCIDOS ATÉ 31/12/2012

FORMALISMOS A OBSERVAR NOS CRÉDITOS


VENCIDOS ATÉ 31/12/2012 E CONSIDERADOS
INCOBRÁVEIS A PARTIR DE 01/01/2013

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Aspetos práticos
FORMALISMOS A OBSERVAR NOS CRÉDITOS VENCIDOS
ATÉ 31/12/2012 E CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS A
PARTIR DE 01/01/2013

• Relativamente a estes créditos é exigida a intervenção de


um revisor oficial de contas, que certifique que se
encontram verificados os requisitos legais para a dedução do
IVA.
• O IVA referente a estes créditos deve ser inscrito no campo
40 da declaração periódica do IVA, o que implica o
preenchimento do anexo respeitante às regularizações do
campo 40, aprovado pela Portaria n.º 255/2013, de 12 de
agosto.
• Para o efeito, terá de ser preenchido o quadro 1-C desse
anexo, que seguidamente se apresenta:

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FORMALISMOS A OBSERVAR NOS CRÉDITOS VENCIDOS
ATÉ 31/12/2012 E CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS A
PARTIR DE 01/01/2013

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CRÉDITOS VENCIDOS ATÉ 31/12/2012

OUTROS CRÉDITOS

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OUTROS CRÉDITOS

• Nos termos do n.º 8 do artigo 78.º do Código do IVA, os


sujeitos passivos podem deduzir o imposto
respeitante a outros créditos vencidos até
31/12/2012 (n.º 6 do artigo 198.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de
dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2013),

• desde que se verifique qualquer das seguintes


condições:

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OUTROS CRÉDITOS

• O valor do crédito não seja superior a € 750, IVA incluído, a


mora do pagamento se prolongue para além de seis meses e o
devedor seja particular ou sujeito passivo que realize
exclusivamente operações isentas que não confiram direito a
dedução;

• Os créditos sejam superiores a € 750 e inferiores a € 8000, IVA


incluído, e o devedor, sendo particular ou sujeito passivo que
realize exclusivamente operações isentas que não confiram
direito à dedução, conste no registo informático de
execuções como executado contra quem foi movido processo
de execução anterior, entretanto suspenso ou extinto por não
terem sido encontrados bens penhoráveis;

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OUTROS CRÉDITOS

• Os créditos sejam superiores a € 750 e inferiores a € 8000, IVA


incluído, tenha havido aposição de fórmula executória em
processo de injunção ou reconhecimento em ação de
condenação e o devedor seja particular ou sujeito passivo
que realize exclusivamente operações isentas que não
confiram direito a dedução;

• Os créditos sejam inferiores a € 6000, IVA incluído, deles


sendo devedor sujeito passivo com direito à dedução e
tenham sido reconhecidos em ação de condenação ou
reclamados em processo de execução e o devedor tenha sido
citado editalmente;

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OUTROS CRÉDITOS

• Os créditos sejam superiores a € 750 e inferiores a € 8000, IVA


incluído, quando o devedor, sendo um particular ou um
sujeito passivo que realize exclusivamente operações isentas
que não conferem o direito à dedução, conste da lista de
acesso público de execuções extintas com pagamento parcial
ou por não terem sido encontrados bens penhoráveis no
momento da dedução (esta alínea foi aditada pela Lei n.º 64-
A/2008, de 31 de dezembro, que aprovou o OE/2009).

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OUTROS CRÉDITOS

• Relativamente a todas estas situações, ou seja, nas situações


previstas no n.º 8 do artigo 78.º, o valor global dos
créditos, o imposto a deduzir, a realização de diligências de
cobrança por parte do credor e o insucesso, total ou parcial,
de tais diligências,

• devem encontrar-se documentalmente comprovados,


fazer parte do dossiê fiscal e ser certificados por
revisor oficial de contas.

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OUTROS CRÉDITOS

• Nos casos em que o devedor é um sujeito passivo com direito


a dedução, ou seja, na situação prevista na alínea d) do n.º 8
do artigo 78.º do CIVA, o fornecedor terá de comunicar ao
seu cliente a anulação, total ou parcial, do imposto, para
efeitos de retificação da dedução inicialmente efetuada,
devendo a comunicação conter os seguintes elementos:

• As faturas onde está incluído o IVA que vai ser


regularizado;
• O montante do crédito;
• O montante do imposto a ser regularizado;
• O processo ou acordo em causa;
• O período em que a regularização é efetuada.

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OUTROS CRÉDITOS

• De acordo com o n.º 17 do artigo 78.º do CIVA, aditado pela


Lei n.º 64-A/2008, de 31 de dezembro, e também apenas
aplicável aos créditos vencidos até 31/12/2012, o disposto
no n.º 8 não é aplicável

• quando estejam em causa transmissões de bens ou


prestações de serviços cujo adquirente ou destinatário
constasse, no momento da realização da operação, da
lista de acesso público de execuções extintas com
pagamento parcial ou por não terem sido encontrados
bens penhoráveis.

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OUTROS CRÉDITOS

• Reunidas todas as condições e cumpridos os formalismos


exigidos, o fornecedor dos bens ou o prestador dos
serviços pode efetuar a regularização, a seu favor, do IVA
que repercutiu aos seus clientes mas que não recebeu deles.

• Essa regularização é efetuada no campo 40 da


declaração periódica, o que implica, como se disse
antes, o preenchimento do anexo referente a esse
campo.

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OUTROS CRÉDITOS

• No caso de as regularizações a favor do sujeito passivo se


encontrarem abrangidas pelo artigo 78.º, n.º 8, alíneas b), c),
d) e e), ou seja, nos casos em que o devedor é um particular
ou um sujeito passivo que realize exclusivamente operações
isentas que não conferem o direito à dedução e os créditos
sejam de valor superior a € 750, IVA incluído,

• o valor inscrito no campo 40 da declaração periódica


deve ser discriminado no quadro 1–D do anexo relativo
esse campo, que seguidamente se apresenta.

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OUTROS CRÉDITOS

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OUTROS CRÉDITOS

• No caso de a regularização ser feita nos termos da alínea a)


do n.º 8 do artigo 78.º do CIVA, ou seja, nos casos de
regularizações cujo crédito não seja superior a € 750, IVA
incluído, cujo devedor seja particular ou sujeito passivo sem
direito à dedução,

• deve ser preenchido o Quadro 2 do anexo referente ao


campo 40 da declaração periódica de IVA, a seguir
apresentado.

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OUTROS CRÉDITOS

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CRÉDITOS VENCIDOS ATÉ 31/12/2012

CONSEQUÊNCIAS DA TRANSMISSÃO DA
TITULARIDADE DOS CRÉDITOS VENCIDOS ATÉ
31/12/2012

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CONSEQUÊNCIAS DA TRANSMISSÃO DA TITULARIDADE
DOS CRÉDITOS VENCIDOS ATÉ 31/12/2012

• Apesar de regulamentar no n.º 7 do artigo 78.º-A do CIVA as


consequências da transmissão da titularidade dos créditos
vencidos a partir de 01/01/2013, no sentido de que os
sujeitos passivos perdem o direito à dedução do IVA
respeitante a créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis,

• o Código do IVA é omisso no que se refere às consequências


da cessão de créditos vencidos até 31/12/2012.

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CONSEQUÊNCIAS DA TRANSMISSÃO DA TITULARIDADE
DOS CRÉDITOS VENCIDOS ATÉ 31/12/2012

• No entanto, a AT já se pronunciou sobre a matéria em


algumas decisões administrativas, nomeadamente na
informação vinculativa n.º 3665, que mereceu despacho
favorável em 08/08/2012, onde firmou o seguinte
entendimento:
• O direito à dedução é um direito de natureza pessoal, sendo
o respetivo crédito de IVA pessoal e intransmissível, pelo que
a sua regularização apenas compete ao sujeito passivo que
efetuou a liquidação/entrega nos Cofres do Estado.
• Nestes termos, apesar da requerente ser titular dos referidos
créditos adquiridos por compra, através de um contrato de
cessão de créditos, não é possível proceder à
dedução/regularização do respetivo IVA.

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CRÉDITOS VENCIDOS ATÉ 31/12/2012

PRAZO PARA EFETUAR A REGULARIZAÇÃO DOS


CRÉDITOS VENCIDOS ATÉ 31/12/2012

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Aspetos práticos
PRAZO PARA EFETUAR A REGULARIZAÇÃO DOS
CRÉDITOS VENCIDOS ATÉ 31/12/2012

• Verificando-se o direito à regularização, o sujeito passivo


pode exercer tal direito mediante a inscrição do respetivo
valor no campo 40 da declaração periódica e no anexo
referente a esse campo,

• tendo em conta o disposto no n.º 2 do artigo 98.º do CIVA,


que refere o prazo de quatro anos para o exercício desse
direito, contado a partir do momento em que nasce
(trânsito em julgado da decisão).

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REGULARIZAÇÃO DO IVA DOS CRÉDITOS
INCOBRÁVEIS E DE COBRANÇA DUVIDOSA

CRÉDITOS VENCIDOS
A PARTIR DE 01/01/2013

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CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

• A regularização do IVA respeitante a créditos considerados


incobráveis e a créditos de cobrança duvidosa sofreu
profundas alterações relativamente aos créditos vencidos a
partir de 01/01/2013, por força da introdução no Código do
IVA dos artigos 78.º-A a 78.º-D, aditados pela Lei n.º 66-
B/2012, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado
para 2016).

• De conformidade com o novo normativo, os sujeitos


passivos podem deduzir o IVA respeitante a créditos:

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Aspetos práticos
CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

CRÉDITOS DE  CRÉDITOS 
COBRANÇA DUVIDOSA INCOBRÁVEIS

ARTIGO 78.º‐A ARTIGO 78.º‐A               
N.º 2 N.º 4

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CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA

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CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA

• No caso de créditos vencidos a partir de 01/01/2013, foi


alterado o conjunto das situações para as quais é permitida
a dedução do IVA respeitante a créditos considerados de
cobrança duvidosa, evidenciados como tal na contabilidade.

• Para o efeito, consideram-se de cobrança duvidosa


aqueles que apresentem um risco de incobrabilidade
devidamente justificado, o que se verifica nos casos
previstos nas alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 78.º-A do
CIVA.

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CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA

• O n.º 2 do artigo 78.º-A do CIVA considera créditos de


cobrança duvidosa aqueles que apresentem risco de
incobrabilidade, o que se verifica nos seguintes casos:
a) O crédito esteja em mora há mais de 24 meses desde a
data do respetivo vencimento, existam provas objetivas
de imparidade e de terem sido efetuadas diligências
para o seu recebimento;
b) O crédito esteja em mora há mais de seis meses desde
a data do respetivo vencimento, o valor do mesmo não
seja superior a € 750, IVA incluído, e o devedor seja
particular ou sujeito passivo que realize exclusivamente
operações isentas que não confiram direito à dedução.

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CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA

• Para este efeito (n.º 3 do artigo 78.º-A do CIVA), considera-


se que o vencimento do crédito ocorre:

– na data prevista no contrato celebrado entre o


sujeito passivo e o adquirente, ou

– na ausência de prazo certo, após a interpelação


prevista no artigo 805.º do Código Civil (ver
diapositivo seguinte).

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CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA

• Artigo 805.º do Código Civil


Momento da constituição em mora
1. O devedor só fica constituído em mora depois de ter sido
judicial ou extrajudicialmente interpelado para cumprir.
2. Há, porém, mora do devedor, independentemente de
interpelação:
- Se a obrigação tiver prazo certo;
- Se a obrigação provier de facto ilícito;
- Se o próprio devedor impedir a interpelação,
considerando-se interpelado, neste caso, na data
em que normalmente o teria sido.

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CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA

• Não são, no entanto, considerados créditos de


cobrança duvidosa:
– Os créditos cobertos por seguro, com exceção da
franquia, ou cobertos por garantia real;
– Os detidos sobre pessoas singulares ou coletivas com as
quais o sujeito passivo esteja em situações de relações
especiais;
– Se no momento de realização da operação que deu
origem ao crédito o devedor já estiver na lista pública de
execuções – onde constam as pessoas sem património que
possa ser executado para saldar dívidas;

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 188
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CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA

– …
– O destinatário tenha sido declarado falido ou insolvente
em processo judicial anterior;
– Os créditos detidos sobre o Estado, regiões autónomas e
autarquias locais ou aqueles casos em que estas tenham
prestado aval;
– Os que resultam da transmissão da titularidade dos
créditos.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 189
Aspetos práticos
CRÉDITOS DE COBRANÇA DUVIDOSA

• Se ocorrer a transmissão da titularidade dos créditos

• os sujeitos passivos perdem o direito à dedução do IVA


respeitante a créditos de cobrança duvidosa ou
incobráveis (n.º 7 do artigo 78.º-A).

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CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

De harmonia com a alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A,


consideram-se de cobrança duvidosa os créditos:

• Que apresentem um risco de incobrabilidade devidamente


justificado, o que ocorre se:

a) O crédito estiver em mora há mais de 24 meses


desde a data do respetivo vencimento;
b) Existirem provas objetivas de imparidade;
c) Tiverem sido efetuadas diligências para o seu
recebimento (a provar através de qualquer documento
que evidencie a realização das mesmas, ou por qualquer
outro meio legalmente admitido).

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 192
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• Neste caso (créditos em mora há mais de 24 meses), os


credores terão de submeter um pedido de autorização
prévia à AT (ver diapositivo seguinte) no prazo de 6 meses
a partir do momento em que o crédito foi considerado de
cobrança duvidosa, onde identificam o devedor, o crédito em
questão e a(s) respetiva(s) fatura(s), previamente
certificado por ROC.

• Os pedidos de autorização prévia devem obedecer aos


requisitos estabelecidos na Portaria n.º 172/2015, de 5 de
junho, que seguidamente se indicam.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 193
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 194
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• A apresentação de um pedido de autorização prévia


determina a notificação do adquirente pela AT, por via
eletrónica, para que efetue a correspondente
retificação, a favor do Estado, da dedução inicialmente
efetuada (n.º 5 do artigo 78.º-B), a realizar nos termos
do artigo 78.º-C.

• Veja-se, em termos gráficos e a título exemplificativo, a


sequência de procedimentos para regularização do IVA
de créditos de cobrança duvidosa vencidos, no caso
representado, em 01/01/2016.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 195
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

01/01/2016 01/01/2018 30/06/2018 29/02/2019

Data de Mora de
vencimento 24 meses
Pedido de
autorização Indeferimento
tácito, exceto
para faturas de
valor inferior a
A AT notifica € 150.000 (IVA
o devedor incluído)

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 196
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

Requisitos dos pedidos de autorização prévia

• O pedido é apresentado por via eletrónica, no Portal das


Finanças,

• no prazo de 6 meses contados a partir do momento em que


os créditos sejam considerados de cobrança duvidosa, nos
termos da alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A do CIVA.

• Podem ser incluídas no pedido uma ou várias faturas, desde


que estas sejam referentes ao mesmo adquirente e tenham
sido certificadas pelo mesmo ROC.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 197
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

Elementos que devem constar dos pedidos de autorização:

- NIF do adquirente;
- NIF do ROC que efetuou a certificação;
- N.º da fatura da qual consta de crédito de cobrança duvidosa – que
deve ser inscrito em termos idênticos aos comunicados ao sistema e-
fatura;
- Data da emissão da fatura;
- Data do vencimento do crédito de cobrança duvidosa;
- Período de imposto em que foi entregue a declaração periódica
contendo o valor da fatura a que se refere a alínea c);
- Base tributável constante da fatura;
- Valor total do imposto da fatura;
- Valor do imposto a regularizar.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 198
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

Tramitação dos pedidos de autorização prévia

• Recebido o pedido, a AT notificará o devedor para que se


pronuncie.

• Será o momento para este apresentar a sua defesa, podendo


apresentar prova de que já pagou, no todo ou em parte, ou
que o seu crédito não se encontra em mora.

• Não fazendo prova de nenhum destes factos, ou caso não se


pronuncie, o devedor será notificado pela AT (ver diapositivo
seguinte) para regularizar o IVA que foi deduzido, sob pena
de, não o fazendo, lhe ser efetuada uma liquidação
adicional.
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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 199
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

Notificado pela AT, o devedor seleciona as faturas uma a uma,


podendo confirmar ou rejeitar, com as seguintes opções:

Confirmar IVA DEDUZIDO

IVA NÃO DEDUZIDO *
*Quando confirma IVA NÃO DEDUZIDO, dá o seguinte alerta:
“Existe DP para o período com deduções”

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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

NÃO ESTÁ EM MORA

2.   Rejeitar JÁ SE ENCONTRA PAGO

O MONTANTE INDICADO NÃO 
É O MONTANTE EM DÍVIDA

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 202
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• A regularização por parte do devedor é efetuada nos


termos do artigo 78.º-C e implica o preenchimento do
quadro 1-E do anexo referente ao campo 41 (ver
diapositivo seguinte).

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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 204
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• Quanto ao credor, verá a regularização deferida pela


AT, pelo que poderá mencionar o respetivo valor no
campo 40 da declaração periódica, juntando o anexo
respetivo.

• A dedução do imposto a favor do sujeito passivo,


deve ser efetuada na declaração periódica, até ao
final do período seguinte àquele em que se verificar
o deferimento do pedido de autorização prévia (n.º 8
do artigo 78.º-B).

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 205
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 206
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• O pedido de autorização prévia, considera-se


indeferido se não for apreciado no prazo de 8 meses.

• Consideram-se, no entanto, tacitamente deferidos,


após esse prazo, os pedidos relativos a créditos que
sejam inferiores a € 150.000, IVA incluído, por
fatura.

• Neste caso, o credor preencherá o quadro 1-G do anexo


40 (ver diapositivo seguinte).

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 207
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Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

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Aspetos práticos
Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

Questão: Caso o credor não apresente o pedido de


autorização prévia no prazo de 6 meses após o
crédito se encontrar em mora há mais de 24 meses
e, por esse facto, não regularize o IVA a que tinha
direito, poderá efetuar essa regularização quando,
mais tarde, o crédito se tornar incobrável?

Resposta: De harmonia com n.º 4 do artigo 78.º-A a


regularização do IVA relativo a créditos
incobráveis apenas pode ser efetuada

“sempre que o facto relevante ocorra em


momento anterior ao do n.º 2”

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 209
Aspetos práticos
Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• Qual o significado de “sempre que o facto relevante


ocorra em momento anterior ao referido no n.º 2”?
• Segundo o ofício circulado n.º 30161, de 08/07/2014, da
DSIVA:
– Para a regularização do imposto dos créditos incobráveis, a
lei exige que o facto relevante ocorra em momento
anterior ao referido no n.º 2 do artigo 78.º-A;
– Significa isto que a situação de incobrabilidade, referida
nos termos de alguma das alíneas a) a d) do n.º 4 do artigo
78.º-A, ocorre em momento prévio ao decurso dos prazos
de mora exigidos para a regularização dos créditos
considerados de cobrança duvidosa.
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Aspetos práticos
Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

CASO PRÁTICO

• Pode ocorrer que o sujeito passivo devedor tenha, contra si,


um processo de execução, ou que se encontre no âmbito de
um processo de insolvência, de um PER ou ainda de um
processo no âmbito do SIREVE.

• Nestes casos, pode não ser percetível para o credor que as


duas formas de regularização do IVA, por créditos
incobráveis ou em créditos de cobrança duvidosa,
concorrem entre si, excluindo-se mutuamente.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 211
Aspetos práticos
Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• Tome-se como exemplo o caso de uma empresa que está com


um processo de insolvência desde maio de 2017 e em que um
dado credor está a reclamar créditos vencidos em novembro
de 2016.

• No cenário em que o processo de insolvência se prolongue por


muito tempo, o credor não pode cingir as suas expetativas
de regularização do IVA ao desfecho deste processo.

• Tem de continuar a atender ao prazo de mora de 24 meses


e demais condições de regularização do IVA em créditos de
cobrança duvidosa.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 212
Aspetos práticos
Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• Tratando-se de créditos vencidos em novembro de 2016,


em novembro de 2018 completaram-se os 24 meses de
mora.

• Assim, se em janeiro de 2018 ainda não se tiver realizado o


rateio final previsto no CIRE ou não tiver havido
homologação do plano objeto da deliberação da assembleia
de credores que preveja o não pagamento definitivo do
crédito (a insolvência tem, conforme se disse, caráter pleno), o
credor terá, obrigatoriamente, de efetuar um pedido de
autorização prévia à AT para poder regularizar o IVA desses
créditos.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 213
Aspetos práticos
Alínea a) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• Como se verificaram primeiro as condições para a dedução


do IVA a favor do sujeito passivo, relativas a créditos de
cobrança duvidosa, é esse o mecanismo que terá de
acionar.

• Fica excluída a possibilidade de tal dedução se fazer, em


momento posterior, usando as disposições relativas a créditos
incobráveis.

• Note-se que o prazo para efetuar o pedido prévio à AT é de


apenas seis meses, pelo que uma desatenção pode
impossibilitar, definitivamente, a regularização do IVA não
pago pelo cliente.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 214
Aspetos práticos
CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

Alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º-A

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 215
Aspetos práticos
Alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• Não necessitam de pedido de autorização prévia (alínea b) do n.º 2


do artigo 78.º‐A)

• O crédito esteja em mora há • A dedução é efetuada pelo


mais de seis meses desde a sujeito passivo sem
data do respetivo necessidade de pedido de
vencimento, autorização prévia,
• o valor do mesmo não seja • no prazo de dois anos a contar
superior a € 750, IVA do 1.º dia do ano civil
incluído, seguinte,
• e o devedor seja particular • reservando‐se a AT a
ou sujeito passivo que faculdade de controlar
realize exclusivamente posteriormente a legalidade
operações isentas que não da pretensão do sujeito
confiram direito à dedução. passivo

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 216
Aspetos práticos
Alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º-A

• Neste caso, não tem de ser efetuada qualquer


comunicação ao devedor.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 217
Aspetos práticos
CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 218
Aspetos práticos
CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

• Para a regularização do IVA dos créditos considerados


incobráveis, o CIVA exige que o facto relevante ocorra
em momento anterior ao referido no n.º 2 do artigo
78.º-A do CIVA.

• De harmonia com o ofício circulado n.º 30161, de 08/07/2014,


da Área de Gestão Tributária do IVA, isto significa que a
situação de incobrabilidade, referida nos termos de alguma
das alíneas a) a d) do n.º 4 do artigo 78.º-A, ocorre em
momento prévio ao decurso dos prazos de mora exigidos para
a regularização dos créditos considerados de cobrança
duvidosa.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 219
Aspetos práticos
CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

• De harmonia com o n.º 4 do artigo 78.º-A (para os créditos


vencidos a partir de 01/01/2013), os sujeitos passivos podem
deduzir o imposto relativo a créditos considerados
incobráveis nas seguintes situações:

– em processo de execução;
– em processo de insolvência;
– em processo especial de revitalização (PER);
– nos termos previstos no Sistema de Recuperação de
Empresas por Via Extrajudicial (SIREVE);
– No Regime Extrajudicial de Recuperação de
Empresas (RERE).
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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 220
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE EXECUÇÃO

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea a) do n.º 4 do artigo 78.º‐A

• Nos processos de execução a incobrabilidade considera-


se verificada na data do registo a que se refere a alínea
b) do n.º 2 do artigo 717.º do Código do Processo Civil
(registo informático de execuções), pelo que:

• O processo de execução deverá encontrar-se extinto por


não terem sido encontrados bens penhoráveis.
• A sua extinção deverá estar inscrita no registo informático
de execuções.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 221
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE EXECUÇÃO

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação


da regularização ao devedor, o credor deve estar na
posse de:
• Certidão comprovativa de que o crédito foi julgado
extinto por não terem sido encontrados bens
penhoráveis (ver diapositivo n.º 224);

• Documento extraído do CITIUS (ver diapositivo


seguinte), comprovativo de que a extinção do crédito
consta do registo informático de execuções.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 222
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE EXECUÇÃO

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 223
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE EXECUÇÃO

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 224
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER LIMITADO

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea b) do n.º 4 do artigo 78.º‐A

• Quando a insolvência é decretada com caráter limitado, por


inexistência ou insuficiência da massa insolvente, os sujeitos
passivos que tenham créditos sobre o insolvente,
• independentemente de terem intervindo no processo ou
de terem reclamado os respetivos créditos,

• podem regularizar a seu favor o IVA correspondente ao


montante que tenha ficado por pagar, após o trânsito em
julgado da sentença que declarou a insolvência com
caráter limitado.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 225
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER LIMITADO

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação da


regularização ao devedor, o credor deve estar na posse
de:

• Certidão judicial de onde conste que a insolvência foi


declarada com caráter limitado, bem como a data do
trânsito em julgado da respetiva sentença.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 226
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER PLENO

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea b) do n.º 4 do artigo 78.º‐A

• Quando a insolvência tiver caráter pleno, os credores


podem regularizar o IVA:

• Quando for determinado o encerramento do processo


por insuficiência de bens, ao abrigo do artigo 232.º do
CIRE (situação nova criada pelo OE para 2018).

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 227
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER PLENO

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea b) do n.º 4 do artigo 78.º‐A

• Quando a insolvência tiver caráter pleno, os credores


podem regularizar o IVA:

• Após a realização do rateio final, do qual resulte o não


pagamento definitivo do crédito (até 31/12/2017 a
regularização era possível após o trânsito em julgado da sentença
de verificação e graduação de créditos).

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 228
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER PLENO

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea b) do n.º 4 do artigo 78.º‐A

• Quando a insolvência tiver caráter pleno, os credores


podem regularizar o IVA:

• Quando seja proferida sentença de homologação do plano


de insolvência, que preveja o não pagamento definitivo do
crédito.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 229
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER PLENO

• Ter em atenção que:

– Existindo plano de insolvência, plano de recuperação


ou acordo homologados, envolvendo um plano de
pagamentos com perdão de dívida,

– só é possível regularizar o IVA incluído na parte


perdoada.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 230
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA COM CARÁTER PLENO

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação da


regularização ao devedor, o credor deve:

• Estar na posse de certidão judicial que certifique o


teor da sentença de verificação e graduação de
créditos ou o teor da homologação do plano de
regularização e, bem assim, a data do respetivo
trânsito em julgado.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 231
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO (PER)

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea c) do n.º 4 do artigo 78.º‐A

• Os credores podem regularizar o IVA incluído na parte


perdoada:

- Quando seja proferida sentença de homologação do plano


de revitalização que preveja o não pagamento definitivo
do crédito.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 232
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
EM PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO (PER)

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação


da regularização ao devedor, o credor deve estar na
posse de:

• Certidão demonstrativa da homologação do PER,


com indicação da data do trânsito em julgado
dessa homologação.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 233
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
NO SIREVE

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Alínea d) do n.º 4 do artigo 78.º‐A

• Os credores podem regularizar o IVA incluído na parte


perdoada após a celebração do acordo de recuperação.

Nota: O Decreto-Lei n.º 178/2012, de 3 de agosto, que regulava o


SIREVE, foi revogado pela Lei n.º 8/2018, de 2 de março, que
aprovou o Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas (RERE),
podendo, porém, os procedimentos que estivessem em curso sem
que tenha sido celebrado acordo, ser concluídos ao abrigo do regime
em que foram desencadeados.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 234
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
NO SIREVE

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação da


regularização ao devedor, o credor deve estar na posse
de:

• Certidão emitida pelo IAPMEI, comprovativa da data


da celebração do acordo.
• Tenha-se presente que, neste caso, o acordo terá de
ser assinado pela empresa, pelo IAPMEI e pelos
credores (que não poderão representar menos de 50% das
dívidas apuradas).

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 235
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
NO RERE

• LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: Lei n.º 8/2018, de 2 de março

• Os credores podem regularizar o IVA incluído na parte


perdoada após a celebração do acordo de reestruturação e
respetivo depósito na Conservatória do Registo Comercial,

• desde que o acordo cumpra com o disposto no n.º 3 do artigo


27.º do RERE e do qual resulte o não pagamento definitivo
do crédito.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 236
Aspetos práticos
CRÉDITOS CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
NO RERE

• Formalismos a observar

• Para além da certificação de ROC e da comunicação da


regularização ao devedor, o credor deve estar na posse de:

• Documentos comprovativos do acordo de reestruturação e do


respetivo depósito na Conservatória do Registo Comercial.
• Declaração emitida por ROC a certificar que o acordo de
reestruturação compreende a reestruturação de créditos
correspondentes a, pelo menos, 30% do total do passivo não
subordinado do devedor e que, em virtude do acordo de
reestruturação, a situação financeira da empresa fica mais
equilibrada.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 237
Aspetos práticos
CRÉDITOS INCOBRÁVEIS

FORMALISMOS A OBSERVAR NOS CRÉDITOS VENCIDOS A


PARTIR DE 01/01/2013 E CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
A PARTIR DESSA DATA

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 238
Aspetos práticos
FORMALISMOS A OBSERVAR NOS CRÉDITOS VENCIDOS A
PARTIR DE 01/01/2013 E CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS A
PARTIR DESSA DATA

• Os créditos vencidos a partir de 01/01/2013 deverão ser


inscritos no Campo 40 da declaração periódica e preenchido
o quadro 1-E do anexo à declaração periódica.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 239
Aspetos práticos
CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

DISPOSIÇÕES COMUNS A TODOS OS CRÉDITOS


VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 240
Aspetos práticos
DISPOSIÇÕES COMUNS A TODOS OS CRÉDITOS VENCIDOS
A PARTIR DE 01/01/2013

• Relativamente aos créditos vencidos a partir de


01/01/2013 e considerados incobráveis ou de cobrança
duvidosa a partir dessa data há que observar as
seguintes disposições:

• Notificação ao devedor
• Certificação por ROC
• Organização do dossiê fiscal

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 241
Aspetos práticos
DISPOSIÇÕES COMUNS A TODOS OS CRÉDITOS
VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

NOTIFICAÇÃO AO DEVEDOR

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 242
Aspetos práticos
NOTIFICAÇÃO AO DEVEDOR

• Notificação ao devedor:

• Em caso de pedido de autorização prévia – a


notificação ao devedor é efetuada pela AT.

• No caso de créditos incobráveis – o credor está obrigado


a notificar o devedor de que vai proceder à regularização
do IVA a seu favor, para que este efetue a regularização
correspondente a favor do Estado.

• Em caso de insolvência (com caráter pleno) - a notificação


deve ser efetuada na pessoa do administrador de insolvência.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 243
Aspetos práticos
DISPOSIÇÕES COMUNS A TODOS OS CRÉDITOS
VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

CERTIFICAÇÃO DO ROC

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 244
Aspetos práticos
CERTIFICAÇÃO DO ROC

• Todos os créditos estão sujeitos a certificação.

• No caso de créditos de cobrança duvidosa - a


certificação do ROC terá de incluir:
• A identificação da fatura relativa a cada crédito de
cobrança duvidosa;
• A identificação do adquirente;
• O valor da fatura e o imposto liquidado;
• A realização de diligências de cobrança por parte do
credor e o insucesso, total ou parcial de tais diligências;
• Outros elementos que evidenciem a realização das
operações em causa.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 245
Aspetos práticos
CERTIFICAÇÃO DO ROC

• No caso de créditos de cobrança duvidosa cuja


regularização dependa de pedido de autorização
prévia,

• a certificação terá de ser efetuada:

• Para cada um dos documentos e períodos a que


se refere a regularização; e

• até à entrega do correspondente pedido de


autorização prévia.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 246
Aspetos práticos
CERTIFICAÇÃO DO ROC

• Além disso, o ROC deve,

• no prazo de 10 dias após a submissão do pedido,

• confirmar no Portal das Finanças, que efetuou a


certificação dos elementos relativos a cada uma das
faturas e períodos a que se refere o pedido (artigo 4.º
da Portaria n.º 172/2015)

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 247
Aspetos práticos
CERTIFICAÇÃO DO ROC

• No caso de créditos incobráveis o ROC deverá


certificar que se encontram verificados os requisitos
legais para a dedução do imposto (n.º 3 do artigo 78.º-D).

• Para além disso, nos casos das alíneas a), b) e c) do n.º


4 do artigo 78.º-A, as certidões judiciais respetivas
devem ser, também, certificadas por ROC, bem como,
no caso da alínea d), a existência do referido acordo.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 248
Aspetos práticos
CERTIFICAÇÃO DO ROC

• No caso de créditos incobráveis, bem como naqueles


em que a regularização não depende de pedido de
autorização prévia,

• a certificação deverá ser efetuada até ao termo do


prazo estabelecido para a entrega da declaração
periódica, ou até à data de entrega da mesma,
quando esta ocorra fora do prazo ( n.º 2 do artigo 78.º-
D).

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 249
Aspetos práticos
DISPOSIÇÕES COMUNS A TODOS OS CRÉDITOS
VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

DOSSIÊ FISCAL

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 250
Aspetos práticos
DOSSIÊ FISCAL

• Os sujeitos devem integrar no dossier fiscal as


seguintes informações referentes ao crédito (n.º 1 do
artigo 78.º-D):

• identificação da fatura relativa a cada crédito de


cobrança duvidosa,
• identificação do adquirente,
• valor da fatura e imposto liquidado,
• demonstração das diligências de cobrança realizadas
e do seu insucesso.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 251
Aspetos práticos
CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

CRÉDITOS NÃO CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS


OU DE COBRANÇA DUVIDOSA

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 252
Aspetos práticos
CRÉDITOS NÃO CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
OU DE COBRANÇA DUVIDOSA

• De harmonia como n.º 6 do artigo 78.º-A do CIVA não


são considerados créditos incobráveis ou de cobrança
duvidosa:

• Os créditos cobertos por seguro, com exceção da


importância correspondente à percentagem de
descoberto obrigatório, ou por qualquer espécie de
garantia real;
• Os créditos sobre pessoas singulares ou coletivas com as
quais o sujeito passivo esteja em situação de relações
especiais, nos termos do n.º 4 do artigo 63.º do Código do
IRC;

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 253
Aspetos práticos
CRÉDITOS NÃO CONSIDERADOS INCOBRÁVEIS
OU DE COBRANÇA DUVIDOSA

• Os créditos em que, no momento da realização da


operação, o adquirente ou destinatário conste da lista de
acesso público de execuções extintas com pagamento
parcial ou por não terem sido encontrados bens
penhoráveis e, bem assim, sempre que o adquirente ou
destinatário tenha sido declarado falido ou insolvente em
processo judicial anterior;
• Os créditos sobre o Estado, regiões autónomas e
autarquias locais ou aqueles em que estas entidades
tenham prestado aval.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 254
Aspetos práticos
CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

CONSEQUÊNCIAS DA TRANSMISSÃO DA
TITULARIDADE DOS CRÉDITOS

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 255
Aspetos práticos
CONSEQUÊNCIAS DA TRANSMISSÃO DA
TITULARIDADE DOS CRÉDITOS

• Se ocorrer a transmissão da titularidade dos créditos, os


sujeitos passivos perdem, nos termos do n.º 7 do artigo
78.º-A do CIVA, o direito à dedução do IVA respeitante a
créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis.

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 256
Aspetos práticos
CRÉDITOS VENCIDOS A PARTIR DE 01/01/2013

CONSEQUÊNCIAS DA RECUPERAÇÃO, TOTAL


OU PARCIAL, DOS CRÉDITOS

Atualização fiscal em IVA


Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 257
Aspetos práticos
CONSEQUÊNCIAS DA RECUPERAÇÃO, TOTAL OU
PARCIAL, DOS CRÉDITOS

• Nos termos do n.º 3 do artigo 78.º-C do CIVA, em caso de


recuperação, total ou parcial, dos créditos, os sujeitos
passivos que hajam procedido anteriormente à dedução do
IVA associado a créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis,

• devem entregar o imposto correspondente ao montante


recuperado com a declaração periódica a apresentar no
período do recebimento,

• sem observância do prazo previsto no n.º 1 do artigo 94.º


do CIVA, ficando a dedução do imposto pelo adquirente
dependente da apresentação de pedido de autorização prévia

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 258
Aspetos práticos
CONSEQUÊNCIAS DA RECUPERAÇÃO, TOTAL OU
PARCIAL, DOS CRÉDITOS

• A regularização em causa é efetuada no quadro 1-F do anexo


referente ao campo 41 da declaração periódica.

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Abril de 2018 © ORDEM DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS 259
Aspetos práticos

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